"

"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

sexta-feira, 31 de março de 2017

Produção artesanal de Trichoderma


Os Trichoderma sp. são fungos que se associam à raízes de plantas e as protegem de outros microrganismos patógenos, incluindo outros fungos. Atuam como um controlador biológico no solo quando este encontra-se em um solo saudável, ou o mesmo, ser inoculado em cultivos agrícolas. De rápido crescimento e desenvolvimento, pois é mais eficiente, também, na decomposição da matéria orgânica, tomando os nutrientes dos micróbios patógenos. É capaz de parasitar, controlar e destruir muitos outros fungos, nematoides e outros fitopatógenos presentes em um solo desequilibrado, o que acaba por prejudicar a saúde dos cultivos.

- olha o bicho aê no microscópio
"Trichoderma é um fungo anaeróbico facultativo. A maioria das colônias de trichoderma em seu início tem cor branca, depois se torna verde escuro ou amarelada, como consequência de uma densa esporulação." 



Benefícios:
- Estimulam e apoiam o crescimento das planta;
- Protegem as sementes contra o ataque de patógenos;
- Controla diferentes microrganismos fitopatógenos;
- Efeito biodegrador de agrotóxicos;
- Entre outros...   
  
Tenho feito o silo de microrganismo para capturar os microrganismos do bosque, mais próximo da realidade do campo e entendimento dos campesinos/as; a cartilha argentina é bem didática, com elementos dinâmicos de laboratórios, etc., e o modo de multiplicar é mesmo caseiro. Vale a apena praticar e, compartilhar sua experiência. 

Segue o 'manuel'..


abraços

Oliver Blanco
Eng. Agrônomo

quinta-feira, 30 de março de 2017

Alterações no Censo Agropecuário Nacional

Funcionário do IBGE fazendo o último Censo Agropecuário brasileiro, em 2006. Fonte: IBGE, 2016.
NOTA DA ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROS (AGB)
SOBRE AS ALTERAÇÕES NO CENSO AGROPECUÁRIO NACIONAL - IBGE

A Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), os Grupos e os Laboratórios de Pesquisa em Geografia, Economia e Ciências Humanas e Sociais, ao tomarem conhecimento das alterações propostas pela Diretoria de Pesquisas da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Censo Agropecuário Nacional, vem a público manifestar o seu repúdio a mais uma ação de precarização e imputação de prejuízos à Ciência Nacional, atingindo sobremaneira a qualidade dos dados produzidos e, consequentemente, a possibilidade de construção de conhecimento sobre o agrário e o agrícola do país, que possa subsidiar devidamente a elaboração de políticas sociais e de desenvolvimento para o campo brasileiro. A Diretoria de Pesquisas do IBGE, sob o repetido discurso de ausência de recursos, promove uma redução na quantidade e na qualidade de informações a serem levantadas pelo Censo Agropecuário da ordem de 60%. Tal redução concorre com: 

a) a perda histórica de dados que já vem sendo consumada com o comprometimento da regularidade na periodicidade de 10 anos para a realização do Censo, e que, se concretizada tal redução, perde ainda mais a capacidade de análise espacial e temporal comparativas, bem como dos resultados sociais produzidos pelas inúmeras políticas públicas realizadas pelo Estado brasileiro;

b) a impossibilidade de análise dos processos de desenvolvimento da produção familiar, eliminando as informações relativas ao maior universo social do campo brasileiro, os camponeses (agricultores familiares), considerando que estes sujeitos sociais respondem por mais de 70% da produção nacional de alimentos e mais de 80% do pessoal ocupado no campo brasileiro e foram beneficiários das várias políticas públicas voltadas para a produção, a assistência técnica, a comercialização e a distribuição de alimentos, tais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), entre outras, que consolidaram a rede Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), e que também colherá prejuízos de acompanhamento de seus resultados;

c) o não reconhecimento da importância de dados sobre a produção agroecológica e uso de agrotóxicos, uma vez que a retirada das questões sobre os processos produtivos impossibilitam identificar as mudanças nas práticas de manejo ambientalmente corretas e o reconhecimento do pluralismo social e tecnológico da produção agrícola brasileira, e,

