Encontro Nacional Camponês de Organização e Educação Popular para a Transição Agroecológica

Encontro Nacional Camponês de Organização e Educação Popular para a Transição Agroecológica

14 de novembro

Por Sebastião Pinheiro

Os dois chegaram ao 6º Encontro Nacional Camponês de Organização e Educação Popular para a Transição Agroecológica em Tzimol em Chiapas, optaram por rotas e horários diferentes, que disputaram na moeda ao ar, Sol ou Águia e o vencedor chegou 12 horas antes pela complexidade da luta contra a morte e pela felicidade na Vida. Pobre América Ancestral onde se é levado à ignorância de ter vergonha do que se é, quando a humildade deixa de ser dever e se torna a principal virtude destruída pelo ódio e pelo valor supremo do dinheiro.

Spooky, sempre Águia, venceu. Estava chateado, mas não com raiva, porque o ambiente agroecológico não permitia seus charutos de ponta cônica, que ele sentia falta, mas estava feliz em poder usar suas coca huaraches de Nayarit e beber café com canela e sem açúcar, depois de um “pargo a la diabla”, em Manzanillo, Puerto de Colima, onde na margem do mangue ele pôde receber informações sobre o clima e meio ambiente para receber Lisarb sem surpresas ou inconvenientes. Lutar pela vida requer estar acordado e desconfiado.

Lisarb, não fez o caminho normal, veio por Huehuetenango, pois recebeu uma encomenda para radiografar a situação camponesa durante os dois anos de pandemia na fronteira para saber quem estava por trás das milícias, polleros e senhores da violência contra as organizações sociais camponesas, principalmente as mineradoras canadenses, uma manobra da coroa de sua Majestade “A Velha” que sabe esconder suas digitais nos crimes de lesa humanidade, desde sua avó, agora em cumplicidade e colidida com os chineses.

Ele viajou de ônibus por uma hora até a fronteira em Chiapas e criptografou o sinal da nuvem na Nova Zelândia no celular clonado de Spooky e o jogou sem um chip sob o rolo de um carro. Sabia que a situação dos chapinos era tão ruim quanto a dos brasileiros com Sua Insolência atual. Tinha que proteger as 1200 páginas de Direitos Humanos Chapines. Ninguém mais se lembra de Obama e os tomates, ou de Zelaya e dos melões contaminados pela pirataria. O que Edwafd Barneys, a CIA e as Bananeiras fizeram na Guatemala desde o fim do governo Arévalo é um dos maiores genocídios perpetrados pela gente de Rockefeller (Arévalo, formado pela Universidade Nacional de La Plata). Seu governo se chamava Quatro Anos de Luz em Quatro Séculos de Trevas e é um tema de sala de aula de Sociologia Rural em todo o mundo, mas sem nenhuma semelhança com os cursos de Desenvolvimento Rural criados pela Fundação Rocke por trás da United Fruit e U. Brands, para a Agroecologia do Departamento de Estado dos EE.UU. e muito mais íntimo à Universidade "filantropa" de Chicago.

Spooky se sentiu velho, pois demorou mais de três minutos para reconhecer Lisarb, que tinha duas garrafas de Coca Cola em um saco plástico da Oxxo, e um poncho tão velho e sujo, que deve ter ganhado comida, frutas e bênçãos dos chiapanecos.

 Lisarb passou por ele e disse em Soniqué: - engordastes. O cínico respondeu em Wolof do Senegal: 1.200 quilos em menos de dois minutos. Preparou bem a sua conferência para o Encontro Nacional de Camponeses?

- Sim, porque devemos virar uma pirâmide de cabeça para baixo por causa do biopoder camponês.

- Você acha que isso é mais importante do que denunciar que Peña Colorada está extraindo lantanídeos estratégicos para o Ocidente onde você comeu o "robalo a la diabla".

- Sei que as questões da terra e da autonomia camponesa são mais importantes, mas o Encontro trata de Educação e Organização, que são mais importantes do que o monopólio chinês de terras raras na eletrônica militar e civil. Não podemos ser ingênuos em não entender que o Complexo Industrial Militar Chinês não difere em nada do Ocidental nas ações piratas.

- Vamos fazer cromas de café?

- Se você deixar algum, sim. O que você acha?

- Bem, sem os meus charutos, vou aproveitar o fato de que o café aqui está entre os melhores do mundo e se depender de mim, não há mais certificados de qualidade nas redes britânicas, alemãs e italianas.

- Um Viva a Autonomia Camponesa de Canoas, pura luz, conquistou uma mineradora. Então aquele café vale mais do que o ouro gringo ou os lantanídeos chineses ...

- Pois bem, então aprenderemos no Encontro Nacional Camponês de Educação Popular para a Transição Agroecológica Indígena-Camponesa.

- Isso vale tudo para o governo plurinacional Ancestral ... mas o tempo impediu a mística do cerco ...

 - Que pena, mas está entendido, o que eles não vão entender é essa escrita.

- Que leiam cinco vezes, porque a situação na Guatemala é muito feia, mais feia que a nossa por causa de Sua Insolência, mais além de fascista. Há mais de 20 anos, em Santa Elene, as lágrimas rolavam, mas agora há esperança, Zapata vive e a luta continua. Carpe Diem.