por Sebastião Pinheiro
Vocês lembram o Pepê, Ministro de
Assuntos Estratégicos de Collor. Apareceu na Lava Jato como o operador do
próprio; Pobre e infeliz "Gasolina", digo PC, tesoureiro e
financista. O quê pode o meta poder!
Sou ingênuo confundi "raiz - radical" com "fundamento - fundamentalismo", pois semântica e etimologia jamais foram meus fortes. Agora, fui obrigado a atualizar-me: Fundamento é a base ideológica, filosófica ou outra, de algo. Já o fundamentalismo é a estrita adesão a doutrinas teológica conservadoras, assim designadas pelos seus defensores. Por extensão este termo passou a ser usado em outras ciências como posição dogmática, fanática. Estou às voltas com três temas: - A ciência de Ludwik Fleck; - A possível Bomba H da Coreia; - A triste realidade nacional 25 anos depois.
Ludwik Fleck foi um cientista
judeu de nacionalidade polonesa que dirigia no campo de concentração e
extermínio de Buchenwald na Alemanha Nazista, a poucos metros dos fornos
crematórios, um dos laboratórios de imunologia e microbiologia mais bem
equipados e possuía uma equipe de outros presos de renome (médico Marian
Ciepielkowsky; o sorologista francês Prof. X. Waitz; o bacteriologista Eugen
Kogon e o Prof. Alfred Belachowsky do Instituto Pasteur) e mais de dez
imunologistas alemães de alto nível profissional, intelectual e especialidade.
Ele e sua equipe sobreviviam pela imperiosa necessidade de seu conhecimento
pelos algozes nazistas para a produção da vacina contra o tifo exantemático
causado pela riquétsia (Richettsia prowazekii) para a imunização das tropas SS.
Já conhecida bem antes de
Napoleão as epidemias de tifo entre prisioneiros de Guerra (foto) e os campos
de concentração eram o local constante de surtos para as pesquisas. De 1943 até
1945 em Buchenwald foram produzidos mais de 600 litros de «vacina» totalmente
ineficaz devidamente aplicada em mais de 50 mil soldados SS. (O exército imperial
japonês usara o mesmo artificio em Harbin, na China com o sacrifício de 400 mil
cobaias humanas pelo Tenente General Ishiro Shii, que em 1960 foi dirigente na
Olimpíada de Tóquio.).
A equipe de Fleck não sabia como
produzir as quantidades requeridas pelos nazistas e montou uma farsa com um
mero placebo (medicamento sem principio ativo) superando os rígidos controles e
protocolos nazistas. As pequenas quantidades da vacina efetivas e eficazes para
imunização eram administradas à equipe e sua própria família pelas condições no
campo de concentração. Depois da guerra ele descreveu em uma série de trabalhos
científicos e filosóficos os alcances e feitos na ação, fundamentos e
sociologia no fundamentalismo da ciência.
Isto está contado no livro
Revolución en la Evolución no capítulo “Un gran dilema em Biología”, de Lynn
Margulis editado pela Universidade de Valência, em 2003 onde cita o livro de
Ludwik Fleck "Genesis and Development of Scientific Fact" que traz
sua “Teoria do Feito Científico”.
Dita teoria afirma que todo
“feito cientifico” nada mais é que um consenso entre científicos com vínculos,
que interagem socialmente. Este “feito” é produto de um complexo processo
social que começa com a observação individual ou com a medida e que termina com
a integração de uma “afirmação verdadeira” estilizada no livre conhecimento da
sociedade.
Fleck documentou o processo
mediante o qual as atividades sociais como assistência a reuniões científicas,
contribuição a revistas científicas e boletins profissionais faz a contribuição
aos "mitos comuns", livros textos e outros instrumentos de
socialização, consolidam grupos de pessoas que de outro modo serão científicos
e técnicos ingovernáveis (grupos de pensamentos) e iriam constituir as “tribos
de pensamentos” ou alternativos.
Do outro lado desse espelho, na
Coreia do Norte, o atual líder, neto do formador da parte norte após a secessão
do país, Kim Jong Un foi criado desde a primeira infância até a universidade na
Suíça para exercer poder absoluto sobre fundamentos e fundamentalismo em todos
os sentidos.
Seu pai explodiu sua primeira
bomba atômica em 3 de Outubro de 2003 e ele coroa de forma macabra a obra
familiar.
Bomba atômica é uma arma para o
exercício de poder imperial. Para fazê-la é necessária muita ciência e uma quantidade
de radioisótopo de um metal muito pesado como o Urânio ou Plutônio, que serão
purificados e concentrados para a confecção do artefato militar, que ao
explodir libera muita energia por fissão. Na atualidade ela é, em muito
superada pela bomba H. Para se fazer a bomba termonuclear de fusão é
necessário, o radioisótopo de metal muito leve, como o Hidrogênio. Os isótopos
do Hidrogênio Deutério e Trítio se encontram na natureza em quantidades muito
diluídas e sua concentração é dispendiosa, pois eles são encontrados na água da
chuva em concentrações inferiores a picogramas ou 1 x 10 na potencia negativa 12
(0,000.000.000.001 gramas/Litro) e menos ainda nas água oceânicas e sua
concentração precisa de muita hidroeletricidade para a produção de D20, e mais ainda
para a T20 (águas pesadas).