d) a obtusa leitura do espaço rural, no que diz respeito às informações acerca do uso e da disponibilidade dos recursos hídricos que, atualmente, não mais se coloca como um problema isolado das áreas semiáridas do país, mas se revela num problema central de abastecimento e na produção agrícola e agroindustrial em todas as regiões, atingindo drasticamente os grandes centros urbanos e suas áreas limítrofes, concorrendo com a utilização das águas subterrâneas e produzindo quadros generalizados de baixa disponibilidade hídrica. Neste caso, perde-se, inclusive, os resultados das políticas de construção de cisternas e tecnologias sociais de abastecimento público. Considera-se, ainda, que a ausência de tais questões, obscurece à sociedade brasileira o peso que a produção agrícola e agroindustrial de commodities têm sobre o consumo de água, e continua-se a colocar sobre cada cidadão individualmente a responsabilidade sobre a crise hídrica nacional.

Trata-se de uma medida que representa a omissão de informações e a busca de invisibilização social, econômica e produtiva da maior parte dos produtores agrícolas brasileiros. Assim a AGB e as entidades que subscrevem este documento, conclamam seus associados, pesquisadores, entidades científicas e ao qualificado corpo técnico do IBGE, que se oponham a este processo de precarização da Ciência Nacional, impeçam os sérios prejuízos à produção do conhecimento e denunciem o objetivo central dessas alterações: desvanecer a importância da contribuição do trabalho e da produção familiar camponesa à sociedade brasileira. 


São Paulo, 28 de março de 2017.

AGB – ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROS
DIRETORIA NACIONAL

ANPEGE – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia
ABRA – Associação Brasileira de Reforma Agrária
AGRÁRIA - Laboratório de Geografia Agrária – (USP), São Paulo - SP
CEGET – Centro de Estudos de Geografia do Trabalho (UNESP), P. Prudente - SP
CEAT - Centro de Estudos Agrários e do Trabalho. UEPB – Campinas Grande - PB
CETAS – Centro de Estudos do Trabalho, Ambiente e Saúde (UNESP), P. Prudente - SP
COLETIVO QUEIXADA – Curso de Licenciatura em Geografia (UFPR), Setor Litoral - PR
ENCONTTRA – Coletivo de Estudos sobre Conflitos pelo Território e pela Terra (UFPR), Curitiba - PR
GEOLUTAS – Geografia das Lutas no Campo e na Cidade (UNIOESTE), Marechal C. Rondon - PR
GETERR – Grupo de Estudos Territoriais (UNIOESTE), Francisco Beltrão - PR
GPECT/PPGEO – Grupo de Pesquisa Estado, Capital e Trabalho (UFS), São Cristóvão - SE
GRUPO PET GEOGRAFIA – UFAC, Rio Branco, AC
LABERUR - Laboratório de Estudos Rurais e Urbanos (LABERUR/UFS) São Cristóvão - SE
LAB. ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE ESPAÇO AGRÁRIO E CAMPESINATO/UFPE, Recife - PE
LABOTER/TRAPPU – (UFG), Goiânia - GO
LAEPP (CEAPLA) – (UNESP), Rio Claro - SP
LAGEA – Laboratório de Geografia Agrária (UEM), Maringá - PR
LAGEA - Laboratório de Geografia Agrária (UFU), Uberlândia - MG
LATEC – Laboratório de Análises Territoriais Campo - Cidade (UEL), Londrina - PR
NAPTERRA – Núcleo de Apoio aos Povos da Terra (UNILA), Foz do Iguaçu - PR
NATRA – (UNESP), Franca - SP
NERA – Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária (UNESP), P. Prudente - SP
OBSERVATÓRIO DA QUESTÃO AGRÁRIA NO PARANÁ - UFPR – Curitiba- PR
REDE DATA LUTA – Grupos de Pesquisa sobre a Luta pela Terra - Brasil
TRAMAS – Terra, Trabalho, Memória e Migração (UFSCAR), São Carlos-SP

Flagrante da carne, a morte do marketing


Muriano, fronte de Cordoba. 5 de setembro de 1936. Soldado da milícia republicana, Frederico Borrel Garcia, no momento de sua morte. (“O Momento da Morte”, “O Soldado que cai” ou “A Morte de um Soldado Legalista”). Magnum Photos, Robert Capa © 2001 Cornell Capa

por Sebastião Pinheiro
_facebook, sábado, 18 de março de 2017.

