2 de junho de 2019
por Sebastião Pinheiro
Boa semana!
Agroecologia UAAAN Unidad Laguna
por Sebastião Pinheiro
A produção de alimentos é ultrassocial, já que a
"Indústria de Alimentos" foi a denominação ideológica da Sociedade
Moderna (1842) e seu ator sintagmático, o camponês passou a ser considerado
subversivo por sua autonomia, menor escala no consumo econômico-financeiro e de
tecnologias e serviços para o Estado e as Corporações do Complexo Industrial
Militar, Financeiro, CIM F.
Gradualmente foi programada a eliminação
camponesa. No entanto, ele é o único com a função de transformar o Sol em
cadeias de Carbono e Proteínas para alimentos ultrassociais.
A indústria de alimentos, que seria melhor
chamada de "Manufatura de Alimentos", porque apenas o transforma e,
na maioria das vezes, os desvitaliza, contamina e encarece seus preços. O alimento
manufaturado industrialmente teria valor para quem não dispõe de natureza. Ela
criou o termo "consumidor"
e transformou-o através de publicidade e comodidade em um ser alienado.
Seu agronegócio produz matérias-primas sem
preocupação pela saúde, qualidade de vida e cultura, por isso que é necessário
substituir o termo "consumidor", uma parte complementar na ação
sintagmática produtiva por "nutrição ultrassocial" contra Eugenia
Mercantil, que oprime os camponeses, governos periféricos.
As cadeias de produção orgânica e serviços iniciadas pelos campesinos dos
países pobres, hoje está controlada por intermediários da U.E., EEUU e Japão.
Que impõe leis e regulamentações para a comercialização da produção,
compra e serviços para equilibrar seu balanço econômico com melhores benefícios,
onde o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos é o maior intermediário de
produtos orgânicos do planeta.
A nutrição ultrassocial é complementar ao campesino e matem sua ética e
qualidade moral do alimento como ação sintagmática complementar.
1. Não há agricultura na natureza, nem solo agrícola.
2. Como Território, a agricultura é produto de atores (campesinos e
consumidor*) sintagmáticos, e o solo tomado emprestado da natureza.
3. O Biopoder Camponês, não é uma categoria espacial, nem temporal; está
presente em toda produção e consumo e se apoia no espaço e no tempo-espaço.
4. Espaço e Território não são idênticos. O Espaço é anterior ao
Território, que se forma a partir do resultado da ação sintagmática em qualquer
nível. (Raffestin)
5. O camponês, apropriando-se de um espaço
natural, territorializa-o (economicamente, politicamente e culturalmente) com
atividades ultrassociais imprescindíveis à humanidade, contrariando os
interesses do Complexo Industrial Militar Financeiro, para a destruição do
Biopoder e total alienação camponês-consumidor.
*Consumidor é o termo de
manipulação da Sociedade Industrial para atender a Manufatura de Alimentos (mal
denominada de Indústria Alimentícia) e a nutrição é vital para todos os seres
vivos.
No ajude a quebrar os paradigmas de fato! Compartilhando, elevando os diálogos...
Boa semana!
Agroecologia UAAAN Unidad Laguna
O Cosmos segundo Víctor Toledo, 2005. Para os
povos indígenas, a terra e a natureza em geral têm uma qualidade sagrada que
está quase ausente do pensamento ocidental ou "moderno". A terra é
venerada e respeitada e sua inalienabilidade é refletida em praticamente todas
as comosvisões do mundo indígena.
Os povos indígenas não consideram a terra como um
mero recurso econômico. Sob sua cosmovisão, a natureza é a principal fonte de
vida que nutre, sustenta e ensina. A natureza é, portanto, não apenas uma fonte
produtiva, mas o centro do universo, o núcleo da cultura e a origem da
identidade étnica.
No coração deste laço profundo está a crença de
que todas as coisas vivas e não vivas e os mundos sociais e naturais estão
intrinsecamente ligados (princípio da reciprocidade). Na cosmovisão indígena
também, cada ato de apropriação da natureza tem que ser negociado com todas as
coisas existentes (vivas e não vivas) através do diálogo e através de
diferentes mecanismos, tais como rituais agrícolas e atos xamânicos (troca
simbólica).
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