De origem africana, o gênero Brachiaria é
composto por aproximadamente 200 espécies até agora identificada e registrada.
Dentre estas 200 espécies, acredito que apenas 3 são hoje utilizadas por muitos
pecuaristas e produtores de grãos no Brasil.
O Sistema Barreirão (Embrapa anos 80) para a recuperação
de pastagens, servindo como um pré manejo do solo para se implantar a ILP
(integração lavoura pecuária) no Sistema Santa Fé e mais recentemente o Plantio
Direto que possui como insumo principal o capim B. ruziziensis, contribuíram
para a grande expansão do capim braquiária, cuja rápida adaptação no trópico
fez desaparecer ou reduzir a pequenas glebas, muitos capins nativos.
Muitas espécies de braquiária são trazidas do
continente africano e estudadas em instituições brasileiras. Estudos de adaptação
edafoclimática, manejo animal, nutricional, entre outros. Acredito que o grande
número de espécie não é devido ao sistema de reprodução, por Apomixia - formação de sementes sem
fecundação, um tipo reprodução assexuada por sementes a partir do óvulo não
fecundado – mais sim por haver braquiárias fêmeas (no caso a B. ruziziensis) e braquiárias macho (B. brizantha, B. humidícula, B. decumbens...),
por exemplo, mostrando o grande potencial de mutação das Bachiarias no continente pátria e sua adaptação ao manejo natural dado pelos herbívoros africanos.
O tipo de reprodução por apomixia é um dos
motivos de se ter grandes toneladas de sementes sendo comercializadas em todo
Brasil e no exterior pelas empresas forrageiras.
Registrei em fotos abaixo as espécies e seus
cultivares dos principais capins
braquiária em maior expansão em solos brasileiros devido à grande produção
comercial de sementes e utilização agrícola. Logo mais, teremos a Série F o r r a g e i r a s – Gramíneas (Nativas).
Braquiária Decumbens ou Braquiária, "Braquiarinha" - Brachiaria decumbens
foto: campo de produção de sementes em Batatais/SP
foto: campo de produção de sementes em Batatais/SP
Braquiária Humidícula - Brachiaria humidícula
foto: campo agrostológico, setor de Forragicultura da Unesp, campus Jaboticabal/SP
foto: campo agrostológico, setor de Forragicultura da Unesp, campus Jaboticabal/SP
Braquiária Llanero - Brachiaria humidicola cv Llanero (ex B. dictyoneura)
foto: campo agrostológico, Faculdade Moura Lacerda, Ribeirão Preto/SP
foto: campo agrostológico, Faculdade Moura Lacerda, Ribeirão Preto/SP
Braquiária Marandú ou "Braquiarão" - Brachiaria brizantha cv Marandú
foto: campo de experimento de manejo animal, setor de Confinamento, Unesp - campus Jaboticabal/SP
foto: campo de experimento de manejo animal, setor de Confinamento, Unesp - campus Jaboticabal/SP
Braquiária Xaraés - Brachiaria brizantha cv Xaraés
foto: experimento, setor de Forragicultura, Unesp - campus de Jaboticabal/SP
foto: experimento, setor de Forragicultura, Unesp - campus de Jaboticabal/SP
Braquiária Piatã - Brachicaria brizantha cv Piatã
foto: campo de experimento em manejo animal, Faculdade Moura Lacerda, Ribeirão Preto/SP
foto: campo de experimento em manejo animal, Faculdade Moura Lacerda, Ribeirão Preto/SP
Braquiária Ruziziensis - Brachiaria ruziziensis
foto: campo agrostológico, Faculdade Moura Lacerda, Ribeirão Preto/SP
foto: campo agrostológico, Faculdade Moura Lacerda, Ribeirão Preto/SP
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