Fazer política é passar do sonhos às coisas, do abstrato ao concreto. A política é o trabalho efetivo do pensamento social: a política é a vida. Admitir uma quebra de continuidade entre a teoria e a prática, abandonar os realizadores a seus próprios esforços, ainda que concedendo-lhes uma cordial neutralidade, é renunciar à causa humana. A política é a própria trama da história.  A história, fazem-na os homens possuídos e iluminados por uma crença superior, por uma esperança sobre-humana; os demais constituem o coro anônimo do drama.
- José Carlos Mariátegui
 


“Perdonen las feas pero belleza es esencial” externó el poeta Vinicius de Moraes. Estoy en luto y soy obligado a exceptuarlo para exultar con lo que se esta pasando en Brasil y espanta el mundo. Más um escándalo con la alimentación. La carne (bovina, suína y de aves) brasileña, que representa más de 7% del Producto Interno Bruto es comercializada podrida por voluntad de políticos, frigoríficos y fiscales corruptos. Después de 24 meses de investigación la Policia Federal descubrió.

Lo extraño es que durante esse tiempo nada ocurrió contrariando normas de salud y exposición del pueblo. Los diálogos presentados en la Televisión entre ministros, políticos, fiscales espantan por la canallice.

Ese es um tema que conozco hace más de treinta años. En 1983 um cargamento de carne de charqui fue aprendido por ter sido tratado con formalina (Formol al 5%) y fui consultado por um médico toxicólogo profesor universitário sobre lo que se podia hacer... Sugeriendo um “arreglo” y él buscaba mi cumplicidad. Repeli con uma respuesta sencilla. “Es caso de fuzilamento de todos los participantes e incineracion, no hay más nada a hacer”. Nunca más fui interpelado por el facínora.

Fui servidor del Ministério de la Agricultura con concurso y expulsado por ser subversivo a los intereses de las grandes empresas de fertilizantes, agrotóxicos y otros insumos. Conocí toda la enajenacion y máfias presentes en el mismo desde los bajos a los altos eslabones. Por dos veces fui denunciado al SNI por mis própios colegas. Ahora ustedes entenden el contexto del verso de Vinicius de Moraes “Perdonen los feos pero belleza es esencial”. Brasil es tan extraño que la leche sufre el mismo problema hace más de cuatro años con operaciones (Leche Compensada) repetidas y reiteradas sin punibilidad a los responsables que tornan a cometer los mismos crimenes y descaradamente las autoridades anuncian uma nueva etapa de la operacion.

Yo desconfio que lo que se está gestando es la desmoralización ciudadana a través de acciones de inteligéncia en conmoción psicosocial, la peor forma de violência en nuestra realidad.

Trabajando em Espiritualidad y Agricultura para entender mistérios que grupos étnicos campesinos más que respectan, cultuan religiosamente y más hasta cosmológicamente es el único vinculo ultrasocial que garantiza la calidad como um compromiso. Cuando um humilde “Sin Tierra” asentado de la reforma agraria cuestiona el “Agronegócios”, en su poca o ninguna capacidad argumentativa fuera la revolta nos deparamos com doutos profesores, políticos y otros afirmaren que todo es agronegócios. 

En el agronegócios brasileño y mundial (exemplo de la leche china con melanina fue escândalo mundial con algunos fusilamentos) no tiene ética, moral, pues sigue solamente una norma: Márgenes de Lucro para mantener la “Salud Económica”. Por eso estudiar Mariátegui es muy necesario para entender la espiritualidad en la agricultura y sociedad. La lucha sigue y sigue pues son millones de Zapatas que viven. Por favor, decifren la foto de Roberto Capa, El primer muerto en la Guerra Civil Española. Retorno a mi luto hasta el dia 05 de Abril.

