21 de fevereiro
Por Sebastião Pinheiro
É uma grande honra para esse ancião
poder participar do dia do profissional da agricultura convidado por amigos e
amigas da UAM-Xochimilco. É rejuvenescedor aprender com os jovens de um país
onde o triângulo da Juventude (1) e o triângulo do biopoder camponês
(Território, Questão Agrária e Modelo de Agricultura) (2) se sobrepõem,
transmutando sabedoria e conhecimento.
Todos vocês já estudaram sobre a
não inexistência de agricultura na natureza, exceto pelos os cinco seres
ultrassociais da mão, e que ela existe tem 135 milhões de anos a partir das termitas
(cupins), formigas-cortadeiras, abelhas, rato topo pelados e humanos, mas
sempre como uma atividade feminina (3). Sim, a agricultura é um substantivo
feminino. Abro fazendo uma homenagem ao gênero, como ensina o Dr. Vandana
Shiva em seus livros (4).
O alfabeto da vida desde o Big
Bang, (5) pela expansão do Hidrogênio, o gerador da água, sua fusão cria He,
Li, Be, todos os 118 elementos. Elemento é o termo romano para alfabeto, uma
vez que seu alfabeto começava por LMN (elemento).
Imagens que me remetem aos 4
elementos, de Empédocles na Grécia. Ele dizia que para existir vida são
necessários 4 elementos (FOGO, ÁGUA, TERRA E AR). (6)
Pelo menos 5.000 anos antes
deles, os egípcios disseram que "Al chemi-a" era a Terra Preta
do Nilo, que criava tudo para a civilização, pelo que Heródoto disse que o
Egito é uma dádiva do Nilo. A al chemi a era a matéria orgânico natural e
não o ouro da pedra filosofal.
A Matéria Orgânica natural do
Bioma é diferente da matéria orgânica dos cupins, das formigas cortadeiras, das
abelhas e dos humanos. A chemi em Xochimilco não é natural, é Antropogênica
no fundo do lago e sobre as ilhas artificiais, no manejo mais antigo de vida
microbiana para o Apoio Mútuo de Kropotkin, Kozo Poliansky,
Lynn Margoulis e Prof. E. H. Xolocotzi (7). Ela também
existe na Amazônia onde chove 20 mil milímetros, e mantém o solo mais fértil
criado pela mão humana há 8 mil anos.
A presença feminina nas aulas de
agronomia, na agricultura e na vida permite a este velho compreender a
diferença entre a necessidade de alimentação e como, para obtê-la é preciso
suar o sal. Ao contrário de Justus von Liebig, que cria a Agricultura
Moderna na ânsia de suar o Ouro. Voltemos ao poeta Cassiodoro do
século V na Roma Imperial (8) e hoje, com Rockefeller, Bill Gates e Carlos Slim
para entender alimento, tecnologia, soberania alimentar e profissão com a sensibilidade.
As jovens, a maioria nos cursos
na América e no Mundo, se ilumina de Esperança, pela Saúde em nosso segundo
cérebro, para combater as consequências das pandemias ou pela quebra da
Harmonia no Clima do Planeta. Cabe dizer assim na comemoração do dia dos profissionais
pela vida pela necessidade da Gestão (manejo) no Ciclo da Matéria Orgânica Antropogênica
(M7), de Xochimilco, (9) de Vernadsky, Teilhard du Chardin
e Edouard LeRoy, na Noosfera feminina, pelo Antropógeno (10),
contra aqueles que suam o ouro de Cassiodorus pelo Antropoceno
militarista-caótico das grandes corporações (11): Nossa digestão depende dos
microrganismos saprófitos e do controle dos apicomplexos, mas eles estão sendo
destruídos para o benefício daqueles pelo herbicida Glyphosate®, um
remanescente vivo da ciência nazista, uma “arma fisiológica” derivada do DF
(posteriormente M-387, U.S. Army - Exército dos EE.UU. -, SARÍN e SOMAN de Kuhn
e Henkel) salificado com o primeiro aminoácido da evolução da vida, a glicina.
