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"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Isolamento do Ogro presidente

02 de novembro

Por Tião

Para ler, três ou quatro vezes num dia muito especial (Dias dos Mortos) para reflexão e profunda responsabilidade às corporações, e sobreviventes. O quadro é "A Sopa" de Pablo Picasso, de 1904, que se encaixa como uma luva, pela escalada de preços dos alimentos que aumenta a fome e desespero interno, Carpe Diem. Eis o artigo de "La Jornada", do México, La soledad del Ogre, de Eric Nepomuceno: - "Jair Bolsonaro, o aprendiz genocida que destrói o Brasil, e ri o tempo todo”. É uma risada nervosa, tensa, falsa, grosseira como ele.

Meu país entra em colapso, as mortes pelo corona vírus ultrapassam 160 mil e o número de infectados é próximo a 5 milhões e 600 mil. Mas ele se move o tempo todo em uma campanha precoce pela reeleição em 2022.

O número de desempregados bate todos os recordes da história, a tensão fiscal dispara - em setembro a dívida pública ultrapassou 90% do produto interno bruto - a moeda local, o real, tem sofrido desvalorização até agora neste ano superior a 40% em relação ao dólar americano. O governo se mostra cada vez mais sem programa ou direção, a devastação do meio ambiente se multiplica, tudo desaba, e ele continua a rir.

Um dia desses, e ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, o ex-funcionário de Augusto Pinochet, o Ogro que ocupa o palácio presidencial, garantiu que o Brasil é tão fenomenal que grandes investidores estrangeiros compram a moeda do país. Mente, sem medo do ridículo.

Existem contradições que são difíceis de entender. Bolsonaro mantém uma popularidade surpreendente - ultrapassando a marca de 38 por cento - embora as pesquisas mostrem que os candidatos a prefeito apoiados por ele nas duas principais cidades brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro, estão caminhando para derrotas humilhantes.

Analistas concordam que tal popularidade se deve quase exclusivamente ao bônus de emergência distribuído a famílias de baixa renda. Essa ajuda vai acabar no final do ano, não há recursos planejados para estendê-la e, se cessar, será altíssimo o risco de que a popularidade do Bolsonaro se despenque.

Ao negar que o país esteja passando por um rápido processo de destruição, o Ogro vê seu isolamento na América do Sul aumentar rapidamente.

Tudo começou há um ano, com a vitória de Alberto Fernández, tendo Cristina Kirchner como vice-presidente, sobre Mauricio Macri, na Argentina. Desde então, Bolsonaro, que havia feito esforços inúteis para apoiar a reeleição dos derrotados, não perde a oportunidade de atacar o país vizinho, segundo ele a nova Venezuela comunista.

A vitória da direita no Uruguai não mudou o cenário: Luis Lacalle Pou deixou claro, desde sua campanha, que qualquer distância do Bolsonaro seria pouca.

Em 2019, o Brasil apoiou fortemente o golpe de Estado contra Evo Morales na Bolívia, claramente alinhando-se com uma OEA manipuladora e, claro, com Donald Trump.

Nas recentes eleições, emissários do governo brasileiro trataram de unificar a oposição boliviana para impedir a vitória de Luis Arce. Nova derrota, novos problemas à vista.

Depois vimos o Chile. Admirador confesso de Augusto Pinochet, o Ogro viu como uma esmagadora maioria dos chilenos votou para enterrar de uma vez a Constituição herdada da sangrenta ditadura por ele aplaudida.


Agora, há um risco imenso de isolar ainda mais Jair Bolsonaro: a vitória prevista de Joe Biden nos Estados Unidos. Os confrontos parecem inevitáveis.

O Brasil se tornou um pária global. Sua única órbita é a vergonhosa vassalagem de Bolsonaro diante de seu ídolo, Donald Trump. E agora ele corre o risco muito alto de se isolar de uma vez."

 ***

Um comentário:

Adailthon Jourdan disse...

Fico imaginando esse Ogro promovendo uma guerra civil por perder a reeleição com acusação de fralde. A babilônia está em chamas

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