pdf do livro aqui O gado Bovino no Brasil
A presença do gado bovino teve conseqüências até na formação territorial do Brasil. Hoje, a criação de gado bovino é a atividade econômica que ocupa a maior extensão de terras no país, com o segundo maior rebanho bovino do mundo. Se levarmos em conta ainda que as empresas brasileiras respondem hoje por mais da metade do mercado mundial de carne bovina e que em 2008 o país ocupava a sexta posição mundial em produção de leite, dá pra imaginar a importância econômica desta atividade para o país.
Esses dados, por si só, deveriam garantir que os órgãos governamentais responsáveis pelo controle e acompanhamento desta atividade divulgassem informações corretas e atuais acerca de todas as questões a ela relacionadas. No entanto, como diz o economista e consultor da Fase Sergio Schlesinger, em estudo publicado recentemente sob o título Onde Pastar? O gado bovino no Brasil: “com os olhos voltados para o exterior, o mundo oficial divulga e publica números e informações gerais cuja qualidade é incompatível com a dimensão deste setor no Brasil A área total ocupada e o total do rebanho, por exemplo, são dados que variam tremendamente, para um mesmo período, a depender da fonte oficial que os produz ou até mesmo da metodologia empregada”.
Se dados tão básicos e, a princípio, não comprometedores, são tratados desta forma, o que dizer das informações sobre os impactos sociais e ambientais causados pela extensiva criação de gado bovino, quando estas podem comprometer a aceitação dos produtos no mercado internacional?
Sabe-se que hoje as regiões Norte e Centro-Oeste são as que apresentam as maiores taxas de expansão do rebanho bovino no Brasil e que este ciclo de expansão vem sendo considerado o principal fator de destruição da Amazônia. Os impactos sobre a Floresta Amazônica e o Cerrado brasileiros em termos ambientais e sociais, ou seja, a dimensão de áreas degradadas, a geração de empregos, a qualidade da carne vendida no mercado interno e outros, são praticamente ignorados e, quando divulgados, são tratados de maneira a não prejudicar as exportações e a imagem do Brasil no exterior “em particular no que diz respeito à destruição da Amazônia”, afirma Sergio Schlesinger.
Neste recente lançamento, editado pela Fase com o apoio da Fundação Heinrich Böll , FDCL, TNI e Food na Water Watch, o economista analisa a importância da exploração da pecuária para a economia e o significado desta exploração para o meio ambiente do país e do mundo. Discutindo também os impactos sociais dessa atividade, ele busca desvendar e organizar as informações gerais sobre o gado bovino brasileiro e a apresenta algumas novas propostas para a pecuária no Brasil.
Esses dados, por si só, deveriam garantir que os órgãos governamentais responsáveis pelo controle e acompanhamento desta atividade divulgassem informações corretas e atuais acerca de todas as questões a ela relacionadas. No entanto, como diz o economista e consultor da Fase Sergio Schlesinger, em estudo publicado recentemente sob o título Onde Pastar? O gado bovino no Brasil: “com os olhos voltados para o exterior, o mundo oficial divulga e publica números e informações gerais cuja qualidade é incompatível com a dimensão deste setor no Brasil A área total ocupada e o total do rebanho, por exemplo, são dados que variam tremendamente, para um mesmo período, a depender da fonte oficial que os produz ou até mesmo da metodologia empregada”.
Se dados tão básicos e, a princípio, não comprometedores, são tratados desta forma, o que dizer das informações sobre os impactos sociais e ambientais causados pela extensiva criação de gado bovino, quando estas podem comprometer a aceitação dos produtos no mercado internacional?
Sabe-se que hoje as regiões Norte e Centro-Oeste são as que apresentam as maiores taxas de expansão do rebanho bovino no Brasil e que este ciclo de expansão vem sendo considerado o principal fator de destruição da Amazônia. Os impactos sobre a Floresta Amazônica e o Cerrado brasileiros em termos ambientais e sociais, ou seja, a dimensão de áreas degradadas, a geração de empregos, a qualidade da carne vendida no mercado interno e outros, são praticamente ignorados e, quando divulgados, são tratados de maneira a não prejudicar as exportações e a imagem do Brasil no exterior “em particular no que diz respeito à destruição da Amazônia”, afirma Sergio Schlesinger.
Neste recente lançamento, editado pela Fase com o apoio da Fundação Heinrich Böll , FDCL, TNI e Food na Water Watch, o economista analisa a importância da exploração da pecuária para a economia e o significado desta exploração para o meio ambiente do país e do mundo. Discutindo também os impactos sociais dessa atividade, ele busca desvendar e organizar as informações gerais sobre o gado bovino brasileiro e a apresenta algumas novas propostas para a pecuária no Brasil.
Sergio Schlesinger
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