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"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Picumã

por Tião P.

A resposta à consulta sobre as “Chemtrails” obrigaram-me a estudar suas possíveis relações com “Mudança Climática” (e seu uso no desenvolvimento da “Arma Climática” pela GeoEngenharia). Vejam o que encontrei: Há um universo muito estranho que, por estar dentro de nós poderíamos chamar de “Ara-picumã”, que literalmente significa o “mundo do picumã”.

Picumã é o nome que os tupis-guarani dão à fuligem, que surge na coivara e o vento leva sujando e encardindo a roupa nos varais. É o “negro de fumo” que grudava nas panelas e paredes da oca na época do fogão à lenha ou da Maria Fumaça. Por outro lado, o picumã quando misturado com goma arábica, produz a tinta Nanquim que permite a caligrafia ou escrita cultural que permanece indelével e eternamente.

Não só no papel, mas onde se depositava com o tempo o acúmulo de picumã criava uma crosta grossa. Nas cidades européias, o uso do carvão mineral ou lenha no aquecimento das habitações durante o inverno formava muito picumã, por causa da poluição que causava em Londres, o Rei Eduardo I (1.272) proibiu a queima de carvão mineral nas lareiras domésticas (Smog).

A crosta formada nas panelas, paredes e interior das chaminés obrigava à necessidade de limpeza periódica das chaminés criando uma das profissões mais requisitadas, já no Século XVI, lembrado no filme Mary Poppins, O Limpador de Chaminés. Na Grã Bretanha, muitas vezes era usado para esta função crianças franzinas (aprendizes), ainda na primeira infância, introduzindo-as dentro da chaminé (luz), pelo seu diminuto tamanho. A mesma prática com menores era proibido na Alemanha, por pressão dos sindicatos (Guild), onde o trabalhador ainda era obrigado a colocar uma roupa especial de trabalho para evitar doenças e obrigar medidas de higiene.

O picumã é o responsável pela primeira doença ocupacional reconhecida já nos idos de 1750, comprovada cientificamente em 1922, o Câncer do Limpador de Chaminés ou câncer na bolsa escrotal. Em passado recente nossa matriz energética era predominantemente de “carvão vegetal” e ainda hoje nas churrasqueiras seu uso é disseminado no mundo. Os mais aficionados por futebol devem lembrar quando há quarenta anos, seu gol deu o primeiro título brasileiro ao Vasco da Gama, o “Jorginho Carvoeiro”, vítima daquele tipo de câncer.


O picumã está composto praticamente de Carbono fixado nos vegetais (raiz, caule, folhas, frutos etc.) pela fotossíntese ou “quimiossíntese”. Sua queima com Oxigênio (carbonização) mantém a estrutura antes existente na mesma.

Na natureza, se conhecia duas formas de Carbono: Diamante e Grafite. O primeiro se forma a altíssima pressão e temperatura de alguns milhares de graus na caldeira e garganta dos vulcões; O segundo é um mineral de grande importância industrial para a fabricação de eletrodos, lápis, lubrificantes especiais e retentores de calor.

Em química, o carvão vegetal é usado para a retenção de pigmentos, impurezas e filtragem de líquidos e água potável. Segundo o amigo professor Gumercindo, no México, até 1930, era uma prática cultural se usar um filtro de areia + pó fino de carvão vegetal (mezquite) e minério de prata, para evitar enfermidades, quando foi criado o FDA nos EUA, e logo se perdeu esse valor. 

É conhecido o uso medicinal de pó de carvão vegetal com o nome de “carvão ativado” para a retenção de odor dos gases intestinais (flatulência), ao ponto que algumas empresas aéreas distribuem seus comprimidos aos passageiros em viagens aéreas, por educação e respeito.

Ao tomarmos um picumã e colocarmos sob a lente de um microscópio começaremos a desvendar o mistério de suas características. Ele é totalmente poroso (foto) com uma grande capacidade de retenção de substâncias sólidas, líquidas e gasosas no interior desses poros que constroem tubos e dutos, que por suas dimensões diminutas no picumã o torna campo de estudo da nanotecnologia que, ultimamente, tem provocado muito medo aos movimentos sociais periféricos, onde as consignas não são acompanhadas de estudo, experimentação e discussão.

Hoje, os livros sobre Carbono afirmam que, além do Diamante e Grafite, há duas novas formas alotrópicas de Carbono muito estáveis: O Fulereno (fulereno Buckminster) e o Grafeno, ambas descobertas no final do Século XX, e que renderam o Premio Nobel de Química aos seus descobridores (Kroto & Smalley) e Curl, em 1996. 