Porém, sua função herbicida foi descoberta apenas no início da década de 1970 e
atua de forma sui generis, bloqueando enzimas da via metabólica do ácido shikimico
de sete etapas para a síntese dos aminoácidos aromáticos, essenciais nessa
evolução.
Em 1973, a Moratória Asilomar
sobre as pesquisas oficiais de DNA recombinante foram impedidas em território
civil dos Estados Unidos e a empresa paramilitar Monsanto (Arquivos Monsanto da
Fundação Juquira Candiru, 1998) transferiu suas pesquisas para a Bélgica, onde
uma Arqueas (Archaebacterias) metanogênica com metabolismo da síntese de aminoácidos
aromáticos anterior à via do ácido shikímico tinha um gene isolado que não
usava a via da EPSPS e produzia essa síntese na presença do herbicida inibidor
Glifosato.
Em outras palavras, uma evolução
de um bilhão de anos foi aproveitada e reunificou algo tão distante na evolução
da vida, por uma patente industrial. Este gene arcaico foi introduzido nas
pesquisas genéticas e no melhoramento dos cultivos de interesse de grandes
corporações (soja, milho, algodão, arroz, etc.).
O poder empresarial impôs urbi et
Orbi impôs que as normas sanitárias fossem alteradas para atender aos
interesses das agro corporações, sem nenhum estudo, aumentando 100 vezes, sem
levar em consideração a toxicologia do surfactante POEA, banido desde 2015 na
União Europeia.
Hoje no leite materno e na urina
das crianças escolares há resíduos de glifosato, o veneno que não podia ser utilizado
na agricultura, já que não havia plantação que pudesse resistir, da noite para
o dia tinham de conviver com algo que resistia a grandes quantidades dele, sem
ter sido suficientemente estudado.
Os resíduos de Glifosato nos
alimentos e no solo eliminam todos os microrganismos do bioma humano e do solo,
o que impede a síntese de aminoácidos aromáticos, formação de sideróforos, Vitaminas
do complexo B, folatos, ubiquinona e vitamina K pela inibição a via do
shiquimato presente em bactérias, fungos, algas, plantas e saprófitas. Deficiências
que enfraquecem os humanos e promovem as pandemias.
No Microbioma Humano, nosso
segundo cérebro, há um população em cada indivíduo de 4 a 6 elevado a potência
40, quase a totalidade deles executam a via metabólica do ácido shikimico
bloqueada pelos resíduos de Glyphosate e assim ameaçam a vida na Terra.
Graças a vocês temos esperanças,
muitas esperanças, como aquelas que há pouco mais de um século conquistaram a
terra e o direito à dignidade como um farol ultrassocial para a humanidade, o
mural pintado por Diego de Rivera (12), O humano no controle do Universo é um
presságio no sucesso das sondas em Marte.
Emergem o valor da chemi no Nilo e no
lago Xochimilco para os que transpiram o Sal, porque o futuro aqui ou em Marte
depende dos mesmos microorganismos que criaram os alimentos, nossa atmosfera e
também pela nossa própria evolução.
Os livros dizem que “a matéria
tem três estados (sólido, líquido e gasoso) de ordenar suas partículas. O
plasma é o seu quarto estado, semelhante ao gás, no qual uma determinada parte
das partículas está ionizada. A premissa básica é que o aquecimento de um gás
provoca a dissociação de suas ligações moleculares, transformando-o em seus
átomos constituintes. Além disso, esse aquecimento adicional pode levar à
ionização (ganho ou perda de elétrons) dessas moléculas e dos átomos do gás,
transformando-o em plasma contendo partículas carregadas (elétrons e íons
positivos)”.
A presença de um número nada considerável
de portadores de carga torna o plasma condutor de eletricidade, de modo que
responda fortemente aos campos eletromagnéticos. O plasma, portanto, tem
propriedades bastante diferentes daquelas dos sólidos, líquidos e gases e é
considerado um estado distinto da matéria. Como o gás, o plasma não tem forma
ou volume definidos, a menos que esteja contido em um recipiente; no entanto,
ao contrário do gás, sob a influência de um campo magnético pode formar
estruturas como filamentos, raios e camadas duplas.