***

- O marxismo de Mariátegui e a revolução latino-americana: democracia, socialismo e sujeito revolucionário - Gilberto Calil (Depto. História Unioeste) 
- José Carlos Mariátegui




terça-feira, 28 de março de 2017

EPPUR SI MUOVE... CUM HARMONIA

Livro...
Chapada Diamantina, Bahia - Brasil. Foto: Vinícius Antunes, Me. em Zootecnia, Guia/Lençóis-BA
Caminhe a leitura por aqui também, para compreender os princípios de uma Agricultura Ecológica, antes mesmo de adentrar na Agricultura Biológica Dinâmica - Biodinâmica do nosso Rudolf Steiner

É urgente "realçar a importância energética nos seres vivos. Cátions, ânions, sais minerais, enzimas, bactérias, fungos, insetos, minhocas etc. compõem a Sinfonia da Lei da Harmonia Cósmica."

O homem: é a 'energia que o aprimora e o humaniza.' Compartilhe!


 *Eppur si Muove - página 7
 *Matéria - Energia - Espaço - página 43

José Lacerda de Azevedo
REGRA DE OURO DA APOMETRIA: aqui, no entanto, devemos clarinar um vigoroso alerta para os entusiasmos que possamos estar provocando. Como fundamento de todo esse trabalho – como, de resto, de todo trabalho espiritual – deve estar o Amor. Ele é o alicerce. Sempre”. As técnicas que apontamos são eficientes, não temos dúvidas. O controle dessas energias sutis é fascinante, reconhecemos, pois desse fascínio também sofremos nós. Mas se tudo não estiver impregnado de caridade, de nada valerá. Mais: ao lado da caridade, e como consequência natural dela, deverá se fazer presente a humildade, a disposição de servir no anonimato. Se faltar amor e disposição de servir pelo prazer de servir, corremos perigo de incorrer na má aplicação das técnicas e do próprio caudal de energia cósmica, tornando-nos satânicos por discordância com a Harmonia Universal. Advertimos: através da obediência dos preceitos evangélicos, somente através dela, experimentadores e operadores podem desfrutar de condições seguras para devassar esses arcanos secretos da Natureza, com a adequada utilização dessas “forças desconhecidas”. Outra crítica usual à Apometria, parte dos que dizem que não temos o direito de interferir no livre arbítrio das pessoas e dos espíritos, coagindo-os ou, por vezes, obrigando-os a corrigirem suas atitudes delituosas e mesmo a desmancharem os males que estejam causando aos outros. A estes respondemos que o ideal é que todos sejam respeitados e tenham a liberdade de pensar, se expressar e agir, desde que isso não desrespeite o direito do próximo ou da sociedade. Não é por outro motivo que há leis que regulamentam direitos e deveres dos cidadãos. Se alguém, no livre exercício de suas faculdades, e por assim dizer, do seu livre arbítrio, desrespeita as leis, sofre a ação policial e judicial vizando evitar o mal que só agravará sua situação social e espiritual. Na Apometria aplica-se este princípio. Exemplificando: se um mago negro está agredindo e causando danos a encarnados ou desencarnados, agimos tentando esclarece-lo, conscientizá-lo de suas responsabilidades e consequências futuras. Para isso há técnicas adequadas, as quais são eficientes para a maioria dos casos. Quando o “agente do mal” se mostrar intransigente, agimos de forma mais drástica, anulando sua ação maléfica e retirando seus poderes “satânicos”, para, após, encaminhá-lo às instituições de socorro do astral ou mesmo à instâncias de juízo. Assim procedendo, é claro que estamos interferindo no livre-arbítrio do mago, mas o fazemos, com amor e por amor, objetivando dar-lhe condições de reconsiderar sua ação maldosa, ou mesmo, retirando-lhe a capacidade de continuar a fazer o mal e, consequentemente, agravar sua situação espiritual. Gratificante é quando conseguimos cooptar esses seres maldosos para usarem suas energias a serviço do bem. Vale aqui perguntar: será que todos nós não fomos ou não somos muito, ou um pouco, satânicos em nossa longa trajetória evolutiva? A facilidade com que alguns penetram os campos espirituais e de magia, via mediunidades aguçadas e mentes perquirentes, não será indício de conhecimentos adquiridos em vidas passadas? O dito popular sentencia: “quem com ferro fere, com ferro será ferido”. Não será melhor acreditarmos que a Misericórdia Divina nos dará renovadas oportunidades de transformarmos as armas de guerra em instrumentos de paz, a palavra do mal, em pregação de amor? Por conclusão vale aqui, sem pretensões literárias, divulgar poema que foi intuído ao autor durante um trabalho apométrico, em que se procurava auxiliar uma colaboradora do grupo, com problemas de autopunição:
 
