por Sebastião Pinheiro
A colega Raniera solicitou informações sobre a água de Porto Alegre. Meu
sarcasmo pampeano permite intitular essa resposta: Do “bigstick” de Eisenhower
ao tapinha nas costas de Obama.
foto 1 |
O livro “The Second Brain” (O Segundo Cérebro), do médico Michael
Gershon é “Best Seller” e causa comoção ao denunciar a destruição pelos hábitos
de vida impostos pelo “Complexo Agro-Industrial, Alimentar, Financeiro
(agronegócios). Há 42 anos, em Brasília, quando o Brasil reatou relações
diplomáticas com a China, suspensas dez anos antes quando a missão diplomática
daquele país foi presa, expropriada de seu dinheiro, condenada e posteriormente
indultada e expulsa nos dias seguintes ao golpe militar (foto 1); O ditador
Geisel recebeu a nova comitiva chinesa (foto 2) e para luzir sua ação social,
naquele então a palavra Social nem constava no nome e sigla do BNDE, disse aos
comunistas asiáticos que, toda criança na escola brasileira recebia uma merenda
escolar. O pobre tradutor chinês da missão ficou numa saia justa, pois não
conseguia traduzir a intenção das palavras do ditador sobre o termo merenda, o
tradutor brasileiro tentou explicar, mas a comitiva estrangeira não conseguia
entender o porquê de se comer na escola de um turno. Depois de algum nervosismo
e sorrisos amarelos dos locais. O chefe da delegação foi claro e objetivo: “Na
China toda criança sai de sua casa o suficientemente alimentada para não
necessitar comer na escola, pois isso prejudica o seu aprendizado”. A parte
final da tradução para o português ficou incompleta graças ao “desconfiômetro”
do tradutor nacional, e até mesmos os estrangeiros entenderam.
foto 2 |
Primeiro a “cantina”, e depois a merenda escolar, desde então continuam
sendo um dos itens de maior corrupção na educação do país pelo interesse da
indústria de alimentos. O INAN e PRONAN foram criados pela lei 5.829/72 e
regulamentado pelo Decreto 72.034 de 31 de março de 1973, um dia antes do
décimo aniversário do golpe militar pelo carrasco Médici, mas as políticas doSAN começaram no Estado Novo no interesse da indústria futura (No Colégio
Batista Brasileiro em 1954 todos os alunos receberam creme dental e escova da
Kolynos que ensinou a escovar os dentes e logo em seguida a Nestlé distribuiu jogos
e latinhas de Nescau).
Já passou mais de meio século de muita euforia e milhões de crianças
continuam tanto mal educadas quanto famélicas recebendo sua única alimentação
na escola ou complementando-a com o “Bolsa Família”, que carece de qualidade. O
que preocupava o embaixador chinês agora é exponencial.
Itamar Franco pretendeu acabar com a mega corrupção ao municipalizar a
merenda escolar através da Lei 8.913 de 1994. Contudo, o estado de SC deu um
exemplo ao exigir que a alimentação escolar fosse natural e orgânica com a Lei
12.601 de 18 de Dezembro de 2001. Antecipando-se o governo federal editou a
medida provisória N. 2178-36 centralizando os recursos para a aquisição da
mesma, ludibriando a qualidade e natural.
Com a Lei 11.947/09 o governo federal tornou monopólio a compra por
entidades alinhadas a ele, e fez muito alarde e propaganda. As quantidades
compradas nunca atendem a necessidade nacional, quando os gastos em propaganda
sobre a referida política pública gastou pelo menos dez vezes aquele valor em
proselitismo vazio e eleitoreiro, mas não política pública consolidada.
O tempo passou. A China é uma potencia mundial com astronautas e mantém
o alicerce comunista, mas sua nomenclatura veste “Armani” e usa sapato “Louis
Viutton”; Os daqui também, mas as crianças continuam com a tradicional merenda
que na maioria das vezes é sopa instantânea, sardinha em lata, macarrão, arroz
e Tangs, Q-sucos de todas as cores e sabores. Infelizmente com essa alimentação
não vamos ter os cinco Prêmio Nobel que a Argentina tem, nem os três do México,
os dois do Chile ou o de Peru, Colômbia e Guatemala. Nem nossas crianças serão
selecionadas para a produção de matéria fecal para o OPENBIOME BANK do M.I.T, o
que poderia, no futuro, transformar-se num segmento de recebimento de divisas
maior que o de remessa dos trabalhadores no exterior. Nem terão seu “segundo
cérebro” funcionando melhor para ajudar o desnutrido primeiro, sobrecarregado
com a merenda e o estudo simultâneo.
