"

"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Húmus de Minhoca


"não somente o húmus é matéria orgânica e nem toda matéria orgânica é húmus!" Ana Primavesi

          Eu estava escrevendo sobre o húmus de minhoca, sua importância e sua participação na composição de um excelente substrato - logo abaixo na dica - para a produção de plântulas, mudas de hortaliças. Mas encontrei o site do Marcelo Miranda, dedicado e muito bem explicado sobre a produção, importância, mercado, custo, ciclo de produção, manejo, cuidados básicos, predadores, projeto de minhocário, matéria prima, mão de obra e apostilas. Portanto, irei apenas colocar um quadro sobre o Esterco, retirado do material do Instituto Giramundo, curso que participei em Botucatu, Educador Agroflorestal.

fonte: Caderno 1 Agroecologia - Instituto Giramundo Mutuando
             Acesse o site do Marcelo:

          O produtor agroecológico José Maria, assentado da Reforma Agrária - Assentamento Pirituba II, Pastão, Agrovila I - possui sua pequena e necessária produção de húmus. Em meus trabalhos na região, de acompanhamento técnico as atividades leiteiras, registrei sua técnica. Com o húmus, faz mudas de Bracatinga e fonece a muitas hortaliças que produz a uma altitude média de 960 m do nível do mar. As fotos abaixo são registros de minha máquina. Confira e compartilhe. 

os tijolos estão apenas alocados, sem cimentar
húmus
capim de Brachiaria e folha de baneira completam a composição
retirada do húmus, a separação das minhocas com a peneira
resultado de 1 semana do Vermicomposto, 2 sacos de 60kg.
Dica de um excelente substrato elaborado com húmus de minhoca para suas plântulas. Composição:
  • húmus de minhoca;
  • húmus da decomposição da palha e qualquer matéria orgânica morta;
  • carvão de Brachiaria ssp;
  • terra boa, orgânica - solo do perfil A/C
 plântulas de Bracatinga (Mimosa scabrella) - Itapeva/SP Agrovila I, Pastão


Oliver Blanco

PETIÇÃO ORGÂNICA


Concordo com a Tatiana. Lutar pela boa alimentação é buscar a nossa liberdade, fraternidade; é remar contra a Agricultura dominante que leva ao desenvolvimento de um sistema estressado, com dinâmicas catastróficas presentes e futuras, morrendo.

Caminhamos, então, para um visão profunda e sistêmica da vida no Planeta. "...entender a fisiologia da Terra, como Gaia funciona, requer uma visão "de cima para baixo", uma visão da Terra como um sistema total;"* a consciência liberta, revoluciona.

Aqui, com os pés no chão, só nos resta a luta pela boa alimentação. Sejamos médicos planetários. Disse LOVELOCK: "Isso pode não nos custar mais do que os pagamentos que desembolsamos atualmente para a purificação da água, para a coleta do lixo, para a limpeza das ruas e para o saneamento básico. E beneficiará em grande medida o nosso meio ambiente, e sem efetuar esse pagamento - o nosso imposto devido a Gaia - com certeza sofreresmos as consequencias que sofrem as pessoas de uma metrópole que se recusam a pagar os seus impostos." Por falar em metrópole, todas elas, sua assinatura a PETIÇÃO ORGÂNICA é imprescindível, já que vocês não produzem alimento; muitos nem sabem de que parte eles aparecem.

Oliver Blanco

*James Lovelock


Prezados,
Gostaríamos de chamar sua atenção para a seguinte petição, cuja tradução em português está logo abaixo:

 "NON TOXIC HEALTHY FOOD"
(clique acima para assinar)

Nós realmente consideramos esta uma importante causa e gostaríamos de encorajá-los a adicionarem suas assinaturas. É gratuito e toma menos de um minuto de seu tempo.

ALIMENTO SADIO, NÃO TÓXICO

A agricultura convencional é responsável pela contaminação de lagos, rios, oceanos e solos; diminui a fertilidade do solo e aumenta a dependência de energia fóssil, que é não-renovável, e é prejudicial à saúde humana. Produtos químicos usados na agricultura convencional acumulam-se no corpo humano, desenvolvendo tumores que crescem lentamente, não sendo possível uma relação imediata com seus agentes causadores.

