Sem cor sem perfume sem rosa sem nada
Mestre Sr. Tião Pinheiro
Telespectador
letárgico assistindo a Rússia x Coréia do Sul, vi uma bandeira russa agitada
com a inscrição em cirílico TOMCK. Lembrou-me Tomsk, a cidade secreta, centro
de enriquecimento de plutônio e urânio para o complexo militar soviético criado
em 1947, onde ocorreram alguns desastres, e em 1993 uns dos maiores desastres
nucleares militares recentes (TOMSK-7), também um dos mais ocultos o que não
pode ser feito com Fukushima, pois “o mar chega à todos”, como dizia nossa
querida Rachel Carson em sua obra máxima (“The Sea around us”).
Em
21 de outubro do ano passado Michael Snyder publicou um texto com os “28 sinais
que a Costa Oeste dos EUA está sendo frita pela radiação de Fukushima”.
Respalda sua denúncia com o mapa (foto) e os níveis de contaminação radiativa
existentes nos EUA e sua colônia, Porto Rico. Recentemente, ambientalistas
desconheciam tal informação.
Indução
e manipulação pelo poder alteraram o “Pensar globalmente e Agir localmente”?
Antigamente todo ambientalista lúcido e ativo era denegrido com o termo
“ativista de plantão”. Os tempos mudaram; hoje muitos “ambientalistas ocupam
espaçosos escritórios nas Federações de Indústria, Diretoria de Meios de
Comunicação ou Assessorias Parlamentares. Foram treinados no Reino Unido e nos
EUA em “Environment Policy” ou na Alemanha em “Umwelt Verwaltung”. Usam o
jargão ambientalista com desenvoltura. Suplantam ou inibem aqueles autênticos
arcaicos ou os novos que consomem meio ambiente, o que torna valiosíssimo o
material de Snyder.
O
mapa assinala 15 pontos com níveis de radiação (Radcon 3 elevada) e ao redor do
Reator “derretido” de Three Miles Island na Pensilvânia é (Radcon 4
preocupação/vigilância). Será por isso que a radiação que chega de Fukushima
não é tratada com seriedade? Será impotência pela inexorabilidade da situação
ou cumplicidade financeiro-ideológico?
Durante
a Guerra Fria reatores nucleares eram essenciais, não para energia elétrica,
mas a produção de explosivo para bombas nucleares e termonucleares. Os riscos
operacionais eram minimizados pelo objetivo verdadeiro e escondidos em ambos os
lados. Contudo, os perigos na concentração e purificação com Red Oil (Tri Butil
Phosfato) à quente com querosene, como os acontecidos em Hanford em 1953 no
estado de Washington ou em 1953 e 1975 em Savannah River no Tennessee
permaneceram altamente sigilosos. Em Seversk (TOMSK-7) na Rússia em 1993 não
houve nenhuma publicidade ou comoção pela ordem mercadológica globalizada, que
modelou o tratamento ao público do problema em Fukushima. Ambientalistas sem informação
ignoram a realidade ou temem o epíteto de terrorismo.
Nos
meses após o teste desastrado em Chernobyl o RS recebeu leite em pó, carne e
banha de porco contaminada e importada pelo governo Sarney. A ação de jovens
ambientalistas gaúchos impediu a venda e o consumo, e uma parte daqueles
alimentos transportada para outros estados e outra foi confiscada pela justiça,
como as ações na justiça demoraram o alimento tornou-se impróprio e tudo foi
destruído.
Muito
tempo depois, a Pró-Reitoria de Extensão da UFRGS promoveu junto com o
Instituto Goethe a apresentação (e debate) da película alemã “Die Schlacht von
Tschernobyl” (O massacre em Chernobil) sobre a catástrofe no Reator IV (teste
militar desastrado) que ameaçou a Ucrânia e Bielorússia e conseqüências em toda
a Europa que permaneceu em segredo durante uma semana, sendo descoberto pela
contaminação na Suécia.
O
mundo viveu desesperado. O amigo e colega salvadorenho, bolsista (Agronomia) em
Kiev de 1985 a 1990. Ele contou que começou a perder o cabelo não só da cabeça,
mas de todo o corpo, inclusive das sobrancelhas, logo após o acidente e que
isso espantou a todos. Mas que compreendeu que o hábito de se banhar todos os
dias o expôs à contaminação da água...
O
mapa abaixo do Nuclear Emergency Tracking Center (Central de Controle em
Emergência Nuclear) mostra os elevados níveis de radiação nas estações de
monitoramento em todo o país. Como pode ser notada ao longo da costa oeste dos
EUA. A cada dia, 300 toneladas de água radioativa de Fukushima entram no Oceano
Pacífico. Isso significa que a quantidade total de materiais radioativos
liberados de Fukushima aumenta constantemente em nossa cadeia alimentar.
