10 de fevereiro
por Jaboti
Nada
pode deixar mais feliz um “chimarrão” (cymarrón, pessoa sem tutela ou
governo), do que a cara desconcertada de um soberbo, alienado ou ignorante.
Lisarb
cultuava isso com requintes de maldade. Quando militantes vieram chorar as
pitangas e butiás perdidos ao verem um jovem em Uberlândia, com uma cruz gamada
nazista como braçadeira, respondeu: - Em um país com mais de 700 mortos
pelas armas nazistas, ele é um artista de milícia, pois ninguém o fotografou de
frente em época de "selfies" tirados até por macacos e cães. O triste
é a ignorância, pela foto seu DNA possuí raros “genes arianos”.
Quando
outro se fantasiou de Goebbels e decorou um discurso sendo parabenizado pela
trupe, alguns com o mesmo corte de cabelo do chefe daquele. Ele sabia que a
escalada ia continuar.
Não
tardou o doente (AIDS) ser usado como escudo de má fé na falsa proteção ao
patrimônio público. O Pereba não riu, pois doença não é culpa individual de
alguém, é um conjunto de culpas de ausência política, ignorância, crença e até
religiosidade. Quando ameaçaram transformar a Amazônia em Campo de Concentração
para Ambientalistas. Lisarb deu um sorriso maroto, pois fazem 75 anos da
liberação de Auschwitz, e sarcástico pensou: (Die Natur macht Frei, (A
natureza liberta).
Em
1933 os milicianos de Rohm (S.A) alcançam o governo na Alemanha uma
medida foi tomada tanto para o Norte Protestante, quanto para o Sul
eminentemente católico, “encurralado” pela República Soviética da Baviera
(Räterepublik Bayern, Münchner Räterepublik). Adolf Hitler criou
uma lei onde todos os cidadãos eram obrigados a declarar sua religião, e em
todos os salários seriam descontados o dízimo compulsório do salário de todos
os trabalhadores e diretamente repassado à sua igreja. É evidente que na
Alemanha não se cria religiões como em certos lugares onde caem meteoritos. O
mais interessante é que depois da derrota dos nazistas este imposto não foi
tirado… Lisarb não é ingênuo em perguntar por que não?
A
psiquê de quem geralmente trabalha com ou contra as forças da natureza, por
temor se torna místico e esotérico. Esse não era o caso do menino Domingos
da Mota Botelho que em 1784 encontrou o 16° maior meteorito do planeta,
que recebeu o nome de Bendegó, pesando mais de 5,6 toneladas.
O lugar não ficou
reconhecido como em muitos países, mas foi palco 112 anos depois da maior
chacina do povo brasileiro, uma confrontação de milícias, de um lado um bando
de miseráveis explorado por um fanático, do outro “forças vivas” resguardando
sua nova ordem como corporação tutelar, lá para as bandas de Campo Santo,
Euclides da Cunha e Canudos, com situação
“aquarelada” magnificamente na arte de Carybé.
De
todas as aquarelas a mais significativa e a das crianças órfãs dos miseráveis
massacrados sendo entregues nos prostíbulo de Entre Rios, Alagoinhas e ao redor
com o beneplácito do Bispo.
Trinta
e dois anos depois, ainda na mesma geração e talvez a segunda daquelas crianças
infelizes a região vai ser palco de novas milícias, com o nome de cangaço.
Maria Bonita era nativa de Jeremoabo, bem no coração da região…
Em
Pedra, Alagoas, o Virgulino, que será depois patenteado com o
grau de “capitão” e armado com o material mais moderno existente para a época: Fuzil
Mauser 1906, bem superior e letal que as carabinas 30-30 Winchester (1875)
conhecidas como “papo amarelo” e pistolas Luger, P-38 e Walther do Império Alemão.
O armamento é para combater e exterminar outra milícia de miseráveis que
peregrinavam desde o Sul, e eram tão desesperançados quanto os genitores
daqueles ali, ameaçando os estamentos das forças vivas e governo.
Em
Piranhas, Alagoas o “coitero” do Capitão Virgulino Ferreira foi
duramente torturado, pela elite miliciana recém chegada de Paris, para
alcaguetar a chegada e o local da entrega de alimentos e bebida.
A
“Gruta de Angicos” é hoje, lugar de constatação da devastação da natureza e
massacre da milícia de Lampião. Onze cabeças foram cortadas ali, entre ela a de
uma mulher (Maria Bonita).
O
tempo passou e somente a paisagem mudou, árvores nobres foram tombadas ou
queimadas e os rios e nascentes secaram. Os miseráveis continuaram como antes e
igual nos quartéis de Abrantes.
81
anos e 168 dias depois um novo morto, que pela velocidade das redes sociais
internacionais tem o peso muito maior que as onze cabeças cortadas e surpreende
o mundo pela proximidade, intimidade & negócios devido à alienação “surgente”
no panorama político nacional, eivado de Lojas e Seitas Secretas, Gladiadores
do Altar e Milicianos por toda parte no continente onde caiu o Bendegó.
Pouco
se sabe, sobre o que verdadeiramente aconteceu quando duas volantes estaduais
anunciaram a execução, um site mostrou fotos escandalosas do local “da nova
Gruta de Angicos em Esplanada”, não muito distante dos prostíbulo de Alagoinhas
e Entre Rios comprometendo um dirigente partidário desafeto.
O
morto foi traficado como objeto entre poder, igualzinho aos miseráveis do
Arraial de Canudos na luta entre o poder eclesiástico e governo.
Aos
relacionados de sangue e aos bem conhecidos ao saber de sua morte é
recomendável acender um círio. Aos desconhecidos é, apenas desejar descanso e
paz.
O
Pereba, Lisarb detesta misticismo e esoterismo, pois sabe que a morte acompanha
a vida e posteriormente a transforma em memória, lembrança ou mal exemplo e
aberração. Contudo aquele mesmo governante que armou a milícia cangaceira, viu
um morto, também com patente 16 anos depois derrubar o governo e tirar sua
vida.
Dizem
que onde cai um meteorito é lugar anormal. Lisarb não acredita, mas é lugar
onde já existe a milícia versus milícia em disputa de poder.
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