01 de agosto de 2013
por Sebastião Pinheiro
BOCCATTO DI CARDINALLI é
uma expressão popular sobre a comida das elites. Quando Bento XVI esteve no
Brasil (9 de maio de 2007) comeu arroz preto cultivado com composto místico e
uso de farinha de basalto com cinco anos de antecedência no solo. Infelizmente
somente os agrônomos não sabem que a agricultura industrial desmineralizou os
alimentos e criou doenças (Emma Kunz, Julius Hensel). É moda vender pedra moída
para a alimentação humana, animal e agricultura. Um quilograma (Schindeles) em
Londres é oferecido a 40 Libras (200 reais) e há sites na internet que vende a
farinha de rocha norte-americana a 7 mil dólares a tonelada.
Qual terá sido o boccatto Papabilli
que S.S. Francisco comeu?
Não ignoramos que o berço
das religiões está próximo à foz de um rio cujas nascentes estavam em altas
montanhas: Eufrates – Tigre (Ararat); Nilo (Kilimanjaro),
Ganges-Brahmaputra-Menghna (Hymalaia) e na foz onde se depositava os húmus a
matéria orgânica solubilizada e mineralizada que erigiu as civilizações, fruto
da fertilidade da terra, com suas crenças e valores. Ainda hoje encontramos
nesses vales povos famosos, Hunzas no Paquistão, Vilcabamba no sul do Equador
onde há alta mineralização dos alimentos e longevidade de seus habitantes.
A elite não pode se
desmineralizar (Hein Celestial - kosher foods). A desmineralização dos
alimentos ocorre por que todo o solo do planeta está desmineralizado. E o pior
é que ignoramos que está perdendo o seu mineral mais importante: Carbono. Um
solo no Paquistão que em 1965 com a Revolução Verde produzia 11 kg de arroz com
um quilograma de ureia. Em 1995 com a mesma quantidade produzia apenas 3 kg.
(Um ótimo negócio) A projeção para 2025 é negativa, logo temos de mudar e
tornar tudo “sustentável”, para manter o que ai está e uns poucos degustem o
seu bocatto...
Para os recalcitrantes
temos: "The Myth of Nitrogen Fertilization for Soil Carbon
Sequestration" foi publicado em Novembro/Dezembro de 2007 no Journal of
Environmental Quality. Saeed Khan, Richard Mulvaney, Tim Ellsworth, and Charlie
Boast. Seu estudo revela que o Nitrogênio dos fertilizantes depletam o Carbono
Orgânico do Solo, (www.physorg.com/news112900965.html),
logo após a visita de Bento XVI.
S.S Francisco não tratou da
“mudança climática”, que nada mais é que a desmineralização (do Carbono) no
planeta (similar a osteoporose por ausência de gravidade). Ele sabe, pois é
químico. Há um aspecto importante no Carbono no Solo relacionado à
mineralização dos alimentos. É o frio da alta montanha, que durante a noite
formava gelo no interior das células (matéria orgânica morta) rompia suas
membranas facilitando a atuação das enzimas e maior troca de energia
(fermentação-oxidação-respiração) com menor quantidade de água, ao mesmo tempo
em que moderava as reações evitando sua oxidação final a CO2. O que permitia
aos minerais efetuar a “corrosão química” fixando-o como CO2. Além de permitir
maior humificação.
Com o uso continuado
crescente das soluções salinas e alcalinas dos fertilizantes químicos, o frio
necessário para formar gelo passou a ser muito maior e a corrosão química ficou
bloqueada. Logo, as quantidades de gás carbônico liberado aumentaram,
diminuindo concomitantemente a matéria orgânica e humificação provocando a
“depleção do Carbono” nos solos, mangues e oceanos (sinergizado com o
simultâneo aumento da poluição).
Os bancos e seus sequazes
querem um novo segmento de investimento para a “Economia do Carbono Financeiro”
usam diplomatas, cientistas e governos criam neologismos, elaboram propostas,
regras, leis para dar uma estética de seriedade aos seus objetivos de lucro. O
neologismo mágico é BIOCHARCOAL-BIOCHAR.
Preparam a mordida na
“Terra Preta Indígena da Amazônia” e no “Solo de Chinampas de Xochimilco”. A
corrida do ouro já começou e ninguém se atreve intrometer é bocatto di
cardinalli.
***
C – Paulo C. Silva: “Falando ontem com um amigo, o sr.
Hernanes Werner da epagri de Ituporanga/Rio do sul, este fazia um trabalho com
rochas moídas (ardósia e basalto) mas teve que interromper, pois recebeu ordens
que por rochas moídas nas lavouras é crime ambiental. Sabe algo a respeito? Pra
mim é novidade”
R – Tião: “Houve recentemente o III Congresso Brasileiro de
Rochagem? Há um grupo trabalhando em uma legislação em Brasilia. No Brasil, a
presença ou ação do estado na maioria das vezes não é pública nem republicana.”
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