26 de novembro e 2018
por Jabuti
Os apelidos carregam idiossincrasias e personalidades e são sempre,
inicialmente irritantes, mas com o tempo se convertem em super identidade, seja
no convívio da família, no trabalho, ou no social corporativo, muitas vezes são
mais importantes que as próprias pessoas gentis, principalmente entre os atletas,
os artistas, os prisioneiros e os políticos, logo é um poder insólito em
múltiplos sentidos e significados. Por exemplo: "Dirty legs" (Pernas
sujas) é a identidade do soldado de infantaria ao mesmo tempo que "Dirty Ash"
(Bunda suja/Culo sucio) é a resposta do mesmo aos paraquedistas. Sim, eu os
estudo e muito...
O
jornal conservador "O Estado de São Paulo" (apelidado de “Estadão”) realizou
seu Fórum ‘Agronegócios Sustentável’ (versão digital)* buscando melhorar a imagem dos "Defensivos
Agrícolas", nome fantasia pelo qual corruptos apelidam os agrotóxicos (Lei 7802 / 1989), único no mundo e criado pela ditadura
militar em 1964 por Jalmirez G. Gomez,
técnico do Ministério de Agricultura. O pior é que outros bonecos ventríloquo
das corporações financeiras e da indústria de alimentos, dos quais os venenos
fazem parte, insistem em expor os camponeses sem saber ensinar sua seguridade, pois
caem as vendas e os lucros. Incompetentes, buscam estabelecer o nome de
"pesticidas", um anglicismo para o controle sanitário de epidemias
como a "peste negra"; já os gafanhotos de Moisés eram
"pragas", é o poder da semântica.
Esse Fórum é um apelido do disfarce marketing (marqueteiro) do meio de
comunicação que ganha dinheiro desinformando a cidadania ao exaltar
"mercenários", o que garante a obtenção ou manutenção de “trottoir” (travestis)
tecnológicos travestidos em pseudo saber e estudos no modelo de agricultura
criado pela Junta Geral de Educação do Grupo Rockefeller (General Education
Board del Grupo Rockefeller), proibido desde 1914 nos EEUU pela Lei Smith-Lever.
O congresso dos EEUU soube impedir que a informação não transmutasse em pseudoconhecimento, destruidora da sabedoria. No Brasil vemos na mídia essa
desinformação que destrói conhecimento e sabedoria, além de intoxicar e matar, o
que, no caso é também rentável para as mesmas empresas, pois não há um poder
preocupado com a cidadania.
O
Brasil era pródigo antes da criação da Lei Nacional dos Agrotóxicos e ainda é,
pois ela ainda não foi aplicada, já que não há poder nacional, nem corpo de
fiscais e o governo federal impõem aos governos estaduais para fazê-lo, mas
eles, também despudorados estão subordinados às corporações em dependência pelo
preço dos remédios e vacinas. No entanto, a lei já foi alterada três vezes pelo
poder mercantil e os "ventos próximos" do "Bunda Suja" eleito,
as coisas continuarão a exacerbar-se, pois agora há uma musa dos agrotóxicos
para inspirar atrevidos. Ela deveria colocar nos alimentos, o mesmo que o
Ministério da Saúde colocou nas carteiras de cigarro [ESTE PRODUTO CAUSA CÂNCER.
PARE DE COME-LO, DISQUE 13X, MINISTÉRIO DA AGRICULTURA].
No
passado, no governo autoritário do milico Geisel, foi publicado no
"Catálogo Oficial dos Defensivos Agrícolas" que a Empresa Shell havia
cancelado o registro de todos os seus produtos organoclorados no país. Mas as
autoridades do Ministério da Agricultura foram obrigados a voltar atrás por não
terem poder à pressão de todas as outras empresas que desejavam vender aqueles
produtos e dependiam da Shell, fabricantes dos mesmos produtos e fornecedora para
todos.
Não
vi no renomado jornal nenhum matéria sobre a epidemia de autismo humano ou
disbiose animal (porcos e aves) nos EEUU, nem mesmo sobre o conhecidíssimo Open Biome Bank, com toda a destruição do sistema imunológico do cacau, cítricos,
café; pastagem é pública e notória, comprovada desde 1995 por James Rahe, da
Universidade Simon Fraser, em Vancouver e outros mil mais. Eis que isso é bom
para as corporações que detentoras de seus direitos, uma vez que o herbicida Glyphosate
responsável pelo aumenta das vendas de fungicidas, inseticidas e outros devido
ao aumento de pragas e também de pestes.
Não
somos incompetentes, mas entre nós há servis togados e fardados que têm poder e
insensibilidade, pela carência de algo semelhante à centenária ReformaUniversitária de Córdoba (1640) ou uma Revolução Agrária como a mexicana e a
chinesa, para que todos possam perceber a realidade, ou a indecência do que
eles manipulam e induzem nomes e conceitos.
