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"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Rochagem



foto: Eder Martins
Conceito:

A verdadeira cura para um solo desgastado consiste em administrar-lhe rochas trituradas. Desta maneira, as plantas recebem novamente o que elas por natureza necessitam. Prova disso pode observar-se na milenar fertilidade das terras do Egito; o lodo do Nilo as nutre quase que exclusivamente de rochas finamente trituradas, junto com ingredientes orgânicos nitrogenados”
Julius Hensel, 1898
Contemporâneo de Liebig – criador do NPK

- Escrever algo... eu? precisa não! vou no Ctrl+C e Ctrl+V, pesquisas no Google e outros meios de conscientizá-lo querido e querida leitor (a). Vamos a Prosa Técnica sobre rochagem, citando o pesquisador da Embrapa Cerrados, Eder de Souza Martins, isso tudo depois de vê-lo em vídeo no blog Sítio dos Herdeiros, parceiro nosso. Como também, Sebastião Pinheiro e Jairo Restrepo Rivera pelo magnífico trabalho que fazem. Sempre indiquei e levei informações aos produtores (as) sobre o uso de Pós de Rochas. Vê se comenta algo aí pra dar sentido a prosa técnica...

Continuação da primeira imagem, em sequencia...

Foto: Eder Martins
Foto: Eder Martins
foto: Eder Martins
fonte: cartilha Geologia Popular
"Alternativa ao uso de fertilizantes químicos solúveis (sintéticos)",

“...os EUA, em 1933, através de New Deal, haviam adotado o modelo de Liebig para sua agricultura e com 43 milhões de dólares do Rockefeller Brothers Fund foi construído o maior programa de consumo de fertilizantes do mundo o Tennessee Valley Authority – TVA, com a produção industrial de fertilizantes de reação química como Superphosphate Simple – SSP; SuperTriplePhosphate – STP; MAP; DAP; KCl; UREIA e outros8. Este programa nos nossos dias rende para os EUA mais de 9 bilhões de dólares anuais em remessas, patentes e direitos… E pensar que os primeiros quatro navios carregados de adubos importados por von Liebig foram atirados ao mar por não haver compradores em 1842....

É interessante que a alternativa ao uso de fertilizantes químicos solúveis (sintéticos) eram as Farinhas de Rochas. O livro “Pães de Pedra” escrito em 1891 e 1893 foi destruído, mas teve uma terceira edição em 1941, logo após o início do inverno na Operação Barbarossa (Stalingrado), na tentativa de prolongar a agonia alemã na Segunda Guerra Mundial. Este livro ficou 110 anos escondidos, os últimos 60 nas mãos dos aliados vencedores da guerra9.

Nos EUA, o Dr. Pfeiffer pode terminar o desenvolvimento do método de determinação da vida e saúde do solo e solucionar a questão dos camponeses alemães. Isto ficou totalmente restrito, sem divulgação, para evitar prejuízos aos negócios financeiros e industriais. O mundo havia mudado. Para fazer eugenia não é mais necessário campos de concentração e extermínio.” (fonte: Cartilha da Saúde do Solo)

"8 Ele permitiu ainda concentrar urânio e plutônio em Oak Ridge para a fabricação da Bomba atômica que derrotou os japoneses na Segunda Guerra Mundial. Se calculamos o que os fertilizantes no mundo representam, desde então, para a economia norte-americana, os valores ultrapassam bilhão de dólares/ano. A realidade não mudou por isso a nova ordem determina que a agricultura mude o nome: agrobusiness.
9 Hoje está patenteado nos EUA com prefácio atualizado demonstrando sua importância para combater o Efeito Estufa da Mudança Climática."

“O problema

Potência agrícola mundial, o Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes do planeta e, apenas, o sexto maior produtor. Mais da metade dos fertilizantes consumidos no País são importados. Em alguns sistemas de produção os fertilizantes representam 50 % do custo. Por outro lado, grandes quantidades de nutrientes aplicados, via fertilizantes, são perdidas, mesmo com a existência de grande possibilidade de melhoria na aplicação. Frente tal cenário, poucas inovações foram constatadas nas últimas décadas em relação a fertilizantes, principalmente para adequá-los a sistemas de produção em ambiente tropical.” (fonte: Rede FertBrasil)

“O preço dos fertilizantes tem sido colocado, nos últimos meses, como um dos grandes vilões do aumento dos custos de produção de diferentes culturas agrícolas. Isso acontece porque a grande maioria dos fertilizantes usados no Brasil são importados. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, neste ano o país deverá importar 74% do consumo de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) e 92% da demanda total por potássio. É uma dependência no mínimo perigosa.” (fonte: Hipercal)



Retirado da Apresentação do pesquisador da Embrapa: Eder de Souza Martins
"A Embrapa Cerrados, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, localizada em Planaltina (DF), coordena desde 2003 a Rede AgriRocha, formada por cerca de 100 pesquisadores que avaliam o potencial das diferentes rochas brasileiras como fontes de nutrientes para a agricultura.

