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"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

segunda-feira, 19 de março de 2018

BIO-CHAR


03 de março 2018
por Sebastião Pinheiro




BIO-CHAR é a junção de "vida" + "charcoal", que em inglês significa o carvão vegetal, produto da fotossíntese e/ou quimiossíntese, um neologismo (foto). Nos textos acadêmicos ou movimentos sociais (honestos ou induzidos), não encontra se referências à incongruência de fazer "Carvão com Vida" (Biochar) através do fogo, uma sublimação. Na mitologia grega a Fênix ressurge das cinzas, resíduo de ação humana, graças a Prometeu; na Egípcia, a vida surge do húmus e a mítica ave Bennu fiscaliza o trabalho humano na gênese e na transformação da Vida, resublimada do Sol, a energia transformada em matéria. A reação controlada de Carbono com Oxigênio produz o “charcoal” (carvão vegetal) como commodity e destruição da vida presente ou geológica, dogma da Sociedade Industrial. Não há mudança de paradigma, somente um novo plano tecnológico nela mesma.


O trabalho na agricultura (ou o seu neologismo industrial agroecologia) pratica a re-sublimação do Sol sem a necessidade da sublimação paradoxal do Carbono pelo fogo para obter vida.

A afirmação de J. Lehmans sobre a ação do fogo, desencadeando o enriquecimento do Carbono atmosférico no solo das Savanas (Llanos, Cerrado, Caatinga, Chaco) torna-se utilitária para o mercado, não para a Vida (foto).


A técnica milenar das Chinampas mexicanas (e por onde mais existe) utiliza o resublimado (ressurgimento) do Sol na água e com o enxofre, em um processo antagônico à carbonização (fusão fria). O que permite a leitura sobre os chinampas amazônicas (Terra Preta de Índio), devido aos altos índices pluviométricos naquela região, onde o carvão formado pelo fogo é um adjuvante e não um gatilho no processo. Sua função utilitária pode ser comparada com o advento da ureia e outros fertilizantes, agora questionados por razões financeiras e industriais. Não se deixe enganar: o carvão vegetal é o espaço físico (objeto) onde atuam os microorganismos (sujeito). Então, o subliminado (Bennu) em vez da sublimada (Fénix) mostra se uma mudança de paradigma, diametralmente oposta aos interesses do poder econômico-financeiro da Sociedade Industrial.


Compreender isso ou comprar Biochar® certificado, com selos ISO e outras conveniências do Terceiro Setor é o drama que já vimos com ureia e todas as contaminações. O despejo de "carvão vegetal" e a transformação em commodities ou insumos levará a devastação e catástrofe sobre as florestas, outros biomas e natureza. Até que eles consigam desenvolver o isolamento, cultivo e identificação de metagenômica e metaproteômica.



O Branca de Neve e os 7 Anões, do pós-guerra, deixam de ser Imperialmente corretos e cede espaço para Preta de Carbono e os 7 Carrapatos mágicos recarregados (foto) em mais de 75 anos nos daremos conta. Enquanto isso, mude todos os "S" nas fotos por $ e comece a fazer a biocarbonização através do Sol, germinando as sementes e incorporando-as na terra para alimentos dos micróbios e mesofauna e gerenciando a M.O. (matéria orgânica) no solo através de compostos, dentro do novo paradigma, mais além dos negócios pirolíticos ou pirotécnicos.


 


Um comentário:

edsn disse...

Belíssima postagem . Mas por favor me diga Sebastião não seria melhor transformar toda madeira ou matéria orgânica já morta em Biochar do que deixar os seus gases metano e CO2 aumentar o efeito estufa?

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