"

"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Dengue tem cura


"Resta ver se os médicos, que pretendem agir honestamente para com a sua consciência e o seu semelhante, vão apegar-se à teia perniciosa de conjecturas e caprichos ou abrirão os olhos à verdade salutar. (...) O médico que nesse espírito inicia seu trabalho assimila-se diretamente ao Divino Criador, cuja criatura humana ajuda a preservar e cuja aprovação o torna três vezes bendito".

'DENGUE TEM CURA'
Dr. Radjalma Cabral de Lima.
Tenho acompanhado no noticiário a situação em que se encontra minha terra natal - Rio de Janeiro - devido a uma epidemia de dengue e estou oferecendo minha contribuição: Quando estava morando em Maceió, Alagoas, estive sendo monitor da ANEDE, na unidade Princesa Mariana.
Naquela época, trabalhei em plantões nos finais de semana em um hospital da Cooperativa Pindorama, bem próximo da cidade de Penedo, ribeirinha ao São Francisco, quase em sua foz.
Encontrei uma epidemia de dengue numa comunidade rural, onde a medicação não era suficiente, solicitei ao motorista da ambulância que me levasse até uma casa onde havíamos visto uma bonita plantação de cravos amarelos, colhemos uma boa quantidade de folhas levamos até o hospital de Pindorama, solicitei que a cozinheira preparasse um litro de chá e comecei a consultar.
Todos os casos em que havia dor muscular ou articular generalizada com febre, independentemente do diagnóstico, orientei a enfermagem (perplexa), que ministrasse goles do chá ainda morno, ao mesmo tempo em que solicitei que a cozinheira continuasse preparando mais chá, conforme a necessidade.
Diante da curiosidade de todos , ainda mais perplexos ao perceber que após as duas primeiras horas de atendimento as pessoas já não estavam mais com queixas, ao final da maratona reuni a equipe, agradeci a colaboração e informei que sou membro de uma instituição beneficente, onde existe uma entidade de preservação ecológica e que este serviço que faço com as ervas é em nome desta Associação Novo Encanto.
Ao final de três semanas não havia mais uma epidemia de dengue e sim uma epidemia de cravo nos jardins. Situação semelhante aconteceu no ano em que trabalhei em Rio Branco - Acre, trabalhando também com medicina comunitária, onde quando responsável pela população do bairro Mauri Sérgio (900 famílias), nossa equipe dominou a epidemia de dengue em menos de um mês.
Transferido ao bairro Vitória, com a nova equipe em parceria com a Pastoral da Criança, nossa equipe conseguiu também dominar a epidemia em curto espaço de tempo.
Já comuniquei a diversas autoridades a respeito, a imprensa tem feito reportagem mostrando um caso da doença em nossa área de abrangência; não sei o que se passa na cabeça das autoridades que resistem em implementar o método, onde não há despesas, é ecologicamente correto e ainda contribui na melhora do nível de saúde e cultura do povo.
Continuo informando que é um trabalho beneficente da ANEDE.
Obs.:
O cravo amarelo apresenta tons variados chegando ao dourado; suas folhas são compostas, com cheiro inconfundível, muito utilizado para afugentar moscas em velórios, que lhe valeu o apelido de Cravo de Defunto. Não encontrei nenhum caso de intoxicação, recomendo 10 folhas compostas em um litro de água nos casos mais simples e 10 folhas em meio litro de água nos casos graves. Melhores resultados são obtidos com o chá morno tomado aos goles seguidamente até o desaparecimento dos sintomas, o que não tem ultrapassado 2 horas. Chá fervido.
No momento, a Secretaria Estadual de Saúde me designou a trabalhar também em plantões no Hospital de Pronto Socorro desta capital, onde continuo prescrevendo nos casos suspeitos e confirmados, além da medicação convencional, também o mesmo chá.
Saúde a todos, fraternalmente,
Dr Radjalma Cabral de Lima,
CRM AC 626.




segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Água de Vidro

"Na agriCultura orgânica se regenera energia e aprisiona carbono, enquanto que na agricultura química (complexo-agro-militar-industrial) libera carbono e gasta energia".  
_Prosa técnica 15_

Antes de iniciarmos, lembramos que nossa intenção não é passar conhecimento e poder - algo de egoísmo industrial - $$. Já disse o professor Freire que, "ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua produção ou a sua construção", e também o maestro Pinheiro, que seu "interesse é disseminar informação e não transferir poder". Portanto, fiquem atentos/as técnicos/as de campo e inicie pelo vídeo aqui _água de vidro_. "Em agroecologia não trabalhamos com o indivíduo e sim em comunidade"

Uma prosa sobre o elemento Silício: "É um elemento químico que jamais se encontra em estado livre na natureza; depois do oxigênio é o elemento de maior abundância sobre a terra e sempre os encontramos vinculados: SiO2. Por esse motivo não é de se estranhar que aproximadamente 30% de toda nossa camada terrestre está constituída por esse elemento e, a uma profundidade de mais ou menos de 16 quilômetro cerca de 65% corresponde a sua principal combinação com o oxigênio, os quais os químicos denominam de sílica; não é de se abismar, portanto, que suas numerosas combinações sejam a base da natureza inorgânica e junto com os metais formam a base dos magmas fundidos nas zonas profundas da crosta terrestre.

