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"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Bernard-Henri Lévy: Entrevista

Bernard-Henri Lévy: “Bolsonaro derrotou mais a direita do que a esquerda”

Filósofo lamenta a "pornografia política" do presidente eleito brasileiro, a quem compara com Nicolás Maduro

Bernard-Henri Lévy, durante sua visita a São Paulo, em 24 de novembro.

 Bernard-Henri Lévy visita o Brasil em um de seus momentos mais turbulentos, quase como nos tempos em que este filósofo, formado igualmente entre maoístas e holofotes, ainda estava construindo sua reputação de pensador de ação e ia ao Irã nos anos setenta ou à Bósnia nos anos noventa. Vestido com seu eterno uniforme – terno escuro camisa branca parcialmente desabotoada – com o qual se tornou um dos pensadores mais midiáticos e conhecidos da França e de grande parte da Europa, Lévy (Argélia, 1948) vai direto ao problema entre goles de chá em um hotel em São Paulo: “Todo o mundo está olhando para o Brasil. O que seu presidente eleito, [Jair] Bolsonaro, faz é discutido em todos os lugares e o que estamos vendo é um presidente sem programa, nostálgico de um dos momentos mais sombrios da história do país e sem amor genuíno por sua terra natal. O mundo está assombrado com a incrível vulgaridade de alguns de seus comentários. É pornografia política. Como fala das minorias, das mulheres. O mundo está estupefato”, repete com finíssima indignação parisiense. E resume a questão que mais escandaliza os cientistas políticos de todo o mundo: “E não venceu dando um golpe, mas através das urnas”.

O Brasil é apenas uma frente de uma guerra global, pondera com um certeiro cruzamento de pernas, uma guerra que absorve praticamente o mundo inteiro. “Há uma luta ideológica entre a xenofobia e o humanismo, entre os extremos, da esquerda à direita, que se alinharam nas ruas para destruir os valores republicanos e as forças do progresso”, diz. “O Brasil está dentro dessa corrente global e, de certo modo, seu líder populista é o mais caricatural de todos.”

Pergunta. Quando Trump ganhou a presidência em 2016, o senhor alertou os norte-americanos de que, para além da ideologia do vencedor, “milhões de gênios acabaram de sair da lâmpada” com aquela vitória. O senhor estenderia esse alerta hoje aos brasileiros?

Resposta. Fiz duas advertências quando Trump foi eleito. Os geniozinhos saíram da lâmpada e também avisei aos judeus que se cuidassem dos presentes e afetos de Trump. O afeto que não nasce do amor verdadeiro é muito perigoso e tem efeitos colaterais terríveis. Diria o mesmo aos brasileiros. A eleição de Bolsonaro libertou milhões de geniozinhos. E eu diria a eles para terem cuidado com esses gestos de amizade aparente, não porque podem se revelar uma mentira amanhã, mas porque podem ter um significado inesperado e triste amanhã. Não vi na história uma época em que os judeus não acabem como vítimas.

P. O senhor se mobilizou especialmente contra o Brexit nos últimos anos. Compartilha das comparações de que essa votação e a vitória de Bolsonaro pertencem à mesma convulsão destrutiva contra a ordem estabelecida?

R. O Brexit não está destruindo o establishment; o Brexit é o establishment. Boris Johnson, as pessoas que clamam pela separação, são o establishment. O que é que o Brexit destrói? O Reino Unido. Não o establishment. Da mesma forma, Bolsonaro também não faz dano algum ao establishment, ele o faz ao Brasil. Ou poderia fazer, pelo menos. Ele faz parte do establishment, do pior do Exército e do pior da direita das cavernas. E se é uma arma de destruição, não é da destruição das elites, mas do que foi construído neste país, desde que, mais ou menos, terminou a ditadura militar (1964-1985).

P. Ele, no entanto, declara guerra à esquerda e consegue que a direita o deixe em paz, talvez motivada por esse inimigo comum. Mas Bolsonaro não é mais inimigo?

R. A vitória de Bolsonaro é uma derrota da esquerda, mas é uma derrota muito mais importante da direita. Bolsonaro a devorou. Essa direita liberal, limpa, republicana, que quis construir um país de costas para a ditadura, essa direita é o objetivo principal de Bolsonaro. Ele quer acabar com ela e em parte conseguiu. Hoje ela está fora do jogo.

