O nome é o primeiro, depois vem os demais, então: Intolerabilis sit levitas (A insustentável leveza do Ser) para
entender, que o escritório multilateral para agricultura e alimentação (FAO)
não é um órgão ultrassocial, é apenas diplomático e provoca vaidade. Ela
tardiamente, reconheceu que a "agricultura moderna" desapareceu e
deixou em seu lugar o agronegócio e a crise continuou a crescer para exigir
mudanças.
O
que era antes ensinado sobre higiene e inocuidade, pasteurização e
esterilização são coisas do passado com as novas posturas em função da nova
matriz tecnológica da biologia molecular, microrganismos e biotecnologias. Há
um salto formidável. O novo assusta por ser diametralmente oposto. A ousadia
fez "upgrade" e as tecnologias se superam sem controle religioso ou
social. A voracidade é consumir, mesmo que não se saiba o por quê.
Na
área rural por seu proposital atraso temos um paradoxo quadrático: - A primeira
é que não há agricultura na natureza, pois ela é uma ação (tempo) ultrassocial
nela mesma, logo não poderia ser usada a denominação de
"agronegócios", pois não há "negação do ócio" por ela estar
fora da natureza e o trabalho despendido é antagônico a isso; - O segundo paradoxo
é que o solo onde ela é praticada é uma evolução da natureza, impactado pelas
tecnologias empregadas no agronegócios a cada dia mais distantes do
"natural" e próximo do artificial, com o limite ao zero.
O paradoxo quadrático é potencializado quando "a negação do ócio na
agricultura" busca o neologismo "sustentável" transplantado da
economia pelos mesmos banqueiros e financistas que criaram o primeiro, para suas
tertúlias filosóficas. É necessário explicar que "sustentável" é a
economia que não perde capital. Ao passo que o solo nos agronegócios tende aceleradamente
a zero, enquanto nas práticas e tecnologias da agricultura tradicional nem
sequer permitiu perceber esse limite. O que transforma o agronegócio em um
fator (vetor) de insustentabilidade no espaço/território com seus drenos de
capital campesinos, concentração no setor industrial e serviços de uma economia
local subordinada à Ordem Internacional.
Não
há espaço/tempo para as ingenuidades em crer que a “Agricultura Biológica”, “Agricultura
Orgânica”, “Sintrópica” ou Agroecologia e Agrofloresta tenham sido geradas pela
resistência e organização contrárias à Ordem Imperial. Todas elas foram uma
indução suave, sutilmente financiada por ONGs pelos mesmos que geraram e
controlaram a Agricultura Antiga, e também, a Moderna. Para os retardatários, é
difícil perceber isso.
O
termo "transição" na agroecologia "tradicionalmente induzida"
perde significado semântico, pois mudar é atitude e não o corolário dos
preceitos. Mas tampouco podemos ser desajeitados em não perceber que os
movimentos políticos conflagrados pelo poder, a transição é uma excelente forma
de abordar algo sem compromisso de transformá-lo em diretiva política ou pública
de seu governo.
É
possível que esta seja uma forte razão para aqueles que usam tecnologias
socialmente apropriadas como forma de desestabilizar o poder e suas induções
imperceptíveis, sejam cobrados por eles da mesma forma como são pelos
movimentos sociais, diametralmente antagônicos àqueles e lutam por sua derrubada
do poder.
Manter
a lucidez e desenvolver dia a dia novas tecnologias e estratégias socialmente
apropriadas é um repto e um senso de
dever cumprido do bombeiro agroecológico, que constrói o biopoder campesino
sobre os fundamentos de fatos pelos bancos para seu poder.
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