Prosa Técnica_12ª Saber
e Fazer_
Araçatuba, 24 de
maio de 2014
FOSFITOS
Preparados a base de
cinzas e farinha de ossos calcinados para a bioproteção dos cultivos.
“Água
de vidro”, silício e fósforo
“Sem a pretensão de
tornar os agricultores do campo especialistas na química agrícola, mais vale
apena comentar um pouco sobre a história dos Fosfitos e sua composição.
O Si é um elemento
químico que jamais se encontra no estado livre na natureza; depois do oxigênio, é o elemento de maior relevância sobre a terra e sempre o encontramos unidos:
SiO2. Por esse motivo não é de se estranhar que aproximadamente 30% de toda nossa
capa terrestre está contida por esse elemento e, numa profundidade de mais ou
menos de 16 km, cerca de 65% corresponde a principal combinação com
oxigênio...”
A disponibilidade desse
elemento para as plantas depende quase diretamente da ação dos ácido e enzimas,
produtos gerados principalmente pela atividade dos microrganismos e da matéria
orgânica sobre as partículas das rochas e argilas presentes na terra.
Diante das inúmeras
funções do silício sobre as plantas, se destacam:
- a
capacidade de resistência mecânica que os cultivos adquirem com sua presença;
- sua
“responsabilidade” pela formação das estruturas esqueléticas e flexibilidade
dos vegetais;
- nos solos mais ácidos
em combinação com a matéria orgânica, tem a capacidade de neutralizar a
presença de alumínio de uma forma mais eficiente que a prática de calagem (gessagem);
- aumenta a função
nutricional do fósforo nas plantas sendo mais eficaz nas aplicações das rochas
fosfatadas;
- nas folhas, ao mesmo
tempo que reduz a transpiração, aumenta a fotossínteses;
- resistência mecânica
contra o ataque de Oídios, Rizotocnia, Helminthosporium, Rhynchosporium,
Pythium, ácaros, trips, larvas e mosca branca;
Oídio |
Rhizoctonia |
Helmitosporiose do milho (Exserohilum turcicum) |
Rhynchosporium |
mycology Pythium |
Pythium |
- em condições
climáticas e ambientais adversas proporciona resistência ao cultivos contra
geadas, estres hídricos, secas, salinidade e calor;
- incrementa as funções
metabólicas dos frutos e flores, e aumenta a fertilidade do pólen;
- ajuda a reduzir
muitos elementos no solo para que as plantas retome, seu estreito vínculo com o
Ca, Mg e K promovendo maior resistência nos frutos pós-colheita naquele estante;
- da maior resistência
as raízes das plantas contra os patógenos do solo;
- ativa mecanismos de
defesa na planta através da produção de enzimas e polifenóis;
- no solo evita a
lixiviação nutricional dos elementos fósforo e potássio;
- na natureza, em
combinação com outros elementos, forma silicatos de ferro, magnésio, cálcio,
potássio e alumínio;
- forma parte da parede
celular da plantas ao mesmo tempo respondendo pela formação dos tricomas
glandulares nas mesmas, os quais são como uma espécie de ‘pelos de vidro’ que
tem a função mecânica de defesa das plantas, principalmente contra o ataque de
insetos. Por outro lado, os tricomas também secretam metabólicos como terpenos,
flavonoides e fenóis, os quais são compostos fitoquímicos que atuam contra o
ataque de fungos;
tricoma |
- nas plantas aumenta a
capacidade de armazenamento e distribuição de nutrientes;
- promove a
transformação do fósforo não disponível para as plantas em forma assimilável e
previne a transformação de fertilizantes ricos em fósforo em compostos
insolúveis;
- nas raízes promove a
colonização por microrganismos simbióticos.
No Japão, Alemanha e
Suécia e outros países industrializados, fazem mais de dois séculos que os
silicatos solúveis são comercializados pelo nome de “água de vidro” para o
tratamento de enfermidades, desmineralização de pessoas e agricultura.
Na natureza existem uma
grande variedade de compostos a base de silício, na forma de silicatos e alguns
podem ser preparados artificialmente. Na forma de sais de vários ácidos
silícicos.
A ‘água de vidro’ pelas
funções imunológica e mecânica que possui, é excelente protetora para as
plantas, principalmente contra o desenvolvimento de enfermidades fungicas e
bacterianas.
Para o emprego nos
cultivos podem ser preparadas em qualquer lugar, roça, propriedade rural, a
partir de uma reação química entre a cinza de madeira em combustão com o
hidróxido de potássio e pó de cimento.
2KOH
+ cinzas + K2CO3 – K2SiO3
As melhores cinzas
podem ser obtidas a partir da queima total da casca de arroz, as quais são
capazes de produzir diretamente “água de vidro” sem a necessidade da utilização
do hidróxido de potássio e pó de cimento.
