10 de
março
por Sebastião Pinheiro
O médico da TV renomado abraçou o
condenado, mas o batráquio não se transformou em um belo príncipe como na
fábula, e sim, em um assassino (pedófilo)...
O amplexo humanista não foi ato profissional, exigente de anamnese
prévia e profunda, nem estudo de vida pregressa ou processo judicial, como
alegou honestamente. Um fato banal que reverbera nas redes sociais polarizando
ao extremo a sociedade, onde permanece “animus exaltadus, in casi via factum”.
Essa bipolaridade é explorada e estimulada por ambos lados, crentes de
suas razões e direitos.
- Uns, estrategicamente para evitar a pertinente e necessária anamnese profissional, clamada por poucos…
O mais interessante é que ambos se comportam como em "rinha",
arena ou estádio de esportes e não em um solene átrio cidadão, o que é bem
diferente, pois não há anseios esportivos, nem interesses pessoais.
A cidadania exige argumentação sólida, ideológica e doutrinária para
contestar a gestão de governo, como oposição e isso não vemos, há omissão,
obviamente a anos-luz, talvez pelas coisas antes pinceladas, ou medo das
repercussões.
O estranho neste “imbroglio” é que a situação se comporta mais como
oposição do que governo e quando é governo é mais incompetente do que aquele, e
o que agrava é que quando era oposição usou de artifícios desonestos para
tornar-se governo.
O camponês Correia de Pariconha, Alagoas, junto com dois companheiros
depois de purgar a condição de preso político durante mais de seis anos e
exílio perguntado: - Farias tudo outra vez?
- Sim, até porque, eles estavam, e estão errados. Eu sempre estive certo. Faria e seria mais fácil, pois aprendi muito e não cometeria aqueles erros, que não foram só meus, mas das circunstâncias, do meio e da ignorância por falta de escola. Eu a conquistei de forma dolorosa, mas não me arrependo.
Quando jovem tenente Lyudmila Plavichenko adentrou a Casa Branca nos
Estados Unidos com seu uniforme do Exército Vermelho e a Primeira Dama dos
Estados Unidos Eleanor Roosevelt perguntou-lhe: Quantos homens você matou? Com o rosto sereno ela respondeu: - Não eram homens, eram 309
fascistas...(que invadiram a minha casa e matavam minha gente).
Reflita: - Um tiro é um tiro. Mas, um abraço as vezes pode ser mais
efetivo, que a mira de um franco-atirador? A raposa alimenta o coala órfão dos
incêndios na Austrália.
- k vashemu zdorov'yu!
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