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"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Encontro indica propostas para a ATER em São Paulo



Cerca de 100 pessoas participaram do “I Fórum sobre As Políticas de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) para os Assentamentos em São Paulo", que aconteceu nos dias 1 e 2 de setembro, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), em Araras.
Com o objetivo principal de debater as políticas públicas para a prestação de serviços em Assistência Técnica e Extensão Rural para assentamentos rurais e áreas de agricultura familiar, bem como a atual política de ATER no Estado de São Paulo e no Brasil, o evento reuniu pesquisadores, professores, técnicos, estudantes e agricultores.
Participaram da mesa de abertura o professor José Giácomo Baccarin, Superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), João Leonel dos Santos, Diretor de Desenvolvimento do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), Delvek Matheus, dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), professora Dra. Sonia Bergamasco, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), professor Dr. Luiz Antonio Norder (UFSCar) e Beatriz Stamato, representante da Articulação Paulista de Agroecologia (APA). Todos ressaltaram a importância do encontro das instituições para debater o tema e o rumo da ATER no Estado.

“São 17 mil famílias assentadas em São Paulo e todos, instituições, movimentos sociais e estudantes, temos um grande desafio. Não basta apenas aprender e aplicar as técnicas, é preciso integrar as instituições e incorporar as questões ambientais no desenvolvimento da ATER”, disse o superintendente do INCRA na ocasião.

            Além de palestras que expuseram a conjuntura histórica e atual (estadual e nacional) da ATER, o evento definiu grupos de trabalho que debateram os problemas da ATER em São Paulo e definiram propostas de mudanças. No final do encontro, as sínteses dos grupos de trabalho foram apresentadas e, em plenária final, foi redigida uma carta e criada uma comissão representativa das instituições participantes, que apresentaram as reivindicações ao superintendente do INCRA em São Paulo, em reunião no dia 6 de setembro de 2011.

“Precisamos aplicar o modelo alternativo para a produção de alimentos, que proporcione segurança alimentar. Precisamos criar estratégias nesse sentido e temos de estar unidos, pois o agronegócio é muito organizado e não está preocupado com o futuro dos alimentos. Temos setores na esfera pública que nos apoiam, mas eles também são fracos. Por isso precisamos nos articular e envolver cada vez mais pessoas no debate da sustentabilidade e que, consequentemente, fortalecerão nossos apoios no governo. O agronegócio não se preocupa com o amanhã. E nós não vendemos produtos, vendemos ideais que não prejudicam e respeitam agricultores, consumidores e a natureza”, enfatizou o professor Mohamed Habbib, da UNICAMP, no encerramento do workshop.

Participaram estudantes e profissionais ligados a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA, Delegacia de São Paulo), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) ,Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), Serviço de Orientação da Família (SOF), Instituto Giramundo Mutuando, Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE), Instituto Socioambiental (ISA), Instituto Cílios da Terra, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Meio Ambiente), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Articulação Paulista de Agroecologia (APA), Cooperativa Reforma Agrária, entre outras instituições.
            Durante o evento foi elaborada a Carta de Araras sobre as Políticas de Ater para os Assentamentos em São Paulo, na qual foram apresentadas vinte e três recomendações e propostas para a ATER em assentamentos e áreas de agricultura familiar.
No dia seis de setembro, logo após o evento, Beatriz Stamato (Articulação Paulista de Agroecologia) e Luiz Antonio Norder (UFSCar) se reuniram com o novo superintendente do INCRA em São Paulo, José Giacomo Baccarin com a finalidade de apresentar as demandas surgidas no Fórum. O Superintentente se prontificou a dar um posicionamento sobre cada um dos itens e afirmou que o INCRA em São Paulo iria apresentar uma solução temporária para o cancelamento do contrato de ATER até então vigente. Todavia ressaltou que o INCRA estava programando a abertura de um novo edital público e que realizará uma audiência pública convidando a sociedade organizada a conhecer o edital e apresentar projetos. O superintendente também se mostrou favorável à criação de Comitês de ATER regionais e estadual, conforme sugestão do Fórum.
Abaixo, divulgamos, para amplo conhecimento, as demandas e propostas elaboradas pelos membros das instituições participantes do evento.

Rede APA
Oliver Blanco 

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