"

"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Plantas invasoras e o manejo do pasto



O manejo do pasto com a correta utilização da estrutura da planta 
diminui a incidência de plantas daninhas e aumenta a produtividade.

Cyperus esculentus L. – essa planta tem aparecido em pastos na região de Dores do Indaiá, Minas Gerais.
Cyperus esculentus L.

            Plantas daninhas são ecotipos – ecologicamente adaptado ao habitat. Seu aparecimento se dá pela ação direta do homem na condução e no manejo do ambiente de produção, bem como, já implantado o sistema de exploração agrícola, pela adversidade climática ocorrida no ano.

            Outras condições para seu aparecimento em locais não desejáveis são:

  • Grandes alterações climáticas, como um ano de muita incidência de chuvas. As sementes de Cyperus esculentus L. (Tiririca), por exemplo, possui uma longevidade no solo de 21 a 76 anos, permanecendo em estado de dormência podem dar um grande estouro de germinação;
  • A decadência da fertilidade anual do solo em ambiente de produção. A falta de certos nutrientes (micros ou macronutrientes) poderá acarretar no aparecimento de certas plantas adaptadas a sua indisponibilidade no solo, tornando a “daninha” em muitos dos casos, uma planta indicadora do excesso ou da falta de nutrientes, como também de solos adensados, entre outros;
  • Disseminação via sementes de baixa pureza, podendo ocorrer devido às irregularidades em campos de produção, sendo estes, sem o registro do MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - e sem a fiscalização e a assistência técnica pela Empresa que a comercializa;
  • A degradação de culturas perenes, em pastagens, por exemplo, pela utilização incorreta da planta forrageira e o manejo de animais sem o ajuste do uso das características estruturais da planta as condições de campo.

A degradação do pasto em virtude da produção extensiva de bovinos é agravada quando plantas indesejáveis começam a disputar espaço entre as touceiras de capim. Isso ocorre pelo desconhecimento das características de crescimento da forrageira bem como sua utilização em pastejo continuo.
pastejo extensivo, Belém/PA - 2007, oliver blanco
O que gerencia toda produção de massa verde é a luz. Pesquisas sobre as alturas de entrada e saída dos animais no pasto, de forrageiras como o Brachiaria brizantha cv. Marandú e Xaraés, Panicum maximum cv. Mombaça, Tanzânia, Aruana, Massai, entre outras, têm evidenciado o controle da altura da planta para um manejo produtivo e correto da planta.  A competição interespecífica por luz faz com que a planta possua uma altura ótima de produção e utilização pelos animais.

Fonte: Carvalho F.A.N. et al Nutrição de Bovino a Pasto, 2003
Porém, essa competição por luz deve ocorrer entre a planta desejada, a forrageira. Na medida em que o pastejo ocorre de forma insustentável (sem a ciclagem de nutrientes) fazendo com o pasto permaneça com baixa cobertura vegetal - o animal permanece pastejando a forrageira continuamente, deixando a totalmente sem as folhas - outras plantas surgem tornando-se competidoras no pasto, sendo assim, a luz permite o desenvolvimento de plantas indesejáveis. Neste caso, o manejo da altura da planta é importante, por abafar o desenvolvimento da planta indesejável.

O controle de outras espécie de plantas em nível de pasto se dá pelo manejo correto da estrutura da planta forrageira, sendo esse controle com melhor eficiência em lotação rotacionada e pelo uso correto da calagem referente à indicação da análise de solo e da saturação por base requerida pela forrageira.
piquetes de Mombaça para vacas de elite P.O. Belém/PA - 2007 oliver blanco
piquetes de Mombaça para vacas de elite P.O. Belém/PA - 2007 oliver blanco
O aumento das famosas "plantas daninhas" no pasto, diminui a disponibilidade de forragem e aumenta a procura pelo animal, no ato do pastejo, de capim com a quantidade e a qualidade protéica necessária ao seu dispêndio de energia, diminuindo assim, sua eficiência em pastejo e a conversão em ganho de peso ou produção em leite.

