Ora-pro-nobis, foto: O. Blanco |
Sr. Tião P.
Pretensioso eu creia saber muito
sobre química de venenos, mas por mais que estudasse e praticasse estou
percebendo severas limitações. É óbvio que elas são bem diferentes daquelas dos operadores do “Agronegócios”. O
fungicida Prothioconazole foi lançado por sua empresa que possui mais de vinte
e cinco mil cientistas de primeira linha, inclusive na área de biologia
molecular, mas a fitotoxicidade do produto comprometeu as lavouras onde foi
aplicado, o que é imperdoável incompetência.
Antecipando-se
à corrida ao Código de Defesa do Consumidor, entidades vieram a público,
imediatamente, prestar serviços, ao meu juízo mais para resguardar imagem e
interesses da empresa. Bem diferente do similar ocorrido nos EUA, no desastre
em 1998, no Delta do Rio Mississipi com as sementes transgênicas de algodão
Roundup Ready da Monsanto que não produziram pluma. Lá a justiça foi rápida e
exemplar. As indenizações foram totais e milionárias, constando não validade
dos futuros contratos para aquelas áreas. Aqui a violência estrutural não
estimula defender direitos e “atravessadores” prestam serviços a ambas as
partes. É o fim do Estado Nacional. Insólito!
O
Prothioconazole foi anunciado pela Joint Meeting on Pesticides Specifications
da FAO & JMPR do Codex Alimentarius da OMS - ONU que em 2008 fez suas
“monografias”. Não encontrei uma linha sobre fitotoxicidade e raras referências
à soja no documento de 181 páginas, o que é muito estranho. O diagrama mostra
algumas rotas de metabolização em algumas plantas.
Ingênuo
pensava que o que ocorria com os “Defensivos Agrícolas” era pelo regime de
exceção & corrupção como consta no livro “A Máfia dos Agrotóxicos no
Brasil”, mas estava, apenas, meio enganado. A instalação da Ferrugem Asiática
criou o maior mercado de fungicidas da atualidade; Produto que ao ser
usado, também nos cereais, passa a ser o carro chefe da empresa. Foram
feitas as exaustivas experimentações e testes nacionais necessários? Há
perspectivas de “venda de serviços” & “participações lucrativas” para alguns,
mas perdemos todos no Estado Nacional... Onde fica a sustentabilidade nos
países periféricos? Nos centrais há vinte
anos isso já foi desdobrado em políticas públicas de governo denominada de:
“SAÚDE DO SOLO”, onde são estimulados o aumento da população e diversidade de
micróbios e há até o instrumento tecnológico do BIOCHAR para armazenar Carbono
no Solo e evitar o Efeito Estufa.
Aqui
a “agricultura moderna” de “mecanização intensiva”, “Agrotóxicos livres e
imprescindíveis” e “conservação de solo & água” continuam como ordem
suprema das grandes corporações financeiras e governo caudatário. Aguarda-se a
imposição de novas políticas públicas de interesse privado de insumos e
serviços das grandes corporações financeiras e industriais no Estado Híbrido do
Século XXI que comemora a incorporação financeira da Agricultura Familiar, via
FAO.
Caricato
& periférico eu acreditava que nenhuma janela havia destruída nas
instalações da Bayer, BASF e Hoechst durante a Segunda Guerra Mundial pela
importância da produção imediata da “arma química” (Soman, VX etc.) para evitar
a invasão do Ocidente pelos tanques soviéticos na Guerra Fria. E ainda, que a
instalação de um complexo de fabricação de fosforados na década de cinquenta em
Belfort Roxo, no Rio de Janeiro permitiria alcançar a “The poor man’s Atomic
Bomb”, mas estudando o Roundup Ready (que possuía patentes já em 1938)
encontrei outra razão. A síntese do “TBP” (Terti-butil Fosfato) que os nazistas
usavam misturado com querosene para a purificação rápida e econômica do
combustível nuclear para sua “bomba atômica” e que depois, na “corrida
armamentista” proliferou em ambos os lados. Em Hanford, Benton, Washington se
gasta treze bilhões de dólares em remediação ambiental.
Agora sei, é por isso que os inseticidas
clorados vão ser substituídos pelos fosforados na agricultura do mundo
(causando 87% das mortes de camponeses e trabalhadores) e nada de razões
sanitárias, ambientais ou degenerescência celular...
Antecipar
o conceito de “Saúde do Solo” evitando sua transformação em insumo,
revitalizando a cromatografia de Pfeiffer como instrumento conceitual para
construção de “saúde do solo” junto aos camponeses foi uma estratégia, mas
descobrimos que, em todos os cromatogramas de Pfeiffer dos solos com soja
Roundup Ready há mumificação da “matéria orgânica”, foto.
Mudaram o nome da agricultura moderna para Agronegócios, mas não me ocupo do conceito jurídico de “quadrilha”, nem da violência estrutural do poder no Estado Híbrido do Século XXI, embora na segunda metade do século passado o termo tenha sido “Máfia”. Oremos: “Ora pro nobis peccatoribus, nunc et in hora mortis nostrae. Amen.”
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