16 de fevereiro de 2018
por Sebastião Pinheiro (bombeiro agroecológico)
Meu amigo
"paisa" Juan Antonio Castro Castaño mostrou sua preocupação com os
agrotóxicos, aqui minha contribuição.
- Pessoas,
organizações, comunidades cada vez mais se sentem indefesas ante ao
comportamento do Agronegócio sobre os impactos negativos das tecnologias
utilizadas na Agricultura. O "Bombeiro Agroecológico" tem várias
ferramentas para avaliar o "nível e qualidade da saúde ambiental"
através de indicadores vivo. Os principais são: abundância de vaga-lumes. As larvas deste inseto são predadores
vorazes acumulando substâncias tóxicas. Sua ausência é uma indicativo de contaminação
agrícola ou industrial.
Outro indicador
são: os girinos de sapos, rãs e escuerzos que engolem depois das chuvas. Seus
ovos são usados na análise da contaminação, pois muitos agricultores não tem
água tratada em suas propriedades o que os torna uma vítima inocente exposta
pelas autoridades; as teias de aranha de aracnídeos entre árvores, ramos,
cercas e instalações permitem o mesmo tipo de constatação. Era utilizado muitos
destes testes no passado para saber se uma propriedade usava ou não agrotóxicos,
quando eram comuns os falsos produtores orgânicos.
Quem deseja fazer a prova com seres vivos, chamado
"biotestes", pode usar larvas de mosquito, moscas de vinagre (Drosophila spp), esporos de fungos de
frutas (Aspergillus niger), e de pão
(Penicillium spp). Todos esses biotestes
são protocolados de alta sensibilidade e oficiais dentro das normas de ciência
e pesquisa na maioria dos países desenvolvidos há mais de 40 anos. (Foto) São
muito usados para inseticidas pois eram os mais insidiosos.
Os herbicidas tem
nas algas microscópicas e submicroscópicas com medidas de densidade ou conteúdo
de clorofila extraída e sua medição dentro de uma Biocurva quantitativa, mais
precisa e tão sensível quanto as análises eletrônicas ou biomoleculares. Para
aqueles que estão no campo, o uso de sementes como do tabaco Nicotiana, Berro de
Água e Jardim, Amaranthus sp e outras
são usadas para indicar resíduos de herbicidas na água e no solo.
Na década de
1968, os holandeses desenvolveram a técnica [Journai of Chromatography, 133
(1977) 245-251 0 Elsevier Scientific Publishing Company, Amsterdã - Impresso
nos Países Baixos CHROM. 9688. Nota comparativa de Drosophila, e fígado de rato e cabeça de abeçha melíferas para
detecção de resíduos de pesticidas organofosforados, carbamatos e herbicidas em
verduras e frutas C.F.C. PIETERSE Serviço de Inspeção de Alimentos Ernst and,
Ngenoord 6, Utrecht (Niederland) de altíssima sensibilidade. Os resultados
desta técnica para a contaminação pelo herbicida Glifosato são assustadoras. Se
requer um conhecimento razoável sobre o trabalho com enzimas e cromatografia em
camada fina. Uma pessoa com um curso de segundo grau pode ser treinada em cinco
dias para realizar esse tipo de análise, mas isso não agrada as grandes
corporações e governos servis, mas o bombeiro está atento ao pé do canhão,
corrigindo as cagadas do agronegócio.
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