por Sebastião Pinheiro
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As
duas gravuras merecem uma análise. Ando muito ocupado, na equipe que traduz um
belo livro sobre as patifarias dos serviços científicos para apoiar a Indústria
de Alimentos. Agora posso denunciar porque fui perseguido em minha postura
contra os OGM (Organismo modificado pela engenharia genética) e paguei um preço alto. Para você entender: No ano 2000, ao deixar
o século passado, quando o livro do MB-4 já tinha seis edições, a então
Fundação Juquira Candiru publicou "A Cartilha da Energia Vital”.
Continuamos estudando e sendo o Bombeiro Agroecológico, mesmo sem pertencer ou
ser militante de qualquer entidade "de preposições da Agroecologia".
Hoje
lutamos pela restauração da consciência do "Biopoder Camponês", onde O
comer é a "energia vital" dos seres vivos (alimentos), mas
transmutado em "energia mercantil" em Speemhamland, mitigada pelo Berkishire
Bread Act, distribuição de dinheiro para a alimentação da multidão. Uma
"Cesta Familiar" (bolsa família) de 1795 para extrapolar a violência
estrutural como progresso econômico.
Os
seres humanos, ainda ultrassociais na Sociedade Moderna, perceberam que a
agricultura deixou, muito lentamente, de ser sujeito e passou a ser objeto por
meio de sua "coerção mercantil". Com o passar do tempo, dia a dia os
valores econômicos impuseram seu autoritarismo e buscam a hegemonia para conseguir
a energia financeira (commodities), onde todos os vetores da agricultura são
subjugados pelo controle do capital em uma violência estrutural absoluta.
Assim,
chegamos aos nossos dias como a energia financeira mundial da Indústria de
Alimentos sobre a alienação dos consumidores, não mais ultrassociais, mas
vítimas de um processo de Eugenia mercantil com consequências biológicas da
resposta da natureza.
Ignoramos
o que isso significa, porque perdemos a noção de que o alimento é vida ao longo
de doze mil anos de agricultura, não mais necessidade fisiológica dos seres
humanos para sua saúde e qualidade de vida. Dos cativos na Babilônia, Egito e
Grécia aos dos Calpulis (faxinales) Aztecas ou da reforma agrária da Dinastia
Meiji, no período Edo do iluminismo nipônico (1603 -1668) do fronte ao antagônico
entre os Diggers e Speemhamland nas Ilhas Britânicas é a luta entre o valor da
vida e o valor do dinheiro, sem espaço ou território para as periferias abjetas
que repetem como papagaios e periquitos, produtividade ou produção por área.
O
crescimento do capital tem aceleração exponencial mensurável hoje em yocto - e
femtossegundos (BPS), logo, é possível considerar a velocidade (espaço/tempo)
como a partícula indivisível da criação, circulação e acúmulo de capital como a
unidade mais estratégica no planeta superando as forças: forte, fraca,
gravidade e eletromagnetismo frente a sociedades e governos em disputa de
território e questão agrária.
A
Classe Trabalhadora (urbana), a Agricultura e o Campesinato em "O Capital"
construiram o valor de troca - valor de uso e/ou autarquia?", mas isso não
é possível sem território e solução da questão agrária, avassalado pela unidade
de aceleração do capital.
Assim,
a Pedagogia de Mercado da "General Board Education" do Grupo
Rockefeller é a grande ferramenta política para o ensino em todos os níveis
para alienar sobre a ousadia de O Capital de Marx, pois a resposta em Rerum
Novarum, de 1891 de Leão XIII não seria suficiente.
Até
mesmo Kautsky, em uma Alemanha mutante, foi breve em interpretar o biopoder do
campesinato.
A
Revolução Mexicana, o Agrarismo, a Guerra Cristera foram tão pioneiras que não
perceberam a importância de um modelo de agricultura sobre o território na
constituição do Biopoder Camponês...
Alexander
Chayanov e a Cooperação Camponesa na URSS em sua "Teoria da Economia
Camponesa" foram silenciados pelo mesmo Grupo Rockefeller, influente junto
à troika soviética.
A
consolidação da Reforma Agrária no México com o Presidente Lázaro Cárdenas não teve
preocupação com o modelo de agricultura e por isso mesmo o Grupo Rockefeller
será o "Berço da Revolução Verde" e sabemos que, por equacionar a
questão agrária o México resiste e somente com o modelo de Agroecologia indígena
camponesa será capaz de assimilar e responder à proposta da AMLO.
Na
pior situação está toda a América Latina, onde a disputa territorial é amarga
contra as Populações Tradicionais, Indígena e o Campesinato e a situação no
Brasil depois do marasmo de falar uma coisa e concordar com o capital, agora
temos ele com a faca e o queijo em suas mãos.
Eu
sei que ele é um instigador, por isso que necessito de sua ajuda para através
do financiamento coletivo (crowndfunding) conseguir publicar o livro Agroecologia 7.0
***
Livro Agroecologia 7.0 por Sebastião Pinheiro
O projeto (_ACESSE AQUI_)
“Agroecologia
7.0
”
é
uma atualização do livro
“MB-4,
Agricultura Sustentável, Trofobiose e Biofertilizantes”
,
que há 35 anos foi compilado, datilografado e distribuído
gratuitamente em cópias mimeografadas e em antigos disquetes de
computadores. No final da década de 1980, o engenheiro agrônomo
Sebastião Pinheiro reescreveu e ampliou o livro, contando com a
participação de Solón Barreto, geólogo, pioneiro na produção de
MB-4, a primeira farinha de rocha da América Latina.
A
presente edição, alvo desta campanha de financiamento coletivo,
representa um marco no pensar e no fazer agricultura ecológica na
América Latina, pois trará conteúdos atualizados sobre
farinhas
de rocha
s,
biofertilizantes, biochar e agrohomeopatia.
As
relações necessárias para a promoção da saúde do solo, a
importância dos seres ultrassociais para a construção da
agricultura, o saber camponês e a espiritualidade também são
tratados ao longo das 663 páginas dessa
nova edição.
Estamos
seguros que o conteúdo do livro é extremamente atrativo e
imprescindível para quem trabalha com agricultura de base ecológica,
com educação no meio rural, com educação ambiental, para os
movimentos sociais do meio urbano e rural.
Para
sua conclusão, edição, revisão e impressão, lançamos essa
campanha de financiamento coletivo, com apoio do Catarse e com o teu
apoio!
Desde
já agradecemos tua participação!
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