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"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

domingo, 7 de junho de 2020

Caricatura do mal desgoverno



03 de junho
Por Sebastião Pinheiro 

Não é vaidade, nem "alta" ignorância, é uma prática antiga, gosto de escrever mais em castelhano, como sempre digo, no meu castelhano, que és único no mundo. 

Estou em meio a uma turbulência como as vividas em 1968 na minha juventude já fora do país onde nasci, onde retornei em 1973 devido ao casamento. Logo pude perceber minha função profissional e comecei a lutar contra o autoritarismo usando uma arma que ele não possuía: O conhecimento técnico usado como instrumento de crítica política, social e econômica. 

Posso dizer que tive muito sucesso e participei em todos os Estados da Federação e em todos os níveis de atividades, sem participar em nenhum “garimpo”, aquele que buscava ouro e gemas preciosas, solitariamente fora do alcance do exigente e taxador do governo, (no México, conhecido como gambusino). Enfrentei as grandes corporações de frente, quando identifiquei o maior responsável, tornei-me parte dele, como funcionário público federal, através de concurso público. 

Na ditadura, não havia uma repartição pública democrática, apenas um grupo de técnicos acovardados validando coisas predeterminadas e autoritárias, um meio muito fértil para servidão e corrupção notarial, principalmente no interesse das grandes corporações transnacionais, que por razões estratégicas tinham generais ativos como presidentes das mesas nacionais de administração das mesma. As de agrotóxicos todas eram gerenciadas assim. 

A segunda situação é que a formação dos técnicos nas escolas e universidades foi tendenciosa para aquela realidade notarial e não para servir a sociedade. Não é necessário dizer que sofri muito, pois por três vezes fui denunciado no trabalho por minhas posições contra a agricultura moderna. O mais raro é que na terceira vez, me disseram que a origem das denúncias eram meus colegas. 

Tivemos êxito contra os agrotóxicos com amplo reconhecimento. Dito isto, digo que estou muito, mais muito decepcionado com a erosão cívica nacional em meio a uma pandemia que não é algo fácil de entender, prevenir ou evitar diante da realidade em ignorância, submissa desigualdade à força ao totalitarismo das autoridades dos três poderes. 

No domingo vi mais uma abjeta caricatura uma procissão à luz de tochas. Aguardei nas redes e meios de comunicação comentários elucidativos, mas até agora não vi luzes. 

Fui estudar e só encontrei na "Procissão do Fogaréu", com tochas em Goiás na sexta-feira à noite da Paixão. Mas vi diante do Supremo Tribunal de Justiça (STF) a caricatura do "Fackelzug" um grupo de tochas com 30 jovens vestidos de preto com gritos em slogans totalitários contra seus juízes, repito em caricatura, sem procissão, porque o fackelzug é um instrumento muito antigo na Europa para apoiar alguém e eu tive a oportunidade de ver um que é impressionante quando houve um voto de desconfiança em Helmut Schmidt, que deveria encontrar seu colega na parte soviética daquela triste Alemanha dividida em quatro partes, formando dois bloco. 

O "fackelzug" é a maior exortação a um líder, disse-me a professora Wiltraud Scholl. É fantástica a energia que se sente. Não me sentia como um "zambo, jarocho ou morocho", nem um estrangeiro no meio deles. Eu sabia o que estava fazendo. Eu ria durante dias do "beijo político" de Helmut Schmidt-Honecker, um duro recado aos Reagans e Brejnév feitos por dois guerreiros alemães. Não era necessário ser um visionário ou sonhador para perceber que a divisão não duraria dez anos e assim foi. 

Enquanto isso, por aqui existe uma quadrilha ignara mal intencionada copiando os documentários pós-Primeira Guerra Mundial e repetindo sem cotextualização de significados em uma escalada buscando criar clímax para uma escalada autoritária. No Fackelzug, em 30 de janeiro de 1933, em Berlim, sob o portal de Bradenburg, no proselitismo do partido nazista para a eleição de 23 de março, era composto por tropas de choque S.A e SS e filiados (foto). 

As políticas implementadas pelos nazistas foram transformadas em fackelzügue com o major no mesmo local, três anos depois. Quando a economia alemã recuperava sua auto-estima, buscando a vingança desastrosa que se transformou na Segunda Guerra “Mundial", na Europa, com 30 milhões de vítimas após seis anos de terror. 

Os jovens induzidos na pantomima em frente à Suprema Corte estavam fazendo uma caricatura de fackelzug, depois de 18 meses de desgoverno, pois ainda não demonstrou a que veio. Logo não tem o que comemorar como os de Bradenburg em 30 de janeiro de 1936 por seus resultados e pela obrigatoriedade de participar (foto). Os nazis
jamais alteraram a constituição de Weimar, criaram coisas criminalmente paralelas, como o Gleichschaltung (um sistema de controle totalitário sobre o indivíduo, bem como uma estreita coordenação de todos os aspectos da sociedade e do comércio). 

O presidente eleito foi Franz von Papen, do Partido Zentrum, e o político por Braunschweig, Hitler ganhou um assento no Parlamento Alemão. 

As caricaturas dos fascistas nacionais são bem estranhas, como Brizola disse apropriadamente, são "filhotes da ditadura" sem nenhuma diferença do governo atual, apenas a truculência anedótica em para com o lumpesinato, pretendendo comparar com a ascensão de Mussolini na Itália, da mesma maneira totalitária cumpriu uma agenda social à qual o governo Bolsonaro está fazendo o oposto. Um exemplo simples é suficiente, a Consolidação das Leis do Trabalhador do Brasil é uma cópia fiel da Carta do Lavoro del “Duce”. Embora as modificações de Bolsonaro na mesma não sejam uma atualização, mas um retrocesso gigantesco. 

Da mesma forma, no Plano de Saúde da Itália era moderno e eficaz. Obviamente que o SUS é muito mais moderno 80 anos depois, mas o ministro Mandietta estava determinado a eliminar o SUS, o que ainda não podia ocorrer devido a uma infeliz pandemia e arcar profissionalmente, o que não permitiu. Embora seja ignorada e incentivada pelas altas hierarquias nacionais. 

Se qualquer ignorante recalcitrante não aceita e não compreende, resta dizer: Mussolini não teve coragem de fazer a reforma Agrária no Sul da Itália e na Sicília. Ela foi criada pelas tropas norte-americanas com medo de Giuliano Salvatore, denominado "bandido" e não "guerrilheiro"; no entanto, o historiador Eric Hobsbawm o descreve como o último Robin Hood e o primeiro com cobertura da mídia, pois morreu em 1950. 

Aos jovens a recomendação é simples: se quiserem enfrentar o inimigo com sucesso, estude-o bem, igual ao ambiente da guerra e, finalmente, a si mesmo. Dessa forma, você não corre o risco de ser uma caricatura. 

Afinal, estamos na Semana do Meio Ambiente e podemos lembrar que a destruição da República de Weimar, onde nasceu a agricultura científica pós-moderna (biodinâmica), foi precedida pelos assassinatos de Rosa de Luxemburgo e Lieberknecht, entre muitíssimos outros.


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