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"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

segunda-feira, 29 de abril de 2019

101 dias de ingerência




27 de abril 2019
por Sebastião Pinheiro 
 
A chuva não diminui, mas porque alterar-me. São 101 dias de enigmas e enigmas, mas com eles convivemos bem antes da escrita cuneiforme. Então em ontem de março de 1933 livros começaram a ser queimados em todos os rincões da Alemanha, principalmente em sua capital Berlim, famosa em 10 de maio pela ação na Opernplatz dos Estudantes Alemães (DST), após Nationalsozialistischen Deutschen Studentenbundes. (NSDSTB) induzidos em restaurar do pensamento alemão.

A imagem em minha mente é da Praça da Paz Celestial em Beijing um cara na frente de uma coluna de Tanques de Guerra, mil enigmas a decifrar...
Ante os clarões na fogueira, Martin Heidegger discursou na Universidade de Freiburg: "Flamme finde uns, leuchte uns, zeige uns den Weg, von dem es kein Zurück mehr gibt! Flammen zündet, Herzen brennt!" ("As chamas nos encontram e nos acendem e mostra o caminho, de onde não há como voltar atrás! As chamas se acendem, o coração arde!").

Há um século e meio antes já podíamos ouvir a Sinfonía N. 41 de W.A. von Mozart, mais conhecida como "Júpiter". Pensamentos, livros e música são enigmas da educação e não do poder, que alguns herdam como sabedoria ancestral e outros o recebem quando há escola e Estado. Não é fácil decifrar os enigmas e o "sub-poder" sabe disso, por isso revive neo-interpretações.

Reconheça os autores indexados queimados pelo governo democrático alemão: Vicki Baum, Walter Benjamin, Ernst Bloch, Bertolt Brecht, Max Brod, Otto Dix, Alfred Döblin, Albert Einstein, Lion Feuchtwanger, Marieluise Fleißer, Leonhard Frank, Sigmund Freud, Salomo Friedlaender, Iwan Goll, George Grosz, Jaroslav Hašek, Heinrich Heine, Ödön von Horváth, Heinrich Eduard Jacob, Franz Kafka, Georg Kaiser, Erich Kästner, Alfred Kerr, Egon Erwin Kisch, Siegfried Kracauer, Karl Kraus, Theodor Lessing, Alexander Lernet-Holenia, Karl Liebknecht, Georg Lukács, Rosa Luxemburg, Heinrich Mann, Klaus Mann, Ludwig Marcuse, Karl Marx, Robert Musil, Carl von Ossietzky, Erwin Piscator, Alfred Polgar, Erich Maria Remarque, Ludwig Renn, Joachim Ringelnatz, Joseph Roth, Nelly Sachs, Felix Salten, Anna Seghers, Arthur Schnitzler, Carl Sternheim, Bertha von Suttner, Ernst Toller, Kurt Tucholsky, Jakob Wassermann, Franz Werfel, Grete Weiskopf, Arnold Zweig und Stefan Zweig.
André Gide, Romain Rolland, Henri Barbusse, Ernest Hemingway, Upton Sinclair, Jack London, John Dos Passos, Maxim Gorki, Isaak Babel, Wladimir Iljitsch Lenin, Leo Trotzki, Wladimir Majakowski, Ilja Ehrenburg.

Outros foram mortos em Campos de Trabalhos Forçados (KZ) ou exilados, Carl von Ossietzky e Erich Mühsam, Gertrud Kolmar e Jakob van Hoddis, Paul Kornfeld, Arno Nadel e Georg Hermann, Theodor Wolff, Adam Kuckhoff, Rudolf Hilferding, Ernst Toller e Kurt Tucholsky, Walter Mehring e Arnold Zweig, Erich Kästner, Walter Hasenclever, Ernst Weiß, Carl Einstein, Walter Benjamin, Ernst Toller, Stefan Zweig.
 
Repete a vergonha con o poema indelével de Bethold Brecht:

“Als das Regime befahl, Bücher mit schädlichem Wissen Öffentlich zu verbrennen, und allenthalben Ochsen gezwungen wurden, Karren mit Büchern Zu den Scheiterhaufen zu ziehen, entdeckte Ein verjagter Dichter, einer der besten, die Liste der Verbrannten studierend, entsetzt, daß seine
Bücher vergessen waren. Er eilte zum Schreibtisch Zornbeflügelt, und schrieb einen Brief an die Machthaber. Verbrennt mich! schrieb er mit fliegender Feder, verbrennt mich! Tut mir das nicht an! Laßt mich nicht übrig! Habe ich nicht Immer die Wahrheit berichtet in meinen Büchern? Und jetzt Werd ich von euch wie ein Lügner behandelt! Ich befehle euch, Verbrennt mich!”

"Quando o regime ordenou queimar publicamente em todos os lugares os livros com conhecimentos nocivos.
Os bois foram obrigados a carregar os livros e ir a fogueira.
Um poeta perseguido, um dos melhores na lista deparou horrorizado de que seus livros foram esquecidos na lista. Se apressou e escreveu uma carta aos governantes.
Queime-me Escreveu com uma caneta voadora, me queime!
Não faça isso comigo! Não me deixe! Eu não.
A verdade sempre foi relatada em meus livros? E agora.
Sou tratado como um mentiroso por você? Eu lhe peço, me queime!”

É necessário colocar no original, pois a cultura de consumo é própria na mídia elitistas e fora da educação que não permite decifrar enigmas.

Imediatamente, 86 anos depois, vemos um grupo de facínoras usar algoritmos travestidos em ineptos, buscam por todos os meios para canalizar ira e ódio para alcançar as mesmas fogueiras, mas o mundo internacional hoje é diferente e bem mais lucrativo a "Balcanização" do espaço já desterritorializado e denaturalilzado, pois não posso dizer desnacionalizado por razões de comunidade indígena-internacionalista.

Tudo me assusta, quiçás por herança ruim e péssima formação. No entanto, não tenho medo das reações daqueles que tomaram “seu poder”, nem a dos recém-chegados. Pecam mais por suas deficiências democráticas, mas é que impede ambos de perceber de maneira inteligente as Milícias, o PCC e outras formas de poder e corrupção no crime, privatizações desnaturalizadoras pelo "status quo".

Nesses 101 dias de loucura aparentemente metódica (recordem Hamlet), me traz novamente a imagem dos chinês em frente ao tanque de guerra em Beijing precisa ser decifrada. Na TV Globo, princípios do Confucionismo foram rolando sobre a imagem ...

86 anos depois da queima dos livros, quantos ainda não conseguem identificar os principais autores (players) ali, em Londres e Washington ou para entender a solução do passivo ambiental em Mariana, Brumadinho, Muzema, ou o discurso das musas da goiabeira e dos agrotóxicos e seu fiel escudeiro Ministro do Meio Ambiente do Agronegócios.

Enquanto isso, iscas são lançadas em anzóis para que os mentecaptos comecem a acender o fogo com suas interpretações do Antigo Testamento (Talmud) por analfabetos. Heidegger no crepitar das chamas viu a luz e não a escuridão. "Ecce Homo" não é um fim, mas o começo como um enigma.

E continua a chover.

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