A disponibilidade deste elemento para as plantas depende quase diretamente da ação dos ácidos e enzimas, produtos gerados principalmente pela atividade dos microrganismos e da matéria orgânica sobre as partículas de rochas e argilas presente na terra.

_Silício é o principal responsável para evitar a osteoporose

Na natureza existem uma grande variedades de compostos a base de silício, os quais são conhecidos como silicatos e alguns podem ser preparados artificialmente. Na forma de sais de vários ácidos silícicos temos: ácido meta-silícico, ácido ortosilícico e ácidos polisilícicos, entre outros.

Na maioria dos casos os ácidos silícicos não podem ser isolados em estado puro e podem ser obtidos a partir de seus sais puros. Os únicos silicatos solúveis são os álcalis, os quais também são conhecidos como 'água de vidro', cuja a solução aquosa são extremamente alcalinas com pH acima de 12. Acaba por ser tampão.

'Água de vidro' é silicato de potássio. Pelas funções imunológicas e mecânicas que possui, é um excelente protetor para as plantas, principalmente contra o desenvolvimento de doenças fungosas e bacterianas. Enrijece, endurece as plantas e aumenta a epiderme contra fungos, bactérias e pragas das folhas. Faz a planta resistir a geadas e também a secas, pois diminui a evapotranspiração.
  
É conhecida desde do século VII na Ásia e Europa para o tratamento de doenças na agricultura e desmineralização de pessoas. No Japão é obrigado o seu uso na produção de arroz para poder aplicar 600 kg de nitrogênio/ha. 

Para o uso nos cultivos podem ser preparados em qualquer roça, propriedade rural, chácaras, jardins, ranchos, a partir de uma reação química da cinza de madeira em combinação com hidróxido de potássio (sosa potásica ou potassa cáustica)  e pó (poeira) de cimento.

2KOH + cinza + K2CO3 -- K2SiO3

Para este caso, as melhores cinza são as que se obtém a partir da queima da casa de arroz, a qual é capaz de produzir diretamente 'água de vidro' sem a necessidade da utilização de potassa cáustica ou pó de cimento.

Quando não existe a possibilidade de conseguir a casa de arroz, podemos mesclar 10 quilos de cinzas de lenha, 2 quilos de potassa cáustica e 2 quilos de cimento, deixando queimar a mistura em uma fogueira ou forno durante um tempo de 2 a 5 horas. Quando se tem a possibilidade de se obter ossos frescos podemos fazer a combustão com a mistura dos mesmos. Ao finalizar o processo de combustão das cinzas com os ossos agregamos água bem quente a uma porção das cinzas, e assim, obtemos 'água de vidro potássica' para se empregada diretamente por via foliar na proteção dos cultivos, em proporções de 2 a 4%.

'Os Fosfonatos, incluindo o Fosetyl-Al, formulado como Aliette WP e os Fosfitos de Portássio segundo se observou ativam mecanismos de defesa que fazem retroceder doenças ou ataque de insetos. Sua ação é a criação de uma "muralha" circundando o patógeno matando as células interiores circunvizinhas, como uma linha corta fogo em um incêndio na floresta, que impede a propagação do incêndio. Isto é observado geralmente como amarelecimento em torno de uma área doente, com manchas negras. (foto) Isto estimula na planta uma resposta imune, liberando vários compostos químicos que aumentam a resistência da planta à infecção ou ataque em outros locais. Estas respostas são chamadas a resistência adquirida sistêmica (SAR) e resistência induzida (IR). É também bem sabido que o Potássio fornecerá um determinado nível de proteção à doença'. 


Prática aplicada no sítio Solar Blanco, São Pedro:

 Ingredientes:

- cinza de fogão
- cal apagada (cal hidratada)
- balde para mistura
- recipiente maior para a solubilização.

Se faz com 4 partes em peso de cinza de fogão e 1 parte de cal apagada. Misturar a seco até ficar bem homogênea. Logo, aplique 10 partes de água muito quente. Isso vai solubilizar a cinza rapidamente. Deixe esfriar e em seguida, adicione mais 90 partes de água fria. Vai ficar translúcido. Pronto! Já tens Água de Vidro.