As rochas com potencial de uso para a agricultura estão expostas na superfície ou são sub-produtos da atividade mineradora. O pesquisador da Embrapa Cerrados, coordenador da Rede AgriRocha e pertencente à Rede FertBrasil, Eder Martins, explica que as rochas passam por um processo chamado de ROCHAGEM, no qual são transformadas em pó. O pó de rocha fornece nutrientes ao solo, como cálcio, fósforo, magnésio e, principalmente, potássio.

fonte: Cartilha Geologia Popular
Outra função dessas rochas é de serem condicionadores do solo. Isto é, permitem que outros nutrientes e condições do solo sejam mais equilibrados e que os nutrientes sejam disponibilizados conforme a demanda da cultura. Especialmente em culturas perenes, essas fontes são de disponibilização lenta. “A vantagem disso, em comparação às fontes convencionais, é que o agricultor não precisa ficar repondo os fertilizantes”, ressalta Martins." (fonte: Embrapa Cerrado, por Liliane Castelões)
 
Pesquisas (pdf):


foto: Eder Martins

foto: Eder Martins
com Pó de Rocha, foto: Eder Martins
com Adubo Solúvel, foto: Eder Martins
Vamos um trecho importante retirado da Cartilha da Terra (Geologia Popular)...
 
FARINHAS DE ROCHAS

Houve ruptura entre a biodecomposição da rocha-mãe, que muito lentamente dá origem ao solo agrícola, por destruição de teias de microorganismos existentes desde o surgimento da vida no planeta e sua saída dos oceanos, para obter energia diretamente dos minerais e umidade.

A restauração e rejuvenescimento do solo através do uso de “pós de rochas” ou “farinhas de rocha” são um processo de revitalização biológica e não apenas um sistema alternativo de fertilização para obtenção de colheitas.

É um processo complexo e lento. Complexo, pois as teias de microorganismos, em que um elabora o substrato energético para o seguinte, determina uma co-evolução termodinâmica dos seres vivos. Lento, pois este é um mecanismo evolutivo, que tarda até 1.200 anos para formar, apenas, um centímetro de solo agrícola, que a cada etapa adquire mais entropia e atenua a energia livre existente.
Esta co-evolução está, também, sincronizada com as micro-, mêso- e plantas adventícias, micro-, meso- e fauna que surgem sobre este solo e formam as paisagens, conforme as etapas do ciclo climático e sideral.

Estudar e demonstrar a importância das transformações energéticas dos “pós” e “farinhas de rocha”, para a restauração e rejuvenescimento do Sistema Solo Vivo é a retomada do caminho de Julius Hensel. Os chineses estão usando “pós” e “farinhas” de Terras Raras (grupo 3B da Tabela Periódica) na peletização de suas sementes e obtendo resultados fantásticos nas suas colheitas.

fonte: Remineralização de Solos Agrícolas
Não nos surpreendemos com os chineses, vivemos sob o tempo da “INFORMÁTICA, BIOTECNOLOGIA, e NANOTECNOLOGIA”, cujo bytes e genes e fentogramas chegam às moléculas, átomos e elétrons nas confluências entre a evolução dos elementos químicos de Mendeleiev, genes de Mendel, evolução biológica de Darwin e as pequeníssimas quantidades da nanotecnologia nos levam a perguntar: As terras raras trazem este efeito biológico através da microvida?

Durante a germinação das sementes e brotos há ruptura de tecidos pelo crescimento, turgescência, multiplicação e metabolismo celular, que facilitam a ação das toxinas dos fungos causadores de doenças nos vegetais, que necessitam de condições necrotróficas. A biologia molecular descobriu que os principais inibidores dessas toxinas são sais de terras raras como La, Ce, Pr, Nd, Pm, Sm, Eu, Gd, Tb, Dy, Ho, Er, Tm, Yb, Lu entre outros presentes em algumas rochas. Assim os chineses começaram a “peletizar” as sementes e recobrir as covas e sulcos com farinhas de rochas com a presença de terras raras ao plantar, inibindo as doenças e aumentando muito a sua produção. No Brasil, há a presença deste elementos em muitas farinhas de rochas.

