O jeito é parafrasear o mestre István Meszáros* e acreditar.
Acreditar em defender o continente Latino Americano. Acreditar na Reforma
Agrária "utópica realista" em solos brasileiros. No mais nobre estilo
Che, revolucionário, de se "costurar as veias abertas da América Latina"
e curar a ferida aberta; a grande seara de Garimpo neoliberal exposta pelo
crescimento canceroso do acúmulo cobiçado de Capital. Sempre acreditaremos na
possibilidade de um outro mundo possível e urgentemente necessário. Portanto,
"se não ajuda não atrapalha, não podemos perder o controle na
batalha"... nem da Classe.
O "tarzinho" John Maynard Keynes, 'admitia abertamente que, "quanto à
luta de classes como tal [...] a guerra de classes vai me encontrar do lado da
burguesia educada",¹ em vez de fingir, como hoje é comum em
círculos intelectuais e políticos respeitáveis, que não existe essa coisa
chamada luta de classes.'
A Central babilônica aqui é do Brasil mais a desgraça terá de
ser alheia aos investidores de fora. O filho que não foges da luta nem mesmo
pra roubar, foi criado. Distorceram sua educação, e não será adotado pelo
dólar. Nem mesmo pela máfia paulista midiática - na TV, agora, só se prende de
menor, podem reparar a boca cheia dos jornalista Globais.
A classe que defende a justiça social em nosso território,
onipresente, possui raiz, possui pensadores. Mais poucos são os que difundem e conhecem
suas escritas, sua luta. A "Terra em Transe", está minando por
enquanto. Tem pra todo mundo. Não confundir com a Amazônia que não pertence a
nenhum país do mundo. A Amazônia é um bem do Planeta, da mãe Terra, a mesma conscientização
em defendê-la cabendo a humanidade, cabe-se também a união mundializada em defesa
da classe oprimida. Assumir um lado é mais justo, libertador, mitigador de
contradições, "inté" mesmo entre pais e filhos. Há uma urgência em
caminhar, pois a luta, é infinita mais o tempo não. De "Baixio das
Bestas" há de montes desviando a harmonia planetária e brasileira.
- Rema rio acima...
'Nas suas "Possibilidades econômicas de
nossos netos", Keynes decretou com
cândida confiança e otimismo que "o problema econômico da humanidade"
estará completamente resolvido dentro de cem anos.' Entende-se agora o
porque do Estado acreditar neste progresso desenvolvimentista do entra Keynes
saí Keynes, entra Keynes saí Keynes, nas crises do Capitalismo? Nem eu... Mais
os empresários da Avenida Paulista sempre adorarão metas.
'Muito pelo contrário
apesar de todos os avanços das forças produtivas de nossa sociedade - que sob
nossas atuais condições de existência são forças destrutivas ubiquamente
difundidas e irresponsavelmente utilizadas -, as gritantes desigualdades que
somos forçados a enfrentar com irredutível determinação para nos aproximarmos
uma polegada dos objetivos desejados tornaram-se imensamente maiores e, do
ponto de vista estrutural, ainda mais profundamente arraigadas do que antes. Ao
mesmo tempo, os perigos futuro, ainda que não um futuro idealizado, estão hoje
muito mais agravados do que nos piores sonhos de Keynes.'
A verdadeira Classe brasileira possui raiz. E não existe meta
daqui a 30, 50, 100 anos para se descobrir, não há tempo. Ou defende ou se
entrega... assumir uma postura será necessário, quase obrigatória. A solução
pra Arca de Noé brasileira está em nossos pensadores, suas posturas, sua Classe
defendida. "Não se corromper pra nós já é vitória".
'..., para resolver as
desigualdades estruturais de nossa sociedade [...] é preciso de um tempo
infinito. Entretanto, o problema é que a humanidade não tem uma infinidade de
tempo a sua disposição, pois, na realidade, ela é forçada a enfrentar o perigo
de potencial-aniquilação em razão da aparente incontrolabilidade de seu modo de
reprodução sociometabólica sob o domínio do Capital.'
(- mais se interage aê com o texto: o Brasil, é um país
riquíssimo na sua sociobiodiversidade humana, vegetal, de biomas; tem solo aqui
pra caramba. Tantas espécies pra se pesquisar e, um exemplo real, reducionista,
mascarado, são nossas Instituições
(Embrapa, Esalq, Unesp, Usp, Apta e outras...) empurrando para sociedade as
mesmas pesquisas de sempre, favorecendo as empresas de capital estrangeiro:
milhos transgênicos, agrotóxicos, canas, máquinas, rações, entre outras. Esses
dias acompanhei uma palestra de um "Doutor" em Código Florestal, dizia
ele logo de início: "que as pesquisas cientificas devem ser voltadas para o bem estar social da
população". Tá bom! foi a única coisa boa que citou na palestra inteira. Isso é difícil acontecer. Desanima... e aí, é o que se vê?
'...já não podemos nos dar o luxo de confundir
as causas fundamentais das dificuldade da humanidade com ilusória solução para
elas proposta - totalmente ilusória e ao mesmo tempo altamente tendenciosa -,
seja ela oferecida com uma confiança honesta e aberta, como fez Keynes, ou na
forma da camuflagem ideológica enganadora frequentemente praticada em nossos
dias por "neutros" defensores pseudo-objetivos da ordem existente.'
Usar dos instrumentos democráticos e seguir sobrevivendo. '...para tratar algumas de nossas
dificuldades - ainda que fossem limitados, mesmo no passado - estão hoje
sistematicamente abalados e destruídos pela força inexorável do Estado, em nome
do interesse na perpetuação do domínio do capital, com a ajuda da conformidade
ideológica e política duramente imposta.'
'É, portanto, muito
importante lutar contra os esforços correntes para impor em toda parte o Estado
de ideologia única, não importa o quanto ele pareça "racional" e
universalmente louvável.'
Àqueles que buscam o desenvolvimento do Brasil, com falácias
de crescimento, PIB, superávit, são os que fingem não ter classe, engana, auto
engana-se, manipula, se vende ao dólar estrangeiro. Espertos ao contrários. São
alienados esperando a "terra do nunca keynesiana" do "eterno
lazer".
É importante organizar a Luta de Classe. Assumir a orientação
ubiquamente em todo território nacional. Alinhar-se com as Classes também
injustiçada do mundo. Em cada esquina, em cada Favela, no meio rural, dentro da
Mata junto aos Índios. Criar redes de Desenvolvimento Locais - fora
do FACEBOOK que é uma rede importada e perigosa. Sermos todos e todas,
Paulo Freire, Darcy Ribeiro, Caio Prado Jr., Celso Furtado, Marighella,
Raimundo Faoro, Milton Santos, Ana Primavesi, Joaquim Nabuco, Josué de Castro,
Sergio Buarque de Holanda, Florestan Fernandes, Ruy Mauro Marine, Che... e
tantos outros e outras.
Disse Luts: "O que toda burocracia persegue é sua própria sobrevivência e ampliação. A liberdade só aumenta à medida que aumenta a autossuficiência, a autonomia local, a autogestão e se descentralizam todas as formas do poder de decisão". É importante a saúde da família e, para isso, a Luta de Classe
e a Reforma Agrária é discussão sine qua
non. Sejamos utópicos realista sempre, pois, os cabeças de cotonetes
sedentários estão todos arrendando as terras...
O. Blanco
* I. Mészáros, 1930 - O poder da ideologia; tradução Paulo Cezar Castanheira. - São Paulo : Boitempo Editorial, 2004.
¹ J. M. Keynes, Essays in Persuasion, Nova York, Norton & Co.,1963, p. 324
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