De 11 a 13 de agosto deste ano, acontecerá na Universidade Autônoma de Chapingo - México - Departamento de Agroecologia, as comemorações do 25º aniversário do programa educativo de engenharia na agroecologia e no marco do processo de construção do Movimento Agroecológico do México que se organiza no:
II Encontro Internacional de Economia Campesina e Agroecologia na América: soberania alimentar, mudanças climática e tecnologias agroecológicas.
As vozes que darão luz, cor, gênero e a
fertilidade musical ao encontro, e que representam a reflexão, inspiração e a
transpiração dos Campesinos e Campesinas do Sul Mundializado da Agroecologia:
Sabemos
pela história que muitos conhecimentos antigos foram propositadamente
esquecidos e decrescentes nos ramos da ciência agrária, repudiados pelos
interesses mafiosos das indústrias (grandes corporações petroquímicas, de
alimentação e drogarias). Este introito nos conduz ao passado numa análise
profunda da agriCultura a 100 anos atrás.
Aqueles
agricultores, agricultoras que corretamente eram chamados de Camponês,
Campesina, possuíam CULTURA. 'Sem saudosismo, ver-se-á o quanto era equilibrada
na exploração, ou melhor, no aproveitamento do solo. Procurava escapar da
aleatoriedade de somente inerente à agricultura, para tornar-se mais segura,
pois produzia, em primeiro lugar, alimentos para a família, sem ficar na
dependência de somente uma cultura ou criação. Esta diversificação fazia-nos
escapar de um granizo, seca ou enchentes e também das oscilações de mercado,
pois uma produção diversificada não tem prejuízos da oferta e procura, como só
acontece com as monoculturas (do agronegócio Pop).
A
agricultura denominada "colonial" (preconceituosamente com recheio
ideológico apelidada: 'de subsistência') era biológica, econômica e
politicamente equilibrada, pois ela dava ao agricultor/a AUTONOMIA. A
propriedade rural era uma célula independente, autônoma de um organismo sadio,
que era a Nação'.
Mais que
uma revolução, utopia, passamos por um momento de rebelião Ultrassocial. Temos
'ferramentas' para bloquear os corruptos que estão no mercado e vendem câncer,
violência, miséria e fome, e enriquecem, esgotando os recursos escassos e
finitos do Planeta.
'Todos os
aspectos vistos até o momento dão uma idéia fundamental de que o
SOLO-PLANTA-ANIMAL estão intimamente relacionados, integrados, e o homem/mulher
não é alheio a essa integração'. As vozes acima, incluindo in memoriam Lynn Margulis (aqui representando
todos os mestres nesta pegada), quebrou o tabu científico pautado no lucro
e domínio da Natureza; a raça humana, conscientemente vai abdicar do pedestal
de superioridade para evitar sua extinção (ou: 'Quem vai derrotar o capital será a Terra').
Voltamos a
situação de 1984, 'dentro da devastadora crise moral, econômica, social e
política em que afunda a Nação', e ainda há esperança, mas não tempo: uma
mudança urgente da nossa agricultura, de infraestrutura agrária, de paradigma,
de política (voz a minoria e movimentos raízes). Temos espaço físicos e muito
espaço para errar sem contaminar. Numa agricultura insana em que um quilo de
fungicida custa mais caro que um salário mínimo mensal de um trabalhador, e o
tomate tem um quarto de seu valor somente para pagar os agrotóxicos usados, urge
o grito pela Terra de não querer endividamentos nem divisas.
Os
agronegócios pelo mundo 'ignora a necessidade de respeitar as membranas que
limitam seus lucros' e, 'em contrapartida, a sabedoria campesina impede a
destruição e restaura as membranas da natureza'. "Agricultura Ecológica é o
retorno ao futuro". É
preciso resgatar o homem/mulher, nossas sabedorias, saberes e sabores... o BIOPODER CAMPESINO, antes que seja
tarde demais.
Oliver
Blanco
eng.
agrônomo, em defesa pela Saúde no Solo e Biopoder Campesino
No encontro acima nos representará Sebastião Pinheiro.
Tião é paulistano, cidadão de Belém, cidadão de Porto Alegre, técnico em Agricultura por Jaboticabal, SP, Engenheiro Agrônomo, Engenheiro Florestal, pela Universidade Nacional de La Plata, Buenos Aires, Argentina, autor e coautor de: Agropecuária Sem Veneno; O Agente Laranja em uma República de Bananas; O amor à Arma e a Química ao Próximo; A Agricultura Ecológica e a Máfia dos Agrotóxicos no Brasil; 'Just do it', Biotecnologia: muito além da Revolução Verde; Húmus; Pães de Pedra; (tradução e contribuição); e mais recentemente: Saúde no Solo versos Agronegócio. Medalha de Ouro do Confea (1985); Mérito Agronômico da Federação das Associações dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (1989); Delegado brasileiro no Codex Alimentarius, das Nações Unidas, em 1979, no Países Baixos; Delegado brasileiro na Conferência de Agricultura e Desenvolvimento Rural Sustentável, da FAO, na Holanda (1991). E autor de muitos textos o qual edito e compartilho no blogue @extensionista, aqui: Juquira Candirú Satyagraha.
Sua genialidade, lucidez, sabedoria e pauta aos diálogos que será compartilhada no encontro em Chapingo em defesa do Biopoder Campesino foi gentilmente cedida antecipadamente aos participantes e aqui reproduzimos. Enjoy!!
_AQUI_
Título:
BIOPODER CAMPESINO: A tecnologia é águia, mas o campesino - mestre - é muito mais que o Sol na rebelião Ultrassocial.
http://pt.slideshare.net/OliverBlanco01/25-aos-de-la-agroecologia
http://pt.slideshare.net/OliverBlanco01/primera-parte-25-aos-de-la-agroecologia-de-chapingo-1
http://pt.slideshare.net/OliverBlanco01/segunda-parte-25-aos-de-la-agroecologia-de-chapingo-2
FACEBOOK: Agroecologia Chapingo Oficial
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