O
Ministério do Meio Ambiente (MMA) lança, nesta quarta-feira (28/03), às 19h, o
Programa de Educação Ambiental para Agricultores Familiares (PEAAF), durante o
VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental, que acontece em Salvador, até o
próximo dia 30. A secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental
do MMA, Samyra Crepso, participará da abertura do evento. Nos dois dias
subsequentes, haverá rodas de conversa entre educadores e agricultores, para
apresentar o programa e esclarecer dúvidas. O PEAAF é resultado de
reivindicação do Grito da Terra - marcha dos trabalhadores rurais que se
realiza anualmente em Brasília - promovido pela Confederação Nacional da
Agricultura (Contag) em 2009.
Por meio
de ações educativas articuladas entre setores do governo e da sociedade, o
programa busca a construção coletiva de estratégias para o enfrentamento da
problemática socioambiental do meio rural. Resgata os preceitos da Política
Nacional de Educação (PNEA) ao fomentar processos educativos que fortaleçam uma
consciência crítica sobre a problemática ambiental e social. “No PEAAF,
trabalhamos temas como participação social, agroecologia, práticas produtivas
sustentáveis, tecnologias sociais, impactos da agricultura contemporânea sobre
o meio ambiente, relação campo-cidade, recuperação de áreas degradadas e
legislação ambiental”, explica Adriana Chaves, técnica da equipe de coordenação
do programa e organizadora das rodas de conversa. O objetivo final é contribuir
para a sustentabilidade dos agroecossistemas e para a melhoria da qualidade de
vida dos agricultores familiares do país.
“Pretendemos
estabelecer um diálogo mais direto com os produtores rurais familiares e
lideranças sindicais para estabelecer com eles uma produção sustentável no
campo” ,afirma o diretor Nilo Diniz, do Departamento de Educação
Ambiental (DEA) do MMA. “O conteúdo do curso é construído em conjunto, já que
muitas das soluções para a produção agrícola familiar sustentável já são
praticadas por eles”.
PÚBLICO-ALVO
O
programa é destinado a agricultores e jovens agricultores familiares de ambos
os sexos, assentados e acampados da reforma agrária, comunidades tradicionais,
extrativistas e pescadores. Também participam sindicatos; cooperativas;
organizações e movimentos sociais do campo; agentes de ATER (Assistência
Técnica e Extensão Rural); professores e estudantes de instituições públicas de
ensino superior e da educação básica; membros de grupos de aprendizagem,
pesquisa e extensão; membros de conselhos, comissões e colegiados públicos.
A
estratégia de implementação do programa passa por cinco etapas: articulação com
órgãos, políticas, planos e programas federais; apoio à elaboração e
implementação das ações nos estados; educação à distância e semi presencial;
fomento de projetos de EA com agricultura familiar; comunicação em EA para
agricultura familiar.
A
agricultura familiar envolve mais de 4 milhões de estabelecimentos e 12,3
milhões de pessoas no Brasil, segundo o último censo agropecuário (2006). Entre
os alimentos que chegam às mesas dos brasileiros, 87% da mandioca, 70% do
feijão, 59% dos suínos, 58% do leite, 50% das aves e 46% do milho provem da
agricultura familiar.
Fonte: MMA
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