Cal apagada + cinza
Pode ser aplicado em qualquer cultivo, mas 250 ml para cada 20 litros de água no pulverizador. Em maiores porções poderá queimar as plantas. As verduras ficam mais crocantes. Se aplicar muito ficam quebradiças.

Atente-se: não armazenar a água de vidro em garrafas de plástico (PET) pois o líquido dissolve e vaza, melhor é armazenar em um recipiente de vidro.

Si si Hay taí!! 
Muchas gracias.
Saluda cordialmente,
Oliver Blanco - agrônomo 
 Contatos para curso e consultorias,
emporioagricola@gmail.com (18) 9.9693-6466

Bibliografia consultada:

- Livro: Manual práctico El ABC de la agricultura orgánica - fosfitos y panes de piedra. Jairo Restrepo Rivera e Julius Hensel, página 289 - 291. ISBN: 978-958-44-1261-4 email. jairoagroeco@gmail.com
- Prosas com o maestro Sebastião Pinheiro... 
- Livro: Saúde no Solo (Biopoder Camponês) versus Agronegócio (Efeito Estufa, Agrotóxicos, Violência, Mudança Climática, Commoditys, Erosão, Êxodo, Fome, Seca, Transgênicos), Sebastião Pinheiro, página 74. 

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Radicais Livres

por Sebastião Pinheiro
Eng. Agronômo e Florestal, escritor, analista científico
Juquira Candiru

'…Quanto mais palpável é uma verdade, mais tempo requer para conquistar o lugar a que tem direito. Os obstáculos, que se colocam em seu caminho, se devem a que essa verdade desencadeia ao seu redor um verdadeiro ódio. Pois, ela anuncia uma revolução, uma perturbação dos interesses existentes e dos lugares conquistados.'
- Samuel Hahnemann
 
A primeira pessoa que ouvi abordar o tema dos radicais livres foi o médico homeopata fluminense Radjalma Cabral Lima. Eu estava dando um curso no Assentamento na antiga Fazenda Normandia próximo a Carauru/PE . Ele apareceu e foi convidado a dar uma oficina sobre saúde. Ensinou como os indígenas consertam seus corações e problemas comuns a todos ao compassar a batida dos pés (de todos) no chão, meditação dinâmica extremamente profunda que deixa as meditações personalistas ou individualistas no chinelo. Isso foi no final do Século XX. Ali também conheci o famoso biólogo “Lula do Mel”, que conhece abelhas como poucos no país. Os alunos eram engenheiros agrônomos recém-contratados pelo antigo MIRAD/INCRA para atuar nos assentamentos. A quase totalidade inexperiente trazia o vício messianista da elite local, periodicamente expelidos em minoria revoltada de muitas universidades vítimas da reciclagem do modelo. Tornam-se, posteriormente, expoentes na política local, e não raros com projeção na política nacional. Mantendo o status quo confundindo revolta individual e rebeldia comunitária com oportunidade de ascenção social e futuro. Eles ficaram bem contrariados e os mais ousados externaram seu descontentamento. 
 

Já se vão duas décadas e quanto mais envelheço mais presente tenho os Brasis que muitos desconhecem. Os jornais alardeiam dois pataxós que se formaram médicos na UFMG; Ano passado foi uma Kaigang no RS. No Mato Grosso (do Norte), foto, um grupo de brasileiros se formou em Pedagogia. Imagino as reflexões dos amigos Dra. em filosofia Cristine Takuá, Prof. Maximino Rodrigues, e muitos que estavam no Seminário Internacional de Educação para o Campo em Uberlândia organizado pelo Dr. Prof. Antonio Claudio. Relembro o já exposto que, anos antes uma jovem indígena havia se formado em Direito e o pró-reitor. Estava muito exultante para trazê-la para uma palestra. Foi parado em seu consumismo exótico ao ser perguntado: Desde quando no Brasil há Faculdades de Direito Indígenas. Sim, é uma pergunta muito boa, quando teremos Universidades Indígenas para nos formarmos. Não se ofendam, o mundo está sinalizando e a eleição de Trump é diagnóstico definitivo que é preciso aprender éticascivilizatórias nativas e o mesmo vale para outras populações tradicionais, pois os adventícios estão deixando muito a desejar e a crise alastrasse tornar-se epidêmica, em um mundo confuso e mais perigoso que os radicais livres, que enunciava o Dr. Radjalma.

Agora termino de reler um artigo dos tchecos sobre os radicais livres, metalothioneinas uso de agrotóxicos e riscos de câncer. Com o atual sistema ético na educação e manejo da tecnologia nos sistemas vivos, vamos necessitar, e muito, dos ensinamentos civilizatórios indígenas ou teremos, como disse a ministra presidente do STF: Guerra e não paz...