REPARAÇÃO

Não te condenes!
o remorso não reconstruirá os desmandos do ontem.
Não te desesperes!
a mente transtornada arruinará a saúde necessária.
Não maldigas, nem blasfemes
a energia negativa, da tua mente revoltada, turvará tuas iniciativas e determinará bem triste sorte.
Não desanimes nunca! Renova esperanças!
com a boca que enganaste, dirás a palavra que esclarece e a oração que redime.
Confia sempre!
com a mesma mão que feriste, abençoarás o ofendido e pensarás as chagas que criastes.
Ora, vigia, espera e labora!
com o mesmo braço que destruístes, edificarás o leito para o enfermo, o teto para o desabrigado e o lar para o órfão.
Aproveita a oportunidade que a reencarnação te concede e a bênção que o esquecimento re proporciona!
com dedicação e afeto de mãe adotiva, te redimirás do ato impensado que gerou a revolta do pequenino indefeso abortado.
Persiste no bem! Ama e perdoa sempre!
para que o reencontro com o Supremo Amor e Bondade te liberte para sempre, da dor e sofrimento do “pecado”.


(1) Trabalho apresentado no 5º Congresso Brasileiro de Apometria 12-15/10/2000 Lages – SC.
Carlos I. N. Barradas 5.12.99


Fonte: Casa do Jardim
 
 hábraços

Curso de Extensão Universitária – Território Caipira: Saúde no Solo


  O que faz a agricultura orgânica ser diferente da agricultura convencional tóxica é a aproximação entre quem produz e quem consome o alimento, e não os métodos e técnicas aplicadas especificamente na produção.
  É o envolvimento comunitário autoconsciente da importância das relações éticas existentes no que é valor social, e no que é preço, que acaba orientando as práticas em cada unidade produtiva no que tange a limitação e o potencial do solo, o clima, a água, e a economia local.
  É a consciência da importância da terra, do referencial agrícola tradicional e da existência histórica de um passado feliz, onde a comercialização dos alimentos era justa e mais solidária nos municípios, sem a mentira "moderna" dos agrotóxicos, adubos químicos solúveis, mecanização desnecessária, e o monopólio das sementes paridas da bruxaria genética. Sem esquecer que todos os agricultores tem uma história tradicional de adaptação para cada "nova" técnica que ser quer introduzir ou promover em sua roça. Atualmente temos a nítida noção dos impactos da tecnologia para a sociedade; o conhecimento existe, e o importante é saber em que contexto o aplicaremos: libertar e evoluirmos para uma sociedade que garanta os recursos às próximas gerações ou apenas visar a ganância pelo lucro? Acredito, no que é negativo ao meio ambiente e a saúde humana, mitigamos, eliminamos, dizemos não ao consumo. O que é positivo, multiplicamos, compartilhamos, informamos de tudo a todos e todas... ainda há tempo para um outro mundo possível e necessário.
  É hoje mais do que nunca, ter o entendimento que: pessoas saudáveis, vem de alimentos saudáveis, equilibrados, e que florescem de plantas saudáveis, em que provém de um solo vivo (nosso segundo coração), e por fim manejados pelo biopoder camponês.
  A emancipação do campesino camponês, deverá ser obra do próprio campesinato, consciente do seu biopoder camponês.
  A emancipação econômica (técnica e de produção) orienta-se pela liberdade econômica como base para todas as liberdades, no uso das ferramentas democráticas e da conquista de certos direitos "políticos", autóctones, empírico científicos, na dialética da agroecologia dialógica, e no respeito histórico às tradições e manifestações culturais no resgate e regeneração do referencial de agricultura, re-existentes nas comunidades rurais, cantada e impulsionada nos movimentos urbanos. 
  Com muita gratidão convidamos a participar do inverno orgânico na Fazenda São José (Orgânicos da Barra), município de Neves Paulista - SP.