Para preparar a “água
de vidro”, quando não existe a possibilidade de conseguir a casca de arroz,
podemos mesclar 10 kg de cinzas de lenha, 2 kg de hidróxido de potássio e 2 kg
de cimento, devendo queimá-los ao mesmo tempo numa fogueira ou forno durante o
tempo de 2 ou 5 horas. Quando há a possibilidade de conseguir ossos frescos
podem fazer a combustão com a mistura dos mesmos. Ao finalizar o processo da
combustão das cinzas com os ossos podemos agregar água muito quente a uma
porção de cinzas, assim obtemos “água e vidro” potássica para ser empregada
diretamente por via foliar na proteção dos cultivos, na proporção de 2 até 4%.
Fósforo
Com a grave crise que sofre a agricultura
industrial, devido a sua dependência total da energia petroleira, agora a
matriz tecnológica dos adubos químicos troca de nome: “Biotecnologia”. A voz da
mediocridade técnica e de muitos políticos anuncia a nova oferta de produtos,
serviços e as patentes nas mãos de multinacionais. Entre os produtos oferecidos
estão fungos, bactérias e outros similares que requer o elemento nitrogênio,
com a finalidade de mobilizar grandes quantidades do elemento fósforo, já
definido durante várias décadas no solo, ao mesmo tempo provoca reações
biotecnológicas para liberar o fósforo das rochas como o futuro
“agroecológico”.
O fósforo é um elemento
estratégico na nutrição de todos os seres vivos, ao mesmo tempo que se
constitui na substância básica para desenvolver a capacidade de pensar e a
vida. Por outro lado, o conteúdo do fósforo nos ossos determina o crescimento e
o desenvolvimento normal das células da medula óssea e a solidez dos organismos
vivos. A fixação do fósforo no solo e sua deficiência é um grave problema para
os vegetais, impedindo o crescimento e o desenvolvimento normal do sistema
imunológico.
Os depósitos de
fosfatos e apatitas sempre tem sido as principais fontes de fósforo que a
indústria o explora para oferecer a humanidade, sob a forma de marca
registrada.
Na agricultura, a
indústria da agroquímica patenteou o “invento” da solubilização e alta
concentração desse elemento através das reações químicas para oferece-lo no mercado.
Estrategicamente, as universidades do setor agropecuário foram tomadas por
industrias para a oferta de suas fórmulas comerciais e prestação de serviços;
sutilmente e com má intenção, a ideologia da alta solubilidade química dos
insumos ocupou por completo o espaço cerebral dos laboratórios de solos das
instituições. A imposição ideológica da solubilidade química cresceu com
mentiras e enganos, e passou a encenar que a utilização das farinhas de rochas
fosfatadas eram ineficientes. O biólogo John Burdon Sanderson Haldane, de
origem inglesa e naturalizado na Índia, respondeu uma pergunta sobre os
fertilizantes químicos: “Para que
preocuparmos em preparar fórmulas solúveis, se um grupo (microrganismos) as
prepara para nós”.
A sociedade industrial
em nada, não considera os tempos de geoevoluções e os fenômenos que sucedem os
mesmos, pois para a indústria o que importa é o descarte em menor tempo
possível dentro de sua lógica tecnológica.
“É
muito raro ver um técnico ou um ingênuo agrônomo que não entenda como a
natureza é capaz de formar um milímetro de solo fértil a partir de uma fração
de rocha, em que o insolúvel se torna solúvel; ainda é mais raro, que não
entenda como uma série de minerais contidos em diferentes rochas, são capazes
de transformar (animar-se) para serem o suporte da vida”.
Porém as minas ou
depósitos de fósforo sempre tem estado espalhado por todo o mundo, sua
utilização direta na forma de farinhas de rochas nunca se foi divulgado para
sua massificação, pois não traz grandes divisas econômicas para a indústria dos
fertilizantes químicos. Os tratamentos da rocha fosfórica com ácidos tem
permitido que a indústria agroquímica possua a “propriedade intelectual” desses
produtos como insumo básico para a agricultura, com exclusividade e alto valor
agregado.
Durante mais de 150
anos ouvimos a oferta dos fertilizantes da agroquímica, a partir de reações
químicas do ácido sulfúrico sobre a rocha fosfórica:
Ca3(PO4)2
+ 2H2SO4 ------- 2Ca(H2PO4)2
+ CaSO4 (gesso descartável)
Controlando a
quantidade de ácidos na reação era possível economizar insumos, mas o
fertilizante industrial era de qualidade inferior em função de ser mais
facilmente absorvido e fixado no solo:
Ca3
(PO4)2 + H2SO4 ------- Ca (HPO4)2
+ CaSO4
A pergunta é mais
simples: Porque este conhecimento básico da solubilidade das rochas não é ensinado
nos cursos de Agronomia, Química, Biologia, entre outras? Em vez disso são
ensinados os marketing e o adestramento para a oferta e o consumo de produtos
com alto agregado em tecnologias.
