31 de outubro
Por Lisarb
Spooky estava feliz, o charuto em sua mão era feito no lugar mais antigo que se possa imaginar, já que era do centro de origem do tabaco.
Ele dançava em uma perna só, pois tinha mais uma ponta cônica de sua coleção. Era uma marca tradicional "Del Robles" com um perfume suave que lembrava o Maradona dos charutos, o cubano Cohiba, porém também teve história na terra onde muitos se localizaram pela expressão: Já chupou um Faros, o cigarro de despedida dos condenados ao paredão de fuzilamento na Revolução.
Lisarb compenetrado saboreava água de tamarindo fresca, quase sem açúcar, na xícara de cerâmica de um litro. Ácido como néctar disse ele rapidamente: O glifosato ensacado, "sem sugar um Farol"...
Spooky não respondeu e deu uma baforada profunda com mais de três litros de fumaça no ar, e respondeu: A questão não é esta, é outra e mais séria.
Repete-se o que aconteceu na década de 1970, quando a DuPont® desenvolveu o primeiro fungicida sistêmico e os alemães o piratearam no metabolismo das plantas tratadas e isolaram o Carbendazim® de sua molécula patenteada. Quase simultaneamente, os japoneses fizeram o mesmo e criaram o Cercobin®.
Agora a história se repete, pois os trabalhos de Richard Kuhn e Henkel com metil fosfonil-glicina, a mais vendida do mundo, que segundo os boatos é um Soman® nazista disfarçado em VX em Fort Detrick, que precisava existir para ser a liberação econômica na guerra fria como o "Agente QL" para a síntese do Glifosato e formar junto com o VX2 (Big Eye) um binário terrível. O futuro herbicida servia somente para limpar ou desincrustar tubos e caldeiras, razão pela qual foi patenteado pela primeira vez como sequestrante mineral. Mais tarde, tornou-se um herbicida ao matar a grama e foi descoberto que era um inibidor enzimático (EPSPS).
Com a taça cobrindo o rosto,
Lisarb acenou com a cabeça e emendou: Mas, a Bayer em ação conjunta com os
japoneses não procurou um metabólito de Glifosato no solo, apenas expandiu a
ação dos japoneses e o pensamento do vencedor do Prêmio Nobel nazista Kuhn,
para ampliar e expandir a Molécula Militar destinada à empresa sem tradição Monsanto, com
um átomo de Carbono.
A baforada de fumaça do Spooky o interrompeu e quase o fez tossir, mordendo a ponta cônica disse com os dentes cerrados: sim, e deu a ele a condição de ser um carbono assimétrico criando dois isômeros ópticos, com capacidade diferenciada de produção de toxicidade nos quirales, e adquirir "expertise" em armas derivadas, assim como o Soman, carregado nos A9 que caíram no Atlântico desviado por ondas de rádio.
Lisarb, já sem suco de tamarindo esvaziou o pote: nosso problema é que o Glyphosato, expropriação militar de Richard Kuhn, se tornou o herbicida que deixa a AMPA por onze anos no solo e mais tóxico que o produto. Com todo o Glufosinato de Amônio, não deixa o AMPA, mas sim uma pró-toxina que é conjugada com o Streptomyces, da qual um gene foi derivado para criar transgênicos ou aplicação dirigida como "selante" em cultivos como laranja, café, mangas, maguey, citrinos em geral e toda a fruticultura, além de ser utilizado na soja, milho e algodão, inibindo outra enzima, a glutamato-sintetase, que impede a síntese proteica e afoga as células com amônia e as mata.
Mais uma baforada furiosa de Spooky o interrompeu, que emendou: Glifosato petato, mas temos seu filho pequeno Glufosinato que é muito mais tenebroso, inclusive já é encontrado no Lago, rodeado pelos magueys. Você tem a capacidade de ver se ele também é um sequestrador de minerais dos alimentos? Ou pior ainda: se formar os dímeros de Sagatys com o Hg do lago?
Lisarb, pressentindo a chegada do almoço, com seus chilaquiles em molho habanero com ovos em molho de tomate, sorriu. Depois continuamos, agora comemos ... A cafeteira tinha quase meio litro e era feita de uma cerâmica milenar...
Spooky esmagou o Del Robles, lavou as mãos perguntando: Quem fez a toxicologia e ecotoxicologia do dímero de Sagatys? Bem, chegou minha omelet Ch ao cubo, com chicatanas e chapolines e chili pajarito. Bom proveito!
Lisarb comia e conversava, isso é sério, mas o que está acontecendo é mais sério. A FAO com a Chinesa Ku tem a campanha pela preservação de seus insetos pelo consumo de entomoproteínas, que no mercado livre custa quase o preço da carne bovina Kobe, em um país que é o maior consumidor de insetos do mundo, porém não fez objeções e trouxe os piores inseticidas do mundo para cá como o berço da Revolução Verde. Agora temos o Glifosato - Faena mais perigoso que o deles, destruindo os quelites e criando mutantes que são resistentes ao Glifosato e Paraquat e Deiquat e Herbamina.
O mais absurdo é que as agrocorporações proíbem a fabricação de biofertilizantes nos ejidos e as biofábricas dos movimentos camponeses já com dez anos estão impedidas de funcionar, por fazer concorrência aos produtos da biotecnologia camponesa indígena desenvolvida nos últimos 50 anos e não há sequer um caso de incidente, tóxico ou dano aos camponeses.
Spooky bebeu café e respondeu. Entendo, o que você fala, que o combate ao Glifosato é bom, mas nossa prioridade é sempre o futuro, mais além dos 30 anos. A indústria quer entrar no fenômica, com todos os seus acadêmicos corruptos e de pouca luzes.
O camponês precisa saber que o microrganismo camponês não é um clone, é uma comunidade de comuidade de micróbios diversos com uma população rica em indivíduos com sua própria genômica e metagenômica. Os deles é uma população de apenas um e o acidente é um grande desastre continental, como mudança climática ou poluição por mercúrio. Então, devemos lutar contra os dois, para não ficarmos velhos…. Você não gosta de insetos... – Sim eu gosto muito deles, principalmente vaga-lumes. Eles brilham como as crianças. Não se preocupe, as avós já estão tecendo as esteiras para produtos industriais imorais, porque a luta continua e continua Zapata Vive.
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