O cientista britânico EdwardTeller foi o criador da Bomba de Hidrogênio. A propaganda militarista ufanista
alcunhou a expressão que a Bomba Atômica é apenas a espoleta da Bomba H, para
divulgar sua excelência destruidora em comparação com a atômica. Edward Teller
ficou famoso pela proeza de doar sêmen para Eugenia, contudo algumas crianças
nasceram com deficiências mentais.
Sobre a produção de Deutério e
Trítio diz a lenda que os chineses encontraram que as águas juvenis, oriundas
de fontes geotérmicas (vulcões) são mais ricas em Deutério e Trítio e passaram
a tratar com jatos dessa água a lava vulcânica incandescente com exito; Depois
começaram a moer certas rochas ricas em Sulfetos e dissolvê-la nas águas
termais; Por fim aquecer, sob pressão para a produção não só do Deutério e
Trítio, mas de outros isótopos (Neodímio) para a produção de imãs formadores
dos campos eletromagnéticos indispensáveis na montagem do artefato
termonuclear.
Há quem diga que o gigantesco uso
de pós de rochas na agricultura chinesa nada mais são que o aproveitamento e
disfarce do subproduto e não o seguimento pioneiro de Julius Hensel. Da mesma
forma que o desenvolvimento dos inseticidas fosforados na agricultura do mundo,
mais que negócios das empresas químicas era uma garantia de produção a baixo
custo do Tributilphosphate (TBP), purificador de radioisótopos pesados por
partição líquida. A bomba atômica coreana foi acelerada pela doação de 20
toneladas de TBP da China. Lembram do aprisionamento do Navio Espião
"Pueblo", em 1968. Não foi noticiado por fundamentalismo do meta
poder.
Há atualmente uma comoção nos EUA
& UE devido à hegemonia chinesa no mercado de Terras Raras (Lantanídeos),
para desespero norte-americano pelo seu valor estratégico em eletrônica,
satélites, computadores e arte militar. Diz, ainda a lenda que o uso dos pós de
rochas permitiu a concentração desses elementos para a industria e o resultado
de seus ensaios na peletização de sementes é apenas um outro subproduto
desviado para a agricultura.
Na guerra fria houve a denúncia
de que Israel e África do Sul explodiram um artefato nuclear na atmosfera nas
proximidades do continente Antártico. Há muito, no Hemisfério Norte se deixara
de utilizar a atmosfera para testes, pois os inimigos tinham a possibilidade de
recolhendo amostras de certos cultivos e alimentos (leite) podiam determinar os
radionuclídeos (spuren) do fall-out e saber o tipo de artefato e as linhas e
tendências no seu desenvolvimento. Os argentinos enviaram ao Bundesforschungsantalt
für Getreide, Kartoffeln und Fettforschung Verarbeitung um bolsista para
analisar seus trigos no final da década de 70, para conhecer que tipo
radioisótopos eles continham. Na época, a França fazia seus testes no Atol de
Mururoa sob o Oceano procurando que diluição na água do Mar impedisse o
rastreamento de seus avanços científicos.
Agora o mundo sabe que um
terremoto artificial de 5,3 na Escala Richter foi detectado, na Coreia do
Norte, mas não se sabe o tipo e tamanho do petardo explodido, se de fissão ou
fusão. Obviamente que sem o Fall-out fica muito mais difícil predizer qualquer
certeza.
Na pobre e triste realidade
nacional, o famoso Pepê (Pedro Paulo Leone Ramos) foi recebido na sede do
Parque Nacional das Águas Escondidas pelo também secretário Lutz, a quem
entregou um grosso volume sobre a questão nuclear, que tinha de ser lido até a
manhã seguinte e enviado ao Planalto. O mais interessante é que naquela tarde
quente um desavisado tamanduá bandeira entrara dentro do quintal da casa e passamos
a tarde observando o portentoso comedor de formiga. Não sei se ele ficou sem
dormir para estudar o documento. Retornei ao Sul tranquilo. Ele afirmara que no
dia anterior estiveram uns dez caciques Caiapós e eles trouxeram um punhado de
crianças, preocupados, pois o buraco atômico ficava nas nascentes dos rios de
suas terras.
De chofre, ele me perguntou se eu
conhecia Joseph Greiner. E sem resposta, explicou foi um cineasta alemão
fulminado pela malária (Plasmodium falciparum) no Jary (foto) na expediçãonazista para delimitar a Amazônia Alemã, que Hitler pretendia ocupar nos anos
seguintes, como já fizera com grande parte da Antártica.
A revolução redentora doara a
área do Jary ao Daniel Ludwig, posteriormente indenizado pelos investimentos de
risco que fizera com sua fábrica de celulose flutuante, hoje uma grande
plantação de eucaliptos e pinheiros norte-americanos.
Aquele irreverente, que recebera o embaixador da
Alemanha de cuecas cumpriu o que havia antecipado: Fazer por uma pá de cal naquele buraco na Serra do Cachimbo (foto). Um quarto de século passou e
permite a reflexão: A corrupção e sua gêmea incompetência deixaram de ser
fundamento político e agora são fundamentalismo, exponenciais como a
microcefalia e desfaçatez, ambas piores que a Bomba de Nêutrons.
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