Posteriormente o
superfosfato simples foi transformado pela agroindústria em matéria prima
através da seguinte equação:
2Ca3(PO4)2
+ 6H2SO4 -------- 4H3PO4 + 6CaSO4
(1ª equação)
Ca3(PO4)2
+ 4H3PO4 ---------- 3Ca(H2PO4)2
(2ª equação)
Esta é a fabricação do
superfosfato simples, em que somando as duas equações teremos:
3Ca3(PO4)2
+ 6H2SO4 --------------- 3Ca(H2PO4)2
+ 6CaSO4
Nosso maior interesse
ao efetuar a explicação da metamorfose química descrita acima com o elemento
químico fósforo, é tentar dominar a tecnologia para poder contextualizar e
redesenhar em função da realidade, no momento da necessidade na própria
propriedade dos campesinos, com os recursos provenientes do interior de suas
propriedades.
Não é nenhuma novidade
que a casca de arroz é abundante na maioria dos países. Em análises da casca de
arroz constatou conter aproximadamente 90% de composição de silício,
transformando numa alta porcentagem de dióxido de silício (SiO2)
através do calor. Então, quando mesclamos o dióxido de silício com uma farinha
de rocha rica em fósforo como a apatita e farinha de ossos, calcinada numa
pirólise, obtemos a matéria prima para fabricar qualquer tipo de fertilizantes
fosforados com os quais os cultivos fortalecem seu estado nutricional e
imunológico:
Ca3(PO4)2
------------ 3SiO2 ------------- 3CaSiO3 ---- P2O5
(P4O6)
Esses silicatos de
cálcio e potássio, assim como os pentóxidos e trióxidos de fósforo são
estratégico para a economia de um país periférico e podem ser preparado na casa
de qualquer agricultor, sem custos e utilização de energia externa.
São preparados que se
fazem a partir da farinha de ossos previamente calcinada e mesclada
principalmente com casca de arroz ou de café, em condições de combustão muito
lenta.
A farinha de ossos calcinada
contém principalmente entre 24 e 28% do elemento cálcio, e entre 8 e 14% do
elemento fósforo, e a cinza da casca de arroz pode chegar a conter até 90% de
silício.
Nos ossos o cálcio e o
fósforo estão fortemente unidos, formando o fosfato de cálcio. Mesclando a
farinha de ossos calcinada e moída com a casca de arroz, e mediante uma
combustão lenta e incompleta é possível obter um produto que denominamos
fosfito, em que o fósforo está livre e altamente disponível para as plantas e o
cálcio se liga ao silício para também ser aproveitados pelos cultivos.
Função
de cada elemento
As principais funções
do silício e do cálcio é fortalecer a estrutura das plantas, dando
flexibilidade e ao mesmo tempo promover uma grande resistência imunológica
contra o ataque de insetos e enfermidades, aumentando assim a eficiência da
fotossíntese nas plantas cultivadas.
A principal função do
fósforo é prover constantemente a energia necessária nas plantas para seu
desenvolvimento pleno, de modo tal que todas as atividades fisiológicas se
cumpram em forma normal e saudável.
Usos
Recomenda utilizar o
produto, sendo possível, durante todas as etapas do desenvolvimento fisiológico
das plantas, sendo que, se pode aplicar desde o revestimento das sementes,
crescimento vegetativo, floração e frutificação.
É ótimo para fortalecer
o desenvolvimento normal das plantas fazendo a crescer com vigor e plena saúde.
No mais, é um excelente produto quando se aplica em cultivos que estão afetados
por ataques de enfermidades fúngicas e bacterianas. Mesclando os fosfitos com
um pouco de pasta sulfocálcica obtém se um creme de excelente qualidade,
principalmente para o controle de câncer nos troncos de árvores frutíferas.
Os fosfitos, tem uma
grande vantagem de serem absorvidos e espalhados em todas as direções e partes
verdes da planta, como também, as raízes. Devido esta ação sistêmica, a curto
prazo, permite rapidamente corrigir deficiência de fósforo nos cultivos e podem
ser aplicados de diferentes formas: em sistemas de irrigação, pulverizações
foliares, pincelando os troncos ou partes afetadas das árvores e na imersão de
plântulas para o transplante.