Oliver Blanco

Curso Saúde no Solo - nosso segundo coração



Boa noite amig@s do mundo rural! Bom?
Convidamos os interessados na temática a participar do curso de extensão universitária Território Caipira: Saúde no Solo. A informações completas encontram-se abaixo.  Esperamos tod@s lá! Grande abraço, Prof. Fábio Villela.

***
Curso de Extensão Universitária – Território Caipira: Saúde no Solo

Responsáveis: Prof. Dr. Fábio Fernandes Villela – IBILCE/UNESP (Sociólogo); Eng. Oliver Blanco (Engenheiro Agrônomo); Eng. Juliana Roldão (Engenheira Agrônoma).

Objetivos do Curso: O principal objetivo do curso é oferecer aos alunos do Ibilce/Unesp e a comunidade em geral, a possibilidade de adquirir novos conhecimentos na área de educação do campo. Os objetivos do curso são propiciar meios para analisar as questões teóricas e práticas relativas à agroecologia e a saúde no solo, fornecendo aos interessados o instrumental histórico-crítico necessário para a abordagem dos problemas enfrentados neste âmbito disciplinar.
Justificativa: O oferecimento deste curso atenderá aos alunos do Ibilce/Unesp e a comunidade em geral, que desejam adquirir formação específica na área de educação do campo, especialmente para desenvolver trabalhos e/ou pesquisas com a interface agroecologia e saúde no solo, possibilitando a divulgação de conhecimentos para a comunidade em geral.

Conteúdo programático:

1. Educação do Campo e Agroecologia (Data: 03/06 e 04/06. Equipe: Fábio Villela / Oliver Blanco / Juliana Roldão. Local: Orgânicos da Barra / Fazenda São José – Neves Paulista – SP)
1.1. Educação do Campo e Cultura Ambiental no Território Caipira.
1.2. Educação em Agroecologia e Mutirões.
1.3. Estudo da Agricultura e seus Sistemas Agrários.
1.4. Experiências Agroecológicas.
1.5. A Luta pela Biodiversidade e a Agroecologia.
1.6. Experiências e Metodologias para Trabalhar a Agroecologia: Saúde no Solo.

2. Educação do Campo e Saúde no Solo (Data: 01/07 e 02/07: Equipe: Fábio Villela / Oliver Blanco / Juliana Roldão. Local: Orgânicos da Barra / Fazenda São José – Neves Paulista – SP)
2.1. Saúde no Solo: Práticas e Preparados.
2.2. Adubo Orgânico Fermentado: Elaboração do Bokashi.
2.3. Biofertilizantes: Abobora; Microorganismos; Supermagro e Caboclo.
2.4. Silo de Microorganismos: Captura na Mata.
2.5. Adubação das Plantas: Elaboração do Fosfito, Queima de Ossos e Água de Vidro.
2.6. Fitopatologia: Caldas Quentes e Frias.
2.7. Biomassa: Elaboração do Biochar.
2.8. Cromatografia de Pfeiffer: Análise de Vida e Destruição do Solo.

Vagas: 40 (quarenta vagas), sendo: 30 vagas para a comunidade externa; 6 vagas para a alunos de Graduação e de Pós-Graduação do IBILCE/UNESP; 4 reservadas a alunos de Cursos de Graduação da UNESP.

Carga horária: 32 horas/aula.
Público alvo:  Membros da comunidade externa; -Alunos do IBILCE/UNESP.

Unidade: Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas – IBILCE/UNESP Câmpus: São José do Rio Preto
Local de realização e período: Orgânicos da Barra/ Fazenda São José – Neves Paulista/SP. Dias 03 e 04/06/2017 (sábado e domingo) e 01 e 02/07/2017 (sábado e domingo).

Horário: Das 08h às 12h e das 14h às 18h.
Período das Inscrições: Comunidade externa: de 03/04 a 19/05/2017; Alunos do IBILCE/UNESP: de 22 a 26/05/2017.
Local da Seção Técnica de Comunicações do IBILCE/UNESP: Rua Cristóvão Colombo, 2265. Jd. Nazareth. São José do Rio Preto/SP. Dias e horários para inscrição: de 2ª a 6ª feira (exceto feriados), das 09h às 11h e das 14h às 16h.
Documentos Necessários para Inscrição: Preenchimento da ficha de inscrição; Xerox do documento de identidade; Xerox do CPF; Xerox do histórico escolar (alunos do IBILCE/UNESP); Comprovante do pagamento das taxas.

