23 de janeiro 2019
por Sebastião Pinheiro
Jamais me convidarão para o Fórum Econômico em Davos ou para o Fórum Social
Mundial, por ser um forasteiro, mas participei de todos eles.
Memória, alteridade ou espiritualidade são valores, formas de energias
organizadas e planejadas. Um(a) cupim (termita)/formiga/abelha, ultrassociais fazem a mais de 50 milhões de anos através
da divisão do trabalho, a elaboração do
seu alimento fora da natureza sem ter um cérebro favorecido: as formigas
escravizam os pulgões, os transportam, os ordenham para obter secreções; eles
produzem compostos onde semeiam microrganismos e colhem fungos e cogumelos
para a sua alimentação, assim como o camponês também ultrassocial em sua
agricultura. As abelhas fazem fermentações e reações ainda mais complexas em
sua agricultura. Os camponeses mais recentemente fazem a mesma coisa, mas
proporcionalmente possuem um cérebro privilegiado com o qual geram virtudes,
comportamentos, incluindo a espiritualidade, o que pode ser considerado como
resultado da ultrassocialidade, uma forma de energia?
Nos seres vivos, a ultrassociabilidade na Evolução do tempo/espaço acelera
a chegada da Espiritualidade, mais perceptível que nos outros seres vivos?
Então: onde e quando teria lugar sua geração, e como passa de uma geração
para outra?
Para passar de uma geração para outra é necessário mais que o metabolismo e
a autopoieses, é necessário informação e código, que ultrapassam as barreiras
materiais como energia que flui e registra.
Informações e códigos estão em todas as atividades humanas muito íntimas à
ultrassociabilidade como parte da cultura e das crenças e transcendem os povos
e suas mitologias em formas de sincretismo.
Na biologia, os códigos são conhecidos, estão em todas as células vivas e
passam de geração em geração, registrando as transformações nos próprios seres
vivos desde tempos imemoriais. Faz mais ou menos cinquenta anos, receberam o
nome de DNA e tornaram a ser "a informação e o código" de energia
vital sagrada (de todos os seres vivos), foto1.
Antropólogos através dos tempos relacionam a serpente cósmica dos mitos
mais antigos da humanidade em todas as partes do mundo com a molécula de DNA: desde
a Mesopotâmia temos "O Trono do Deus da Serpente" e "A luta
entre Zeos e Typhon" (filho de Gaia e Tártaro) "(Campbell, 1964); A
serpente do Povo Marinbata da Terra de Arnhem (Huxley, 1947), foto 2; "A
Serpente Cósmica provedora de Atributos", egípcia, Clarck, 1959);
"Sesha, é a serpente cósmica de 1.000 cabeças" que flutua sobre o
Oceano Cósmico enquanto os dois criadores Vishnu e Lakshmi sobre ela repousam;
"Quetzalcoatl, uma serpente asteca emplumada e Tezcatlipoca crianças da
serpente cósmica Coatlicue", l; O disco de Bronze do Benin e
muitas
cosmogonias semelhantes entre os povos indígenas da América do Sul estudados
por Jeremy Nearby em seu livro The Serpent Cosmic.
Ele diz: "O DNA contido em uma célula pode atingir 2 metros com uma
espessura da dupla hélice (serpentes) de uma dúzia de átomos, o que a faz um
bilhão de vezes maior do que largo. É 120 vezes menor que a menor longitude da
luz visível que percebemos. O núcleo de uma célula é cerca de dois milésimos de
uma cabeça de alfinete, mas o DNA é compacto em seu interior. Um ser humano é
constituído por cem milhões de milões de células, o que significa que existem
200 bilhões de quilômetros de DNA em um corpo humano, o que corresponde a 70 idas
e retorno entre o Sol a Saturno. Além disso, este DNA pode enrolar a Terra 5 milhões
de vezes pelo seu equador.”
Todas as células vivas contêm água com minerais que recordam os oceanos
primitivos por seu conteúdo de sais, ainda presentes em lágrimas e
transpiração. A água salgada banha o DNA garantindo sua forma e função com a
escada trançada constituída por 4 bases de DNA. ADENINA - GUANINA - CITOSINA -
TIMINA insolúveis que giram em direção ao interior da molécula para formar as
barras da escala; em seguida, é trançado evitando ao máximo o contato com o
meio úmido que os rodeia. O cientista soviético trabalhou com biofotônica de células,
ou seja, a emissão de luz pelas células. Pode o DNA por sua configuração mineral
e função emitir mais luz do que recebe, como o diamante? Isso faz com que o DNA
lixo não exista?