Sobre a água de Porto Alegre/RS que está com cheiro hediondo, George
Orwell foi lapidar: “In a time of universal deceit, telling the truth is a
revolutionary act” (Em tempo de fraude universal, dizer a verdade é um ato
revolucionário). Mas, ao assistir a entrevista da Secretaria de Estado do Meio
Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável/RS e ver o Diretor do Departamento de
Água e Esgoto da Prefeitura tomar água, lembrei o saudoso Lutzenberger quando a
apresentadora Tânia Carvalho em entrevista ao eng. químico Millo Raffin, ele
rebateu as informações técnicas: “O que o tecnocrata está dizendo é que em cada
copo de água potável distribuída pode haver uma colherinha de merda
dissolvida”. Era época do Prefeito (indicado pela Marinha) Socias Villela no
regime autoritário.
O tempo passou, envelheci e triste acompanho as informações que o cheiro
presente na água é devido à Actinomicetes, um singelo absurdo. BuckminsterFuller ensina: “You never change things by fighting the existing reality. You
change something by building a new world that makes the existing model
obsolete” (Você nunca muda as coisas lutando contra a realidade existente. Você
muda algo através da construção de um novo mundo que faz com que o modelo
existente fique obsoleto). Ignorar não só ciência e tecnologia, mas
invariavelmente a cordura e bom senso é a formação do tecnocrata heteronômico.
A hidrologia no RS mostra que mais de 33% da água passa pela cidade de
Porto Alegre carregando tudo que, desde os limites das bacias é nela suspenso
ou dissolvido. O tratamento de potabilidade e higienização física e química, já
não consegue manter a qualidade biológica e a água perde vida.
O impacto dos resíduos de Glyphosate que aumentou significativamente nos
últimos 18 anos e é um poderoso quelador de todos os minerais. Minerais
fundamentais no metabolismo da microbiota na água para sua purificação e
qualidade. Os trabalhos científicos de Antony Samsel & Stephanie Seneff ,
do MIT sobre os impactos sanitários sobre o sistema enzimático dos citocromos
(CYP) causando a depleção de sulfatos (Fe, Mn, Co, Mo y não formação do DMSO
precursor do MSM, etc.) com um amplo espectro de alteração nos metabolismo de
protistas, plantas e animais. Algas produzem toxinas altissimamente perigosas
em épocas especiais do ano em blow up e o Glifosato provoca isso.
Cidadãos em sociedades soberanas não necessitam de adjetivos junto aos
nomes para esclarecer valores, pois entendem a significação e significado
semântico nas coisas, senso comum ou consciência coletiva. Sociedades dominadas
ou alienadas adoram adjetivos embelezando substantivos por não ter memória
cívica.
Há aproximadamente 30 anos começamos a escutar os termos: “segurança
alimentar”, “sementes crioulas” e “sustentabilidade” repetidos de forma
impertinente nos movimentos sociais, mídia, órgãos de governo, e, principalmente
nos documentos dos organismos multilaterais. Sempre que uma ordem está a ser
implantada os neologismos surgem para educar e aculturar consumidores e
gestores políticos heteronômicos.
A repetição à exaustão por pessoas humildes leva ao messianismo, o que é bem explorado pelo poder e mercado.
A repetição à exaustão por pessoas humildes leva ao messianismo, o que é bem explorado pelo poder e mercado.
O termo “segurança alimentar” oriundo do desenvolvimentismo da sociedade
industrial através da SAN no Estado Novo foi substituído pelo de “soberania
alimentar” da OMC manipulado e induzido no meio político subalterno e posto ao
serviço da indústria de alimentos, beneficiada com a troca.
No mundo a maior indústria é a de alimentos e sua pretensão é
libertar-se totalmente e definitivamente da agricultura e natureza para seu
poder supremo sobre a energia alimentar, o que significa crescimento continuo.
Sugestivo, um irônico yankee diz: - É por isso a segunda indústria é a de medicamentos.
Diversos artigos em revistas científicas começam a propalar o novo vocábulo: “segundo cérebro”, neologismo para os intestinos, pois o seu funcionamento garante a qualidade do “primeiro”, o mais vital do corpo. A ciência comprova que o funcionamento dos intestinos influi sobremaneira nos sistemas imunológico, endócrino e nevrálgico através do cérebro [The enteric nervous system consists of some 500 million neurons,[6] (including the various types of Dogiel cells),[1][7] one two-hundredth of the number of neurons in the brain, and 5 times as many as the one hundred million neurons in the spinal cord.[8] The enteric nervous system is embedded in the lining of the gastrointestinal system, beginning in the esophagus and extending down to the anus.] wikipedia
Sugestivo, um irônico yankee diz: - É por isso a segunda indústria é a de medicamentos.
