25 de fevereiro
Por Lisarb, muckracker
“No âmbar líquido da porcelana
de marfim, os iniciados podem tocar a doce reticência de Confúcio, a
picada de Laotse e o aroma etéreo do próprio Sakyamuni.” __ Kakuzō
Okakura
O J.B. Filgueira da Costa me pede para
escrever sobre “O Cisne Verde”, que afeta o Cisne Negro. É fruto de uma nuvem
de especulação imperial no valor de mais de dez PNB dos EE.UU. que pairava sobre
o mundo e se transformou em tempestade no mundo todo em 2008, com forte impacto
sobre a economia mundial, mas apenas destruiu a economia familiar da classe
média dos EE.UU., concentrou a renda nas classes mais ricas. Esse tsunami, que
um político brasileiro com seu marketing chamou de "marolas no mar",
é hoje o maior responsável pela realidade social, política e econômica nacional
desde então.
Pois o Cisne mudou de cor, agora é verde e não muda nem a merda, nem as
moscas.
Se buscamos no mundo, veremos a mudança
climática nas pragas de mosaicos no Egito, entre os filósofos gregos; os
cuidados e precauções de Ashoka na Índia...
A União Internacional para a Conservação
da Natureza foi criada em 1948 e serviu para a coroa inglesa em 1961 para criar
o WWF, a primeira ONG oficial pertencente a um governo. A WWF encomendou a
Jeffrey Rockefeller a primeira relatoria da Sociedade Moderna sobre a Mudança
Climática, em 1963.
A questão é óbvia: em nosso país naquela
época estava se gestando uma ditadura militar corrupta, que nove anos depois
levou Estocolmo a posicionar a tese: "A pior poluição do mundo é a
miséria e a pobreza, aceitaremos todas as fábricas poluidoras do mundo"
(para o bem do capital). Quarenta e oito anos depois, em Madri, na COP 25, o
governo brasileiro repetiu grotescamente a mesma tese anterior. O que prova que
no Brasil as pessoas passam, o tempo não.
A jovem Gretha Thunberger tem uma visão
idílica do planeta escandinavo-germânico, enquanto Trump tem a
"responsabilidade pirata" de manter os rendimentos do capital financeiro,
o que aumenta os custos se houver imposição de investimentos ou controles pela
questão climática, pelo que se queima a Amazônia, a África e a Austrália,
Indonésia...
Os Riscos de Crédito sofrem ameaças
reais a curto, a médio e a longo prazo apartir da depreciação dos ativos garantia
dos empréstimos. Riscos dos Mercados pelas corridas para liquidar ativos a
preços baixos como na mesma crise em 2008.
O Risco de Liquidez chega aos bancos e
instituições financeiras através da quebra de refinanciamento, aumentando as
perspectivas da bola de neve.
O Risco Operacional é um “bug climático”
com grande impacto sobre a organização tecnológica.
Em consonância com a destruição dos
biomas nacionais para o crescimento mundial do agronecrócios e da agricultura
oncológica, a meta social, política e diplomática brasileira é uma realidade
anticlimática e não há nada a discutir ou esperar com um governo servil e
obsceno.
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