27 de fevereiro
por Juquira Candiru Satyagraha
por Juquira Candiru Satyagraha
EFEMÉRIDES
OBSCENAS - Em setembro de 1964, o ministro da Agricultura Hugode Almeida Leme adotou várias medidas, como a intensificação do uso de
adubos, objeto de convênio com a United States Agency for International
Development (USAID), destinando 37 milhões de dólares à compra de
fertilizantes. Foi também fortalecido, com a cooperação da Aliança para o
Progresso, o crédito rural. Por seu turno, a Carteira Agrícola do Banco
do Brasil, dirigida por Severo Gomes, passou a financiar produtos
básicos, como milho, feijão e arroz: entre 1964 e 1966, os custeios e
financiamentos agrícolas apresentaram crescimento de 75%, mas os
financiamentos não eram aos agricultores, mas às multinacionais de insumos,
pois os agricultores eram obrigados a consumir os fertilizantes, agrotóxicos,
sementes híbridas e tudo, que era pago diretamente às empresas. Imagine as
empresas com seus vendedores ganhando porcentual sobre as vendas pagas pelo
governo, como ficavam os agricultores e a agricultura.
Eleito
em 1963 o Deputado Estadual Nelson Washington Pereira, em 13 de agosto
de 1966 fez um discurso na Assembleia Legislativa de São Paulo denunciando a
comercialização pela Empresa Aliança Comercial de Anilinas, nome usado
pela Bayer para o comércio de agrotóxicos na época. A empresa tinha
técnicos que vendiam e recomendavam o uso criminoso de seu produto Neantina®
à base de metil-mercúrio e fenil-mercúrio apenas permitido para o tratamento de
sementes e que era proibido na parte aérea do cultivo de hortaliças e frutas,
principalmente tomates, desde dois anos antes. Mas, no tratamento de sementes o
uso era bem pequeno e não produzia o lucro que havia com o uso em toda a planta
várias vezes. Diante da alta contaminação, as autoridades da saúde começavam a
destruir as plantações e punir agricultores.
Com
um escândalo e muitos agricultores se suicidando pelas perdas e vergonha, o
Brasil não dispunha de uma legislação de agrotóxicos, improvisava com o Decreto
24.114 de 1934, o Regulamento de Defesa Sanitária Vegetal que previa
a fiscalização do comércio e do uso dos raros produtos à época utilizados de
forma anômala, obsoleta, pois tinha registros de multas em mil-réis.
Em
1965 foi aprovado no congresso nacional e sancionada em 6 de outubro a Lei
N. 4785, mas o poder das empresas já era grande e o ministro Hugo Leme foi em
seguida substituído por Ney Braga
ex-governador do Paraná, e a lei que tinha 90 dias para ser regulamentada, não é
conhecida em nenhum documento do Ministério da Agricultura. Por quê?
A
moeda fora mudada em 1942, e de novo em 1967 se transformou no novo cruzeiro
novo e as autoridades golpistas corruptas ao invés de manter a dosimetria nas
multas para coibir os abusos resolveram o inverso e transformar em centavos de novo
cruzeiro estimulando os negócios...
Durval
Henriques da Silva contava debochadamente na Comissão dos
Defensivos Agrícolas (MA), que fora chamado ao TCU para explicar por que não recolheu
uma multa de dez centavos de cruzeiro. – E orgulhosamente afirmou que já não
existia centavos de cruzeiros em circulação no país e a moeda era o cruzeiro
novo.
Em
abril de 1980 o escândalo chegou ao Rio Grande do Sul, e em menos de um mês o
uso de mercuriais foi proibido no Brasil. Em novembro, o Nobel alternativo Lutzenberger,
dentro do Ministério da Agricultura em Porto Alegre denunciou as tropelias e
ausência de lei e ordem nos insumos, especialmente com respeito aos
agrotóxicos. Isso levou à proibição dos clorados em 1981.
Depois
de uma luta árdua contra a ditadura se conseguiu a Lei Estadual em 1982. Em
1988 começou a novela “Vale Tudo”.
As
coisas desde 1976 começavam a mudar internacionalmente e dependência é responsabilidade,
ninguém pode se rebelar contra a ordens imperial. A eleição de J. Carter
nos EUA trouxe a América Latina una palavra então estranha “Direitos Humanos”
e todos os ditadores militares treinados na Escola das Américas para conter o risco
da formação de enclaves de guerrilheiros cubanos nos seus territórios ficaram no
segundo plano. As legislações casuísticas no Brasil e o desserviço dos meios de
comunicação (Rede Globo) emoldurava a pílula com muito maior eficiência que os assassinatos,
repressão militar ou manobras políticas: - Havia o “senador biônico”, não eleito;
o prefeito civil idem e o extermínio dos dissidentes organizados dos Partidos
Comunistas (Brasileiro e do Brasil). A corrupção corria solta.
