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"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

¿BIOINSUMOS?


31 de agosto

Por Tiao

Há mediocridade por muitas partes. Muda-se o nome das coisas através de neologismos sem cuidados/responsabilidades. Há apropriação do que grupos faziam como estratégia de resistência/alternativa, e por tal, identificados como loucos, e depois subversivos. Agora, truncados em seus princípios e intenções, com finalidades corrompidas. Sempre, foi assim, com quase tudo e pelas mesmas más intenções. Na bola da vez estão os BIO INSUMOS.

A história é um bom começo. Nos idos da Revolução Francesa o médico François Quesnay criou o fisiocratismo, que em poucas palavras significa que toda riqueza emana da agricultura e natureza. Sem dúvida, isso mexeu com muitas cabeças, literalmente.

Muitos naturalistas europeus tomaram conhecimento que na Selva Amazônica, as margens do rio Marañon, depois Amazonas, a tribo dos Achuar, também conhecidos por Jíbaros cortavam a cabeça dos inimigos e as exibiam, como na guilhotina, embora os indígenas as preparassem como troféus e não como aquelas. Suas cabeças troféus eram reduzidas, mumificadas e mantinham seu aspecto, embora no tamanho de uma laranja com longos fios de cabelo. Era algo macabro, mas vendidos em várias lojas de souvenires da Rua Barão de Itapetininga próximo ä praça da República.

A dúvida não é cruel, mas assoma e permite a questão pertinente: Aquela cabeça comercializada é um produto fisiocrático? A inteligência reduzida impõe que a formulação seja feita de outra forma: - O exótico macabro no mercado, constrói, aliena, ou...?

O insumo moderno foi um instrumento industrial para viabilizar a capitalização acelerada da agricultura, não como riqueza, más como circulação de moedas. Agora a substituição do “moderno” pelo “Bio” está acorde com a nova matriz “sustentável” e biotecnológica da OMC ordenada pela mesma ideologia?

Contudo, na fisiocracia o camponês (agricultor familiar) religiosa e espiritualmente organizados não usam insumos, mas manejam o ciclo da Matéria Orgânica na Agricultura, pelo qual não há insumos, nem bio-insumos apenas sabedoria e patrimônio camponês desde os tempos do Crescente Fértil ou Chinampas e Terra Preta Indígena da Amazônia solos mais férteis elaborados pela inteligência humana. É com eles que trabalhamos para obter aqueles solos em cada bioma na América Latina e África.

A normatização induzida visa impedir cercear a evolução libertária do processo tecnológico ou capturá-lo para servir como preparatório barato dos bio-insumos das grandes e gigantescas empresas corporativas que começaram com manufatoras, indústria de alimentos, Complexo Industrial Militar de Eisenhower, e agora busca a hegemonia final, através de propaganda, publicidade e normas legais, ignorando o direito consuetudinário de populações indígenas. Seria redução não referenciar o marco que marca quando o indígena passou a ter um direito, quando a terra preta existe em todas as tribos e territórios desde muito antes. Eu a conheci em Anchieta ES há mais de cinquenta anos aqui e em Serra Leoa na África no ano 2000. A insurgência determina, que o Tribunal Internacional em Haia, nos Países Baixos é um bom remédio

Nunca, antes pensei que cabeças reduzidas pudessem ser mais que macabras, agora as percebo pornográficas. Lembrei a excursão ä Nova Guiné na busca de vírus para armas militares; a importação de crianças do povo Kuru, por Gaydusek, P. Nobel e a morte de M. Rockefeller, por aqueles nativos de hábitos canibais e a represália militar então feita.

Na semana da pátria, desejo a todos, com boas cabeças, uma excelente comemoração a cidadania merece amor, humildade e fraternidade. O professor Joan Martinez Alier é uma boa leitura. Para enfrentá-los é necessário ter feito anteontem o mesmo dia do calendário do próximo século e esperá-los.

 

 

 

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