P. Bolsonaro fez com que milhões de pessoas falassem da esquerda como uma entidade única que abarca do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao venezuelano Hugo Chávez...

R. [interrompe] Não existe comparação possível entre Lula e Chávez. Mas existe entre Chávez e Bolsonaro, que pertencem à mesma família de líderes: populistas, mentirosos, líderes que não se importam com o seu país. Lula pode ter cometido erros, eu não sei, talvez o saibamos no dia em que for julgado com justiça. Mas, para mim, até agora, era um líder bom e decente para o Brasil, e sua presidência foi um momento honorável na história do país. Bolsonaro e Chávez, ou Bolsonaro e Maduro, têm mais semelhanças entre si do que diferenças.

P. Durante quase 40 anos e até recentemente o senhor disse que devíamos “quebrar a esquerda”, citando Maurice Clavel, para derrotar a direita. O senhor ainda mantém isso hoje?

R. A esquerda já está quebrada. Você tem por um lado Lula no Brasil, [o ex-presidente socialista François] Hollande na França e o [ex-primeiro-ministro italiano Matteo] Renzi na Itália, grandes líderes da esquerda ocidental, que se separaram da outra esquerda, a falsa, a radical. Na França não há relação entre o ex-presidente Hollande e [o líder da esquerda alternativa francesa, Jean-Luc] Mélenchon. Essa dissociação já aconteceu lá e na Itália também. A verdadeira rachadura, e isso existe na Europa e na América Latina, é o populismo contra os princípios humanistas, universalistas e reformistas. Lula é a personificação dessa diferença. Ele é a esquerda humanista, a verdadeira, aquela que defende os interesses do povo contra o nacionalismo, a xenofobia e a mentira. Contra as tentações de Chávez. Mas a história dele não acabou.

P. As eleições vencidas por populistas não foram desprovidas de candidatos, digamos, tradicionais, aceitáveis, de esquerda e de direita. O senhor está preocupado que certas formas se percam?

R. Esquerda e direita não importam mais. A única corrente que existe agora é que estamos vivendo um momento populista. Com a ajuda da Internet e das redes sociais, a subcultura das televisões, passamos por um momento que dá vantagem aos líderes populistas. E todo político republicano, democrático, razoável e old school deve se adaptar à nova situação. Eles ainda não o fizeram, mas terão de fazê-lo para não serem devorados por esse enorme monstro que está surgindo em todo o mundo.

P. É preciso se adaptar ou contra-atacar?

R. Será preciso tempo. As épocas sombrias nunca duram para sempre. Nos anos vinte, trinta e nos cinquenta havia multidões no Ocidente contra a democracia. E ainda assim esta prevaleceu. Eu acho que a mesma coisa vai acontecer agora. Do que tenho certeza é que não se derrotará o novo populismo usando suas mesmas armas. Os democratas devem ter a coragem de não cair nessa armadilha. Eles têm de defender seus valores mesmo se durante algum tempo são minoria e não são ouvidos o suficiente. Se abandonarem seus valores, estarão perdidos.

P. O mundo se aproxima desse paradoxo de ter que defender a democracia quando a maioria está contra ela?

R. O sonho de muitos líderes é acabar com a democracia. Trump, Bolsonaro, [Viktor] Orban na Hungria. Mas nos Estados Unidos estamos vendo até que ponto a democracia é capaz de resistir. O verdadeiro muro americano não é o que Trump quer construir entre os Estados Unidos e o México, mas o que a sociedade civil norte-americana construiu para ele. Trump não é livre para fazer o que quer e está dando cabeçadas na parede. Talvez isso acabe quebrando a cabeça dele, vamos ver. E o que eu desejo para o Brasil é algo parecido, que se revele um muro da democracia e enfrente a vulgaridade, a estupidez e a ausência de ideias.