Na
pequena cidade de Maceió, capital de Alagoas o jovem Collor de Mello de família
abastada foi nomeado pela ditadura prefeito (1979). Renunciou para eleger-se deputado
federal (1982), e em seguida foi candidato a governador do Estado (1986), e novamente,
antes de terminar seu mandato passou a ser uma figura do “jet set”
nacional promovido pela Rede Globo de Televisão. Ele recebeu o apelido de “Caçadorde Marajás”. Em um programa de
propaganda política irregular de uma hora no Globo Repórter,
sobre sua administração em Alagoas, em um partido criado especialmente para lançá-lo
à presidência da República nas primeiras eleições desde 1960. ¡Pobre Brasil!
Com
todas tramas, marolas e corrupção na campanha, a Televisão Globo elegeu o presidente
da República em 1989, mas o fato mais importante para aquela eleição iniciou a
16 de maio de 1988, a telenovela “Vale Tudo”. Nessa época, na Amazônia um
gigantesco grupo de seringueiros, reconhecidos pelos Aliados (Grã Bretanha, França,
EUA) como “soldados da borracha” no esforço militar - constituição brasileira,
D.T artigo 74º - e que estavam em luta por seu território, contra os terratenentes - proprietários de terras, latifundiários -
da ditadura que massacravam e expulsavam-nos e aos indígenas e, ocupavam suas
terras para promover o gado, dendê e soja…
Seu
líder CHICO MENDES, já tinha apoio internacional do Banco Mundial e
requererá apoio para a preservação de sua gente e populações autóctones. No dia
22 de dezembro, sob guarda policial foi assassinado em sua casa com um tiro de espingarda
para comoção mundial, era o “Vale Tudo real” subliminar no inconsciente
coletivo. Internamente, havia polarização pelas ganas em eleger o presidente e
terminar a ditadura militar empresarial, cumprindo a ordem imperial para o soçobrar
da União Soviética e bloco na Guerra Fria.
Um
pouco antes do atentado-assassinato de Chico Mendes, recebemos a recomendação
de assistir aquela novela por um amigo, ex-funcionário economista do BNDES, que
era expoente na luta contra os agrotóxicos no Rio de Janeiro. Acatamos a recomendação:
a cena era insólita, a personagem “Raquel Accioli”, interpretada por a atriz
Regina Duarte, examinando folhas de uma laranjeira dizia, que o ácaro da
lepra dos citros estava atacando e a DuPont ainda não enviou o acaricida Foley (Savey®) para combatê-lo.
Vimos
nossa árdua campanha nacional com grande mobilização popular contra os abusos
das transnacionais e uma situação corrupta de “merchandising subliminar”
destruir em 20 segundo 30 anos de trabalho de educação, conscientização e aplicação
do Receituário Agronômico prévio a venda e uso de agrotóxicos, que na União
Europeia era já aplicada desde 1981. Tristemente, a atriz/Rede Globo/empresa e
outros ganharam dinheiro sobre a alienação, contaminação, destruindo o difícil e
longo trabalho na ditadura e através de vale tudo.
Comprovamos
o afirmado, pois a repercussão mundial da morte de Chico Mendes fez os
militares encaminharem às pressas ao congresso nacional, um pacote com seis projetos
de leis sob o nome de “Nossa Natureza”, entre eles estava o da “lei
dos agrotóxicos” feito pela indústria de venenos.
Convidados
por um grupo de deputados progressistas e com autorização do presidente da Federação
de Engenheiros Agrônomos do Brasil para participar na discussão, exigimos a eles
e aos militares presentes no congresso que trouxessem à mesa o presidente da
organização lobista ANDEF para a reunião, pois eu sabia que ele estava nos
gabinetes do congresso em Brasília.
Os
militares protestaram: “O senhor quer esta máfia entre nós?” Eu sabia, que
se eles não estivessem na elaboração da lei iam direto ao ditador general
Figueiredo para anulá-la e fazer aprovar sua proposta anterior. Minha resposta
os empalou: “Não tenho medo deles aqui na mesa, mas tenho muito medo deles atrás
dos biombos nos vossos gabinetes no palácio”. Trabalhamos 40 horas sem
parar… Aprovamos a lei em 02 de julho de 1989, feita por todos e sem casuísmos
ou “merchandising social” ou político. A atriz Regina Duarte,
pensionista militar convicta, é hoje secretaria da cultura do governo, 32 anos
depois é apresentada sua participação ou responsabilidade social.