Traduzo parte do artigo dos tchecos: -“Os radicais livres, metalothioneinas são partículas químicas contendo um ou mais elétrons não emparelhados, que podem ser parte da molécula. Eles fazem com que a molécula se torne altamente reativo. Os radicais livres (a) podem ser gerados durante a irradiação UV, raios X ou gama, (b) são produtos de reações catalisadas por metais, (c) estão presentes no ar como poluentes, (d) são produzidos por neutrófilos e Macrófagos durante a inflamação e (e) são subprodutos da cadeia respiratória mitocondrial. Radicais livres são conhecidos por desempenhar um papel duplo em sistemas biológicos, porque eles podem ser considerados benéficos ou deletérios. Os efeitos benéficos dos radicais livres estão na resposta imune à infecção e que eles são uma parte de muitos sistemas de sinalização celular. Em contraste, em altas concentrações de radicais livres, eles podem ser importantes mediadores de danos às estruturas celulares, incluindo lipídios e membranas, proteínas e ácidos nucleicos, quando ocorre estresse oxidativo.

Os efeitos nocivos dos radicais livres são equilibrados pela ação antioxidante de enzimas antioxidantes e antioxidantes não-enzimáticos [5]. Apesar da presença do sistema de defesa antioxidante, que protege as células dos danos oxidativos originados pelos radicais livres, os danos oxidativos acumulam-se durante o ciclo de vida e, com os radicais relacionados com danos de DNA, proteínas e lipídios, desempenha um papel chave no desenvolvimento de doenças, como câncer, aterosclerose, artrite e doenças neurodegenerativas . Os radicais livres mais importantes em organismos aeróbios são espécies reativas ao oxigênio (ROS) e espécies reativas ao nitrogênio (RNS). Uma síntese das espécies reativas mais importantes do oxigênio e do Nitrogênio está resumido em (Tabela 1) foto. Nesta revisão, nossa atenção está voltada para as relações mútuas de metalotioneína e íons de zinco (II).


As metalotioneínas (MTs) pertencem ao grupo de proteínas intracelulares ricas em cisteína, ligadas a metais que foram encontradas em bactérias, plantas, invertebrados e vertebrados. Estas proteínas foram descobertas em 1957 como proteínas de ligação ao cádmio isoladas de rim de cavalo. Desde a sua descoberta, estas proteínas ricas em cisteína de baixo peso molecular têm sido continuamente estudadas em todas incluindo propriedades físicas, químicas e bioquímicas. Mamíferos MTs pode conter 61-68 aminoácidos, e entre eles 20 são cisteínas. Estas proteínas únicas estão envolvidas em diversas funções intracelulares [18], mas seu papel na desintoxicação de metais pesados e na manutenção da homeostase essencial de íons metálicos, que é devido à sua alta afinidade por esses metais, é principalmente investigados. Para os mamíferos, MTs ligam o zinco, mas com excesso de cobre ou cádmio, o zinco pode ser facilmente substituído por esses metais. Células que contêm quantidades excessivas de MTs são resistentes à toxicidade de cádmio, enquanto linhas celulares que não podem sintetizar MTs são sensíveis ao cádmio. Estudos genéticos
usando modelos de camundongos transgênicos ou knockout são mais evidências do papel das MTs na proteção contra toxicidade de cádmio. Com base em modelos estruturais, pode-se supor que a molécula MT é composta por dois domínios de ligação, α e β, que são compostos por clusters de cisteína. A ligação covalente de átomos metálicos envolve resíduos de sulfídrico cisteína (Foto). A parte N-terminal do peptídeo é designada por domínio β e tem três locais de ligação para íons bivalentes, e a parte C-terminal (o domínio α) tem a capacidade de ligar quatro íons metálicos bivalentes.

O Dr. Prof. Volney Garrafa, em 1999 em Brasília, no Seminário sobre os Transgênicos no STJ mereceu o questionamento: “Quando o conhecimento na Biologia Molecular está subordinado ao mercantilismo imperial na Sociedade Industrial Moderna, qual é o poder da Bioética moderna (adventícia) para alterar esses rumos? 

Desde 1919 oficial e legalmente são conhecidos os danos dos agrotóxicos na saúde e natureza, mas eles continuam em ascenção…

Estes formandos tem uma tarefa gigantesca engrossar as fileiras para a retomada do caminho Ético na e com a Natureza. Valeu o pioneirismo grande mestre, médico homeopata Radjalma, já há uma trilha a encontrar.