FONTE: El País

 

 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

elã social

UFRGS


17 de fevereiro 2019
por Sebastião Pinheiro 

Em português há a palavra elã de rara beleza pelo seu significado, mas o brasileiro gosta de usar o chulo “tesão”. Há múltiplas razões para tal e elas passam pela corrupção ideológica, política e social, que nos faz aceitar, conviver e crer em violências estruturais: Como as milícias no crime organizado ou pretensas “igrejas” organizadas para “crimes”. É impossível aguentar que a Ministra de Estado encarregada da Família, Direitos Humanos & Mulher propale ofensas ou idiotices, reiteradamente, sem que o bom senso a cale.

A um ministro compete externar, apenas e tão somente o referente a políticas públicas. Questionar o “Evolucionismo” nas escolas obriga uma base que respalde essa atitude. No Brasil foi dito que pobre gosta de vestir-se de “príncipe holandês” (Joãozinho 30), mas propositalmente não foi entendida a metáfora que isso é uma “fantasia”, onde a ausência de cidadania por interesse da "Elite" e "Estado" merece uma caricatura social, verbigracia o carnaval alemão (aliás único lugar no mundo onde não podia haver carnaval, mas é um dos mais significativos pelo sarcasmo ao poder).

Há 30 anos (09/06/1989) acreditei que a Lei Nacional de Agrotóxicos ia consolidar-se pela cidadania. Vi a tentativa patrocinada pelo Capital Trilateral em destruí-la. Enfrentaram a sociedade civil e perderam. Também perdemos quando a fiscalização da lei foi delegada aos Estados e o governo federal se fez refratário. Nossa estratégia foi antecipar a outra agricultura. Temporariamente tivemos êxito, mas novamente, fomos derrotados. Hoje um Kg de arroz transgênico é vendido no supermercado como “mutante”, quando têm 50 vezes mais resíduo de herbicida por ser resistente ao mesmo. Somos o único país do mundo onde ele assim é classificado em fantasia carnavalesca e os agrotóxicos são parte ideológica corrupta na sociedade e governos nos últimos 30 anos, sem exceção. O arroz da outra agricultura custa mais de dez vezes e é somente para os muito ricos, o que é niilismo.


O “assassinado” Boechat poucos dias antes de sua tragédia de viva voz mandou o Pastor Malafaia buscar uma “rola”, sem qualquer alusão ao passarinho columbiforme que o nordestino carinhosamente chama de acauã ou asa branca, me fez lembrar da infância quando na mesma Rádio Bandeirantes (SP) em 1960 Vicente Leporace (foto) tinha um programa muito parecido (A hora do Trabuco), casualmente no mesmo horário, agora para o Brasil. Não vi um cretino sequer referir-se a quantas vezes o falecido havia respondido a processos pelo exercício, agora festejado de sua coragem cívica. Será por berço republicano (argentino)?

Voltei a despertar meu elã, não em agrotóxicos, onde Ministério Público e Movimentos Sociais de Igrejas creem, igual que a ministra inculta, que o assunto se resolve com metáforas ou fantasia.

Na sede do império o Presidente Trump quer construir o seu muro e todos acreditam que é por causa da invasão de pobres. A coisa mais rentável que há para a economia yankee, britânica ou japonesa é receber mão de obra formada. A muralha é ideológica e não é física ao longo do Texas, Arkansas e Novo México. Ela é bíblica e fica em Israel, que a necessita para poder ter status de sub-império (imperialismo), é o que entendi na entrevista do filósofo francês Bernard-Henry Levy, particularmente sobre a pornografia política explícita no país, fruto de ignorância cívica, religiosa e social.

Em 2010 no Canadá conheci uma questão ambiental estranha “GENTRIFICAÇÃO”. Há alguns dias estou as voltas com ela em Porto Alegre. Despachantes da pornografia política idealizam uma solução no mínimo cretina, para 28 prefeituras e escolhem uma área de 300 hectares próxima a Porto Alegre e Viamão para um investimento de Gentrificação na acepção dos movimentos quebecois-canadense. Esta área é ocupada por população nativa mbya-guaraní há duas gerações sobre solo sedimentar e se prepara para receber o lixo, perdão resíduos sólidos urbanos da região metropolitana. Não é verdade. É, somente, o chamariz para desalojar os nativos e privatizar suas terras públicas (sem valor), além de desvalorizar as terras privadas na região de alta procura para a instalação de condomínios de luxo. É a estratégia, igual à Muralha de Trump. Há que vê-la e senti-la para tocar as trombetas e derrubá-la.

