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"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

sábado, 25 de abril de 2020

Gabinete do Ódio



22 de abril
Por Lisarb

Spooky estava nervoso, pois na Universidade não permitia fumar durante a apresentação, então ele escondeu um charuto dentro do pano umedecido em conhaque para que durante a apresentação sentisse o cheiro. Sem nenhuma medida ou etiqueta convencional, começou ele, profundamente descontente sem o charuto entre os dedos. 

- Todos vocês estudaram que em 7 de dezembro de 1942 os EE.UU. foi atacado pelo império japonês em Pearl Harbor. Será que o evento não era esperado? Não duvide, nos EE.UU. não há espaço para improvisação. Com um ano de antecedência em 1941, o produtor Walt Disney esteve nos países da América Latina buscando criar "personagens" locais identificados com seus países para o esforço de guerra que não seria apenas dos EE.UU., mas de todo o continente, pois havia forças militares elitistas com treinamento francês ou prussiano. O Office Coordinator Interamerican Affairs, OCIAA, usava a ingenuidade do povo para aumentar a palatabilidade yankee. 

No Brasil, o cartunista J. Carlos apresentou um papagaio abraçando o Pato Donald e ficou mais fácil para o Disney vestir o pássaro como um malandro, com uma jaqueta curta, gravata borboleta, chapéu e um guarda-chuva,  feito o personagem Joe Carioca, um típico nascido no Rio de Janeiro que estreou para o orgulho nacional em “Hello Friends” falando português. 

No México, onde a luta na época da rinha de galos era um esporte muito antigo, foi criado o galo Panchito Pistoles, chamado Panchito Romero Miguel Junipero Francisco Quintero González III (foto), que não participou do primeiro filme, mas foi fundamental no segundo, "Los Tres Amigos” com a Guerra já ganha. Spooky cheirou o pano e passou a palavra para Lisarb. 

- Não mudo o assunto, notem, na comunidade de inteligência há uma expressão “mad dog” (cachorro louco) que significa aquele agente que perde seu contato com a equipe de diretor/coordenador e não importa o quão hábil ele seja, será preso, sendo muitas vezes trucidado a mando de seus próprios companheiros. Nos países caricatos e periféricos existem secções de ilegalidades e repressão, às vezes chamadas de informações e seus agentes ali se intitulam de cães loucos quando são responsáveis ​​pelas torturas, execuções clandestinas e outras coisas antidemocráticas do universo político. 
 
O dramático é quando essas entranhas emergem e as pessoas se transformam em políticos e passam a fazer política como seu trabalho no submundo. 

Lisarb sentou-se e Spooky depois de cheirar seu pano e continuou: - O que causa as espécies é quando as autoridades ignoram ou temem esses personagens e toleram seus desvios e referências. Um governo democrático não pode ser ameaçado por "cães loucos periféricos", nem poderia haver uma referência a um "gabinete de ódio" dentro do palácio do governo, que organiza a guerra híbrida com ações administrativas de medo e terror contra os cidadãos agredidos ilegalmente. 

Isso vem ocorrendo desde da posse e foi agravado com a contaminação pandêmica do coronavírus, que a delegação presidencial depois de uma viagem aos EE.UU. retornou contaminada com 24 contaminados, incluindo o próprio presidente, denunciado por seu filho e, posteriormente negado, sem ter uma negação protocolar e formal respaldada por uma análise oficial do Estado e não do governo, que tampouco havia. 

O Gabinete do Ódio pressiona e sabota ou se coordena com o mandatário ignorante em saúde pública a contrariar às medidas adotadas e recomendadas pelo Ministério da Saúde contra o isolamento social que segue o protocolo da Organização Mundial da Saúde. Desapontado em sua ignorância, ele passou a contaminar o público, forçando seu ministro e o governador de Goiás a acompanhá-lo, mais além de uma inauguração de hospital de campanha, mas a assistir comer um pastel e reunir pessoas à sua volta para demonstrar que ele era contra o isolamento social, com beijos e abraços aos correligionários, nesta ação desmoralizante a muitos médicos e críticos desse comportamento. A resposta de seu ministro o forçou a ser demitido com rancor. 

No último domingo, 19 de abril, o gabinete do ódio planejou e organizou em todo o país uma manifestação com dinheiro público para os acólitos fazerem manifestações proibidas pelos governadores com a aglomeração de pessoas, estimuladas a manifestar ódio ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal de Justiça com cartazes ansiando a instauração de um regime autoritário com poder absoluto a Bolsonaro fora de seu mandato constitucional, que compareceu à frente do Quartel General do Exército, em Brasília, onde validou as diretrizes do gabinete de ódio, o que o impede de enquadrá-lo como um “cachorro louco” , mas criou uma situação de constrangimento às forças militares, que muitas vezes na história nacional esquecem que estão à vontade do Poder Legislativo (Congresso Nacional) e do Poder Judicial (Sistema de Justiça). 

Dia após dia, a epidemia cresce e os doentes veem o colapso do Sistema Único de Saúde e a inação do presidente junto com o novo Ministro da Saúde e os concidadãos do presidente não podem mais ser vistos como Joe Carioca, de W. Disney da Segunda Guerra Mundial, porque o mundo mudou e muito. O personagem que não existe mais foi substituído por Pinóquio com fios que se movem como Trump-Geppeto deseja. Fica pior quando ele e sua gente aparecem nas redes como se fossem "cães loucos periféricos". 

Houve um silêncio duro e denso. Spooky guardou o pano no bolso e sorriu, havia uma tênue esperança.


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