*

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Mundo cão

por Sebastião Pinheiro
Fundação Juquira Candiru

Amanhã é 28 de dezembro, o "Dia dos Santos Inocentes", quando se diz a todos depois das brincadeiras, que a inocência te valha. Para aqueles que não sabem, mas eu sou do tempo dos paquidermes e na véspera de natal o "Chanchofante" não chocou-me. Nem a possibilidade de ser causado por agrotóxicos, pois isso é tão banal que já não comove ninguém, ainda mais quando naquela manhã passei em frente ao Hospital do Câncer Infantil e pude ver muitos jovens e seus pais todos ansiosos pelo ônibus da prefeitura que os levaria a suas famílias, para a festa religiosa e de final de ano. Que a inocência lhes valha! Lembram-se da série de filmes italianos "Il Mondo Cane". Assim me sinto com o tema. Em pelo menos quatro dos jovens suas cicatrizes mostram operação no cérebro e tenho absoluta consciência que eram todos filhos de agricultores, vítimas da tecnologia e do agrobusiness. Volto para casa melancólico, pois foram quarenta anos lutando ensandecido contra os agrotóxicos e eles a cada dia mais e mais consolidados como verdade científica do Complexo Militar-Agro-Industrial-Alimentar-Financeiro, que deseja que pensemos que são os salvadores da humanidade. Que a inocência me valha!

Eu gosto de luta grossa, "comoção/barulho" como dizia O Cid, O campeador. Nos velhos tempos os paquidermes eram: Paca, pecari, porcos, javalis, antas, hipopótamos, rinocerontes e elefantes ou mamutes. Aprendi que isso está em desuso. Mas é estranho que o porquinho nasceu com a carinha do proboscídeo elefante, maior que a do Tapir (Anta). Gostaria de conhecer o genoma de cada um deles e saber o quanto são parecidos, similares e o que mudou nas proteínas do "Chanchofante". Sim, seria algo interessante.

Espero cinco dias e não encontro nenhuma nova notícia publicada sobre o tema. Será que o assunto não interessa a ninguém? Não mereceria um levantamento das autoridades nacionais, Multilaterais, nem da ciência? Será que foi feito um estudo do genoma dos porquinhos natimortos, em função da nova epigenética ou do Instituto de Wave Genetics do Dr. Piotr Garyaev?

Não há espaços para ilusões em acreditar que o "Chanchofante" causado por agrotóxicos é diferente do causado por micotoxinas ou metais pesados ou qualquer outra ocorrência ambiental ou falta de governo e responsabilidades sociais, pois inocência é diferente e ingenuidade. No entanto, a situação é bem mais grave se causada pelo "Promotor 35 S RNA do vírus do Mosaico da Couve-flor" (CaMV) introduzido nas células de sementes transformadas geneticamente existentes na atualidade, como alertado pela Nature em abril de 2000 pelo Joe Cummins, University of WesternOntario; Mae-Wan Ho and Angela Ryan, department of BiologicalSciences, Open University, Milton Keynes do Reino Unido. Questionar, especular e sofismar são coisas muito diferentes e nada ingênuas ou inocentes.

Depois tivemos um silêncio além de obsequioso, quase sepulcro da ciência, bem compreensível, pois hoje em dia não existe mais estado forte ou entidade independentes em, nem ingenuidade grátis ou inocência útil, pois todos estão dependentes exclusivamente do dinheiro que as empresas destina a conceder com os interesses dela e os rebeldes como o casamento do Prof. Puzstai, Prof. André Carrasco (RIP) ou Prof. Eric Seralini correm o risco da desmoralização. (Modos de Ação das Transnacionais - pg 118-121, do livro Biotecnologia muito além da revolução verde - Henk Hobbelink)

A pergunta que não quer calar é: com o uso pela biologia molecular dos *Non Ribossomal Peptides Sintethases (NRPSs) e as novas famílias de Metallothioneinas (MPF) no uso acelerado como "Natural Resistence Associaited Macrophagus, NRAMP" apontam para os futuros riscos exponenciais acordando genes atávicos?

Tenho saudades do tempo em que a perspicácia científica era obrigada a dar uma resposta ou satisfação à sociedade. Era uma época ingénua, inocente, saudável, sem medo, cumplicidade ou covardia e ninguém tinha medo do novo. Então feliz dia, feliz ano novo, até a chegada do galo de fogo.

- tempo, assim como os indígenas de bunda de fora, e ninguém passava a mão na bunda de ninguém... hay taí, excelente maetro! Oli
 
*Peptídeos não-ribosomal (NRP) são uma classe de peptídicas metabolitos secundários, normalmente produzidas por microrganismos como bactérias e fungos.

