15 de abril
Por Lisarb
Por
que será que um grupo de jovens noruegueses ao gravar um disco de vinil 30 anos
depois usa o mesmo símbolo do Exército de Libertação dos EE.UU. (foto),
composto por um estudante afroamericano e mais de 20 estudantes da caríssima
Universidade de Berkeley?
Era
uma época de guerra, onde o baquiano (escoteiro, scout) ou "bate
palo" (morcego) são muito importantes para o poder. Você não se lembra,
mas entre eles estava Patty Hearst, filha do bilionário ou magnata ‘papa’
das comunicações…. Todos os sobreviventes foram condenados a longos períodos,
incluindo uma sentença de prisão perpétua, mas Patty cumpriu apenas 18 meses e
recebeu o perdão de J. Carter e, em seguida, o perdão de Clinton. O último dos
prisioneiros saiu há pouco tempo para morrer de câncer...
Hoje,
os simbiontes são outra coisa, é o caminho contra os erros que trouxeram o
coronavírus, que mata mais negros e hispânicos devido à desigualdade. Seu
símbolo NAGA ainda é válido, e muito necessário, no distante Brasil, onde o
pequeno time de Santos F.C. nunca tinha sido campeão de futebol. Foi pela
primeira vez em 1955, com 40 pontos, e o Corinthians ficou em segundo com 39
pontos por empatar (1x1) com o Palmeiras, onde jogava o astro Jair (da Rosa
Pinto), autor da jogada de gol e nomeado nosso herói nascido naquele ano...
O
político argentino D.F. Sarmiento enaltece por conhecer sua
utilidade: "o baquiano é um gaúcho sério e reservado que conhece
vinte mil léguas quadradas de planícies, florestas e montanhas. Ele é o topógrafo
mais completo, é o único mapa que leva um general para dirigir os movimentos de
sua campanha. O Baquiano está sempre ao seu lado. Modesto e reservado como um
muro, está em todos os segredos da campanha; a sorte do exército, o sucesso de
uma batalha, a conquista de uma província, tudo depende dele". No
entanto, Sarmiento negava a cultura gaúcha...
Xavier
Marmier, emendado: "Aqui não é possível ir de uma
província para outra, sem a ajuda de um baquiano, que é guiado pela posição das
estrelas, por algumas poças de água ou por outros sinais que passam
despercebidos por pessoas comum. Os baquianos que trabalham para a polícia ou
os militares não são bem vistos pela população, na Amazônia são chamados de
"morgegos, bastões de batida", algo como cafetões e
traiçoeiros como nas Termópilas.
Por
todo o Vale do Ribeira, em São Paulo, havia guerrilheiros rurais e um grupo de
jovens do local (Eldorado) tornou-se baquianos da força militar.
Hoje,
50 anos depois, estamos novamente no meio da Guerra Médica e o Efialtes*
corcunda, serve de baquiano ao coronavírus, ao qual o filhote Mendieta diria
"- Qué lo parió" ao falecido Fontanarosa.
A
"Operação Registro" foi a maior mobilização na história do
Exército. Usaram 2954 homens, incluindo membros da inteligência, regimentos de
infantaria e paraquedistas das forças especiais, policiais da Polícia Militar
e Rodoviária de São Paulo e Dops, além da Marinha para vasculhar a área e
capturar 9 membros da organização VPR (Vanguarda Revolucionaria
Popular), liderada pelo capitão Carlos Lamarca, que instalou dois
centros de treinamento de guerrilha na área. O relatório secreto do general José
Canavarro Pereira diz: - A Força Aérea Brasileira participou ativamente
no "Registro de Operações" por meio da Primeira Força Aérea comandada
pelo Brigadeiro Hipólito. Em 20 de abril, quatro helicópteros foram
despachados, dois deles com poder de fogo e quatro aeronaves T-6 "armados". O relatório também
menciona aeronaves B-26, sem especificar o número. Foram eles que realizaram
a cabo os bombardeios na região, sem dar nenhuma proteção aos camponeses e
muitos foram detidos e torturados...
A
formação do helicóptero, os aviões durante vários dias chegaram com Napalm e
bombas de explosão. No documento secreto de 1970, ele descreve: “As unidades
do Exército fecharam a área entre as cidades de Cananéia, Eldorado Paulista,
Registro e Iguape (aproximadamente 2.500 km2) para realizar buscas enquanto as
unidades de aeronaves bombardeiam explosivos e napalm nas áreas menores
acessíveis. E ajudou as tropas terrestres com helicópteros equipados com armamentos.