Por outro lado, a experiência com uma agricultura ecológica, natural, bio e orgânica, oferece alimento mais nutritivo, contendo maior vitalidade e duração, maior rendimento e melhor sabor. Portanto, é apropriado que nossos esforços estejam guiados para a implantação deste paradigma no nosso planeta.

Esta é uma iniciativa do GIPO (Grupo de Incentivo à Produção Orgânica), pertencente à Associação Ipê, uma organização não-governamental e sem fins lucrativos que trabalha com questões sócio-ambientais, culturais e de saúde integral.

As assinaturas e comentários serão enviados para organizações governamentais, não-governamentais e empresariais, clamando pela implantação mundial do paradigma eco-bio-orgânico.

Contamos com vocês para o benefício de todos !!

Com respeito e gratidão,

Associação Ipê

Brasil


"NON TOXIC HEALTHY FOOD"
(clique acima para assinar)

PEDIMOS O FAVOR DE REPASSAREM A MENSAGEM PARA SEUS CONTATOS.


Dra. TATIANA REGINA SANDY REIS
Cirurgiã-Dentista / Clínica Geral, Terapia Neural e Odontologia Neurofocal
Relaxamento Terapêutico/ Recondicionamento mental                               
Especialista em Agricultura Orgânica / Biodinâmica
Fundadora e Coordenadora Associação Ipê (entidade de saúde integral, sócio-ambiental e cultural)

Associação Ipê

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Encontros Agroecológicos - Montes Claros MG


Temos obrigações de fortalecer àqueles que lutam e buscam por uma verdadeira independência nacional. Façamos isto juntos, unidos na teia da vida, em mutirão ou de pés descalsos. Parabéns pelo encontro, organização e luta. Paz, magia e agroecologia! maravilha de um abraço...  
Oliver Blanco

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Herbicida Natural, uma dica? e sua receita...

Texto revisado em 08.11.2016 - Oliver H. Naves Blanco



Publicado em 08.02.2012

Recentemente em Vazante, noroeste de Minas Gerais, testamos um 'herbicida natural' feito com a fermentação do REPOLHO, Brassica oleraceae (resultados nas foto 1, 2 e 3). Não sou muito a favor da aplicação técnica ou ações deste tipo na agricultura. No entanto, temos uma cultura (domesticada nos interesses da Revolução Verde) 'veneneira' tão desgraçadamente invadida nos anos 30 que desde o mais pobre agricultor ao mais rico 'fazendeiro', quando o causo é mato, se fala em aplicar o Herbicida, principalmente o Roundup da empresa Monsanto, o "mata-mata" ou "mata-mato".

Na onda agroecológica se falam muito em transição. Transição da agricultura convencional para a agricultura orgânica, ecológica e outros termos. Uma diminuição do uso de agrotóxicos e adubos químicos solúveis gradativamente até cessar totalmente seu uso e, a posterior, redesenho do manejo agrícola e florestal na propriedade. Neste caso, o "herbicida natural" teria uma estratégia importante dentro da agroecologia, tanto para tirar a cultura 'veneneira' imposta, como também, combater a causa ao invés de mitigar os efeitos e suas transições (MIP do S.Gravena, por exemplo).

Transição, pois somos a periferia científica, e muitos sabem, mas fazer são outras mão na massa. E também, o termo transição é uma palavra muito solta nos livros de agroecologia vinda da América do Norte deveras a mando do Banco Mundial, OMC. Mas as 'la cucarachasnão' mal sabiam que os Agrotóxicos são inconciliáveis com o ambiente da Agroecologia (um movimento de construção do conhecimento, em qualquer local onde se inicia). Não existe o equilíbrio e sim a harmonia nas teias de intercomunicações de troca constante de energias. 

No meu ver, o mato surge para ocupar um espaço no solo que foi erroneamente manejado - gradagem, subsolagem, e arações ano a ano, e aplicações químicas, etc. - em solos tropicais como os do Brasil (de zona tórrida), e também, devido a um arcaísmo e domesticação técnica. São as plantas adventícias, espontâneas ou nativas (aqui, a Máfia dos Agrotóxicos, junto aos muitos departamentos de fitossanidade das universidades agrárias, às chamam de 'plantas daninhas', por isso Matá-las = lucro, ao invés de avançar a fitosociologia e usos alimentício, etc), da flora nativa que protege a carne nua e exposta ao sol e às chuvas fortes, amortecendo-as; traz grande diversidade de raízes que dão vida ao subsolo e disponibiliza, cicla nutrientes para as camadas mais superficiais, quiçá não alcançados pelas plantas de interesse produtivo. Assim, deixar crescer o mato (até a expressão máxima de sua energia mineral FLOR), estudá-lo (pode ser uma PANC - plantas alimentícias não-convencional) e depois cortá-lo é o manejo mais certo a ser aplicado em solos tropicais.

