22 dezembro 2019
Por Sebastião Pinheiro
O grande professor chiapaneco (de Chiapas), Professor Dr. Rafael
Calderón Arrosqueta, da UAM XOCHIMILCO, enviou algo para animar os entusiastas amigos
brasileiros das “PLANTAS
ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS - PANCS”, que no México são os milenares “quelites” com mais de 1.200 que fazem
parte da vida cotidiana, da história, da cultura desde tempos muito ancestrais,
e que encontra na tecnologia ultramoderna seus avanços, como o milho para
cuitlacoche (também huitlachoche).
Saiba que um milpa (roça) Chiapaneca produz mais de 40 toneladas de
alimentos por ano apenas com trabalho, sem qualquer despesas expressivas fora
da propriedade.
Bem, agora o grande mestre envia uma lista de insetos servidos, fotos
seguindo os brasileiros, Alimentos Não Convencionais da IANCS.
Os insetos foram a grande transformação na fisionomia da Terra há 300
milhões de anos, por serem a classe de seres mais abundante e possibilitou uma
gigantesca evolução na vida do planeta. Eles, com suas ações, são responsáveis
pelas plantas espermáfitas e fanerógamas das quais nos alimentamos.
Não bastasse isso ser suficiente o corpo dos insetos é constituido de
quitina, um polímero rico em Nitrogênio que limpa o corpo humano do acúmulo de
colesterol, fortalece a pele e é medicinal. A quitina é transformada em Quitosano
(Chitosan) e usada em agroecologia por “bombeiros agroecológicos a serviço de camponeses” para fortalecer plantas, animais e a saúde do solo.
Em 1983, na Amazônia fui convidado por indígenas do povo ou etnia Urubus a
comer larvas de coleópteros, Pachymerus
nucleorum (foto) de palmeira buriti (Mauritia flexuosa). Isso
é muito comum no interior da Amazônia e o sabor da larva é idêntico ao do coco,
fruto do coqueiro. Em Mostardas, começamos a comer com o filho mais novo do
Pres. do Sind. do Trab. Rurais a larva da palmeira Butiá (Butia yatay);
nosso Grande mestre "Lutz" criava
em grãos de amendoim, e comia como loucos todos os dias élitros do monitor
Tenebrio, que também distribuímos aos criadores de pássaros para seus filhotes...
No México, um Inge que criava minhocas me ofereceu galletas feitos com minhocas.
É muito rico, fui pioneiro em comer o genuíno "Earth Big Mac"...
Em San Salvador Atenco, com os companheiros pai e mãe do amigo César del
Valle e, juntamente com um grupo de europeus, comemos o famoso “Ahuatle” da
época do rei Nezahualcoyotl (1450), ali denomnado de caviar asteca. Na minha
infância, era comum caçar formigas nas núpcias para preparar a “farofa de
tanajura”, que no México são as escamolas.
A retomada do conhecimento autóctone indígena com insetos gourmet nos
permite ampliar nossa saúde, já que os agronegócios têm 5 colheitas de 4
empresas para a eugenia cretina no planeta.
Por ser natividad, e por desejar a todos os amigos uma boa reflexão sobre
nossa desintoxicação e que recomendamos estudar e reincorporar os insetos à
dieta.
Olhem, que a sigla IANCS é apropriada no tempo de Bolsonaro & Filhos,
porque o preço da carne (aumento de 30% em dois dias) e todo mundo está
assustado, não apenas pelo preço, mas pelo “Ódio, e desculpe García Márquez ,
mas vivemos "em tempos de cólera", sem sermos antropofágico. He he he
he, desculpe no Natal é Ho Ho Ho...
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