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domingo, 21 de março de 2021

Repeti e Viva

11 de março

Por Sebastião Pinheiro

 Há uma luta nos Céus da Pandemia Algorítmica em terra brasilis, entre o "Bem" e o "Mal" ou entre o Antropogênico e o Antropoceno. Nas residências, pode-se entender melhor entre “Abuel@s” e “Niet@s” ao escutar o indígena menestrel (payador) (foto).

 A pior notícia na TV foi o miserável que entrou no Ônibus com um rato e ameaçava os passageiros desesperados (o mesmo que o Bolsonaro faz com a população, desculpe não são cidadãos, com a Chloroquine®) exigindo dinheiro (dez dólares no valor de hoje), isso foi filmado e passou para todo o país. Não se sabe se era sócio ou cúmplice do "chauffeur", como diria a avó, ou do "Uber" como dice o "niet@ algorítmico", gestor de comodidade e dados. Ninguém percebeu, pois todos estavam pasmos com o Juiz da Suprema Corte, Fachin, antecipando a investida do Deus Gilmar, libertando o condenado (para alguns de “consciência”, para outros “de convicção”). Mas ninguém se interessa pelo fato senão a versão, uma vez que transmutam a cidadania pelo consumo.

 Nos Gulags soviéticos, a psicanálise nazista cresceu e se consolidou de tal forma que migrou para a Judéia, que vende serviços repressivos com estudos de seu campo de concentração de Gaza. Mas para ver e perceber olhos não basta, são necessárias consciências, sim, mais de uma, enfim, avó, é avó e neta. E o net@ é net@, desde que não saiba se transmutar no espaço, pois para isso precisa recuperar a autonomia, que é o impedimento do poder de Deus. Mas Trump se foi, entra Biden, e tudo continua igual, com outro tom ou sotaque na distribuição da heteronomia.

 “O liberto da condenação”, rapidamente, percebe quem é, como Mandela na África do Sul após a derrota dos brancos em Angola e Moçambique. Não será ele "o Selvagem", de Aldous Huxley em "Admirável Mundo Novo", meia hora depois de D. Trump. Nem será "o Winston", não mais de 1984, mas 2021, de G. Orwell, no meio de uma pandemia? No passado, os deuses enviavam arcanjos para consertar suas cagadas, agora não, enviam vacinas. As avós querem soluções de Hipócrates, sabendo que ele foi um plagiador de Immotep, do Egito, que o plagiou de um anterior, e numa corrente de conhecimento, não de acertar opiniões que justifiquem os "dados falsos", nomeados pelos deuses de Fake News, "Notícias falsas". Instrumento de política pública na heteronomia dos Semideuses.

Cada Arcanjo tem sua função: Miguel, o chefe do exército celestial; Gabriel, o mensageiro celestial; Rafael, o protetor dos viajantes, saúde e namoro; Uriel, o administrador das terras e templos de Deus; Raguel, o responsável pela justiça, imparcialidade e harmonia; Sariel, o administrador dos espíritos dos homens que pecam; Remiel, o guardião dos ressuscitados.

 Que lo parió, como diria el perrito Mendieta de Fontanarrosa, - Sete machos, isso é demasiado anormal, não para uma avó que conhece relações de poder, mas o neto preocupado com os algoritmos da comodidade necessita desaparecer de alienação. Não lhe resta a cultura (sabedoria) consolidada da avó para entender William Blake, de 1887, em Augúrios da Inocência:

 Para ver un mundo en un grano de arena

Y o paraíso en una flor salvaje.

Agarre o Infinito en la palma de tu mano.

Y la eternidad en una hora

Un Zorzal en una jaula.

Pone todo el paraíso en rabia

Una casa de palomas rellena con cuplas en arrullos

Se estremece el infierno a través de todas sus regiones.

Un perro hambriento en su Canil

Predice la ruina del Estado

Un caballo echado sobre el camino.

Llamadas al cielo por sangre humana.

Cada clamor de la liebre cazada.

Una fibra del cerebro se rasga

Una alondra herida en el ala.

Un Querubín deja de cantar.

Los gallos preparados para la pelea

¿El sol naciente asusta?

Aullidos de todos los lobos y leones

Levanta del infierno un alma humana

El ciervo salvaje, errante aquí y allá.

Mantiene el alma humana de cuidado

El cordero mal preparado engendra la lucha pública

Y sin embargo perdona el cuchillo de los carniceros.

El murciélago que revolotea al cierre de Eva.

Ha dejado el cerebro que no cree

El búho que invoca a la noche

 Em 1971: "Nerón retorna", uma anárquica paródia argentina sobre a volta de Perón, no Teatro de Revista com Adolfo Stray, Ethel Rojo, Moria Casán e muitos outros, são memórias meio século depois. Fala o NegaNerón-nismo aprendeu a compor, cantar e tocar lira, com a sombra?

 A vantagem da cultura é que a poesia é eterna, a política efêmera, repetitiva ou "repetiviva". Enquanto isso, os céus são o vazio eterno no Universo, mas os arcanjos estão esperançosos por sua coleção e agradecidos a Sariel e Remiel.

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