Diversos artigos em revistas científicas começam a propalar o novo vocábulo: “segundo cérebro”, neologismo para os intestinos, pois o seu funcionamento garante a qualidade do “primeiro”, o mais vital do corpo. A ciência comprova que o funcionamento dos intestinos influi sobremaneira nos sistemas imunológico, endócrino e nevrálgico através do cérebro [The enteric nervous system consists of some 500 million neurons,[6] (including the various types of Dogiel cells),[1][7] one two-hundredth of the number of neurons in the brain, and 5 times as many as the one hundred million neurons in the spinal cord.[8] The enteric nervous system is embedded in the lining of the gastrointestinal system, beginning in the esophagus and extending down to the anus.] wikipedia
Há quatro epidemias mundiais (foto3):
Nele se enquadram:
- A “Doença Renal Crônica”, provocada pelo herbicida conforme os trabalhos dos cientistas acima;
- A “Epidemia crescente de Diabetes” detonada (despertar de genes) pelo efeito gatilho do referido agrotóxico.
- O “Autismo” provocado pelo uso do referido herbicida aplicado sobre as sementes transgênicas; É afirmado que 50% das crianças nascidas nos EUA em 2032 serão autistas.
- A outra é a “Disbiose Intestinal” ou Síndrome do Intestino Irritável com mais de um milhão de pacientes e que já matou somente nos EUA 50 mil pessoas, pois a indústria de alimentos é hegemônica às refeições. Os principais agentes da disbiose são o Clostridium difficile e as Salmonelas. Estes dois patogênicos oportunistas são facilmente controlados por saprófitos através de sideróforos, mecanismo que somente os saprófitos dispõem para solubilizar os sais de ferro no ambiente tornando o metal indisponível para os patogênicos. Os sideróforos são destruídos pela ação quelante do Glyphosate e a microflora perde diversidade, cuja persistência na água é termoestável até 370ºC e biologicamente indestrutível por ser bactericida e fungicida destruindo os ciclos do Enxofre, Nitrogênio e Oxigênio do Efeito Estufa da mudança climática. Quanto mais diversa e abundante a Microbiota Fecal (nos intestinos) mais facilmente são controladas os referidos patogênicos.
- A “Doença Renal Crônica”, provocada pelo herbicida conforme os trabalhos dos cientistas acima;
- A “Epidemia crescente de Diabetes” detonada (despertar de genes) pelo efeito gatilho do referido agrotóxico.
- O “Autismo” provocado pelo uso do referido herbicida aplicado sobre as sementes transgênicas; É afirmado que 50% das crianças nascidas nos EUA em 2032 serão autistas.
- A outra é a “Disbiose Intestinal” ou Síndrome do Intestino Irritável com mais de um milhão de pacientes e que já matou somente nos EUA 50 mil pessoas, pois a indústria de alimentos é hegemônica às refeições. Os principais agentes da disbiose são o Clostridium difficile e as Salmonelas. Estes dois patogênicos oportunistas são facilmente controlados por saprófitos através de sideróforos, mecanismo que somente os saprófitos dispõem para solubilizar os sais de ferro no ambiente tornando o metal indisponível para os patogênicos. Os sideróforos são destruídos pela ação quelante do Glyphosate e a microflora perde diversidade, cuja persistência na água é termoestável até 370ºC e biologicamente indestrutível por ser bactericida e fungicida destruindo os ciclos do Enxofre, Nitrogênio e Oxigênio do Efeito Estufa da mudança climática. Quanto mais diversa e abundante a Microbiota Fecal (nos intestinos) mais facilmente são controladas os referidos patogênicos.
Embasados nos estudos da velha medicina chinesa os cientistas e médicos
norte-americanos optaram por uma solução menos radical, ideológica e mais
rentável a “sopa dourada”. Uma sopa de excrementos recém expelidos e naturais
administrada ao paciente. Este tratamento escatológico recebeu o pomposo nome
de Transplante de Microbiota Fecal. Seu desenvolvimento como biotecnologia de
ponta trouxe a projeção de um mercado superior ao trilhão de dólares. Pelo que
no Massachusetts Institute of Technology (M.I.T) foi criado o OPENBIOME BANK
para a compra de excrementos humanos já representa um segmento de bilhões de
dólares. Hoje o pagamento é de 40 dólares por dose de fezes além de um bônus de
10 dólares para a doação continua por cinco dias seguidos. O transplantado paga
pelo menos mil vezes este valor. O interessante é que médicos e cientistas nos
Estados Unidos e México garantem que a epidemia tem sua exacerbação a partir
dos resíduos de herbicida Glyphosate® nos alimentos transgênicos e água
permitido legalmente. A U.S. EPA já aumentou em 233% sua tolerância nos
alimentos.