Investimento: Alunos do IBILCE/UNESP: Taxa regulamentar da UNESP, vigente à época das inscrições (R$18,00), a ser recolhida na Seção Técnica de Finanças do IBILCE/UNESP, após a retirada da ficha de inscrição na Seção Técnica de Comunicações. Comunidade externa: O valor do curso é de R$250,00 (duzentos e cinquenta reais) mais taxa regulamentar da UNESP vigente à época das inscrições (R$18,00), totalizando R$268,00 (duzentos e sessenta e oito reais), a ser recolhido na Seção Técnica de Finanças do IBILCE/UNESP, após a retirada da ficha de inscrição na Seção Técnica de Comunicações.

Informações importantes: Inscrições fora do prazo estabelecido neste Edital não serão aceitas. Os valores relativos às taxas não serão devolvidos, cabendo aos inscritos a atenção quanto aos critérios estabelecidos neste Edital. O valor da taxa regulamentar da UNESP pode ser consultado em: http://www.ibilce.unesp.br/#!/administracao/secao-tecnica-de-financas/taxas-derecolhimento-no-guiche/.
Mais informações: Telefones: (17) 3221-2318 (Coordenador) e 3221-2320 (Departamento de Educação).


sábado, 18 de março de 2017

O ciclo do Etileno




 A pequena passagem teórica a respeito do ciclo do Etileno descrita e investigada pelo professor Pinheiro Machado em seu livro PRV - tecnologia agroecológica para o 3º milênio, exposta logo a baixo, é para mim, mais uma peça misteriosa da natureza que integra a influência do Sol, ou sua expressão artística em nosso Planeta  em harmonizar o macro e o microcósmico, na criação e recriação do solo que circula entre plantas e animais, e retorna novamente em ação sine qua non dos micróbios em prol a vida e vitória da Natureza.

Há muito que investigar sobre esses mistérios e os mecanismos que geram o milagre da vida; por exemplo, qual seria o papel do húmus na geração do etileno? ou o etileno para com o húmus? Tudo passa pelo húmus. 

"O papel da matéria orgânica na formação do solo foi muito apreciada, mesmo nos tempos antigos. Ela recebeu uma consideração mais definitiva com o reconhecimento do solo como um corpo natural, produzida com o resultado de forças naturais, principalmente clima e vegetação.  Desde os tempos dos romanos até o meio do século 18, o termo 'húmus' foi frequentemente utilizado para designar o solo como um todo. Provavelmente, com essa ideia em mente, foi sugerido recentemente que a ciência do solo poderia chamar-se de humologia." Faria com que o  Mané besteira perdesse todos os dentes da boca em meio a sua aula de fertilidade do solo para 90 novos engenheiros agrônomos em Jaboticabal.

Se daria por histórias contadas, o fim da hegemonia do agronegócio e sua farsa na
Crédito Agricultura Familiar
ciência da pedologia nas academias agrárias.. Fica nítida a atração do agronegócio pela Agricultura Familiar. Se a agroecologia é diferente, se os movimentos sociais pela conquista da terra (direito universal) diz não temer contradições, em nada irão avançar, enquanto não tomarem consciência do biopoder camponês. É o diferente que nos faz avançar. É preciso romper. Liberdade, como disse Rosa Luxemburgo, é a 'liberdade para o outro', e o negócio é ser pequeno. Para os campesinos posmodernos, discursou bravamente Flores Magón, que 'a liberdade econômica e a base de todas as liberdades'. - é, corremos, em paralelo, mais poucos sabem da importância das biofábricas Campesinas, e fico puto ao receber e-mail do mst: 'Stoller abre mais uma unidade... (Valor Econômico)'. - estamos isolados e sem dim dim... 


