19
de abril.
Com
ar de profissional o xamã Ashaninka olhou Lisarb e Spooky
seus alunos. O primeiro estava sem comer carne fazia 10 dias e o segundo, ainda
sem tomar álcool ou fumar seus cigarros em limpeza para receber a mistura: El
Ayahuasca... No dia anterior receberam rapé de folhas de tabaco para abrir
a mente e percepção. O xamã os entregou as xícaras e recomendou, bebam devagar.
Sua voz parecia começar sair de uma campainha ao primeiro gole. Era muito suave
e a música crescia.
- Sobre a Hidroxicloroquina que vocês me perguntam e permita me discorrer sobre o passado, onde os jovens iam à Universidade para poder melhor servir a humanidade, antes de servir-se da sociedade. Obviamente, que não estou me referindo ao seu país.
No meu curso de agricultura, tive a possibilidade de estudar fitoquímica, ao contrário da contracultura
precursora dos totalitarismos de Orwell e Huxley em um "melange"
(tempero) de liberdade - tecnologia - "lassez faire para a riqueza". Vejamos se
estou radical o suficiente ou atingi a decrepitude da velhice, quando combater
o problema não está eliminando a causa... Disciplina e Educação formam um
monômio, jamais um binômio. Sem isso somos meros consumidores.
Quando falamos de paludismo no hemisfério sul, desconhecemos que ele não é autóctone de nossas terras. Povos e populações foram dizimadas pelas
epidemias dos Plasmodium vivax e P. falciparum dispersadas pelos zancudos (pernilongo) na época da colonização no
Século XVI…
Na natureza, no império Inca era conhecido e usado por médicos, mal
denominados de xamã, um arbusto com uma casca
muito amarga e adstringente que cortava os efeitos os efeitos das febres e curava a doença em poucos dias, com a recuperação total das vítimas, os botânicos a classificaram como Chinchona quina, por curiosidade busquei na Internet.
Os jesuítas levaram este medicamento até Espanha, França, Inglaterra e Países Baixos, que também padeciam com o paludismo de forma endêmica. É assim que a casca da chinchona quina é dizimada no Peru e no México e levada para a Europa
pré-modernidade. O monopólio do
comércio no principio ficou com Espanha e França, mas
logo passou a Inglaterra e Países Baixos, pois estes começaram a cultivar a quina em suas colônias na Indonésia e Malásia.
Além da "quina", trouxeram para Bogor a "coca" (Eritroxylon
bogotensis), com a vantagem de que, no cultivo, tanto o quinino quanto a cocaína eram produzidas de maneira "industrial" sistematizada, igual
como era feito as
árvores de caucho (Hevea brasiliensis) em
Cingapura, Malásia e Indochina Francesa. A educação totalitária do
laissez-faire não vai ensinar isso por causa do alienamento ideológico de seus militares preocupados com o
comunismo.
"Fingimos que compreendemos as coisas,
quando não estamos entendendo nada... A propaganda de Liebig, 1800, era uma
propaganda cultural para atrair as pessoas para um mundo fantasia de uma ave Paraíso,
aquela ave exótica se chama, ave-paraíso. No quadro abaixo, são
seringueiros da Amazônia cortando árvores do caoutchaouc, é a borracha na linguagem indígena ou espanhola. Tinha o
vaqueiro americano, o indígena americano, o cientista. Então é o exótico com o
novo. Tem o rótulo, o mercado e as pessoas pagam. E a gente não sabe que a
pobrezinha da abelha não sabe ler propagada, não conhece o perigo. E ficamos impotentes
com a situação ou inconsciente, ou sei lá o que, mas sente..." pdf
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Bem antes de Foucault, algum
pensador de Asurbanipal já havia previsto que "Saber é Poder",
então o quinino natural das selvas foi extraída e cristalizada em laboratório, como uma marca
registrada protegida pelo poder por seu valor econômico. Naquela época, na
Índia, os britânicos não permitiam o uso do quinino por indianos rebeldes e irresolutos quando se tratava de hegemonia e
dominação britânicas.
Os maiores conquistadores da África,
Novo Mundo e Austrália não foram os jesuítas, os grandes botânicos, ou buscadores de minérios, mas os "naturalistas" von Humboldt, Goethe, Spix, Darwin...
Em pouco tempo, as moléculas de
salgueiro – sauce - (Salix sp.) deixaram de ser cristais de Marca Registrada® e passaram a ser sintetizadas a partir de matéria-prima (carvão) energia e mão-de-obra para o qual é necessário muito capital e conhecimento.