“Pensar globalmente e agir localmente” dá um tesão doido nesse carnaval, sem fantasia para o poder político pornográfico e mercado niilista dos meios hegemônicos de comunicação regional, sempre parte interessada, que cala.


"Ver um mundo ..." o Mundo Cão!


15 de fevereiro 2019 

por Sebastião Pinheiro


"Me enganem que eu gosto" é a fina ironia das mulheres brasileiras sobre certos comportamentos de seus companheiros. As coisas dia a dia estão mais sinistras. Lembrei do livro "Null" de Loyola Brandão, em português recebeu o nome de Zero (fotos), pois há um renomado jornalista falou na rádio que o Presidente da República fez sua sessão de quimioterapia, uma forma de tratar tumores cancerígenos, que há meses atrás está na boca do povo.




Eu sou um galo velho e não cozinho sem muito fogo. Vocês deviam saber, que na guerra fria Khrushchev em visita às Nações Unidas era proibido de ir ao banheiro pela KGB, alguém o substituí, pois no andar de baixo a inteligência da OTAN coletava todas as águas servidas (foto acima). Em 1908, o cientista italiano Tswett desenvolveu técnicas para isolar e identificar substâncias químicas e alterações celulares indicativas de doenças na urina, fezes e etc. Mundo cão!


Na Guerra Mundial, a inteligência nazista construia na Askania Werke AG Bodenseewerk, nas margens do Lago Constança, em Überlingen, o refractômetro ou cromatógrafos gasosos de sensibilidade 10 milhões de vezes maior que os de Tswett. Eles sairão da corrida armamentista para analisar os resíduos de DDT e outros agrotóxicos na ordem Ambiental Mundial. Nas investigações militares, os cromatógrafos permitiram isolar dois isômeros ópticos do "Methamidophos" com DL50 9 mg/Kg de peso vivo; o outro teve o LD50 0,09 mg/Kg fácil de produzir através de luz polarizada passando por lentes de salinas puras, arma química de alta letalidade. Existe Deus nos céus?


Naquela época não sabíamos o que era real, vital, verdade, fantasia ou diversão e desinformação. E a coisa foi muito séria. Por aqui quando assassinos e cretinos organizavam suas ações criminosas chamam de “cineminha” (teatrinhos) e os feitos nas oficinas eram políticas públicas. Hoje as milícias e o Crime organizado fazem a gestão de ambos, como poder político, e a Lei do Smurf.
 
O mais triste são as caricaturas, quando usam artefatos da Guerra Fria para manipular os jogos de poder, usam dinheiro público destinado a "candidatos marionetes (laranjas), gráficas que recebem este dinheiro sem existir; a eliminação de passivo ambiental comprado por um baixíssimo valor e que, com o valor das ações passam a ter grande valor e precisa de uma solução barata que permita ganhar mais do que um "boom" na Bolsa de Nova York; jovens assados em containers metálicos. As empresas alugam gratuitamente os táxis aéreos sem condições e todos socializam através da mídia como informação. É o glifosato gatilho nas granjas contaminados por Salmonella e Clostridium

Willian Blake descansa:

*To see a World in a Grain of Sand And a Heaven in a Wild Flower Hold Infinity in the palm of your hand And Eternity in an hour

A Robin Red breast in a Cage  Puts all Heaven in a Rage A Dove house filld with Doves & Pigeons  Shudders Hell thr' all its regions

A dog starvd at his Masters Gate
Predicts the ruin of the State



Não! – Faltam somente dez dias para o Carnaval...

"Me engane que eu gosto muito" está sobre todos e com esses "pastores", até sobre Deus.
  



*
Para ver um mundo em um grão de areia
E um paraíso em uma flor selvagem
Segure o infinito na palma da sua mão
E a eternidade em uma hora.

Um Robin Redbreast em uma gaiola
Coloca todo o Céu em Fúria.
Uma casa de pomba cheia de pombas e pombos
Shudders Inferno para todas as suas regiões.
Um cão estava no Portão do Mestre
Prevê a ruína do Estado.

 

 

 
 

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