Os estudos se deve a maiores integrações possíveis e maiores participação social. "Olsen, sugeriu que sempre que um efeito favorável da matéria orgânica sobre o crescimento da planta, foi observado devido ao aumento na quantidade de Fe (ferro) disponível para as plantas." "A formação e acumulação de substâncias e hormônios promotores de crescimento em húmus e sua importância na nutrição das plantas ainda podem ser considerados como sujeitos à especulação; resultado desses estudos, um relacionamento se acreditava existir entre phytaminas, vitaminas e hormônios, que circulam a partir do solo para a planta e animal, e de volta ao solo."

Bem, termino minha participação acrescentando que é bem provável que os nutrientes disponíveis no solo pela ação do ciclo do etileno, como cita Pinheiro, NH4, Ca, K, P, S, Carbono, Ferro, e outros, ficam armazenados no húmus do solo por períodos considerados. Como um reservatório a ser utilizado pelas plantas no momento requerido, quando essa manda um sinal aos parceiros terrestres, micróbios e, e os humanos.. húmus... humanidade.. humildade.. humilhação (lembrar que este ciclo só acontece em um solo Vivo; impossível para àqueles que praticam uma agricultura química, veneneira = Agro é Pop, Agro é Tech, tá na Rede Globo de tv..) 

fonte: tierramor.org
     
"O gás etileno é largamente conhecido na agronomia convencional por sua ação catalisadora na maturação de frutos e na sua posterior conservação. Como um importante produto da biologia do solo, entretanto, passou a ser conhecido a partir da década de 1970, com os trabalhos de Smith, e na década seguinte, com a publicação do trabalho de Widdowson. Posteriormente (1997) vários pesquisadores - Cook, Penmetsa, Kluson e outros - se interessaram pela ação do gás etileno na renovação da MO do solo, na mineralização do N, na sua potencialidade alelopática e na sua ação no mecanismo aeróbio/anaeróbio, que controla a liberação de íons de macro e microelementos para a nutrição das plantas, em solos com boas estruturas e densidade e que não tenham sido roturados e/ou agredidos recentemente. A principal produção de etileno, que é um regulador crítico da atividade biológica do solo, ocorre nos microssítios anaeróbios, em condições de alta redução.

Em geral, o crescimento vegetal está limitado pelo aporte insuficiente de nutrientes disponíveis. Muitos nutrientes, como P e o S, se mantêm imobilizados como sais complexos de Fe3+ férrico, isto é, Fe oxidado. Esses sais férricos têm uma carga elétrica muito alta e fixam fortemente nutrientes como P e sulfato que, assim, não são nem lixiviados, nem absorvidos pelas planta (Widdowson 1993)1.

Em solos bem estruturados e com a conveniente porosidade, as plantas em crescimento têm uma intensa atividade nas raízes e há uma grande proliferação de microrganismos, que são alimentados pelos exsudatos vegetais. Essa alta atividade produz uma redução do nível de O2, e microrganismos anaeróbios iniciam sua atividade, produzindo o gás etileno em microssítios. O etileno inativa, mas não mata os aeróbios, com a consequente limitação da anaerobiose. É um ciclo que se repete constantemente, quando as condições do solo são favoráveis.

À medida que aumenta o nível de etileno, os sais férricos (Fe3+) insolúveis são reduzidos a ferrosos (Fe2+). Neste estado, os sais férricos até então insolúveis, são solubilizados, e o P e S passam a ser disponíveis nas plantas. Igualmente, o Fe ferroso se fixa aos domínios orgânicos da argila, liberando na solução do solo nutrientes vegetais catiônicos - NH4, Ca, K e outros. Como esse mecanismo aeróbio-anaeróbio ocorre próximo aos pelos absorventes, onde a atividade biológica é máxima, os nutrientes encontram-se em lugar exato para serem absorvidos pela planta. Eis porque as plantas das florestas, com diversidade botânica e das pastagens bem manejadas, sempre são viçosas e sadias." 
 
 Luiz Carlos Pinheiro Machado, Pastoreio Racional Voisin - Tecnologia Agroecológica para o Terceiro Milênio, pg. 90. 2ª edição, Editora Expressão Popular - São Paulo - 2010

1 - WIDDOWSON, R. W. Hacia una agricultura holística: un enfoque científico, Hemisferio Sur, Buenos Aires: 1993, 270p.

2O Húmus: origem, composição química, e importância na natureza. Selman Abraham Waksman - tradução Sebastião Pinheiro. 

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