o texto foi escrito para o circular técnico da empresa Wolf Seeds em Ribeirão Preto, 2007.
Oliver H. Naves Blanco  

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Campanha Idec - Transgênicos












Caros amigos e amigas,

acabo de participar de uma campanha para impedir o fim da rotulagem de alimentos transgênicos. Essa é uma causa importante pois, caso os rótulos não vierem mais com o símbolo ?T?, não teremos como saber se os alimentos têm ou não ingredientes transgênicos em sua composição.

Eu não quero transgênicos na minha mesa. E você?

Se você também não quer, acesse agora o site do Idec e envie uma mensagem para os deputados que estão com a decisão sobre a rotulagem nas mãos!


Obrigado!




Democracia Rural - Joaquim Nabuco Essencial

Sem palavras...

Acampamento na beira da estrada no município de Itararé/SP

"O perído atual, porém, não é de conservação, é de reforma, tão extensa, tão larga e tão profunda que se possa chamar revolução; de uma reforma que tire esse povo do subterrâneo escuro da escravidão onde ele viveu sempre, e lhe faça ver a luz do século XIX. Sabeis que reforma é essa? É preciso dizê-lo com a maior franqueza: é uma lei de abolição que seja também uma lei agrária.

Não sei se todos me compreendeis e se avaliais até onde avanço neste momento levantando pela primeira vez a bandeira de uma lei agrária, a bandeira da constituição da democracia rural, esse sonho de um grande coração, como não o tem maior o abolicionismo, esse profético sonho de André Rebouças.

Pois bem, senhores, não há outra solução possível para o mal crônico e profundo do povo senão uma lei agrária que estabeleça a pequena propriedade, e que vos abra um futuro, a vós e vossos filhos, pela posse e pelo cultivo da terra. Essa congestão de famílias pobres, essa extensão de miséria - porque o povo de certos bairros desta capital não vive na pobreza, vive na miséria -, esses abismos de sofrimento não têm outro remédio senão a organização da propriedade da pequena lavoura. É preciso que os brasileiros possam ser proprietários de terra e que o Estado os ajude a sê-lo. Não há empregos públicos que bastem às necessidades de uma população inteira. É desmoralizar o operário acenar-lhe com uma existência de empregado público, porque é prometer-lhe o que não se lhe pode dar e desabituá-lo do trabalho que é a lei da vida.

O que pode salvar a nossa pobreza não é o emprego público, é o cultivo da terra, é a posse da terra que o Estado deve facilitar aos que quiserem adquiri-la, por meio de um imposto - o imposto territorial. É desse imposto que nós precisamos principalmente, e não de impostos de consumo que vos condenam à fome, que recaem sobre as necessidade da vida e sobre o lar doméstico da pobreza. [...] É tempo de cessar esse duplo escândulo de um país nas mãos de alguns proprietários que nem cultivam suas terras, nem consentem que outros as cultivem, que esterilizam e inutilizam a extensão e a fertilidade do nosso território; e de uma população inteira reduzida à falta de independência que vemos. Se eu não estivesse convecido de que uma lei agrária prudente e sábia podia criar um futuro aos brasileiros privados de trabalho, teria que aconselhar-lhes que emigrassem, porque a existência que levam não é digna de homens que se sentem válidos e querem dar a seus filhos uma educação que os torne independentes e lhes prepare uma condição melhor do que a da presente geração."