Podemos neste tipo de ação física e biológica, enriquecer o mato e o solo, a posterior, plantando uma muvuca de sementes contendo uma diversidade de espécies leguminosas e gramíneas. A chamada Adubação Verde. O benefício são em ganhos microbiológicos, controle das 'invasoras', aeração natural através da diversidade de raízes e ganhos minerais - adubação nitrogenada, potássica, e fosfórica, etc, como vem sido chamada, através de plantas, acúmulo de bomassa que favorece a biocenose. Enriquecer o mato anteriormente ao corte, com pulverizações de biofertilizantes, Fosfito ou mesmo uma solução de 1.000 litros de água + 20 litros de melaço e um quilo de fermento de pão (dar volume na biomassa), também é um avanço.

Não aconselho o uso do herbicida pelo fato da rápida secagem (a solução xenobiótica dissolve a proteção da planta, cerosidade; é como se arrancasse a pele da coitada e deixasse exposta ao sol, morre por desidratação, impedindo a fosforilação oxidativa), pode-se então, haver perdas de nutrientes e quebra de uma cadeia alimentar importante no solo, a biocenose, pois na sua síntese, a matéria orgânica junto aos minerais são unidos pela microbiologia. Os nutrientes presentes no mato roçado ou ou pela adubação verde irão alimentar bilhões de micro vidas no solo para depois ser utilizado pelas plantas que desejamos. Nossa interferência na teia alimentar deve ser mínima, porém, eficiente. A tecnologia existe, mas com qual conhecimento iremos utilizá-la é o x da questão. 
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Receita do herbicida 'natural':

Do repolho fermentado (ver fabricação do Chucrute) o produto obtido é o ácido lático e acético (vinagre), por isso funciona com um 'herbicida'...

- Cortar em pedaços 3 kg de Repolho e deixar de molho em 10 litros de água. Repousar em um local sombreado, ventilado e tampar o recipiente por 21 dias. Mexer um pouco às vezes.
- Diluir 1 litro da solução coada em 10 litros de água e pulverizar. Para se fazer a dessecação do feijão, soja, etc, por exemplo, para facilitar a colheita, misturar 1 kg de sal. O sal também pode ser misturar para a aplicação sobre o mato, intensificando a ação da secagem. Somente o Repolho já dá um bom resultado, vide fotos.
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Outras plantas foram estudadas e possui efeito herbicida natural: feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), batatas, folhas de goiabeiras. No caso do feijão-de-porco somente o teu plantio e depois o corte, já inibe o crescimento de outras plantas.

Deixem o MATO crescer e depois cortem, simples assim. O MATO não MATA, mas aumenta a entropia!

Abraços

Oliver H. Naves Blanco
Eng. Agrônomo - Sítio Solar Blanco (São Pedro/SP)
emporioagricola@gmail.com

* citações: Uso de extrato aquoso de repolho como herbicida natural - acesse aqui o PDF

Foto 1. Local de aplicação do herbicida 'natural' a base de Repolho.

Foto 2. Ação do herbicida 'natural' de repolho em folhas largas e finas.

Foto 3. Comparação de uma área em que foi aplicado o herbicida 'natural' e outro não.


Lembrem-se: Biocidas - os Agrotóxicos, mata a vida no planeta. Mata!
MATA!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Consciência é a Resposta

Caríssima amiga Inês Castilho me indicou a entrevista com o holandês Robert Happé... acredito ser este o caminho para a paz. Sábio é o ser que busca o trabalho em mutirão, o pensar consciente de se viver em harmonia com a natureza, saber sua inserção conscientemente na teia da vida. És o futuro... deveras.





Rede Soberania

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Esta Nação é da Multitude brasileira!

Blogueiros/as uni vós!

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