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"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

terça-feira, 30 de junho de 2020

O que é o M à sexta



29 de junho
Por Sebastião Pinheiro

A Cooperativa Coolméia foi criada por pacifistas, crentes e visionários; por isso, criou na rua sua feira livre (tianguis) para vender mais barato e não para vender para ricos. Essa contradição deve ser explicada, já que a ditadura mundial na Europa buscava que os ricos comessem orgânicos, mas sem a capacidade de produzi-los. No entanto, no Brasil todas as técnicas desenvolvidas em órgãos públicos, universidades e institutos de pesquisa foram com tecnologias industriais e bancárias, nunca com as alternativas camponesas saudáveis. Ali, na cooperativa, então passamos a desenvolvê-las e nos tornamos pioneiros no mundo em tais tecnologias, e nossos maiores inimigos foram a ditadura e os militantes de partidos que desejavam conquistar o governo. Receituário Agronômico, Biofertilizantes, Farinhas de Rochas, Sementes Camponesas, Microorganismos, Legislação contra o liberalismo dos Agrotóxicos cromatografia de Pfeiffer, Biochar, Metagenômica e Metaproteômica de Camponeses, Terra Preta de Indígenas, Bombeiros Agroecológicos e outras foram respostas organizada de cidadania.

O mais avançado foi como entender a Matéria Orgânica em função das mínimas informações que se possuía. Transformamos isso em uma mandala, o M6 (M a sexta).

M6 é algo estratégico para o resgate ancestral camponês. No Brasil, há uma tradição mínima no conhecimento da química e começamos a ensinar o manejo (gerenciamento) da matéria orgânica por meio da química. No Brasil, o fogo ainda é um instrumento tecnológico “oficial de benefício humano” (social) sobre a terra, pois a valoriza crematísticamente, e o agronegócio o utiliza, razão pela qual elegeu o atual governo.

Todas as formas de carbono através do fogo combinam-se com Oxigênio e queima gerando calor, gases de monóxido e dióxido de Carbono e partículas nocivas do Efeito Estufa e outras partículas piores.

Todo o carbono queima, mas queima mais facilmente quando produzido pelo Sol por conter mais energia, mesmo quando está fossilizado, contudo sem ser substituído pelo Silício, como nas árvores petrificadas, que portanto não é possível queimar. Da mesma maneira que o Oxigênio queima o Carbono, os microorganismos também descobriram como queimar sem gerar calor em tantas etapas, mas com a conservação de energia com o mesmo valor final termodinâmico da matéria. O que varia é o tempo necessário para o processo total e este é o segredo do manejo da matéria orgânica no solo, que não é ensinado nas escolas agrícolas ocidentais de agricultura, agronomia.

Posto isto, podemos explicar o que é o M6. Vamos começar com (M)inerais, já que eles são a primeira fonte de energia para os seres vivos, e passados 4,6 bilhões de anos de vida no planeta, ainda não existe um ser que dispensa minerais ("o sal", do poeta Cassiodorus, IV a.C. “alguns precisam de ouro, mas todos precisam de sal”). Eles vão entrar nas células e participar no metabolismo por sua energia, onde cada mineral tem uma ou mais funções específicas, mas também podem ter funções secundárias ou terciárias em substituição a outras quando ausentes.

O segundo é (M)atéria Orgânica constituinte de todos os corpos vivos que ao transformar-se em matéria morta dos corpos ou parte dos corpos e conter uma quantidade de energia final e acumular-se e que seguem um lento processo de degradação.

O terceiro é (M)icrorganismo que desenvolveram mecanismos especializados para aproveitar essa energia e essa capacidade de absorver ou metabolizar energia é o mais importante dos seres vivos para a evolução da vida, que existe no resíduo final, anterior na escala evolutiva. [Não há espaço para a digressão insinuante, nessa análise simplista em tempos de pandemia, pois vemos a partícula de RNA que parasita o carbono de outro ser vivo e  se quer tem vida]. [Terá ela algo a ver com o príon, uma má embalagem de proteína que criou a extinção dos canibais Curú, o scrapie, a doença da vaca louca ou sua variante humana Cruzfeldt-Jakob?].

Os seres vivos metabolizam o carbono produzido direta ou indiretamente produzido pelo Sol na natureza e esse podemos considerar o quarto, o (M)agnetismo do Sol, um grande responsável pela síntese ou incorporação do Carbono mineral originário do metabolismo dos seres vivos primitivos transformados em cadeias de polímeros através da fotossíntese que servirá como alimento para os animais direta e indiretamente para os vegetais, através de sua degradação como matéria orgânica pela intervenção microbiana ou não. Essa etapa, em um certo ponto da vida do planeta, durante 60 milhões de anos, criará um período na era geológica do Paleozoico, denominado de Carbonífero, devido à grande produção e fixação de Carbono e produção de Oxigênio na atmosfera que possibilitou uma mudança na vida no planeta.

Isso possibilitou a necessidade do penúltimo (M)anejo da Matéria Orgânica, de alguns poucos que conseguem praticar agricultura e são denominados de ultrassociais (cupins, formigas cortadeiras e abelhas melíferas), denominados em entomologia de eusociais por divisão do trabalho. Os humanos fazem parte dos primeiro por também fazer agricultura, no entanto, apenas ele não tem uma relação única de Endo-simbiogênese nutricional ao realizá-la, uma vez que cupins e formigas cortadeiras criam e cultivam fungos para, por meio de suas ações, elaborar mais facilmente ou com melhor qualidade e quantidade seu único e exclusivo alimento para todos, exceto para as rainhas, que são alimentadas de maneira diferenciada. No humano, desenvolveu-se uma maior diversidade, que no Ocidente vem em degradação acelerada nos últimos tempos e transformou-se em uma atividade não mais social, mas industrial na sociedade moderna com uma visão mercantil elitista da qualidade dos alimentos. Ao último devemos discutir essa (M)ística espiritual dos alimentos, um fator na evolução da vida. Nela, a Agroecologia possibilita que os camponeses humanos restabeleçam em plenitude o valor ultrassocial dos alimentos de qualidade mais além da simbiogênese dos três insetos mencionados, onde atinge o nível sagrado para todos na máxima integração trimúrti: criação, conservação e renovação da energia no alimento.

Você não vai acreditar, mas os maias, os incas e os astecas estavam muito mais avançados nisso do que nós.

A produção Industrial em escala planetária sem qualidade versus produção artesanal com qualidade artesanal "à medida", como arte em que não existem dois produtos iguais, como são as coisas vivas e na natureza.

Os maiores impactos negativo socioeconômicos e ambientais do agronegócio, que impõem subsídios e especulações versus respostas ultrassociais sobre equilíbrio e harmonia da mais alta qualidade no Biopoder Camponês, mesmo com o “encantamento prematuro” da Cooperativa Coolméia.
 ***

 Compartilhando o convite para Live que ocorrerá amanha, dia 30 às 19 horas, via YouTube, enquanto programação da 7° Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária em Santa Catarina. Com o tema "Reforma Agrária no século XXI: Regimes Alimentares e Biopoder Camponês."

e na sequência... 20 horas no:

2 comentários:

Juzera disse...

Muito bom!

Novidade pra mim o M6.

Tião quanto mais velho mais tech fica. Rsrsrsrs

Abraços

Blanco disse...

A harmonia do M6 é o que nos revela a análise integral em um Cromatograma de Pfeiffer; lembrarmos que o Ser na negentropia é um camponês, regente da mística e espiritualidade comunitária. .. abç Oliver

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