“Alguns plasmas comuns são
estrelas e placas de neon. No universo, o plasma é o estado mais comum da
matéria ordinária, a maior parte do qual se encontra no plasma intergaláctico
rarefeito e nas estrelas”. Não vimos uma palavra sobre a vida e isso não é
fortuito, mas causalidade das derivadas da dissecação do corpo para encontrar
funções, que levam ao máximo: A soma das partes é sempre menor do que o
todo.
Para não saturar o espaço com
toda a história que o plasma traz consigo, o colocamos no final. Sendo a
“interface Solo”, espaço-tempo, onde energias físicas e químicas se transformam
em um complexo campo eletromagnético através de microrganismos e plasma que
fazem as espécies evoluírem, buscamos o neologismo BIOPLASMA.
O mais próximo encontrado foi a
Bioenergia, que no entanto nos remete ao campo esotérico. [“Os termos
bioenergia, energia vital ou simplesmente energia foram usados por muitas
culturas e doutrinas ao longo da história humana, com definições que muitas
vezes são complexas e extremamente abstratas. Alguns definiriam a bioenergia,
por exemplo, como a energia ou vínculo permanente que une o corpo e a mente (ou
espírito). Também pode ser considerado uma forma de vitalismo. Outros o
definiriam como a força cósmica que descreve a união de todas as coisas no
universo. Outros ainda o considerariam qualquer forma de energia que foi
transformada ou metabolizada por seres vivos, ou simplesmente energia não
imanente. Várias práticas esotéricas, medicina alternativa, espiritualismo e
pseudociência referem-se à bioenergia. Uma ampla lista de sinônimos para
bioenergia pode ser citada: acasa, axé, bioplasma (VS Grischenko), chi ou qi,
energia astral, energia biopsíquica, energia vital, entropia negativa
(Schroedinger), fluido magnético ou fluido psíquico magnetismo animal (Mesmer),
fluido psíquico, fluido vital (Kardec), força etérica (Radiestesia), força
vital (Hahnemann), libido (Freud), luz astral (Blavatsky), od (Reichenbach),
orgone (Reich), prana, sincronicidade (Jung)”].
Isto é triste para quem se
orgulha de ter sido obrigado a ler o livro “A energia Vegetal de Paul-Émile
Pilet, 1956, traduzido pelo EUDEBA, em 1963.
Porém, 158 anos após aceitar os
princípios de J. von Liebig do solo inerte que sustenta as raízes, a mesma
indústria da Sociedade Moderna cria o neologismo de “Saúde do Solo”,
como o novo negócio, embora sem análise de personalidade (Freud, Lacan),
comportamento (Reichenbach, Reich, Jung), que levou à doença e degradação; nem
aos valores espirituais de Grischenko, Scrödinger, Mesmer, Blavatsky, Kardec. Isso
porque mantém o mesmo reducionismo de seus derivados na busca pelo ouro, com as
inegáveis consequências planetárias para seus escudeiros e profetas contra as
Mudanças Climáticas.
Será este o empoderamento da
“Agricultura
Regenerativa” dos Agronecrócios (Bill Gates, Rockefeller e Carlos
Slim e outros) ocupando territórios mecanizáveis em geno-ecocídio sobre áreas
naturais, populações tradicionais e suas culturas, executadas por governos títeres
(fantoches) e servis?
A agroecologia camponesa-indígena
é uma cosmologia das profundezas e ilhas do Lago Xochimilco ou das terras pretas
da Amazônia. É a esperança de restaurar a harmonia do clima do planeta na luta
contra aqueles que acreditam que suam ouro, como disse Francisco em Laudato
Sii, que suam sal como qualquer trabalhador.
FELIZ DIA DA AGRÔNOMA E DO AGRÔNOMO,
A TODOS OS CAMPONESES NO MÉXICO
***
...enquanto isso o mesmo destino da ilha de Rapa Nui ronda nosso continente...