Discurso de Joaquim Nabuco em São José - Praça de São José de Riba-Mar, 5 de novembro de 1884.
Ocupação Itararé/SP

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A importância da Agricultura Familiar na alimentação escolar

O artigo é de Eduardo Sá, pela Carta Maior. De uma importância sem tamanha... O fortalecimento da Agricultura Familiar deve ser prioridade nas políticas públicas e ser reconhecida e respeitada pelos cidadãos brasileiros que se desligaram da terra.
Fonte da foto: portalhoje
Apesar de ter mais de 50 anos de existência, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) só teve seu marco legal [Lei 11.947] sancionado em 2009, graças à mobilização da sociedade civil, sobretudo por meio do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). A disputa travada no Senado não foi fácil, devido à força de setores privados das indústrias de alimentos, refeições coletivas e da bancada ruralista que tentaram, mais uma vez, monopolizar o mercado institucional da alimentação escolar.

Com a lei algumas conquistas foram atingidas, como o reconhecimento da alimentação como um direito humano e a obrigatoriedade de que no mínimo 30% dos recursos sejam destinados à compra de alimentos da agricultura familiar através de chamadas públicas de compra, com dispensa de licitação. O PNAE garante a alimentação escolar dos alunos da educação básica em escolas públicas e filantrópicas. Seu objetivo é atender as necessidades nutricionais dos alunos para contribuir na aprendizagem e rendimento, bem como promover hábitos alimentares saudáveis

Segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão responsável pelo programa, a união repassa a cada dia letivo aos estados e municípios R$ 0,30 a R$ 1,00 por aluno, de acordo com a etapa de ensino. O investimento é calculado com base no censo escolar do ano anterior ao atendimento. A sociedade acompanha e fiscaliza o programa por meio de conselhos, do tribunal de contas e do ministério público, dentre outras instituições. O orçamento de 2012 atingiu R$ 3,3 bilhões para beneficiar cerca de 45 milhões de estudantes, sendo que aproximadamente R$ 900 milhões devem ser direcionados para a compra diretamente da agricultura familiar. A liberação do orçamento de 2013 está previsto para meados de janeiro, com estimativa de cerca de R$ 3,5 bilhões, o que significa R$ 1 bilhão para a agricultura familiar.

O cardápio a ser oferecido às escolas e os procedimentos para aquisição pública de alimentos também foram alterados pela lei. A comida deve levar em consideração a produção local, a sazonalidade e conter alimentos variados, frescos e que respeitem a cultura e os hábitos alimentares saudáveis, como frutas três vezes por semana. Só podem comercializar com o PNAE os agricultores que possuem a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). Até julho deste ano, cada agricultor poderia comercializar até R$ 9 mil por ano para o programa, mas a partir da resolução nº 25, do FNDE, o limite passou para R$ 20 mil. A mudança é fruto de um acordo com as mulheres do campo durante a Marcha das Margaridas, segundo a Secretaria de Agricultura Familiar (SAF). As prefeituras e secretarias estaduais são obrigadas a publicar os editais de compras dos alimentos em jornais de circulação local ou na forma de mural em lugar público.

De acordo com o estudo realizado em 2010 pelo FNDE em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), no qual foram encaminhados para as secretarias municipais e estaduais de educação 5.565 formulários, com resposta de 3,136 (14 estados), as regiões sul e sudeste lideram o ranking de compra da agricultura familiar. No sul, mais de 50% dos municípios que responderam compram da agricultura familiar, enquanto no norte apenas 15%. Os gestores da educação apontam como desafio, por município: a falta de DAP das organizações (557), dificuldade de logística (1.094), falta de informação dos atores envolvidos (701), etc. As hortaliças, legumes e verduras, seguidas das frutas, lideram as compras, e as gorduras e óleos com os orgânicos e cereais são os menos comprados. Até o fechamento da matéria o FNDE não disponibilizou dados mais atualizados. 


 Fonte: Carta Maior


- Resultados do projeto PAIS fortalece o texto acima, veja aqui: Resultado do projeto PAIS - Fortaleza de Minas/MG

Projetos como o Mesa Cheia (moeda social) no município de Fortaleza de Minas, fortalece programas como o PAA e PNAE, educando cidadãos e conscientizando crianças sobre a importância da alimentação e a reciclagem do lixo.
 

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