Texto original:

Mañana es 28 de diciembre, el “Día de los Santos Inocentes”, cuando se dice a todos después de las bromas, que la inocencia te valga. A aquellos que no lo saben, pero yo soy del tiempo de los paquidermos y en la víspera de Navidad el “Chanchofante” no me aturdió. Ni la posibilidad de ser causado por agrotóxicos, pues eso es tan banal que ya no conmociona a nadie, aún más cuando en aquella mañana pasé delante del Hospital del Cáncer Infantil y pude ver muchos jóvenes y sus padres todos ansiosos por el bus de la Intendencia que los llevaría a sus hogares para la fiesta religiosa y de final de año. ¡Que la inocencia les valga! Se acuerdan de la serie de películas italianas “Il Mondo Cane”. Así me siento con el tema. En por lo menos cuatro de los jóvenes sus cicatrices demostraban operación en el cerebro y tengo absoluta conciencia que eran todos hijos de agricultores, víctimas de la tecnología y del agrobusiness. Retorné a casa melancólico, pues fueron cuarenta años luchando ensandecido contra los agrotóxicos y ellos a cada día más y más consolidados como verdad científica del Complejo Militar-Agro-Industrial-Alimentar-Financiero, que desea que pensemos que son los salvadores de la humanidad. ¡Que la inocencia me valga!
Me gusta pelea gruesa, “jaleo” como decía El Cid, El campeador. En los viejos tiempos los paquidermos eran: paca, pecarí, cerdos, jabalís, antas, hipopótamos, rinocerontes y elefantes o mamutes. Aprendí que eso está en desuso. Pero es raro que el chanchito naciera con la trompita del proboscídeo elefante, mayor que la del Tapir (Anta). Me gustaría conocer el genoma de cada uno de ellos e saber en cuanto son iguales, similares o parecidos y que cambió en las proteínas del “chanchofante”. Sí, sería algo interesante.
Aguardé cinco días y no encontré ninguna nueva noticia publicada sobre el tema. ¿Será que el tema no interesa a nadie? ¿No merecería un levantamiento de las autoridades nacionales, multilaterales, ni de la ciencia? ¿Será que se hizo un estudio del genoma de los cerditos natimuertos, en función de la novedosa epigenética o del Instituto de Wave Genetics del Dr. Piotr Garyaev?
No hay espacios para ilusiones en creer que el “chanchofante” causado por agrotóxicos es distinto del causado por “micotoxinas” o metales pesados o cualquier otra ocurrencia medioambiental o carencia de gobierno y responsabilidades sociales, pues inocencia es diferente e ingenuidad.
Sin embargo, la situación es bien más grave si causada por el “Promotor 35S RNA del virus del Mosaico de la Coliflor” (CaMV) introducido en las células de las semillas transformadas genéticamente existentes en la actualidad, como alertado por la Nature en Abril de 2000 por Joe Cummins, University of Western Ontario; Mae-Wan Ho and Angela Ryan, Department of Biological Sciences, Open University, Milton Keynes del Reino Unido. Cuestionar, especular y sofismar son cosas muy distintas y nada ingenuas o inocentes.
Después tuvimos un silencio más allá de obsequioso, casi sepulcral de la ciencia, bien comprensible, pues hoy día no hay más estado fuerte o entidad independientes en el, ni ingenuidad gratis o inocencia útil, pues todos están dependiente exclusivamente del dinero que las empresas destinan a los concordes con los intereses de ella y los rebeldes como el matrimonio Prof. Puzstai, Prof. Andrés Carrasco (RIP) o Prof. Eric Seralini corren el riesgo de la desmoralización.
La pregunta que no quiere callar es: ¿Con el uso por la biología molecular de los Non Ribossomal Peptides Sintethases (NRPSs) y las nuevas familias de Metallothioneinas (MPF) en uso acelerado como “Natural Resistence Associaited Macrophagus, NRAMP” apuntan para los futuros riegos exponenciales despertando genes atávicos?
Hecho de menos el tiempo en que la perspicacia científica obligaba a uno una respuesta o satisfacción a la Sociedad. Era una época ingenua, inocente, sana, sin miedo, complicidad o cobardía y nadie tenía miedo de lo nuevo. Entonces feliz día, Feliz Año Nuevo, hasta la llegada del gallo de fuego.

INGRATIDÃO

Cante lá que eu Canto cá -
filosofia de um trovador nordestino
pg. 190
Meu Jesus Reis dos Judeu,

Saibo, Divino e profundo
Que padeceu e que morreu
Pra miorá este mundo,
Que pregou na Palestina
A pura e santa dotrina
De paz, amô e ingualdade
E deu na sua insistença
Um inzempro de cremensa
Para toda humanidade.