Em
1968 na telenovela Beto Rockefeller, o ator Luís Gustavo, a cada capitulo
solicitava um Engov, para sua ressaca. Assim de forma corrupta era complementado
seu salário. Em vale tudo há uma infinidade de merchandising.
Quando
algum inepto faz referência à ética protestante (Weber), ética militar
(Clausewitz) ou ética civil (Ruy Barbosa), sempre contesto: onde há cidadania,
a ética é supra liminar, pelo que concito a que leiam a novela “The Jungle”,
de Upton Sinclar, que não é sobre a Amazônia, é sobre a escravidão assalariada
dos imigrantes em Chicago nos frigoríficos no Século XX.
O
jornalista Sinclair foi considerado um muckraker ao expor a corrupção no
governo e os negócios. Como jornalista, trabalhou disfarçado durante três meses
entre os operários dos frigoríficos e publicou as denúncias: primeiro no
periódico “Chamado Socialista a Razão” e depois no livro. Ele disse: “Apontei no coração do
público e, por acidente, acertei no estômago”. Foi além, “É
difícil fazer que um homem entenda algo, quando seu salário depende de que não
o entenda”.
No
mundo os jovens yankees estão fascinados com Bernie Sanders. Aqui, a Rede Globo despista a banana para a “direita”
na novela (foto) e as do presidente (à esquerda), ambas atos obscenos, com o
mesmo significado do dedo médio em riste na mão fechada nos EE.UU., pois tudo é
consumismo subliminar ou como disse Sinclar: “Toda arte é propaganda… “O
fascismo é capitalismo mais assassinato”.
Em
tempo, no Brasil nos últimos 32 anos a Lei dos Agrotóxicos jamais foi aplicada
por nenhum governo nem de esquerda, direita ou sem braços e a culpa é de todos
sem exceção.
Os índices de
contaminação assustam a humanidade, ainda mais quando as empresas recebem
subsídios e isenção de impostos.
Alfredo Benatto, diretor no
Ministério da Saúde, logo depois criou o Programa de Análise de Resíduos de
Agrotóxicos em Alimentos – PARA. Entre os resíduos mais comumente encontrados e
divulgados está o de Endosulfan em morangos e pimentões, que são
de usos ilegais embora tenha sido proibido no país em 31 de julho de 2013. Este
produto no Brasil na década de 1970 do século passado chegou a ser considerado
um produto não organoclorado e em publicações “científicas” Revista “O
Biológico N.38, 1973”, considerado um “produto enxofrado”.
Foi proibido seu
uso no território nacional junto a outros clorados pela Portaria do Ministério
da Agricultura N. 329 de 09 de setembro de 1985, assinada pelo Senador Pedro
Simon. Posteriormente a corrupção o fez retornar em “caráter emergencial”
para 4 cultivos apenas (coco, soja, café e cana de açúcar), mas a
empresa continuou livremente vendendo-o para hortaliças e frutas, aparecendo
constantemente em morangos e hortaliças por sua alta estabilidade, sem que
fossem tomadas medidas pelos órgãos encarregados do cumprimento da lei 7802/89.
Há hoje, dois
agravantes que impõe a judicialização da empresa e dos órgãos fiscalizadores
não atuantes, embora ele tenha sido proibido continua apresentando resíduos nos
alimentos analisados, o que indica sua comercialização e uso criminoso.
A síntese química
do Endosulfan é realizada através da reação entre o
Hexaclorociclopentadieno + 1,4 Butenodiol à
Endosulfandiol, lavado com thionyl clorídrico à ENDOSULFAN, que a U.S. EPA considera
extremamente tóxico ter DL50 5,1 mg/kg/peso vivo, e disruptor
endócrino; já a FAO/OMS o apresenta como altamente tóxico 30 mg/kg/peso
vivo ao não considerar os níveis diferentes de toxicidade entre os isômeros. O
que é grave, pois a empresa pode alterar a proporção deles aumentado a
toxicidade do produto comercial.
O problema mais
grave é que os resíduos de Endosulfan através do calor se transforma em
DIOXINAS e FURANOS CLORADOS considerados ultra-venenos em concentrações mais de
um milhão de vezes inferior à Dose Diária Aceitável ou Tolerância
permitida. O grave é que cientistas estrangeiros recentemente
encontraram na água potável o 1,4 Butenodiol,
matéria prima da fabricação do
Endosulfan, que segundo eles é também formado durante a cloração para a potabilização
da água.