No
livro "A Agricultura Ecológica e a Máfia dos Agrotóxicos no Brasil"
de 1991, que já esgotou mais de dez edições e dez mil exemplares distribuídos
gratuitamente, tentou-se corrigir isso, mas nada mudou no ensino de escolas
técnicas e de cursos superiores de agronomia e correlatos. A grande maioria dos professores conhecem sobre agrotóxicos o que a
indústria permite. Ignoram o que foi o Informe Weybridge, uma pequena
cidade que no ano em que fizemos a Lei Nacional de Agrotóxicos reuniu um seleto
grupo de cientistas criando os termos Endocrine Disruption (Disruptores Endócrinos)
e Obesogen (Obesógeno). Estudem seus significados. Entre nós está registrado em
"Ladrões de Natureza", em particular no capítulo "Collor é um
agrotóxico".
Depois
veio a OMC para relaxar todos os registros, leis e muito dinheiro correu para que
as legislação permanecessem inoperantes. O custo da pesquisa em Disruptores com
um único produto necessitariam de mais de 34 mil ratos (cobaias). Em Paulínia,
Estado de São Paulo, três décadas depois, os empregados sobreviventes da
empresa Shell foram à justiça por seus graves problemas de disrupção endócrina
e saúde, mas o processo se arrastou por mais de uma década e não inclui no
processo.
Libelos de cidadania atualizados:
-
A quantidade de Glyphosate utilizada no mundo e suas sequelas não impõe o
estudo sobre Disruptores Endócrinos e Obesógenos?
-
Os efeitos dos Disruptores Endócrinos em neonicotinóides sintéticos não
são os
causadores do desaparecimento das abelhas? Eles são 400 vezes mais tóxicos do
que os venenos criados nos anos 70 (Carbaryl, Sevin, que era formulado em
melaço). Como cerca de 40 anos depois, esse veneno tóxico é lançado tão tóxico?
Assim sendo, ampliou meu libelo com o termo de que isso é eugenia. Vocês recordam
que já estamos abordando aqui com a questão da Eugenia (foto Minamata).
Minamata |
Me
espantou quando o governo atendeu o interesse das corporações e passou a
publicar dados de meia dúzia de análises de resíduos em alimentos e chegou até
mesmo a indecentemente, recomendar o não consumo de certas hortaliças e
leguminosas como se fosse um consultor nutricional e não o supremo responsável
pela saúde humana e ambiental e proteção dos agricultores (campesinos). Sim,
isso provoca risadas, mas o importante era acelerar o aumento de
preços dos produtos orgânicos para aumentar a venda de serviços de certificação.
O
poder no governo Lula / Zé Gomes nomeou Roberto Rodrigues ministro da
Agricultura e trouxe o presidente executivo do Lobby das Corporações de Venenos
Agrícolas como gestor da Câmara Técnica de Agrotóxicos daquele Ministério. Na
ditadura civil-militar era pior um general fosse o presidente administrativo do
lobby e muitos ministros idem. Um grupo de militantes do governo sem poder
passou a gastar dinheiro público enviando listas eletrônicas de ações
cosméticas sobre agrotóxicos sem qualquer conteúdo. Assim o país que
não tem metade da agricultura dos EEUU passou a ser o primeiro consumidor
mundial de agrotóxicos e ninguém comentou, apenas os 'expiatores' dos pecados,
muito indignados com a resistência apartidária.
O
resto está no plano dos serviços prestados descaradamente como dizem alguns estudantes em sala de aula para
conseguir férias subsidiadas nos rincões recessivos ou aumentar os valores das mesadas
ou valores autorizado nos cartões corporativos.
Retorno
a casa triste depois de 70 dias em 5 países, onde participei de 3 congressos, realizei
13 cursos de 4 dias cada sobre Saúde do Solo, Cromatografia e Bombeiros
Agroecológicos e 18 Conferências para agricultores, estudantes e técnicos, acionando
mais de cinco mil pessoas com o sentido de dever cumprido. É muito bom ficar
longe da putrefação social que manipula informações, conhecimentos e sabedorias
(foto de Itaí-itaí provocada por Cádmio).
Os
19 mortos e centenas de refugiados do premeditado em Mariana, no estado de
Minas Gerais com o puxar de Ferro já foram esquecidos e ninguém falou da
quantidade de Rádio e Tório radioativos liberados no rio e no oceano, pois não
podem, igual nos agrotóxicos, pois os que creem em saber tem um preço; o incêndio
do Museu Nacional também foi esquecido; na Amazônia, onde ninguém sabe de que
se compõe a Bauxita do Rio Norte (Trombetas), escutei os gritos de muitos
camponeses por suas terras contaminadas e também puxando substâncias de alto
risco para eles, para o rio, oceano e gerações futuras.
Não,
não se enganem, o premeditado não pode ser considerado um acidente e seu
parâmetro comum é que os saberes tem um preço, mas não tem valor para o
cidadão.
Retorno
para casa triste, vazio, mas mantendo o valor da energia de outrora. Fora dela,
por toda parte, percebo a continuidade da eugenia fascista e cretina, que
cobra para que ninguém saiba o que aconteceu em Weybridge (naquela cidade em
que nasceu o "mito" de Shakespeare - nascido em Stratford upon Avon. –
Será que existiu?)
Terei
tempo de 72 horas para começar a publicar minhas perguntas sobre o assunto, atendendo
o solicitado por eles. Quem está na luta que segue e segue não pode selecionar
batalhas, pois Zapata vive e vive.
Compartilhem para o bem do futuro de nossas crianças!!!!
*