Que do seu grande podê
Querendo uma prova dá,
Fez alejado corrê
Fez morto ressucitá.
Foi preso, foi amarrado
E pelo chão arrastado,
Meu Divino e bom Jesus,                                  AVE POESIA
E deu ainda perdão
Para a corja de ladrão
Que lhe cravaro na cruz.

Isto tudo Senhô fez
Para o mundo consertá,
Sendo podero Reis,
Quis a todos se umiá.
Mas a farsa humanidade
Não quis sabê das verdade
Dos insinamento seu,
No nosso mundo de ingano
São bem pôco os pubricano
Quage tudo é fariseu.

Meu Divino e Bom Juiz,
Veve na face da terra
Os país cronta os país
Na mais sanguinara guerra.
É o maió ispaifato;
Não tão seguindo os ingrato
As lição que o Senhô deu.
Cheio de inveja e imbição
Tão seguindo é a lição
Do juda que lhe vendeu

Os home sem piedade
Não qué paz, nem qué amô.
Não pratica a caridade
Que o Senhô tanto pregou.
Somente nas istrução
Na ciença e na invenção
Tem desinvorvido bem;
Já entraro inté na lua,
Mas a natureza é crua,
Não tem pena de ninguém.

Na terra inquanto a ciença
Se espaia, cresce e domina,
Vai diminuindo a crença
Nas coisa santa e divina.
Uns já vai de passo a passo
Tomando conta do espaço.
Não duvido e nem descreio
Que em breve um destes incréu
Vá batê aí no céu
Socado num apareio.

Tá tudo disinvorvendo
Nas descoberta importante,
Mas o sabio vivendo
A custa do inguinorante.
Meu Jesus, meu Pai querido,
Tudo aqui tá disunido,
Iscute, que eu vou contá
Um causo munto penoso,
Um inzempro monstruoso
De ingratidão patroná.

A histora do pobre João,
Aconteceu mesmo aqui,
Nesta invejada nação,
Nas terra do meu Brasí.
Sem um raio de esperança
Começou derne criança
A trabaiá no roçado,
Pro causa das consequença
Dos home sem consiença,
Já nasceu sendo agregado.

Por bem pequena quantia
Trabaindo o dia intêro
Aquele pobre vivia
No seu trabaio grossêro
E o patrão sempre a mandá
João prali, João pracolá,
Faça isto, e faça aquilo,
E o pobrezinho às carrêra
Naquela grande cansêra
Pulando que nem um grilo.

E não era ele sozinho,
O João não sofria só
No mesmo estado mesquinho
Sofrendo de fazê dó,
Sua mãe e duas irmã,
Agarrava dimenhã
Na mesma labutação,
Trabaindo, trabaindo
Cada vez mais omentando
A riqueza do patrão

O patrão vendo vantage
Naquelas quatro pessoa,
Com gracejo e pabulage,
Com piadinha e com loa,
Repreto de pocrisia,
Tratava aquela famia
Com uma certa tenção,
Se fingindo sastifeito
Achando que deste jeito
Conformava o pobre João.

A prova do fingimento
Do fazendêro judeu
Tá toda no sufrimento
Que com João aconteceu,
Pois tando aquele rocêro
Cortando de um cajuêro
Os gaio seco que havia,
Com vinte parmo de artura
Caiu sobre a terra dura
E esbagaçou a bacia.

O pobre se achava só,
Ficou ali sem sintido;
Era munto mais mió
Que ele tivesse morrido.
Nessa situação misquinha
Lhe acharo ditardezinha,
Já perto do só se pô,
Naquele ponto istirado
Com os seus ossos quebrado
Todo passado de dô.

Meu Divino Redentô,
Veja que brabaridade;
Que crime de grande horrô,
Que farta de caridade
Daquele patrão marvado.
Mandou botá o agregado
Na sala de um hospitá,
No mais compreto abandono,
Como cachorro sem dono
E nunca mais andô lá.

Naquela crise penosa 
Ninguém ligou sua vida,
Só as muié piedosa
Ia lhe dando comida;
O patrão ali não ia,
Pois o ingrato não queria
De forma arguma ligá
Do João a grande cancêra,
Nem este tinha a cartera
Do Sindicato Rurá.

Isto é cronta a natureza,
É triste, bastante triste,
Uma das maió tristeza
Que inriba da terra isiste,
Muntas vez eu penso bem
Que quem faz assim não tem
Nem arma nem coração;
Qui farta de piedade
De amô e de caridade
Daquele ingrato patrão.

A lamentá toda hora
Ficou o agregado ali,
A gemê, sem tê miora,
Quage sem podê drumí.
Depois chegou uns parente
E levaro o penitente
Pra vivê perto dos seus,
Debaxo do seu barraco
Alejado, triste e fraco
Chorando e pensando in Deus.