Já há mais de 4
décadas o Endosulfan esteve proibido nos países da União Europeia, enquanto no
Brasil ele tinha o período de carência de 24 horas para uso em tomates e 180
dias para no café. Pasmem os resíduos continuam sendo detectados, pois ele
continua sendo vendido clandestino. A ação judicial interna, e junto à União
Europeia, com a responsabilização da empresa e órgãos fiscalizadores é exemplar
neste momento de liberação política de agrotóxicos ao arrepio da lei, pois eles
são subsidiados pelo dinheiro público.
Nellie Bly, jornalista
(muckracker), em 1887 se internou em um manicômio para provar os maus tratos aos
pacientes (Ten days in a Mad-house), que permite-nos reconhecer nela e seu trabalho,
a situação de alto risco em que se encontra nossa cidadania; Assim como é
desagravo e respeito a sua colega Patrícia C. Mello ofendida em sua honra
feminina e profissional pelo presidente da República apoiado pelos risos ignaros.
Em
tempo o cruzeiro novo valeu até a criação do cruzado em 1886, mas em 1989 foi
criado o novo cruzado. E a atual moeda, o Real foi criado em 1994. Começamos recebendo dinheiro para fazer
agricultura e nossa moeda perdeu 15 zeros.
É
ou não é uma obscenidade.
A velha enganadora
história da fome, hipocrisia das propagandas em rede sociais
Estimadas Nutrólogas
e Nutricionistas, sua tarefa é árdua, consertar os desastres feitos por outros
técnicos na produção de alimentos, envenenando, desvitalizando e concentrando sua
riqueza nas mãos da indústria.
Uma das coisas
mais corruptas que há na sociedade são aquelas pessoas retrógradas que, com seu oportunismo
se dispõem a defender o ultrapassado por remuneração ou vantagens. São pessoas
recheadas de ignorância que não aguentam 3 minutos no crivo para comprovar sua
convicção. Na verdade, são mais fanáticos, que técnicos e atuam como atores ou
por ato de fé. Quando me apresentam um desses favoráveis aos agrotóxicos e
agricultura moderna, por comiseração ignoro para preservar-me de sua
superficialidade nas duas dimensões acima.
É por isso que imploro
sua atenção. É possível que saibas, mas não dê importância em que toda célula
viva tem a presença de fósforo em seu interior responsável pelo transporte
de energia (ATP) e do código da vida (DNA e RNA). Logo o Fósforo
é tão importante quanto o Oxigênio para os mamíferos ou Enxofre para os
microrganismos anaeróbicos.
A história do
Fósforo é bela, mas não há tempo aqui para contá-la. Nas redes sociais entre os
participantes de educação e agricultura nos últimos dias vários e repetidas
inserções da empresa Mosaic Fertilizantes. É um processo de consolidação
de uma marca por médio de informação, antes de um logo ou arte. Seguindo a
máxima de Upton Sinclair no início do Século passado: “Toda
arte é propaganda...”. 77% de todo o Fósforo do planeta está em
território do Marrocos, mas quase 100% dele que há no mundo mercantil pertence
a Cargill, logo Mosaic é Cargill.
Para o bom leitor/a
um ponto não é letra, é discurso, e até, permitam o galicismo “plaidoyer”. A
palavra da moda criada pela arte (... é propaganda), a SUSTENTABILIDADE
nada mais é que retornar à integração dos ciclos biogeoquímicos sem alterar os
interesses financeiros das indústrias, descortinado por Mészáros, “pois
sustentabilidade equivale ao controle consciente do processo de reprodução
sociometabólica pelos produtores livremente associados (o que, evidentemente, é
o único meio viável de autocontrole), em contraste com o antagonismo
insustentável, estruturalmente arraigado, e, em última análise, a destrutividade
da ordem reprodutiva do capital.”
O fósforo é um dos
ciclos bio-geo-químicos da natureza tão importante quanto todos os
outros e neles integrados pelo que foi dito sobre as células. Sua origem
geológica pode ser sedimentar e metamórfica de muitas estruturas vivas
fossilizadas ou ígneas desde os vulcões.
Através dos tempos,
o manejo da matéria orgânica na agricultura preservou pela grande multiplicação
de microrganismos, siderais ruderais o suplemento de suficiente Fósforo. Justus
von Liebig vai aproveitar os ossos de seus rastros, criando o comércio
do Fósforo (Farinha de Ossos) na Agricultura Moderna e os britânicos, que não
tinham frigoríficos e buscaram nas minas de fósforo competir em vantagem
(Fosforitas, Apatitas e outras). Todos conhecem o anagrama mercantil da
agricultura N.P.K., onde o P significa o fósforo e os outros dois,
Nitrogênio e Potássio. Este, desde a metade do Século XIX até o último quarto
do Século XX foi hegemônico e seus negócios na agricultura mundial são
superiores a 5 bilhões de dólares/ano, quando começa a arte da discussão sobre
sustentabilidade para evitar o retorno natural da integralidade dos ciclos
biogeoquímicos.