Podemos especular que um elemento mineral, ao sair do retículo cristalino da rocha-mãe, necessita passar por uma sequência sincronizada de organismos vivos em uma teia complexa, para aproveitar sua energia livre e que não possa saltar níveis energéticos por uma questão de equilíbrio termodinâmico.

Isto necessita de estudos, pesquisas e dados comprobatórios. 

Tomemos, novamente, nossa formiga saúva, um inseto social com mais de 300 milhões de anos de evolução, que cultiva seu próprio alimento. Ela instala os novos formigueiros em locais especialmente escolhidos e cavados até o limiar das áreas da rocha-mãe, onde atuam os primeiros seres da teia de formação dos solos.


Para ali são levados os vegetais colhidos, nesta atmosfera são triturados e misturados com bactérias e depois de um tempo inoculados com os fungos Attamyces sp., que irão elaborar o alimento das formigas. O complexo de enzimas, seus alostéricos, vitaminas, coenzimas, apoenzimas e outros catalisadores biológicos que necessitam dos cátions e ânions que saíram do retículo cristalino e entraram na sincronia da transformação biológica através de diferentes seres vivos, em seus níveis, que levam à elaboração do alimento final das mesmas.

Estudos de evolução e co-evolução das cadeias tróficas, a exemplo das formigas saúvas e seus alimentos e processos de elaboração, seriam de grande importância para o conhecimento de toda a teia, saltos, sincronizações e níveis energéticos na termodinâmica da biomineralização dos solos com os “pós” e “farinhas de rochas”.

(R) - 0GoS0  ͢  AG1S1  ͢  BG 2S2   ͢  CG 3S3  ͢  DG 4S4   ͢  EG 5S5 ... KG 1S1  ͢  LG 1S1  ͢  MG 1S1  ͢  NG1S1  ͢  OG 1S1  ͢  PG 1S1

Levando em consideração que a energia não se perde, apenas se transforma, as energias G00 e S00 extraídas do pó de rocha (R) pelo primeiro “Ser Vivo” (0), são transformadas em seu metabolismo e passam a um nível energético diferente. Contém maior poder calórico pela transformação  G0   ͢  G1, por integrar o corpo/plasmado ser, tendo maior conteúdo calórico (G1). Também a transformação de energia S0   ͢   S1, integra o corpo/plasma, mas é entropia e nela não há como extrair conteúdo calórico.
Os seres B, C e D podem aproveitar os níveis de energia G0, G1, G2, G3, embora com menor eficiência calórica. Quanto mais próximo o aproveitamento na ordem da sucessão mais eficiente é a transformação energética e maior o nível bioenergético, pela passagem através dos organismos vivos.
Os seres B, C e D não podem utilizar os níveis de energia S2, S3, S4, S5 por não conter poder calórico que sirva de alimento para estes seres na teia trófica.

Demonstrando a importância dos seres vivos na transformação da energia do alimento, através da maior eficiência na absorção de um mineral ou conjunto de minerais recém saídos do retículo cristalino da rocha, é mais bem absorvido por bactérias específicas, algas específicas, liquens, fungos, briófitas, pteridófitos, bromélias etc., até as raízes do cultivo de interesse. Este é o mesmo caminho da evolução dos seres vivos que nos leva a uma agricultura com melhor eficiência energética.

O que fazemos aqui de forma linear, para facilitar a compreensão, deve ser pensado de forma tridimensional e em todos os sentidos e direções simultâneas, pois esta é a complexidade da teia da vida na transformação biotermodinâmica da energia.

Não podemos deixar de perceber que, também, o elemento mineral ao sair do retículo cristalino sofre transformações físico-químicas em etapas, daí o surgimento de seres vivos especializados em aproveitar sua energia dentro da evolução. A peletização com Terras Raras, feita pelos chineses, nos fornece elementos para supor uma prática de risco, aplicada de forma segura pela quantidade e localização.

Isto possibilita especular com a questão da “transmutação biológica em baixa energia” na agricultura e sua importância para a qualidade dos alimentos, pois as rochas em sua gênese e a evolução dos seres vivos fazem o mesmo caminho comum.

Os resultados da agricultura industrial, pelo excesso de adubos sintéticos, que rompem os equilíbrios da Lei do Mínimo, destroem as teias de seres-vivos da microflora do solo em suas funções e acumulam toxinas, Radicais Livres, metais pesados, proteínas incompletas e excesso de água, levam à perda de qualidade dos alimentos.

