24 de julho . Por Sebastião Pinheiro
“O maior problema não é o vírus, mas o ódio, a ganância e a
ignorância.”
A propaganda não é ideologia, é a alma do negócio, sejam lucros de Estado, Governo ou Religião de qualquer cor ou cheiro, logo é exercida como verdade ou mentira. O lobo disse que o cordeiro contaminava sua água…. Fake news (notícias falsas) não existe, somente valores morais e éticos em tudo.
Gosto de estar mal em meus palpites, no entanto, isso não é comum ocorrer. A distribuição de marmitas (comida) envenenadas em meio à pandemia para uma população de moradores sem tetos, se não é um ato de um insano, certeza é de um fascista do White Power (poder branco) da mesma raiz do policial militar de pé com as 2 “patas” sobre o pescoço de uma velha negra atiradas ao chão diante de sua barraca de lanches. Tudo isso é a “pontinha” do iceberg, quando se governa para atender a interesses pessoais que passam pela cabeça de pessoas irresponsáveis, como se isso fosse administração pública.
Por trás da violência está o ódio racial, econômico e político. É que eles estão sendo incompetentes com suas notícias falsas e semelhantes na escalada totalitária, que o público descobriu devido ao seu comportamento na pandemia. O uso vertiginoso da tecnologia em sociedades desiguais fez com que as desigualdades crescessem desproporcionalmente, destruindo os valores éticos e morais do tecido social.
O uso das redes sociais em linha trouxe seu aumento. As notícias são escrita e publicada geralmente com a intenção de induzir ao erro a fim de prejudicar: entidade ou pessoa obtendo lucros mesmo que sejam clickbait.
O manuseio da ferramenta estatística gera algoritmos nas redes sociais. Sua manipulação como as utilizadas no Facebook e no Twitter, fazem avançar ainda mais a disseminação de notícias falsas e lucros. É óbvio e não importa que quanto mais ignorantes e menos cidadãos seja melhor e mais rentável. O impacto moderno é sentido, por exemplo, na rejeição das vacinas, no uso da Hidroxicloroquina e da Ivermectina na pandemia, com o apoio de ministros gerais, que antes não estavam acostumados com o debate hegeliano, devido à formação medíocre. Eles desconhecem que a "contaminação da informação" pode ser de três tipos: 'informação falsa', 'desinformação' e 'informação incorreta'. Todos as três são armas perigosas nas mãos do poder ou contra ele na História.
No século XIII a.C., Ramsés, o Grande espalhou mentiras e propaganda que retratava a Batalha de Kadesh como uma vitória impressionante para os egípcios; representava em cenas dele mesmo golpeando seus inimigos durante a batalha nas paredes de quase todos os seus templos. No entanto, o tratado entre os egípcios e os hititas revela que a batalha foi na realidade um ponto morto.
Durante o século I a.C., Octaviano realizou uma campanha de desinformação contra seu rival Marco Antonio, retratando-o como um bêbado, um mulherengo e um simples títere de Cleópatra. Ele publicou um documento que supostamente era o testamento de Marco Antonio, que afirmava que ele desejava, após sua morte, ser enterrado no mausoléu dos faraós ptolomaicos. Embora o documento possa ter sido falsificado, provocou a indignação da população romana. Marco Antonio finalmente cometeu suicídio após sua derrota na Batalha de Actium ao ouvir falsos rumores espalhados pela própria Cleópatra afirmando que ele havia cometido suicídio.
Durante o século XVIII, os editores de notícias falsas foram multados e proibidos na Holanda; um homem, Gerard Lodewijk van der Macht, foi banido quatro vezes pelas autoridades holandesas e quatro vezes mudou-se e reiniciou sua imprensa. Nas colônias americanas, Benjamin Franklin escreveu notícias falsas sobre índios "escalpelizadores" assassinos que estavam trabalhando com o rei George III em um esforço para influenciar a opinião pública a favor da Revolução Americana.