Meu Jesus, Reis dos Judeu,
Saibo, Divino e profundo
Que padeceu e que morreu
Pra miorá este mundo,
Niguém qué lhe acompanhá,
Tá tudo materiá.
Meu bom Jesus Nazareno,
Neste mundo desgraçado
O grande veve iscachado
No cangote do pequeno.

Todos sofrimento e dô
Que isiste no mundo intêro
Não é só do moradô
Da queda do cajuêro
Do pobre João agregado;
Este mundo de pecado
Tá todo cheio de João
Padecendo vida amarga
Tudo debaxo da carga
A serviço do patrão.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Retratos de Assentamento

'...progresso é estrada de ferro.'

A matéria do Milho Crioulo "Cunha" (aqui) foi citada na Revista do Nucléo de Pesquisa e Documentação Rural (Nupedor) - UNIARA, como também o blog que editamos: @ extensionista.

No insight escrito pelo amigo e professor Fábio Fernandes Villela, cujo tema, 'Cultura ambiental no território caipira: história e saberes tradicionais das mulheres do noroeste paulista' disponibilizado no link (pdf) a baixo, mais preciso na página 323, é uma amostra de resistência e existência de nossa cultura caipira que a cada vez mais vem desaparecendo com o avanço desleal, insano e predatório de Usineiros, e suas dragas de destruição e populição ambiental, as Usinas de cana-de-açúcar. E já disse a mim, dona 'Maria' de Quatá/SP (local da usina Zilor), ou o trabalhador rural Ringo, São Pedro (local próximo a usina Raízen): 'onde a cana passa não nasce mais nem um pé de nada!' Quiçá nem a juquira resiste. 

Na introdução do Fábio:

"O projeto tem por objetivo trabalhar com a cultura ambiental do noroeste paulista – SP, do ponto de vista do seu desenvolvimento sustentável. Tem como objeto o “território caipira”, construção social e identidade cultural do noroeste paulista – SP. Possui como objetivos gerais a compreensão da história e dos saberes tradicionais das mulheres do “território caipira” e como objetivos específicos, a educação de jovens e adultos (EJA), especialmente das mulheres do “território caipira”. As razões que justificam este projeto são: a inclusão produtiva das mulheres e a consolidação de redes socioeconômicas da agricultura familiar no âmbito dos territórios rurais e as possibilidades de ações para a inclusão produtiva das mulheres do “território caipira”. Por fim, tem como resultados esperados a articulação dos saberes com as diferentes áreas do conhecimento, possibilitando a vivência de novos valores, o desencadeamento de ações coletivas, bem como a elevação de escolaridade associada à qualificação social e profissional, possibilitando novas aprendizagens."

Grato por compartilhar e fortalecer nossas lutas, Fábio F. Villela e a todos/as da UNIARA.

Abraços
Oliver Blanco

Retratos de Assentamento
_acesse o pdf aqui_enjoy!


segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Organon



O Organon de Hahnemann é a mais elevada concepção da filosofia médica, cuja interpretação prática fará brotar uma fonte imensa de luz que guiará o médico por meio da lei da Cura a um novo mundo em terapêutica.

William Boericke

Prefácio à 1ª Edição

     De acordo com o testemunho de todos os tempos, não há mister mais unanimemente considerado uma arte conjectural do que a medicina. Consequentemente, nenhum domínio tem menos direito do que ela de recusar inquérito que investigue se está bem fundamentada, tanto mais que dela depende a saúde do homem – seu mais precioso tesouro na terra.

     Considero resultar em honra para mim ser o único que a submeteu, nestes últimos tempos, a uma investigação honesta e criteriosa e comunicou suas convicções em escritos publicados, ora com, ora sem o meu nome.

     Nessa investigação encontrei o caminho da verdade, mas tive de palmilha-lo sozinho, muito longe da estrada comum da rotina médica. Quanto mais avançava de verdade em verdade, tanto mais se afastavam minhas conclusões do velho edifício, que construído com opiniões, somente de opiniões se mantinha.

    Os resultados de minhas convicções estão expostos neste livro. Resta ver se os médicos, que pretendem agir honestamente para com a sua consciência e o seu semelhante, vão apegar-se à teia perniciosa de conjecturas e caprichos ou abrirão os olhos à verdade salutar.

      Devo advertir o leitor de que indolência, apego ao conforto e obstinação excluem do altar da verdade serviço eficiente e somente isenção de preconceitos e zelo incansável qualificam para o mais sagrado de todos os misteres humanos – a prática do verdadeiro sistema médico. O médico que nesse espírito inicia seu trabalho assimila-se diretamente ao Divino Criador, cuja criatura humana ajuda a preservar e cuja aprovação o torna três vezes bendito.

                           Samuel Hahnemann, 1810
 

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