Os resultados da remineralização dos cultivos (orgânicos), através de compostos e biofertilizantes enriquecidos com farinhas de pedra ou pela aplicação de farinhas de rocha no solo, nos levam ao enriquecimento com macro-, micro-, traços- e subtraços minerais, conteúdo de vitaminas, pigmentos antioxidantes, aroma, cor, perfume, durabilidade levantam a esta tese. Muriel Onslow (1925) demonstrou que a modificação nos pigmentos das flores e vegetais tinha origem genética, mas coube a Haldane, aprofundar estes estudos (1932), hoje, os pigmentos antociânicos e carotenoides identificam a qualidade dos alimentos cultivados em equilíbrio de biomineralização e são importantes para a eliminação de radicais livres e proteção ao sistema imunológico. Já tivemos a oportunidade de analisar comparativamente beterrabas, cenouras, gerânios, tomates cultivados organicamente, remineralizados em comparação com cultivos industriais.

Nossa estratégia é antecipar sua comprovação e usá-la para diferenciar a agricultura etnológica da agricultura orgânica do Complexo Agroindustrial Alimentar Financeiro.

Afinal o próprio Liebig reconheceu a importância dos trabalhos de Hensel e suas farinhas de rochas. Liebig, disse:

“A Lei pela qual conduzi meu trabalho sobre a capa arável do solo, diz: ‘Sobre a capa superficial da terra sob a influência do Sol, se desenvolverá a vida orgânica’. E assim, o grande mestre e criador lhe brindaram aos fragmentos da terra a habilidade de atrair e manter todos estes elementos necessários para alimentar as plantas e mais adiante servir aos animais. Como um magneto atrai e mantém partículas de ferro, de tal forma que não se perca nem um pedaço.

Nosso mestre ajuntou uma segunda lei à anterior, por meio da qual a terra que produz plantas se converte em um enorme aparelho de limpeza da água. Através desta habilidade particular, a terra remove da água todas as substâncias daninhas para os seres humanos e animais (os produtos de decomposição e putrefação, de gerações de plantas e animais mortos)”.

O seu epitáfio foi publicado na edição da Enciclopédia Britânica de 1899: 

“Pequei contra a sabedoria do Criador e, com razão fui castigado”.
“Queria melhorar o seu trabalho porque acreditava, na minha obsessão, que um elo da assombrosa cadeia de leis que governa e renova constantemente a vida sobre a superfície da Terra tinha sido esquecida. Pareceu-me que este descuido tinha que emendá-lo o frágil e insignificante ser humano”.

Justus von Liebig

Para evitar prejuízos nas vendas, este reconhecimento foi retirado das edições seguintes...
 

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 "ah não... SOPA de novo?" gostei! kkk deve ter sido ideia do "Gardenal"? kkk
fonte: scotconsultoria
   Tô fazendo propaganda não. Interessante reconhecer algo que a posterior terá grande importância para a soberania do Brasil: uma necessária transição agrícola (caminho mais sustentável); preservar e assegurar o patrimônio brasileiro: 'terra'; qualidade nutricional da carne, composta essencialmente de fontes vegetais não Transgênicas (pois a ração de soja e milho é transgênica); "dar continuidade do trabalho agrícola do pecuarista" (me pergunte como ocupar milhões de hectares de pastos degradados e manejar, com qualificação da terra e produção; sustentável de fato e social) mantê-lo em atividade (pois arrendar a propriedade pra cana-de-açúcar é abandonar a terra e deixa em mãos predatórias - cada vez mais: aumento de aplicações de pesticidas e adubo solúveis = alta contaminação da água brasileira; morte das Abelhas, pessoas, por aplicações aéreas de agrotóxicos fora da lei;  - ...); maior qualidade e rapidez na recuperação do ambiente, já que para o futuro da pecuária, o plantio de árvores é carro chefe para o aumento da produção, contando também, com a qualidade climática da cidade: é preferível ter como vizinho territorial uma "pastagem bem manejada" do que um canavial maldito, rsrs; a diminuição dos impactos causados pelas externalidades ambientais pela produção extensiva e imediatista, compensando, por exemplo, a pegada hídrica por técnicas que buscam preserva a água no conjunto de propriedades; e por aí vai...

ooo
 Abraços, 
O.Blanco

2 comentários:

PECHE FILHO disse...

ARTIGO MUITO BOM !!!! IMPORTANTE NA TRAJETÓRIA DE QUEM QUER APRENDER E FALAR SOBRE O USO AGRÍCOLA DO SOLO.

Unknown disse...

ARTIGO DE SUMA IMPORTÂNCIA, PARA AQUELES QUE DESEJAM PRODUZIR ALIMENTOS!
GOSTARIA AGRADECER PELA ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL!

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