Na Revolução Francesa, Maria Antonieta foi executada em parte por causa do ódio popular gerado por um panfleto. Na ditadura brasileira sempre aos contrários contundente, quando não podiam prender ou matar, diziam os panfletários.
As rebeliões de escravos eram comuns na Virgínia desde o início do período colonial, mas não havia levante por força das notícias falsas. E os escravos tiveram mais torturas e punições pelas notícias falsas.
Diz-se que foi o presidente Woodrow Wilson quem popularizou a frase "notícias falsas" em 1915, embora a frase tivesse sido usada nos Estados Unidos no século anterior.
Na Segunda Guerra Mundial, depois que Hitler e o Partido Nazista chegaram ao poder na Alemanha em 1933, e estabeleceram o Ministério de Elucidação Pública e Propaganda do Reich sob o controle do Ministro da Propaganda Joseph Goebbels.
Em abril de 2018, o time de futebol israelense-palestino Bnei Sakhnin ameaçou processar o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu por difamação, após afirmar que os fanáticos vaiaram durante um minuto de silêncio pelas vítimas das enchentes israelenses. Em uma postagem nas redes sociais, Netanyahu criticou várias notícias israelenses que o criticavam, já que as notícias falsas incluíam o Canal 2, Canal 10, Haaretz e Ynet no mesmo dia em que o presidente dos Estados Unidos, Trump, denunciou "notícias falsas".
Em um discurso dirigido a seus apoiadores, o PM Netanyahu respondeu às acusações contra ele: “A indústria de notícias falsas está em seu auge... Veja, por exemplo, como cobrem com entusiasmo ilimitado, cada semana, a manifestação de esquerda. As mesmas manifestações cujo objetivo é aplicar uma pressão inadequada às autoridades policiais para que apresentassem uma acusação a qualquer preço". Os observadores compararam seu uso disfarçado do termo, "notícias falsas", para descrever as mídias de esquerda contra Donald Trump, e suas declarações semelhantes durante o ciclo eleitoral de 2016. Repetido no Brasil por níveis iguais de ignorância e miséria.
Voltemos à condição das vítimas da pandemia. No Ocidente, o que resta é aumentar a repressão para manter o controle econômico, quando não se consegue mais competitividade tecnológica com o Oriente. Podemos perceber no trato com a pandemia, que os países de comportamento mais conservadores, optarão por atender às corporações de tecnologia e não às necessidades da população, por não possuírem capacidade tecnológica e social para fazê-lo de forma eficaz.
A contradição é que o Laissez Faire desde a Segunda Guerra para aumentar o consumismo, agora é visto como um inimigo do governo e a repressão é a alternativa oferecida nos países centrais, enquanto a violência está nas periferias e sua ideologia é o fascismo de Trump, Johnson e Bolsonaro na escala de cidadania da população...
A reação cidadã nos leva ao tratamento das polícias nas periferias ou com os mais humildes. Ou como em Portland, Oregon e Chicago em Illinois e outras cidades industriais, para consolidar uma nova visão ideológica, na administração pública. Todos vocês têm em mente a Dona Lida da OAB; do Atentado de 1º de maio no Rio Centro; a queima de estandes de revista no Rio de Janeiro e os incêndios em jornais alternativos.
Lembro-me do ataque à Rádio Nove de Júlio da Cúria Metropolitana de São Paulo, a maior cidade católica do hemisfério sul.
50 anos se passarão e não temos memória do que foi determinado por Monroe, Roosevelt, Truman, Eisenhower, Kennedy, Johnson, Nixon, Ford, Carter, Reagan, Bush, Clinton, Bush Jr, Obama, Trump e milimetricamente executado pelos militares… A pandemia não é notícia falsa, é política imperial. O historiador Y. N. Harare afirma: “O maior problema não é o vírus, mas o ódio, a ganância e a ignorância.” Isso sim, são notícias falsas.
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16 horas, Brasil. Terça-feira 11 de agosto. Ao vivo no Canal do YouTube MPA Brasil e pelo Facebook na página do Congreso de los Pueblos.
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