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"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Há transição na Agricultura?

A agriCultura desde de tempos atrás até hoje nunca mudou teu modus operandis: preparar a terra, semear, cuidar, colher...

Muito se falam em "transição", da agricultura convencional para a agricultura Agroecológica. Primeiramente a agricultura convencional, 'dita pelos extensionistas de Moderna', é o Complexo Agro Industrial Militar parida após a Primeira e Segunda Guerra Mundial; deve ter 100 anos! Como fazer transição para algo que já está estabelecida em nossas comunidades rurais, pré-colombianas, e de missões, a mais de 10.000 anos! Tempo de existência da agriCultura Orgânica.

Pois é, creio que transição é o tempo dado àqueles do não saber Fazer para Saber e Fazer corretamente. Um tempo de entendimento do novo e agora neologismo Agroecológico. Por que não ir direto para uma ruptura...?

Não se estabelece e nem se consegue firmar no seio de uma família de agricultores a embromação "transição". Não se engana mais os camponeses na era digital, e paciência se esgotou para a 'Modernidade'. Ruptura!  Logo, deve vim acompanhada de filosofia de vida nos cultivos de alimentos; se não houver união comunitária e para o coletivismo, parcerias, acompanhamentos técnicos participativo (não mais da extensão do Estado, sem uma proposta de comunicação revisada); políticas públicas exigidas nos padrões organizativos das comunidades - aquisição de tecnologias para por esta revisão de estudos Científicos voltados aos pequenos e médios produtores - e principalmente gestores municipais locais voltados ao desenvolvimento e bem estar da população.

Negar o uso de Agrotóxicos por que é veneno e possui um custo alto de aquisição; negar o uso dos Adubos artificiais por que existe alternativas técnicas naturais sem custo algum ou muito menor, são os primeiros passos de conscientização para a acertada qualidade de vida familiar na produção futura de alimentos. Ruptura com o pacote da Revolução Verde.

Reduzir a necessidade de comprar produtos de lojas agropecuárias é uma condição radical. É uma posição forte a ser tomada pela família, porém, é sábia e próspera.

Não usar "venenos" e "químicos"  também não quer dizer, que agora é orgânico; passou-se pela transição, voltou-se a usar os resíduos de animais, vegetais, etc... Mas coloca a família produtora em contato direto com a realidade natural da terra em que vive e se passa a fortalecer a base, a fertilidade do solo. A transição é em nível econômico, intemperizada aos poucos. Vai sumindo na medida em que a família entenda e compreenda todo processo produtivo e busque viver em condições Camponesas, na luz do conhecimento atual. Qual seria o susto da família entender os efeitos do não cultivar o solo quando se quer recuperar a sua fertilidade natural. Não cultivar é um dos princípios da Agricultura Selvagem, deixar a recuperação natural fluir e interagir com o sistema produtivo. O Sr. *Fukuoka nos diz que "quando o solo é cultivado, altera-se o ambiente natural ao ponto de o tornar irreconhecível".

Por fim, para que aja uma aceleração do metabolismo produtivo familiar com os modelos sociais em que vivemos hoje, deve-se buscar integrar parcerias e incentivos às novas tecnologias adaptadas e por muito delas criadas ao envolvimento e desenvolvimento rural camponês no campo e cidade. Se tem aí um retorno ao futuro.

Para uma maior aceleração do metabolismo social, pelas mudanças estruturais e espaciais que são consequência de sua concretização, façamos a Revolução Agrária. Uma mudança na estrutura agrícola do país para enfrentarmos os desafios do futuro. Municípios com esta visão, podem optar em escolher a arquitetura espacial e econômica em sua volta por periferias ou comunidades agrárias produtoras de alimentos e geradoras de agroindústrias camponesas que movimentam a economia local.

“No existe actitud  más revolucionaria que un consumidor que deja de comprar un refresco y una hamburguesa; o un campesino que no dependa de un cajero en el mercado para  comprar un costal de materia orgánica para  producir sus alimentos con excelente calidad”.
“Si hambre es ley, justicia es rebeldía"
Oliver Sistema Agroflorestal - Família do Sr. João Boeiro e Eva, Assentamento Pirituba II, Itapeva/SP

*Masanobu Fukuoka escreveu o livro A Revolução de Uma Palha - Uma introdução à Agricultura Selvagem, editora Via Óptima.


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