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"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

segunda-feira, 27 de abril de 2020

A má educação e a mentalidade colonial dos privilegiados brasileiros



"As contradições foram contidas, na medida do possível, pelo topo, e quando finalmente elas se desataram prevaleceu a tendência a favorecer o poder que cresceu e se transformou nesse ínterim, convertido naturalmente em árbitro político final." Florestan Fernandes - Da Guerrilha ao Socialismo
 
24 DE ABRIL
POR SEBASTIÃO PINHEIRO

Os brasileiros estão divididos entre decepcionados e regozijados com a renúncia do Ministro da Justiça. Eu, no México, nem falava nada, enquanto no Pampa argentino, "che me ne frega", porque me preocupo com coisas mais sérias: - O governador do Estado de Nova York prestou homenagem ao Brasil ao acusar o governo Bolsonaro por suas ações patafísicas na pandemia. Por razões óbvias, podemos entender que Cuomo cita Bolsonaro, como uma maneira de atingir seu mentor Trump. O bilionário e o militar têm algo em comum diametralmente antagônico com o político Cuomo (e com todos os políticos) em relação à vida e seus valores. 

O comportamento tosco do mandatário ianque tem em seu "coroinha brasileiro" uma "cover histriônica".

 Em viagem à Índia, a referência a Mahatma Gandhi mereceu a resposta: - "Ele é pacifista, eu sou oficial militar". Esta resposta, se não for esdrúxula, é estúpida. Isso tem a ver com o atual desespero do mundo? 

Os números de mortos na pandemia para o artista da TV e o milionário não tem significado real e concreto como teria para o político, que deve prestar contas à sociedade para continuar sua carreira, que é uma meta; o mesmo acontece com o militar que também persegue a promoção fundamentada no cumprimento de metas, mas quando é truncada a ascensão, e é político permanecido no cargo máximo, no caso já alcançado. Logo, o desejo será pelo título de ditador, o que justifica mais além que as próximas eleições, poder total e eterno. 

Há um aspecto importante: no Ministério da Saúde, o médico político foi substituído por um economista que em sua apresentação, disse que já foi médico. Obviamente, o primeiro pensamento sobre ascensão nas próximas eleições e o segundo sobre as vantagens de seu cargo diante da pandemia. É assim que, o “respirador” para os casos graves para uns é um instrumento para salvar votos, enquanto que para o outro é um investimento desnecessário não justificado pela insignificância dos mortos e comórbidos. 

Parece um dilema tratado como uma contradição, levando-nos a algo que aqueles que recebem uma educação desprivilegiada com ou sem um berço (de ouro) discernem através de um livro que foi escrito, ou melhor, recompilado em uma pandemia e enriquecido na Alemanha em 1300 e 1400, que chegou a Inglaterra e foi transformado em The Tragical History of the Life and Death of Doctor Faustus  (A História Trágica da Vida e Morte do Doutor Faustus), comumente conhecida simplesmente como doutor Faustus, é uma tragédia isabelina de Christopher Marlowe, baseada em histórias alemãs sobre o personagem do título Faust. Foi escrito em algum momento entre 1589 e 1592, e poderia ter sido feito entre 1592 e a morte de Marlowe em 1593. Dois anos depois, duas versões diferentes da obra foram publicadas na era jacobina. 

O poderoso efeito das primeiras produções da obra está indicada pelas lendas que se acumularam rapidamente ao seu redor: que os demônios reais uma vez apareceram no palco durante uma atuação, "para  a grande surpresa tanto dos atores como dos espectadores", algo que foi dito teria deixado alguns espectadores loucos. 

De volta à Alemanha, por Johann Wolfgang von Goethe, as primeiras formas da obra, conhecidas como Urfaust, se desenvolveram entre 1772 e 1775; no entanto, os detalhes desse desenvolvimento não estão totalmente claros. Urfaust tem vinte e duas cenas, uma em prosa, duas em prosa e as restantes 1.441 linhas em verso rimado. O manuscrito foi perdido, mas uma cópia foi descoberta em 1886. 

A primeira aparição da obra impressa foi Faust, um Fragmento, publicado em 1790. Goethe completou uma versão preliminar do que hoje é conhecido como Parte Um em 1806. Sua publicação em 1808 foi seguida pela edição revisada de 1829, a última a ser editada pelo próprio Goethe. 

Goethe terminou de escrever Faust, segunda parte, em 1831. Foi publicado postumamente no ano seguinte. Ao contrário de Fausto, primeira parte, o foco aqui já não está na alma de Fausto, que tem sido vendida ao diabo, mas sim em fenômenos sociais como a psicologia, a história e a política, além de temas místicos e filosóficos. A segunda parte formou a ocupação principal dos últimos anos de Goethe. 

Há muito o que aprender com os livros antigos. O herói militar Filinto Müller da ditadura usou um texto do Dr. Fausto de Goethe para justificar seus ultrajes. Foi contestada por um patriota que saiu da antiga escola pública e esclareceu que o senador usava o discurso de Mefistófeles. Na verdade, ele era tão temido quanto, no país do ódio, tortura e morte, que merecia um livro “Faltou alguém em Nuremberg”, de David Nasser. 

Como na escola (educação), igual à saúde e segurança, destruída dia a dia, é necessário somente a educação não privilegiada, pois aquela outra cria e determina territórios e sociedade de idiotas e genocidas.

 ***
23 de abril

"Governo usa só crianças brancas em foto de divulgação de novo programa"


"O pessoal reclama, mas o que deveriam esperar, quando no primeiro ato de campanha: - "Escolhido candidato a vice na chapa do deputado Jair Bolsonaro (PSL), o general Mourão (PRTB) declarou nesta segunda-feira (6) de agosto de 2018 que o “caldinho cultural” do Brasil inclui a “indolência” dos povos indígenas e a “malandragem” dos negros africanos. De cunho racista, a declaração (escute no áudio abaixo) foi feita por Mourão, militar da reserva, em um evento na Câmara de Indústria e Comércio de Caxias do Sul (Serra Gaúcha) – no que foi seu primeiro evento público já como candidato, informa o site da revista Veja, que divulgou a fala em primeira mão.

Seria possível esperar outro tipo de publicidade governamental? Por que não realçam, aqui, como nos EUA, a etnia dos mortos na pandemia e a idade das vítimas... Por outro lado o presidente dos EUA Donald Trump, igualmente, disse que desejava migrantes noruegueses, mas sequer mereceu resposta, mas o Chanceler Nacional fez um documento sob encomenda para agredir o principal parceiro comercial com quem temos um superavit de 50%... Tomara o império não desvie a frota estacionada no Caribe."



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