Uma molécula de ácido acetil salicílico é fácil de ser sintetizada a partir do carvão, da mesma maneira que o pigmento de anil (índigo) criando a anilina sintética. Mas a quem na Europa estaria interessado na destruição de milhões de hectares
plantados por anis na Índia, onde a invenção da anilina será a liberdade, com base na tecnologia e no "laissez faire da riqueza".
Uma molécula de quinina é complexa,
por ser um alcalóide, mas pode ser
transformada com um pouco de Soda Cáustica em Hidroxiquina®, uma substância com a mesma ação, de maneira mais exclusiva e protegida
por uma patente, evitando a comprar, além de poder vender e competir
contra o produto natural. Somente
é necessário que tenha marketing e publicidade.
Obviamente que em outro país ou laboratório poderá pegar essa molécula e agregar a ela um pouco de cloro e criar Hydroxicloroquina® com outra patente e que necessitará de um marketing mais eficiente com mais publicidade e
propinas maiores para impor-se no mercado.
É óbvio que um chá da casca de quina contendo quinino é menos agressivo para os seres humanos do que a Hidroxiquinina® ou Hydroxychloroquine® que
possuem devido à inclusão de radicais hidroxila e Cloro estranhos e alteração nos
açúcares (heterosídeos), além de alterar a proporção de isômeros ópticos metabolizados diferentemente conforme etnias e classes sociais. O comércio de Deltaquina®, Paraquina®,
Novaquina® e uma infinidade de patentes antigas retiradas da natureza
está no mercado. Na Segunda Guerra Mundial, o Atabrine® do Exército dos EE.UU. era obrigatórios na Guerra do Pacífico, mas os soldados
preferiam a morte porque os efeitos colaterais eram horríveis, vejam a foto propaganda institucional.
Na corrida para o quinino industrial por liberdade, tecnologia e "laissez faire da riqueza", temos toda a gama de efeitos colaterais que levam
à Sociedade de Risco de Ulrich Beck, com base na relação risco-benefício. Uma falsa relação, porque o risco é de saúde, que
tem valor manobrável e benefício que possui lucro absoluto... Com tudo, em 1855, houve uma guerra estranha, em nome do laissez faire da riqueza,
os ingleses donos das plantações de papoula em seus
territórios do Paquistão e Afeganistão, tinham um mercado fantástico na
China... e, em nome da livre iniciativa, decidiram viciar toda a China... A guerra recebeu o nome de Boxers War,
porque os chineses combateram expandindo as lutas marciais… Foram
invadidos e o país foi dividido como uma pizza pelos EE.UU., Grã-Bretanha e todas as nações europeias e Japão... A educação para a servidão não educa para saber disso... Nos países da
América Latina, o exército yankee criou o cultivo de papoula na Segunda Guerra
Mundial para seu suprimento. Após a guerra manteve seus laços mafiosos no
tráfego internacional, em função da Guerra Fria.
Hoje em dia a questão não é de tecnologia, pois Trump determina que a Hidroxicloroquina seja usada, quando o mundo há 40 anos
pode transferir o gene do quinino para microorganismos e produzir quinina biotecnológica "natural" com menos
efeitos colaterais.
A ingenuidade desapareceu pelos idos de Asurbanipal na Babilônia, logo o que o poder atual deseja disfarçar o que acredito e queria o uso da cloroquina
como a salvação de uma minoria elitista, mas não souberam ler os chineses e sua maneira de ver a vida. Os
resultados da cloroquina foram desmoralizados na China, pois, se funcionasse, criariam um microorganismo em laboratório para produzi-la com CRISP/cas9 em poucos dias.
É que a cloroquina tem a história de
permitir a construção do Canal do Panamá, por isso é simbólica para eles e
repetida pela servidão. A salvação sempre foi deles em Hollywood. Agora a
salvação é amarela e mestiça cubana, enquanto todos estão negando ajuda ou solidariedade, sem
promover a política. Eles necessitam cumprir o objetivo de eliminar mais
de um bilhão de pessoas no mundo, porque isso concentra a riqueza. É a Eugenia. O (pseudo)capitão recebeu a promessa de retorno do território das três
Guianas, mas tem que colaborar com milhões de almas dos pobres, negros,
indígenas e idosos...
Spooky acordou sentado em um canto da cabana e olhou para Lisarb sentado sobre a rede como se fosse um animal. - Meu reino por um
Kristoff! gritou...