Os fulerenos formam ultramicroscópicas esferas como cúpulas geodésicas de face hexagonais ou pentagonais, e combinadas como nas bolas de futebol, como as do Icosaédro truncado de Leonardo da Vince (1509) ou ocas.

O grafeno é mais recente, e garantiu o premio Nobel de Física (2010) à A. Gueim e K. Novosiolov. Tem estrutura plana de um átomo de espessura formada por combinações hexagonais de carbono. Com ela, é possível construir tubos, estruturas de altíssima resistência conhecidas como nanofibras e tubos de carbono e criam ambos, um universo novo na física, química educação, saúde, eletrônica e indústria.

Voltemos ao nosso humilde picumã (ou fulereno e grafenos naturais frutos da coivara), que agora tem o nome pomposo de Biochar e é a arma mais estratégica e tática para a Revolução Verde na África e Agronegócios na América Latina (no interesse da Fundações: Rockefeller; Bill & Melinda Gates; Sazakawa; Ford e outras escoltadas pelos governos até a pouco populares, revolucionários e radicais...).

O Biochar, ou carvão vegetal moído fino, já era usado na década de 80 do Século passado no Hortão de Cachoeiro de Itapemirim pelo colega Nasser Youssef Nars, que o denominava de “munha de carvão”. Mas quem estava interessado nisso? Da mesma forma que na Terra Preta de Índio (na Amazônia) isto era ignorado, pois nas Faculdades de Agronomia só se pode falar em adubo químico militar, agrotóxicos e hibridações-transgênicos. Mas, agora há a preparação para o consumo de biochar no fazer, mas não no saber que cada dia, que é mais distante no tempo e espaço. Agora, na Europa se descobre os Antroposolos criados a exemplo da Terra Preta de Índio ou chinampas mexicanas, pois a matriz tecnológica é biotecnologia, seus produtos e serviços, caros e lucrativos.

O uso de picumã, “negro de fumo”, munha de carvão no solo para a restauração da atividade microbiana, aumentando a presença de colóides e ácidos húmicos, retenção de nutrientes, evitando lixiviação é a grande revolução ao alcance do agricultor. Mas os governos, antes radicais, revolucionários e intransigentes, agora só estão autorizados a permitir agronegócios das grandes corporações (agrotóxicos, adubos militares, sementes transgênicas etc.).

Rebelde e revolucionários já espalhamos mais de 100 círculos de um metro de área (o ideal seria com 10 metros quadrados), com a aplicação de matéria orgânica, pó de rocha moída fina e carvão vegetal em mais de 10 estados brasileiros, para permitir observar a evolução da vegetal, serule e proliferação de micorrizas “in situ”, sem frescuras de consumo. O picumã, negro de fumo ou munha (biochars) tem de significar mudança de mentalidade e não adequação mercantil à tecnologia ou contestação religiosa ao novo.

Em um estado (RS), que produz 2 milhões de toneladas de casca de arroz, sua carbonização controlada “in situ” e sem custo permitiria incorporá-lo ao solo para a corrosão do gás carbônico, metano e óxidos de Nitrogênio, tão nefastos ao Efeito Estufa, e que os Bancos internacionais, em nível mundial, querem comercializar como serviços das grandes corporações, como Monsanto (Grupo Bill Gates), Syngenta, Bayer e outras, ao invés de transformá-las em política pública das Nações Unidas, através da FAO, IPCC, OMS, Unido etc.

O caminho é combinar o picumã, “negro de fumo”, “munha de carvão” com o pó de rocha (fino) e avançar no universo da bio(nano)tecnologias naturais. O mesmo adicioná-los à elaboração de compostos fermentados (sólidos), biofertilizantes (líquidos) enriquecidos e na preparação de fosfitos. Para isso é necessário estudar muito, praticar e preparar-se para o combate.

A União Européia publicou a “Revisão Científica Crítica dos Efeitos do Picumã (Biochar) nas propriedades, processos e funções dos Solos”, com 164 páginas. Nele, vi a referência à GeoEngenharia “natural do picumã”, página 117. Conheço tanto os europeus, tanto lá quanto na América; como conheço os chineses, e sei que, por traz, há pesquisas sérias no campo militar e arma climática. 


Fiz uma tradução rápida e posso enviar aos interessados tanto o original quanto a tradução, somente para quem estiver disposto a estudar muito, praticar e preparar-se sem posturas religiosas ou confessionais...


2 comentários:

Solilóquio disse...

Bom dia Oliver.
Estou interessado em aprender mais sobre o picumã. Meu e-mail é raulcosmo@gmail.com
Um abraço
Raul Cosmo

Agricultura de Paz disse...

Manda pá nóis Oli man!!
com o escudo do saber e espada do conhecimento, seguimos!

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