O tempo passa e temos mais de 40 anos de biologia molecular. Hoje, a parte
mais importante nas sínteses controladas pelo DNA são as enzimas, catalisadores
biológicos que permite ao próprio DNA recompor-se e autorregular-se. Um ser
mais evoluído tem em cada célula mais de 3.000 enzimas que garantem seu
metabolismo, autopoieses e evolução.
Michael Conrad, biólogo teórico, já em
1972 dizia que o DNA mais além dos programas de computação atuam de forma sequencial, interpretando o que está acorrendo e tomando decisões holísticas em
todo o ser vivo e não apenas em uma célula ou órgão. Em 2003, a BBC descrevia
que uma equipe de cientistas internacionais que monitoravam mais de 20.000
interações entre 7.000 genes em Drosophila haviam descoberto um nível oculto de
organização entre "proteínas aparentemente desconectadas" e,
portanto, entre os genes que as expressam.
A informação sequencial dentro do gene se expressa como uma proteína
através de um processo de múltiplas etapas. Primeiro a enzima especializada
transfere a informação para o RNA que funciona como um mensageiro e a entrega
ao ribossomo, que o converte em uma cadeia de aminoácidos que depois se
transforma em uma proteína. No entanto, nos seres mais evoluídos, este RNA deve
ser revisado antes de entregar sua mensagem ao ribossomo. A revisão é feita por
um conjunto de enzimas que elimina partes do DNA que não se traduzem em
aminoácidos (introns). Muitas vezes, um grupo de diferentes enzimas participa
da reorganização da informação, com o objetivo de programar uma proteína
diferente que poderia deriva-se da sequência inicial (o controle de qualidade).
A doença "Kuru" dos Fore, canibais de Papua Nova Guiné, deu o
Prêmio Nobel a Daniel Carleton Gajdusek em 1976 e depois a Stanley Prusiner
estudando o "Mal da Vaca Loca" na Grã-Bretanha e sua versão humana do
nome Kreutzfeld Jakob. A ciência diz
que elas são causadas pelo "Prion" uma reviravolta irregular nas
proteínas dentro das células nervosas. No começo foi estudado com fins
militares (como um lentivírus). Este dobramento anormal ainda não é explicado
porque acontece algo entre o RNAm e o Ribossomo. Já se preocupa pelos milhões
de hectares de campos plantados com OGMs (Organismos Geneticamente Modificados),
onde a interação de proteínas, xenobióticos, agrotóxicos e mudanças climáticas
e nos levam à:
"A epigenética é um termo usado na biologia para se referir a
características de organismos unicelulares e multicelulares (como as
modificações de cromatina e DNA) que são estáveis ao longo de diversas
divisões celulares, mas que não implicam mudanças na sequência de DNA do organismo.
A herança epigenética é a transmissão de experiências ocorridas com os pais
para os filhos e que não acorre através do DNA. De acordo com os conceitos
tradicionais, quando um embrião é formado, seu epigenoma é completamente
apagado, e reescrito a partir das informações que estão em seu DNA. A exceção é
que, para alguns genes, as marcas epigenéticas são mantidas, e passadas de uma
geração para a geração seguinte.
Estas mudanças epigenéticas desempenham um papel importante no processo de
diferenciação celular, permitindo que as células mantenham características
estáveis diferentes apesar de conterem o mesmo material genômico.
Alguns dos exemplos de modificações epigenéticas incluem a permutação,
bookmarking, imprinting genômico, silenciamento de genes, inativação do
cromossomo X, posição de efeito, reprogramação, transvecção, efeito materno, o
progresso da carcinogêneses, muitos efeitos dos teratógenos, regulação das
modificações de histona e heterocromatina, e limitações técnicas que afetam a
partenogêneses e clonagem".
Na agroecologia camponesa com solo vivo, sementes ultrassociais e sabedoria
ancestral não há espaços epigenéticos, como "buracos negros"
(blackhole) ou buracos de minhoca (wormhole). Esse pesadelo é um problema de
corrupção na ciência e nos governos por causa dos interesses da "Quadrilha
de Guerra", onde os quatro cavalos do Apocalipse conduzem o agronegócio,
foto3. Ontem vi e ouvi o anticristo.
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