Em
última análise, a radiação nuclear vai permanecer por muito tempo e poderia
levar até 40 anos para limpar o desastre de Fukushima, e, entretanto, pessoas
inocentes vão desenvolver câncer e outros problemas de saúde como resultado da
exposição a altos níveis de radiação nuclear. Isso é absolutamente sem
precedentes, e está piorando constantemente. A seguir estão 28 sinais de que a
costa oeste da América do Norte está sendo absolutamente fritos por
Fukushima...
-
Ursos polares, focas e morsas ao longo da costa do Alasca estão sofrendo de
perda de pele e feridas;
-
Há uma epidemia de mortes de leões marinhos ao longo da costa da Califórnia;
- Ao longo da costa do Pacífico do Canadá ao Alasca, a população de salmão está em uma baixa histórica;
- Ao longo da costa do Pacífico do Canadá ao Alasca, a população de salmão está em uma baixa histórica;
-
Uma vasta ilha flutuando de detritos de Fukushima do tamanho do Estado da
Califórnia atravessou o Oceano Pacífico e chega à costa oeste;
- A
radioatividade das águas costeiras no oeste dos EUA poderia dobrar nos próximos
cinco a seis anos;
-
Especialistas encontraram altos níveis de Césio137 em plâncton entre o Havaí e
a Costa Oeste;
-
Na Califórnia todos os atuns analisados estavam contaminados com a radiação de
Fukushima;
- O
jornal Vancouver Sun denunciou que peixe importado do Japão estava contaminado
com Césio137;
1.000 becquerel por quilo de Césio;
1.000 becquerel por quilo de Césio;
-
Alguns especialistas acreditam que nós poderíamos ver níveis muito elevados de
câncer ao longo da costa oeste apenas de pessoas que comem peixes contaminados;
-
Recentemente a BBC News informou que os níveis de radiação ao redor de
Fukushima são "18 vezes maior” do que se acreditava anteriormente;
-
Um estudo financiado pela União Européia concluiu que Fukushima liberada até
210 quatrilhões de becquerels de Césio137 na atmosfera;
- A
radiação atmosférica de Fukushima que atingiu a costa oeste dos Estados Unidos
em 2011 retorna aos níveis de 2011. Neste momento, 300 toneladas de água
contaminada de Fukushima verte ao Oceano Pacífico diariamente;
-
Um cientista do Instituto de Pesquisas Meteorológicas do Japão diz: "30
bilhões de becquerel de Césio radioativo e 30 bilhões de becquerels de
Estrôncio radioativo" estão sendo liberado ao Oceano Pacífico diariamente;
- A
Tepco diz entre 20 trilhões e 40 trilhões de becquerels de Trítio radioativo é
jogada ao Oceano Pacífico desde o desastre de Fukushima;
-
Um professor da Universidade de Tóquio diz 3 gigabecquerels de Césio137 flui
para o porto de Fukushima diariamente.
-
Estima-se que é 100 vezes maior a radiação nuclear liberada em Fukushima que a
total liberada no desastre de Chernobyl;
-
Um estudo recente concluiu que uma grande nuvem de Césio137 a partir do
desastre de Fukushima chegará as águas costeiras dos EUA no início do próximo
ano;
-
Simulações mostram que a pluma de Césio-137 liberada pelo desastre de Fukushima
alcançou águas costeiras dos EUA no início de 2014 e terá máximo em 2016;
-
Está sendo projetado níveis significativos de Césio137 em todos os rincões do
Oceano Pacífico até 2020;
- O
Oceano Pacífico em breve "terá níveis de Césio de 5 a 10 vezes
maiores" do que aquilo a que assistimos durante a era dos testes com armas
nucleares no Pacífico em muitas décadas;
- A
imensa quantidade de radiação nuclear no Oceano Pacífico provocou ativista
ambiental Joe Martino a emitir aviso: Seus dias de comer peixes do Oceano
Pacífico terminaram;
- O
Iodo131, Césio137 e Estrôncio90 que vêem constante de Fukushima afeta a saúde
dos que vivem no Hemisfério Norte por muito;
-
De acordo com um recente relatório Planeta Infowars, da costa da Califórnia
está sendo transformado em "zona morta";
-
Estudo realizado no ano passado constatou que a radiação do desastre nuclear de
Fukushima poderia afetar negativamente a vida humana ao longo da costa oeste da
América do Norte do México ao Alaska "Durante décadas";
- O
The Wall Street Journal diz a limpeza de Fukushima pode levar até 40 anos para
ser concluída;
- O
Professor de Yale, Charles Perrow adverte que se a limpeza de Fukushima não é
feita com 100% de precisão a humanidade poderá ser ameaçada "por milhares
de anos";
Você
está começando a entender por que tantas pessoas estão tão profundamente
preocupadas acerca do que está acontecendo em Fukushima?
Importa
o Brasil pescados japoneses após Fukushima?
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