Uma vez aplicado o
fosfito nos cultivos, os mesmos são absorvidos em um tempo aproximadamente
entre 3 e 6 horas e por isso se deve ter cuidado com as dosagens, para qual se
recomenda não aplicar quantidade superiores a 24 kg por hectare, pois os mesmos
podem apresentar fitotoxicidade. No mercado estão disponíveis uma série de
produtos à base de fosfito de potássio, cobre, magnésio, cálcio, boro, zinco e
manganês, os quais além de fornecer ou prover o elemento fósforo aos cultivos,
também ajuda a corrigir as deficiências de outros elementos que provocam
problemas fisiológicos nas plantas: enegrecimento apical do tomate e pimentão,
empedramento do mamão papaia, queda das plumas do algodão e dos grãos recém
formados do cafeeiro.
Utensílios
O principal utensilio
para elaboração dos fosfitos é o “morteiro metálico”.
- tubo de 1,70 a 2
metros de comprimento
- 3 ou 4 polegadas de
diâmetro
- altura do chão entre
15 a 17 cm
Morteiro
queimador feito em Araçatuba – SP – custo R$ 27,00
Ingredientes
- 5 a 10 sacos de casca
de arroz ou café;
- 50 kg de ossos, preferivelmente
frescos e crus; o melhor material ósseo são as mandíbulas pela presença dos
dentes e alta concentração de fósforo que os animais depositam na parte do
corpo;
- madeiras (lenha para
queimar os ossos e iniciar a queima da casca no morteiro);
- Tambor de 200 litros
metálico com furos no fundo;
- Um pilão, moedor de café;
- Peneira.
Calcinação
dos ossos
Tambor com furos no
fundo para permitir a entrada de ar e queimar os ossos junto com a lenha em seu
interior.
Após a calcinação dos ossos os
mesmos devem ser moídos, ou socados em pilão, assim, obtemos a farinha de
osso.
Com a farinha de ossos moída,
acender o morteiro e circundar com as cascas de arroz até cobrir totalmente o
fogo, mantendo o aceso apenas no centro e entrada inferior do morteiro. Aplicar
a farinha de ossos, 3 a 5 kg acima da primeira capa de casca de arroz.
Iniciando a combustão
lenta da casca de arroz.
A duração de toda a tarefa
depende da quantidade de materiais que se tem disponível para fabricar o
preparado fosfito. É importante saber que quanto mais lenta o processo de
combustão, melhor será a qualidade do produto final.
Observação:
Tanto o calor como a fumaça que
se desprende de todo o processo de fabricação dos fosfitos, em muitos casos,
podem ser aproveitados para controlar o impacto das geadas em lugares frios
aonde se trabalha com estufas na produção de flores, hortaliças ou mudas.
Aplicações dos fosfitos na Agricultura
Podem ser aplicados
principalmente: no revestimento de sementes, biofertilizantes foliares especialmente
fosfatados, adubos orgânicos, alimentação de minhocas, tratamento e
recomposição de estercos e urinas, junto ao pó de folhas secas, multiplicação e
ativação de microrganismos nativos dos bosques, etc.
No entanto, a melhor maneira de
trabalhar com a aplicação dos fosfitos é através dos processos de fermentações
anaeróbicas, entre os quais destacamos o enriquecimento do biofertilizante
Super Magro no momento do preparo.
preparação do biofertilizantes fermentado |
biofertilizantes con La mierda de Vaca e Fosfito |
- utilizar 3 a 5 kg de fosfito no
preparo de 200 litros do tradicional biofertilizante Super Magro. Servirá para
potencializar os efeitos energéticos, hormonais e nutricionais do preparado.
Aplicar na proporção de 3 a 7 litros em 100 ou 200 litros de água;
- Dissolver 100 gramas de fosfito
em 20 litros de água, mesclando com ½ a 1 litro de calda sulfocálcica. As
aplicações estimularam o poderoso sistema eliciador que as plantas possuem para
se defender principalmente dos ataques de enfermidades fungicas e bacterinas.
A aplicação dos fosfitos
fermentados pode se fazer diretamente sobre as folhas dos cultivos ou
diretamente sobre o solo, numa concentração que poderá variar entre 2 a 10%.
Quando a aplicação destinar ao solo, o ideal é que o mesmo esteja com o máximo
de uma boa cobertura verde para sua incorporação a posterior com a poda
fornecendo um alto teor de matéria orgânica.
Fonte_ El ABC de la
Agricultura Orgânica, fosfitos y panes de piedra _ Jairo Restrepo Rivera . Julius Hensel_ p. 288 a 302.
Contribuições_ Oliver Blanco @extensionista_Blanco
Agricultura_traduções rústicas no linguajar caboclo do cerrado alagado pantaneiro do Santo Antônio do Leveger... Caso não entender, procurar uma aproximação amiga até a fonte, ou os serviços de uma de nossas tradutoras do dialeto local, capiau-periurbano.
2 comentários:
Olá, parabéns pelo Blog!
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Um grande abraço!
Cordialmente, Vera Lucia.
Belo conteúdo, gostei muito, essa parte do fosfito ficou bem esclarecido pra mim show !!!!
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