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segunda-feira, 18 de junho de 2012
domingo, 17 de junho de 2012
Consulta Pública: Educação Alimentar para as Políticas Públicas
Caros parceiros (as),
Desde a última terça-feira, 05 de
junho, está aberta consulta pública sobre o “Marco de Referência de Educação
Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas”. A educação alimentar e
nutricional (EAN) é uma das principais estratégias para a promoção da
alimentação adequada e saudável, conforme deliberado na IV Conferência Nacional
de Segurança Alimentar e Nutricional e considerado no novo texto da Política
Nacional de Alimentação e Nutrição. O Marco de Referência pretende constituir-se
num instrumento para orientação das ações nos campos da saúde, educação e assistência
social, promovendo a reflexão e a (re) orientação de práticas no conjunto de
iniciativas de EAN que tenham origem, principalmente, na ação pública. Com a
consulta, espera-se a participação de toda a sociedade, em especial
pesquisadores e trabalhadores da saúde, educação e desenvolvimento social que
tenham interface com o tema.
A consulta pública é realizada
pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), com apoio da
Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) do Ministério da Educação,
Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), Associação
Brasileira de Nutrição (ASBRAN), Conselho Federal de Nutrição (CFN) e Observatório de Políticas de Segurança
Alimentar e Nutricional da Universidade de Brasília (OPSAN/UnB).
O documento completo “Marco de
Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas” está
disponível para apreciação e sugestões no período de 05 a 30 de junho. As
contribuições deverão ser encaminhadas exclusivamente em formato eletrônico,
através de formulário disponível no site http://fs.unb.br/opsan/consulta-publica/.
Após análise e consolidação das sugestões, a previsão é o lançamento do documento
final em agosto de 2012.
Participe desse processo e
colabore com a divulgação da iniciativa.
Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição
Departamento de Atenção Básica Secretaria de Atenção à Saúde
Ministério da Saúde
www.saude.gov.br/nutricao
(61) 3315-9003
(61) 3315-9003
sábado, 9 de junho de 2012
Entrevista com Frances Moore Lappé
No artigo "A crise ambiental é a crise da democracia" por Stephen Leahy, da IPS
"No clássico estudo World Hunger: Twelve Myths, publicado agora em edição revista, a especialista em desenvolvimento Frances Moore Lappé que junto de seus colegas do Instituto de Política Alimentar e de Desenvolvimento fizeram um relato detalhado da produção de alimentos no mundo, o qual surpreendeu muitos leitores. Mostraram que a abundância, e não a escassez, é a palavra que melhor descreve a produção de alimentos no mundo atual. No decorrer dos últimos 30 anos, o aumento da produção global de alimentos superou em 16% o aumento da população mundial. Nesse período, montanhas de cereais excedentes empurraram para baixo os preços no mercado mundial. O aumento da produção de alimentos superou o da população em todas as regiões do mundo, exceto a África, nos últimos 50 anos. Num estudo feito em 1997 nos paises em desenvolvimento, constatou-se que 78% de todas as crianças desnutridas com menos de 5 anos moram em paises que produzem um excedente alimentar. Muitos desses paises, em que a fome é uma realidade cotidiana, exportam mais produtos agrícolas do que importam.
Essas estatísticas evidenciam a má-fé da idéia de que a biotecnologia é necessária para alimentar os famintos. As causas radiciais da fome no mundo não tem relação alguma com a produção de alimentos. São a pobreza, a desigualdade e a falta de acesso aos alimentos e à terra. As pessoas ficam com fome porque os meios de produção e distribuição de alimentos são controlados pelos ricos e poderosos. A fome no mundo não é um problema técnico, mas político. Quando os execultivos das empresas agroquímicas afirmam que a fome continuará a menos que a biotecnologia mais recente seja adotada, eles ignoram as realidades sociais e políticas. Diz-nos Miguel Altieri: "Se as causas radicais não forem sanadas, as pessoas continuarão com fome, independentemente da tecnologia adotada."" (CAPRA, As conexões Ocultas, páginas 197 a 198).
fonte:http://envolverde.com.br/portal/wp-content/uploads/2012/02/100109-20120208-227x300.jpg?9d7bd4
P. A. I. S.
Projeto PAIS no município de Vazante/MG, comunidade rural Gameleira, Sr. Nilton e Srª Idalícia, foto de Oliver Blanco |
O Instituto Polis organizou a "Coletânea de onze estudos analíticos de experiências brasileiras fruto
do projeto Novos Paradigmas de Produção e Consumo, coordenado pelos
pesquisadores Leandro Morais e Adriano Borges Costa. As experiências
analisadas nesta publicação são bastante diferentes entre si e
localizam- se em diversos campos: bancos comunitários, cadeia de
empreendimentos da economia solidária, tecnologias sociais, produção
agroecológica e permacultural, cooperativas de consumidores, cultura
digital, tecnologias e empregos verdes e outros. O projeto Novos
Paradigmas de Produção e Consumo, iniciado em julho de 2009, busca
sistematizar experiências/conceitos/iniciativas/ideias que apontam para
novos modelos de desenvolvimento, com equidade e sustentabilidade. O
Projeto busca avançar na discussão de diversos temas emergentes, e de
alguma forma conectá-los, buscando ampliar o impacto de experiências
inovadoras na área de produção e consumo, orientada para inclusão
produtiva dos mais pobres, para a afirmação dos direitos das mulheres e
para enfrentar as mudanças climáticas. “Ampliar o impacto significa se
inserir nos processos, captar quais são os discursos, as experiências e
os atores que protagonizam esses processos de mudança - para depois
sistematizar e digerir e devolver."
Na página 55 há um estudo organizado pela Mariana M. Romão sobre o (PAIS), uma tecnologia social para construção da segurança alimentar. Nesta publicação, na página 99 há um relato sobre Sistema Agroflorestais a partir da experiência de Ernest Gotsch, bacana também. Aproveitem!
FONTE: Instituto Polis