Ocorre que o principio ativo do Roundup® foi registrado como fungicida e bactericida em 2014 pela Monsanto precavendo-se de responsabilidades perante as autoridades sanitárias e povo norte-americano.
Em microbiologia molecular há o neologismo Metagenômica, (do grego: além da genômica). No intestino há uma diversidade de 4 a 6 x 1030 ( lê-se dez elevado à potencia 30): De 4 a 6.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 indivíduos, dos quais as técnicas tradicionais de cultivo em laboratório e identificação alcançam na atualidade somente 1%. Contudo, a biologia molecular permite extrair seu DNA/RNA, mas não identificá-los em separado.
Trabalhar com esse universo desconhecido exige mudanças radicais. Desde Pasteur, na saúde e Liebig, na indústria de alimentos e agricultura, o dogma é esterilização total e absoluta como base da higiene. Na Metagenômica há um universo desconhecido que necessita ser identificado e conhecido para entender como faz funcionar melhor o primeiro cérebro descortinando um mundo biológico, econômico, financeiro gigantesco que fará tudo existente até agora ser comparado à descoberta da luz e do fogo. Este segmento científico, tecnológico, sanitário, industrial vale muitos bilhões de dólares.
Ocorre que o principio ativo do Roundup® foi registrado como fungicida e bactericida em 2014 pela Monsanto precavendo-se de responsabilidades perante as autoridades sanitárias e povo norte-americano.
Em microbiologia molecular há o neologismo Metagenômica, (do grego: além da genômica). No intestino há uma diversidade de 4 a 6 x 1030 ( lê-se dez elevado à potencia 30): De 4 a 6.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 indivíduos, dos quais as técnicas tradicionais de cultivo em laboratório e identificação alcançam na atualidade somente 1%. Contudo, a biologia molecular permite extrair seu DNA/RNA, mas não identificá-los em separado.
Trabalhar com esse universo desconhecido exige mudanças radicais. Desde Pasteur, na saúde e Liebig, na indústria de alimentos e agricultura, o dogma é esterilização total e absoluta como base da higiene. Na Metagenômica há um universo desconhecido que necessita ser identificado e conhecido para entender como faz funcionar melhor o primeiro cérebro descortinando um mundo biológico, econômico, financeiro gigantesco que fará tudo existente até agora ser comparado à descoberta da luz e do fogo. Este segmento científico, tecnológico, sanitário, industrial vale muitos bilhões de dólares.
Para as indústrias de Alimentos e Medicamentos, o Openbiome Bank,
acelerador do axioma de liberdade da natureza, que enquanto não chega fará o
que tem muito dinheiro comer orgânicos (vitalizados) certificados. Quem tiver
pouco dinheiro tomará a “sopa dourada”, idem, certificada, quem não tiver
sofrera as conseqüências da eugenia biológica, parte do seu dogma capitalista.
Se, a indústria de alimentos chama a endosimbiose em nosso intestino de
“segundo cérebro” por razões mercadológicas, mais propriedade há em afirmar que
a Microbiota do Solo que alimenta aquela diversidade através da Simbiogênese de
Kozo-Poliansky (1924, baseado em “Apoio Mútuo de Kropotkin”, 1890) é muito mais
o "segundo coração da humanidade", através da regência ético-moral
camponesa, que professa a saúde no solo (Bio~poder camponês). Quando o camponês
recebeu a fórmula do biofertilizante sabia que os micróbios eram a nova
ferramenta tecnológica, sem se preocupar com sua ação ou identidade,
necessidade implícita da indústria de alimentos e sistema financeiro. Quando
por resistência Julius Hensel começou a usar os pós de rochas não era
necessário defini-lo como um "transplante de células-tronco da
rocha-mãe" para a restauração do sistema imunológico do solo contaminado y
degradado pela agricultura moderna que provoca a epidemia de disbiose em
humanos, que agora procura sustentabilidade e soberania alimentar para os
ricos, através da segurança mercantil de seus neologismos.
Em agroecologia com Bio~poder camponês se “elimina as causas” protege o
“segundo coração” e elimina as desigualdades, através da saúde no solo, mas
somente as "Pedagogia da Autonomia" e Pedagogia da Indignação (Paulo
Freire) nos fazem entender que somos pós de estrelas ou “espíritos em jornada
humana”, como alertou Teilhard du Chardin. Na Sociedade Industrial periférica
“comer merda” é vendido como ciência de ponta, mas desconhecem metagenômica,
mesmo quando a estudam. (Foto 4 capa) Crianças comem alimentos naturais em Chiapas
(México), onde se pratica e exerce o bio~poder camponês.
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