Agroecologia é diferente!
É pela defesa do mundão e território compartilhado. Saber Alimentação e Saúde.
É da Rede dos Povos: Latina, Pacha
Mama e Família Cósmica!
Envolve todos/as a existirem. Resistir é
regenerar-se.... regenerar o físico, a mente e o solo.
Agroecologia "é
Movimento..." Fluido do tempo. Fato. Noosfera interiorizada no 'saber empírico' de cada Ser. Vivência. Visão das
estrelas e da pedrinha.
Holística. Mágica e Pacífica. Subjetiva: “Extensão
ou Comunicação? ”
A construção do Saber, o conhecer e o compartilhar
de tudo para todo/as. Informação, luta, amor.
Troca das sementes nas conchas de mãos. Mutirão!
agriCultura evolutiva, ... na Missão de
emancipar nossas Comunidades e preservar a espécie; modo de Ser e viver; a extensão
não exógena do ambiente; economia sana, inferior! Sim. Mas solidária.
Se envolve ‘jão’ Só comunidade e jovens
domina tal proposta.
Pois bem, planos e Planapos.. MAPA! Tirem os
dedos e a falsa ideologia de Brasil independente. Não será igual. Não é negócio-Agro
de poucos grandes; é de muitos pequenos.
Se não ajudar não atrapalhem, nem tente enganar, pois temos ferramentas para o controle e a não-barbárie na batalha.
Agroecologia é diferente! Axé. Paz e Luz. Oli
por Tião Pinheiro,
Estou
chegando de Bananeiras, brejo paraibano, onde choveu uma semana sem parar e a
temperatura não passou de 18 graus C. Um nevoeiro (como o fog londrino
conhecido como “pea soup cream”) baixava repentinamente. O NEA-ITCP-UFRGS
atendeu o convite da CCHSA da UFPB e ministrou o “Curso de Saúde do Solo e
Cromatografia de Pfeiffer”, inclusive demonstrando a instalação de um campo de
metagenômica e metaproteômica que ficará a cargo dos Doutores professores
Raunira e Alexandre.
Embora o curso tenha sido
excelente e acompanhado no pandeiro de Sossego, matei a saudade do ColégioAgrícola Vidal de Negreiros, onde estive a 19 anos atrás, mas minha gente
voltei triste, consternado, e para diminuir minha dor a compartilho: Um
imbecil, norte-americano, com graduação universitária assassinou “Cecil” um
leão símbolo de um Parque Nacional do Zimbábue. As cores dos leões do Zimbábue,
sua pelagem e juba são muito diferentes dos outros leões africanos
esteticamente atraentes. Agora recordo sua excelência o Senhor Embaixador dos
Estados Unidos uns dez anos atrás que justificava o uso de herbicida sobre os
Parques Nacionais Colombianos, em carta resposta a um médico, que denunciava os
danos à saúde humana, animal e meio ambiente publicado no jornal de maior
circulação de Bogotá.
Sou cidadão de um país onde um
advogado foi obrigado a usar a lei de “Proteção aos Animais para defender o
tratamento humano a um preso político, que mais tarde se transformou em feroz
Ditador. Logo, o significado da morte de “Cecil” poderia passar batida, mas o
trágico é que no mesmo dia foi noticiado o atropelamento de uma suçuarana
(puma) em rodovia paulista, transformada na Globo News em onça (jaguar). O que
me fez devanear: Já não conhecemos nossa fauna...
O que me importa agora é: Por que
puseram o nome do leão de “Cecil”?
Não é possível que fosse em
homenagem a Cecil Rhodes ao racista, facínora e genocida que fundou empresas de
colonização que se transformaram em “Rhodesias” para a Casa de Windsor, cuja
Capital era Salisbury. Nem é possível que 50 anos depois de tudo que sofreram
na luta da independência, desde a época dos “Mau-Maus” grande movimento
revolucionário, onde as mulheres eram a parte mais importante e estratégica na
luta pela independência, agora se dê o infeliz nome ao pobre leão assassinado
(pelo cretino dentista que gastou 170 mil dólares) e recebeu um editorial no
New Yorker Times... Império é império.
“Mau mau” é o nome que a
inteligência britânica popularizou para desviar a atenção, pois o movimento se
chamava Kenya Land and Freedom Army – KLFA- (Exército da Liberdade das Terras
do Quênia) e isso pegava muito mal na época (vejam o filme Guerrilha com Sidney
Poiters). Abarcava toda a África subsaariana. O gozado é que “mau-mau” era o
anagrama da expressão suazili: "Uma Uma" (Fora Brancos), que
significava prisão e tortura a quem ousasse proferi-la, pelo que se dizia: “Mau
Mau”. Muitos desafiantes foram devorados por cães famintos.
É triste. As redes hegemônicas de
televisão não permitem que se conheça história para eliminar a memória.
Lembrei dos amigos zimbabuanos
“stipendiate” nas Alemanhas (ocupadas) que regozijavam o AK47 como “Banana
Magazine” nos combates contra os traidores do King’s African Rifles. No
Zimbábue o movimento era o ZAPU, de Joshua Nkomo e o ZANU de Robert Mugabe
antevendo o fim da África do Sul a inteligência britânica se antecipou após a
independência da Zâmbia (Rodésia do Norte) criou a criou a Rodésia do Sul,
estratégica por ser o maior produtor de fumo do mundo. Era preciso protelar a
derrota através dos genocidas racistas de Ian Smith, que “sem o apoio de
Londres” podia fazer o que quizesse para manter a colônia para segurança da
valiosa África do Sul. Tanto Frelimo como MPLA e o Congresso Africano de
Mandela foram imprescindíveis para a independência do Zimbábue de capital
Harare.
Não é possível que o leão tenha o
nome de “Cecil” em homenagem a Rhodes. Sei isso, pois tive de estudar um pasto
denominado em sua homenagem capim Rhodes (Chloris gayana) muy importante nas
áreas áridas do mundo onde chove menos de 400 milímetros. Talvez por isso
recebi a raríssima nota dez no exame de Praticultura (pradeiras). No Brasil foi
introduzido desde o Kalahari um parente próximo dele bastante problemático,
onde chove mais de 800 milímetros, o capim Annoni (Eragrotis plana, Nees), que
um vaidoso colocou seu nome e hoje é uma praga internacional no Conesul. Não
faz muito que um bando de imbecis me convidou para dar uma palestra sobre os
danos do capim annoni. Por trás dele estavam os interesses de uma cooperativa, a
Monsanto e uma entidade de latifundiários. Tomaram um torpedo e ficaram bem
caladinhos e não houve a negociata corrupta de seu controle com herbicidas.
Voltando
ao leão morto: Será que algum africano em sã consciência iria chamar o lindo
leão de “Cecil”. Alerta minha gente: É necessário atender os anseios dos
estudantes e professores retomando o verdadeiro significado do neologismo
AGROECOLOGIA, hoje bastante usurpado. Mahatma Gandhi: Não será fácil
interiorizar a liberdade, logo devemos ver na morte do leão o motivo para alertar
os estudantes que as Fundações: Rockefeller, Nestlé, Kellogs, Sazakawa, Bill
& M. Gates, Coca Cola, Pepsi e Aliança para a Revolução Verde na África,
onde Kofi Annan, ex Secretario Geral da ONU é “Lobby boy” ou “Bellhop”.
Não
podemos fraudar o sonho de nossos jovens. Ha que precavê-los. Vamos dançar o
Kuarup pelo pobre leão.
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