Lisarb riu: - "Vida e Morte de Ricardo III" e pulou da rede e de pé sentiu tonturas... mas prendeu a respiração. - Sim, agora sei que o tempo não existe e cumprindo que
dois gêmeos correndo em direções opostas alteram suas idades... a nova ordem não é de um lado ou de outro é eugenia de ambos os lados. O que deu errado foi
a reação inesperada dos chineses, por isso tanto ódio. Enquanto em todos os
países em servidão é dito a mesma coisa, contaminar-se para colaborar com a morte. A China deveria ter uma perda de 200 milhões, a Índia outro tanto. Mas os mortos nos EE.UU., Europa e nós, os mortos seriam os "inundáveis" e os
"descartáveis". Vamos
nos banhar no rio, pois creio que o xamã vai voltar. A surra deve continuar.
A algazarra das crianças tomando banho diminuiu com a chegada do
xamã. Este é o rio Juruá, na última
vez em que vocês trabalharam aqui em Ayacucho, o rio era muito
diferente. Spooky disse que o Apurimac não é
um rio, é um sonho. Sonho foi o que vocês ensinaram na Reforma Agrária de Alvarado.
Lembram do Natal de 68? Lisarb saiu da água, sim
"Camponeses, o chefe já
não comerá suas misérias". Todos
comeram o Anticucho, Qaqchi, queijo com pimenta, e Cau cau (mondongo).
Podemos começar, disse o xamã com um
caroço estendido sorrindo para Spooky.
"Pura pinga pe cumpa" é uma caixa do Libertador, da Tabacalera Oriente. Posso? - A teu gosto. Por aqui havia muitos incêndios organizados por
quem procurava terras mecanizáveis para a soja, palma africana, o mesmo entre os da Bolívia,
Colômbia e vocês.
Spooky, já parecendo feliz, fumegando para os quatro ventos, disse: Bem, antes da pandemia, nosso chefe mais conhecido alertou: "Nós estamos com muito medo agora, mas logo serão vocês que vão sentir muito medo, também".
Foi por isso que vocês vieram... Só posso dizer que é muito mais grave do que o peso das palavras do chefe. É bom que vocês releiam “The Population Bomb” de Paul
e Anne Ehrlich, é daquela
época. Estamos 50
anos depois... Eles agora querem com Trump executar isso sem imaginar que os EE.UU. não tem
mais o mesmo
poder desde 1989 e o mundo é outro. Veja o que disse o NY Times de hoje sobre a exoneração do ministro
da saúde.
"O presidente do Brasil, Jair
Bolsonaro, demitiu seu ministro da Saúde na quinta-feira, depois de um desentendimento sobre o quão duras deveriam ser as medidas de isolamento. Ian Bremmer, presidente do Eurasia Group, uma
consultoria de risco político, qualificou a demissão de Mandetta como uma "decisão incrivelmente irresponsável" e especulou que isso
foi impulsionado pela crescente popularidade do
ministro quando confrontou publicamente seu chefe. "O ego do
presidente não pode chefiá-lo", escreveu Bremmer no
Twitter.
O cacique Raoni sabe que somos todos crisálidas e estamos em
metamorfose, como no poema de Julio Dinis, de 1860.* Repare: - imóvel crisálida Já se mexeu, inquieta, Cedo, rasgando a mortalha, Ressurgirá borboleta. Que influência
misteriosa A metamorfose opera! Um raio do sol, um sopro! Ao passar, a vida
gera. Assim minha alma, ainda ontem Crisálida entorpecida, Já hoje treme, e amanhã Voará cheia de vida. Tu olhaste - e do letárgico Mago influente me desperta: Surjo ao amor, surjo à vida À luz de um amanhecer
incerto.
Vamos embora para Xiririca, lá seremos amigos de Rei. Pois Goya, somente é uma cultura.
Vamos embora para Xiririca, lá seremos amigos de Rei. Pois Goya, somente é uma cultura.
continua...
***
*
Repara, a Imóvel Crisálida Já se Agitou
-
Raoni: “Nós estamos com muito medo. Logo, vocês também estarão”
https://climainfo.org.br/2019/09/03/raoni-nos-estamos-com-muito-medo-logo-voces-tambem-estarao/
-
Entrevista com Raoni: Liberdade fica comigo
http://www.taquiprati.com.br/cronica/1328-uma-entrevista-com-raoni-liberdade-fica-comigo
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