O litoral foi monitorado pela Marinha, enquanto a Polícia Militar controlava
todos os veículos e verificava a identidade das pessoas".
Eles
"maltrataram" muitos camponeses... Com essas
palavras, os moradores de Capelinha relembram o desempenho do Exército durante
o cerco militar que mobilizou quase 3.000 homens para capturar 9 militantes do
VPR. "Estávamos um pouco assustados. E a pior coisa que ele temia que a
polícia nos prendesse, não nos deixou sair ”, diz Oscar Vieira, 65
anos, cuja história não está registrada em nenhum documento oficial. Ele foi
uma das dezenas de pessoas detidas pelos militares durante a primeira fase da
operação. Ali, os militares implementaram um verdadeiro estado de exceção. Eles
impediram que os moradores se movimentassem livremente pela floresta, a menos
que tivessem permissão por escrito, e emitiram um "toque de recolher"
durante a noite. Aqueles que ousaram sair sem permissão foram presos. “Me
pegaram no caminho aqui, na rua. Não tinha arma, nada. Me pegaram como um
bandido, então me assustei.
Eles
instigaram, fazendo perguntas. Eles se livraram de nós, certo? Eles humilharam.
O chamavam de vagabundo, ladrão, bandido”, recorda Sr.
Oscar, que por dois dias foi mantido em cativeiro do exército no campo militar
estabelecido em Vila Tatu. “Quando pegavam a pessoa, eles a protegiam e não
a deixavam sair. Havia três guardas, dois de um lado e um do outro, todos
armados". Antes de chegar ao acampamento, ao lado do caminho sofreu
mais "humilhação": "Apontaram a arma e disseram para eu calar a
boca, atiraram em mim, para ver se intimidavam". Cerca de 60 tiros de
pistolas foram disparados sobre minha cabeça. A cápsula do projétil da bala
caia sobre mim”.
Os
ataques militares da embaixada francesa participaram de reuniões do Estado
Maior do Exército e tiveram acesso privilegiado a operações militares, segundo
arquivos secretos abertos depois de 30 anos na França. Eram amigos e
conselheiros do exército brasileiro, especialmente nos anos mais duros da
repressão. O caso mais notório é o do instrutor geral de tortura Paul Aussaresses, conhecido como "o carrasco de Argel".
Assim,
enquanto o II Exército tratou de distanciar os jornalistas brasileiros da cena
dos eventos, o adido Yves Boulnois teve livre acesso e acompanhou
a Operação Registro com grande interesse durante um mês. Em seu relatório ao
Ministério de Defesa francês, escrito em maio de 1970, descreve tudo o que
podia ver em campo, incluindo técnicas militares e o material usado, uma vez
que um dos objetivos dos anexos era vender material de guerra do Exército da indústria
francesa.
Não
capturaram si quer um guerrilheiro, tiveram um caminhão do exército roubado e
um oficial assassinado. O jovem baquiano daquela época foi levado para um
rápido estágio na escola preparatória de cadetes, sem ser aluno e depois chegou
à Escola Militar, é o que disse o jornal da minha cidade; graduado, teve uma curtíssima
carreira e uma saída condescendente pela corporação.
Ahijuna
canijo, é bom repetir de forma exaustiva que estamos novamente
com a volta do Efialtes (foto), baquiano do coronavírus que se considera bonito
e troesmo.
Numa
sinfonia constante de caçarolas, sobressai a expressão clássica de “Mendietta”,
o filhote raivoso do falecido Fontanarosa, com a afinação de Turbonegro dos
jovens rebeldes noruegueses.
***
*Euclides, eis aqui o trecho que referistes: Carreira militar B. se interessou pelo Exército aos 15 anos, quando ele e amigos forneceram dicas para os militares sobre possíveis esconderijos de Carlos Lamarca, que havia montado um campo em Vale do Ribeira para treinar guerrilheiros contra a ditadura militar.[41][42]
bolsonaro wikipedia
- Como foram os anos de formação de Bolsonaro em Eldorado-Xiririca, no interior de São Paulo
- A assombrosa história de Olderico Barreto, homem que encarou o carrasco Fleury
- Um torturador francês na ditadura brasileira
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