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Enviando ao blog @extensionista, está dica do técnico agropecuário, o amigo, Wantuelfer Fernandes Gonçalves (Wantu!), é um material importantíssimo.
"Todos os homens são intelectuais." Para Gramsci, que ainda acrescenta, ainda, que "todo homem é filósofo", na medida em que todos cooperam para sustentar ou modificar as concepções de mundo e suscitar novos modos de pensamentos. (Cf. Gramsci, Os intelectuais, op. cit., p. 17) Esse critério para falar de intelectual é a função que desempenha um grupo na sociedade, neste sentido, para Gramsci, "todos os homens são intelectuais, mas nem todos, os homens desempenham na sociedade a função de intelectuais". (Ibid)
A relação das obras de Gramsci e Desenvolvimento de Comunidade é a luz do fio condutor que levará o meio rural e claro, o meio urbano dependente (da sustentabilidade da natureza ao seu redor) pegando carona, a qualidade nutricional dos alimentos - já que doses diárias de agrotóxicos está presente em sua dieta - a uma conquista da liberdade; emancipação das garras de um sistema opressor, por exemplo, o autor nega, assim, a "autonomia" dos intelectuais, sua neutralidade, seu 'pensamento puro', que simula difundir o saber e o conhecimento independente de posições ideológicas. Gramsci chama a atenção para a relevância da posição dos intelectuais no seio do bloco histórico,
"ao nascer no terreno originário de uma função essencial no mundo da produção econômica, cria organicamente uma ou mais camadas intelectuais que lhe asseguram homogeneidade e consciência de sua próprias funções, não somente no âmbito econômico, mas também no social e político; o empresário capitalista cria, junto a si, o técnico da indústria, o especialista em economia política, o organizador de uma nova cultura, de um novo direito etc". (Gramsci. Cultura y literatura, op. cit., p. 27)
Assim como nossas universidades agrárias, zootécnicas e veterinárias, que desde de seu ciclo universitário impõe uma disputa, um preconceito entre os cursos, entre os alunos (- há seus "capa gatos", saí pra lá "batateiros", plantador de "alface"; "bicho grilo", "Zootecnia subcurso"... e outras merdas.) aos invés de integrá-los pois assim é o mundo diversificado fora da bolha do saber teórico, e seus mestres, formam, expurgam, seus "intelectuais" para um sistema de natureza individual. São agentes subordinados ao desvio intelectual produzido dentro das universidades. Uma pena.
Tudo isso, pois é preciso garantir essa riqueza da natureza as próximas gerações. No caso de alimentos nobres, os silvestres, os não domesticado pela pesquisa do homem e sim pela cultura do nativo, do índio, do crioulo, na pureza da tradição em comunidades e, garantir sua cultura, sua filosofia, é o que fará também, garantir frutas, legumes, verduras, raízes, árvores nobres, tudo isso, livre das manipulações humanas de base científicas: transgenia, agrotóxicos, etc. às gerações vindouras.
Acrescento Gramsci novamente, por isso falta uma unidade ideológica entre o "superior" e "inferior": "um movimento filosófico só merece este nome (...) na medida em que, no trabalho de elaboração de um pensamento superior ao senso comum e cientificamente coerente, jamais se esquece de permanecer em contato com os 'simples' e, melhor dizendo, encontra neste contato a fonte dos problemas que devem ser estudados e resolvidos. Só através deste contato é que uma filosofia se torna 'histórica', depura-se dos elementos intelectuais de natureza individual e se transforma em 'vida' ". (Gramsci, Concepção dialética, op. cit., p. 18.)
Nesta prosa, estudem o Desenvolvimento de Comunidade para garantir nossa soberania territorial. Sim, sou, na modéstia caipira, sempre "no sapatinho" um intelectual, assim como quem faz o trabalho braçal o também o é. Posso "desempenhar uma dupla função dialética no interior de um bloco histórico: tanto me é possível "trabalhar para reproduzir, quanto para abalar um sistema historicamente determinado."
Bão domingo! paz
*Safira Bezerra Ammann, Ideologia do Desenvolvimento de Comunidade no Brasil, leitura atual...
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"Parentes silvestres de culturas (CPS) podem ser definidas como plantas silvestres mais ou menos relacionados com a cultura.
O PSC representa um recurso genético vital para a criação de novas
variedades melhoradas, que são necessários para manter e aumentar a
produtividade de nossas lavouras e para lhes permitir sobreviver nas
novas condições criadas pela mudança climática. Até recentemente, a principal estratégia de conservação adotada para culturas parentes silvestres tem sido ex situ,
através da manutenção de amostras, incluindo sementes ou material
vegetativo, em vários tipos de bancos de genes ou outras instalações. Agora, reconheceu que a conservação da cultura parentes selvagens em seu ambiente natural (in situ) podem permitir que as populações continuam a evoluir e gerar novos variabilidade genética adaptada às novas condições. Até agora, a experiência e o conhecimento da conservação in situ
do PSC tem sido muito limitado, um ponto que resolve este manual para
melhorar significativamente o corpo de conhecimento sobre o assunto.
A pesquisa mencionada neste manual e coordenado pelo Bioversity International em colaboração com parceiros nacionais e internacionais
criou uma riqueza de informações sobre boas práticas e lições
aprendidas.
Inclui experiências práticas importantes da Armênia, Bolívia,
Madagascar, Sri Lanka e Uzbequistão - importantes centros de diversidade
genética de PSC. Ele contém informações importantes e diretrizes para replicar as ações relacionadas à conservação no mundo PSC."
Fonte: Bioversity International
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