A ciência e
tecnologia são amparadas pelo poder estabelecido e em 2010 em Linkepöing, na Suécia,
se tem a primeira cúpula sobre o Fósforo na Agricultura, depois Tempe, EE.UU.;
Sidney, 2012 Austrália; Montpellier, França 2014; Kunmng, 2016 Chinas e
Brasília 2018, Brasil.
A International
Agricultural Corporation criada em 1909 mudou seu nome para International
Minerals and Chemical Corporation no final de 1941, pouco antes da fusão com a United
Potash and Chemical Corporation. As operações de Potássio da IMC se ampliaram
em grande medida devido a fusão. A competência de outras minas alemãs
desapareceu na Segunda Guerra Mundial, já que todas as importações da Alemanha foram
suspensas durante a guerra. Isto proporcionou uma demanda recorde de potássio
para os anos durante e depois da guerra por parte da IMC e companhias similares.
Posteriormente, IMC expandiu as operações de produção a outras partes do país,
incluindo a Califórnia. Durante os próximos 30 anos, IMC continuaria sua
expansão mediante a aquisição de empresas como E.J. Lavino ande Company, Great
Lakes Container Corporation e Chemical Leaman Tank Lines. Para 1975, IMC havia
adquirido operações em trinta e cinco estados, Canadá e outros quinze países.
Em 1986, IMC adquiriu Mallinckrodt, uma empresa química líder. Durante os seguintes
oitos anos, IMC mudou seu nome para Mallinckrodt e incendiou seus negócios
originais em uma nova empresa de capital aberto conhecida na bolsa, em 1994,
como IMC. O resto da história se relaciona com a nova IMC, que tinha diferentes
acionistas e gerentes da anterior IMC mas basicamente o mesmo pessoal e negócios.
Em janeiro de
2004, Cargill, Inc. anunciou um acordo definitivo para funcionar sua divisão de
nutrição de cultivos com a IMC. Se realizou um concurso de nomes para a nova companhia
e a Mosaic foi anunciada a ganhadora em junho. The Mosaic Company
começou a cotação na Bolça de Nova York em 25 de outubro de 2004 e se converteu
na nova empresa das 500 da lista da Revista Fortune.
Durante mais de um
século e meio de fertilizantes químicos a indústria teria a mesma dosagem de
fertilizantes com a mesma fórmula, solubilidade e recomendações técnicas para
diferentes países do mundo, variando a temperatura, precipitação, matéria
orgânica, microrganismos e vida no solo. Nos solos do mundo grande parte do
fósforo utilizado pela Revolução Verde, agricultura industrial moderna fica bloqueado,
fixado no solo por mau manejo ou gestão da Vida e Matéria Orgânica.
Neste impasse
surge a mudança na matriz tecnológica para as biotecnologias, mas seus custos
por serviços são muitíssimos mais caros e as alternativas da mesma matriz então
ao alcance de todos os produtores e das vendas.
O que é piorado pela
a adoção pelos empresários das alternativas desenvolvidas pelos movimentos
sociais aos produtos industriais, como as farinhas de rochas, os
biofertilizantes, compostos, adubos verdes e outras, que romperam o bloqueio e ultrapassaram
o guetto ou o nicho de mercado laboratorial e criaram a competição não
autorizada com o “stablishment”.
Para o público não
é fácil compreender, quando a produção agrícola que usou venenos químicos tem a
livre comercialização, enquanto os camponeses que não queriam utilizar eram
obrigados para poder ter acesso ao crédito rural no Banco Oficial do país. Não
havia o subsídio ao produtor, mas havia para a empresa internacional de
insumos. Hoje em dia os camponeses que foram convencidos antecipadamente dos
riscos dos agrotóxicos têm que comprovar através de serviços caros e
inacessíveis de certificação, excluindo aqueles com menor poder aquisitivo e
fortalecendo a concentração da produção orgânica em mãos das gigantes transacionais
das indústrias de alimentação.
Há uma extravagância induzida
ao denominar “a necessidade de alimentos”, de consumo. Necessidade é superior a
consumo, é condição sine qua non para a sobrevivência de todos os
seres vivos e como é produzida por um grupo deleto de seres, insetos e mamíferos,
que fazem agricultura, pelo que são classificados como seres ultrassociais, a
responsabilidade total sobre os alimentos não termina na produção ou mercado, e
sim na mesa depois da sagrada comida.
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