“(...) É o próprio movimento da história – a luta dos homens
em todos os planos da atividade humana – que libertará o pensamento
cativo e permitirá que ele atinja seu pleno desenvolvimento.” Sartre
A epígrafe acima pautará toda nossa luta ao nível político e técnico nos desafios em defesa da Agroecologia no Estado de São Paulo. Com a presença exemplar da edificação constante no campo, de práticas que se estabelece em todo território nacional e, que há tempos, homens e mulheres preservam sua existência, seus modos produtivos e criam modelos de resistências históricas, recheados de saberes e cultura - cultura brasileira, a arma mais eficaz contra a agressividade do capital, assim como já dizia o grande Sergio Buarque de Holanda. Esse Capital que, fortalece ideologicamente o pilar do sistema convencional dominante de agricultura em solos brasileiros e, força girar a roda econômica que é quadrada.
É necessário ressaltar, para termos alegria e paz em nossa caminhada, a não competição e sim a coexistência dos dois sistemas, até tal ponto, quando prevalecer à seleção natural, por parte da maioria popular consciente, a começar pelo voto, em procurar alimentos e vivência em um sistema que diminuirá às externalidades ambientais, procurando também, diminuir uma pragmática crise social - reflexo de uma crise filosófica e científica em nossas academias de ensino público e na maioria dos órgãos gestores de nosso país.
Permita-me também, me posicionar em relação à tão discutida “transição agroecológica” a qual, vejo uma importância cultural destes atores do campo, sobrepondo a complexidade técnica de saberes científicos. O fato é que, a tristeza secular, da deteriorização contínua destas famílias no campo pelo sistema convecional (o cimento epistêmico da revolução verde) trouxe também a frustração pela linguagem científica.
O período de transição, corre lado a lado com a vontade dos jovens em atingir o período da modernidade urbana, tornando assim, a transição, um complexo desanimador para o objetivo sustentável de desenvolvimento no diálogo comunitário. Seremos mais diretos, ao firmarmos, como princípio político da agroecologia, a negação total do uso de agrovenenos e fertilizantes a base de químicos. Os agrotóxicos e fertilizantes sintéticos são dois influentes pilares de sustentação política e de grande transferência de riqueza aos conglomerados multinacionais, além de ser, grande parte da mentira técnica disseminada, mascarada, ideológica, pública ou privada, pelo interesse do lucro.
Negá-los é palavra de ordem. Negá-los é fazer florescer a esperança de vida continuada, aos solos, a fauna e a flora por gerações infindas. Negá-los é favorecer a saúde da família, como também é aos poucos ir substituindo o Agronegócio e começar a criar o Nosso Negócio, aqui e para o mundão. Negá-los é substituir o estado de transição pela entrada direta numa agricultura natural, ecológica, camponesa e agroecológica.
O período de transição, corre lado a lado com a vontade dos jovens em atingir o período da modernidade urbana, tornando assim, a transição, um complexo desanimador para o objetivo sustentável de desenvolvimento no diálogo comunitário. Seremos mais diretos, ao firmarmos, como princípio político da agroecologia, a negação total do uso de agrovenenos e fertilizantes a base de químicos. Os agrotóxicos e fertilizantes sintéticos são dois influentes pilares de sustentação política e de grande transferência de riqueza aos conglomerados multinacionais, além de ser, grande parte da mentira técnica disseminada, mascarada, ideológica, pública ou privada, pelo interesse do lucro.
Negá-los é palavra de ordem. Negá-los é fazer florescer a esperança de vida continuada, aos solos, a fauna e a flora por gerações infindas. Negá-los é favorecer a saúde da família, como também é aos poucos ir substituindo o Agronegócio e começar a criar o Nosso Negócio, aqui e para o mundão. Negá-los é substituir o estado de transição pela entrada direta numa agricultura natural, ecológica, camponesa e agroecológica.
A transição acaba quando uma família de produtores ou, uma comunidade agrária e, até mesmo um município, resolve nunca mais utilizar os dois agravantes ambientais e descapitalizadores econômicos de nossa agricultura – o veneno e o adubo químico e, claro, não esqueceremos o monopólio da semente e o latifúndio.
Paralelamente, temos um sistema poderoso ao extremo. Com técnicas viciantes de manejo do solo, introduzidas de tal maneira, ao ponto de dotar privilégios aos poucos grupos de industriais-burocratas internacionais que vislumbram os gestores nacionais (com pura ideologia de ordem e progresso) com, um olho em nosso solo outra na sifra ($), sustentando-os pela importância de se manter o superávit na balança comercial. Vejo essa tal dependência econômica, um reflexo da má evolução, na condução das estruturas industriais, democráticas e políticas do país. É histórica, a qual vem esgotando toda riqueza de um Brasil para os brasileiros, por meras vaidades ao lucro e a teimosia de permanecerem no erro, pois, insistir em preservar a revolução Verde, ou melhor, a Involução Verde é continuar abrir a janela, numa posteridade próxima, a era da ira catastrófica da Mãe Terra; “anos de miséria” chegarão – a fertilidade natural do solo se esgotará, não respondendo mais às artificialidades humanas em recuperá-la.
Não vou dizer que será fácil politicamente, como também, tecnicamente, já que, na discussão de uma nova proposta de acompanhamento no meio rural por técnicos da ATER, deveria ser fortalecida pelas importantes faculdades agrárias e instituições de pesquisas. Progressivamente, aliamos à pureza dos movimentos sociais, às associações de produtores e produtoras, às organizações e instituições com foco em construir meios produtivos, economias solidárias e comunidades cidadãs fortes e felizes, cuja aliança para o futuro, seja necessariamente voltada ao bem estar social de cidadãos rurais e urbanos. Num estilo conta gotas, só assim, costuraremos as veias abertas da América Latina, inserindo as mais belas histórias de vida no livro Brasil, ainda sendo descoberto e construído, por quem nele nasceu e fincou a raiz.
Oliver Blanco - Eng° Agrônomo
Um comentário:
Muito bom texto e reflexão compa! Vejo que na academia seja o maior desafio, com as pesquisas focadas no modelo vigente de agronegócio. Os movimentos e articulações precisam ter maior diálogo com a realidade ao invés de haver, talvez inconscientemente,ascensão própria, do que coletiva.
Grande abraço! Seguimos em luta!!!
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